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21 de mai. de 2011

Cuide de sua visão!... Abra os olhos!




Terçol


O terçol é uuma inflamação dos folículos dos cílios provocada por bactéria da pele
Andre Riemann / Domínio público
O terçol é uuma inflamação dos folículos dos cílios provocada por bactéria da pele
Terçol é uma inflamação nas glândulas de Zeis e Mol, na borda da pálpebra, onde ela se encontra com os cílios.  Ele aparece como uma saliência vermelha, dolorida e quente que se parece com uma espinha e é sensível principalmente ao toque. Essas características são típicas de infecção provocada por bactérias. É possível ter mais de um terçol ao mesmo tempo.
Em geral, o terçol drena e desaparece espontaneamente.  Um terçol pode se tornar um calázio - quando uma glândula de óleo inflamada fica totalmente bloqueada. Essa inflamação, porém, não é provocada por bactérias. Se o calázio ficar muito grande, pode atrapalhar a visão. Se for persistente, pode ser indicativo de defeito de refração do olho.


Além da saliência vermelha, inchada e dolorida, outros sintomas do terçol incluem: olho lacrimejante, sensação de areia e coceira nos olhos como se ele tivesse um corpo estranho e sensibilidade à luz.
O médico pode diagnosticar um terçol apenas pelo exame físico. O tratamento básico é a aplicação de compressas quentes por 10 minutos, quatro vezes ao dia. De maneira nenhuma deve-se espremer o terçol, que deve secar sozinho. Pomadas antibióticas podem ajudar com terçóis persistentes ou recorrentes, mas quem deve determinar isso é o médico. O oftalmologista também vai decidir se o terçol, quando muito grande, precisa ser lancetado para drenar a infecção.
O terçol cura sozinho, mas procure o médico novamente se:
  • Houver recorrência do terçol;
  • A infeção se espalhar para outros folículos dos cílios;
  • A infecção se espalhar pelo tecido das pálpebras (celulite das pálpebras);
  • Houver problemas de visão;
  • A saliência da pálpebra piorar ou não melhorar dentro de uma ou duas semanas de tratamento;
  • A saliência ficar muito grande e dolorida;
  • Formar uma bolha na pálpebra;
  • Se formarem crostas na pálpebra;
  • Toda a pálpebra ou olho ficar vermelho;
  • Ficar muito sensível à luz e lacrimejando demais;
  • O terçol voltar logo depois de um tratamento bem-sucedido;
Antes de tocar no terçol, ainda que para passar a pomada antibiótica ou fazer a compressa, lave bem as mãos.


Por Editores HowStuffWorks Brasil



Como funcionam os olhos


O olho é o órgão da visão. Esta complexa estrutura funciona capturando luz e a transforma em impulsos que o cérebro interpreta como imagens.

Para entender a percepção visual é importante conhecer as funções de outras partes do olho, que inclui o globo ocular e todas as estruturas internas e as que estão ao redor de sua massa quase esférica. Este delicado órgão fica dentro da órbita óssea do esqueleto. Uma camada de gordura protege a órbita, as sobrancelhas, os cílios e as pálpebras, que oferecem a barreira contra elementos que podem irritar os olhos.


um dos órgãos mais complexos do corpo humano
© istockphoto.com / Seb Chandler
Olho: um dos órgãos mais complexos do corpo humano

A conjuntiva é uma fina membrana protetora que fica junto da parte interna da pálpebra na parte exposta da superfície do globo ocular. A lágrima que sai das glândulas lacrimais, na parte superior da pálpebra, umedece a conjuntiva e mantém os olhos limpos. Já a esclera é uma camada rígida, branca e externa do globo ocular. Ela cobre todo o globo ocular, exceto a área circular frontal que recebe a luz, e é coberta pela córnea transparente. A camada coróide contém vasos sanguíneos que nutrem os olhos.

A luz entra nos olhos através da córnea, cuja curvatura ajuda a focar a luz internamente. Por trás da córnea há uma estrutura pigmentada chamada íris, que circunda uma abertura conhecida como pupila. A íris muda o tamanho da pupila, dependendo da quantidade de luz presente no ambiente: se o ambiente estiver relativamente escuro, a pupila se dilata para receber mais luz e se o ambiente estiver claro, a pupila diminui de tamanho.

Por trás da íris há o cristalino, uma estrutura transparente que se mantém no local através de um tecido muscular elástico. O tecido pode mudar o formato do cristalino para conseguir focar os raios de luz externos para as células sensíveis que ficam na parte posterior dos olhos.

Entre a córnea e o cristalino há um espaço, uma cavidade anterior preenchida com um fluído chamado humor aquoso. Ele contém nutrientes para a córnea e o cristalino. Esse fluído também permite que raios de luz passem pela área facilmente.

A cavidade do globo ocular atrás do cristalino possui uma substância gelatinosa chamada humor vítreo. Na retina (camada de células sensíveis à luz que ficam na parte posterior do globo ocular) ficam as células especializadas - chamadas bastonete e cones - que convertem a luz focada a partir da córnea e do cristalino em forma de impulsos elétricos. Assim, as extremidades dos nervos sensitivos transmitem esses impulsos ao cérebro, através do nervo óptico, que se estende a partir do bastonete do globo ocular até o cérebro. 

O que é ambliopia?




Usar tampão no olho bom é um dos tratamentos para ambliopia
© garysludden / iStockphoto
Usar tampão no olho bom é um dos tratamentos para ambliopia
Ambliopia é um dos mais comuns problemas visuais da infância. A visão é produzida quando o cérebro e o olho trabalham juntos. A luz entra pelo olho e é mudada para sinais nervosos que viajam ao longo do nervo óptico para o cérebro. Mas nessa doença, a visão de um dos olhos é reduzida porque o olho e o cérebro não trabalham juntos de maneira adequada. O olho parece normal, mas não está sendo usado normalmente porque o cérebro está favorecendo o outro olho. A ambliopia também é conhecida como olho preguiçoso. Ela afeta de 2 a 3 crianças a cada 100 crianças. Se a doença não for tratada ainda na primeira infância - ou até os 7 anos de idade, tempo de maturação do sistema nervoso central -, pode persistir na idade adulta.
A ambliopia pode ser causada por qualquer condição que leve um olho a ser favorecido, e o outro, ignorado pelo cérebro. Estrabismo, hipermetropia, miopia e astigmatismo em ambos os olhos, e catarata na infância são causas comuns da ambliopia.
O olho preferido tem visão normal. O não favorecido é ignorado pelo cérebro para evitar um conflito entre as duas imagens diferentes dos olhos. Como resultado, o sistema visual no cérebro para o olho não favorecido não se desenvolve adequadamente. Entre os 5 e os 10 anos de idade, o cérebro para de crescer, e a condição se torna permanente.
Existem quatro tipos de ambliopia:
  • Ambliopia por estrabismo: quando ocorre uma desarmonia permanente entre os dois eixos visuais paralelos. É o tipo  mais comum de ambliopia, e geralmente há histórico familiar da doença.
  • Ambliopia por ametropia: quando há erros de refração ocular significativos e não corrigidos em ambos os olhos, impedindo formação de uma imagem nítida e dificultando o pleno desenvolvimento da acuidade visual.
  • Ambliopia por anisometropia: quando há interação binocular anormal causada por diferenças superiores a 2 graus entre os dois olhos, seja por miopia, seja por hipermetropia, seja por astigmatismo. Isso provoca supressão na visão do olho com erro de refração e sua consequente ambliopia.
  • Ambliopia por privação: é ocasionada pela existência de uma barreira à chegada da luz à retina em toda a sua intensidade, impedindo a formação de uma imagem bem definida. As causas podem ser: leucoma corneano, catarata congênita uni ou bilateral, ptose palpebral, opacidades vítreas e hifema.
 Os sintomas da ambliopia, na infância, são:
  • Olhos que viram para dentro e para fora
  • Olhos que não parecem trabalhar juntos
  • Incapacidade de julgar a profundidade corretamente
Em geral, a ambliopia é facilmente diagnosticada com um exame completo dos olhos e sem a necessidade de testes especiais. O tratamento principal envolve tapar o olho normal para forçar o uso do olho ambliópico. Algumas vezes, são usadas gotas de colírio para borrar a visão do olho normal em vez de colocar o tampão. Pacientes mais jovens têm mais potencial para o sistema visual do cérebro se desenvolver, e dessa forma potencial para visão melhorada quando a ambliopia é tratada.
A condição subjacente também vai exigir tratamento. Se o problema de visão (miopia ou hipermetropia) é a causa, óculos ou lentes de contato serão prescritos. Se o estrabismo é a causa, então será necessário um programa de tratamento.


Crianças cuja visão não pode ser totalmente recuperada devem usar óculos com lentes protetoras de policarbonato, assim como o deveriam todas as crianças com apenas um olho bom em função de algum distúrbio. Óculos de policarbonato são resistentes a arranhões e a estilhaçamento.
Quando o tratamento começa antes dos 5 anos de idade, geralmente é possível quase a recuperação total da visão normal. Isso se torna progressivamente menos provável à medida que a criança vai ficando mais velha. Apenas recuperação parcial pode ser esperada depois dos 10 anos de idade. O tratamento tardio pode resultar em perda permanente da visão do olho afetado.
Reconhecimento e tratamento cedo do problema em crianças pode ajudar a evitar deficiência visual permanente. É recomendável fazer um exame de vista completo ao menos uma vez entre os 3 e os 5 anos de idade para evitar que a ambliopia desconhecida vá além da idade em que possa ser tratada com sucesso.



O que é astigmatismo?




Quem tem astigmatismo vê as coisas desfocadas desse jeito
iStockphoto
Quem tem astigmatismo vê as coisas desfocadas desse jeito
Astigmatismo é uma deficiência visual caracterizada pela visão fora de foco. Ela é provocada pela curvatura anormal da córnea. Uma córnea normal é redonda e lisa. Nos casos de astigmatismo, a curvatura da córnea é mais ovalada, como uma bola de futebol americano. Este desajuste faz com que a luz se refrate por vários pontos da retina em vez de se focar em apenas um. Para quem sofre de astigmatismo, todos os objetos ficam desfocados, não importa a distância em que estejam.
A causa do astigmatismo é desconhecida. Ele é hereditário e geralmente ocorre em conjunto com a miopia ou com a hipermetropia. É um problema de visão muito comum. Um grau pequeno de astigmatismo é considerado normal e não requer correção.
O principal sintoma do astigmatismo é a dificuldade de ver pequenos detalhes, seja de perto, seja de longe. O astigmatismo pode ser facilmente diagnosticado em um exame oftalmológico padrão com teste de refração. Testes especiais geralmente não são pedidos. Crianças e outras pessoas que não podem responder às questões feitas no exame padrão podem ter o grau de seu problema de visão medido por um teste que usa reflexão de luz (retinoscopia).
Óculos ou lentes de contato duras são usadas para corrigir o astigmatismo. Lentes de contato flexíveis não funcionam tão bem. A visão geralmente fica normal com o uso dos óculos e das lentes de contato corretas.



O que é miopia?




Visão normal (no alto.) e visão com miopia: dificuldade para ver de longe
© istockphoto.com /Vgajic
Visão normal (no alto) e visão com miopia: dificuldade para ver de longe
Miopia é um erro de refração em que a imagem é formada antes da retina (em vez de diretamente nela), resultando na dificuldade de ver objetos distantes. Uma pessoa míope vê objetos próximos com nitidez, enquanto os distantes parecem borrados. Para conseguir focalizar objetos distantes, o míope costuma apertar os olhos - característica que é a base da palavra grega muōpia (olho fechado), que dá nome à doença.

A formação da imagem antes da retina ocorre quando a profundidade do olho é maior do que a profundidade ótica. A miopia aumenta durante a fase de crescimento rápido - infância e adolescência - e até os 20, 25 anos de idade. Nesse período, são necessárias frequentes trocas de óculos ou lentes de contato - meios de corrigir a visão. A miopia para de progredir quando termina a fase de crescimento.
A miopia afeta igualmente homens e mulheres, e aqueles com histórico familiar de miopia são mais propensos a desenvolvê-la. Os sintomas mais comuns da miopia são:
  • Visão borrada de objetos distantes;
  • Apertar de olhos para tentar ver objetos distantes
  • Crianças não conseguem ler o que está escrito na lousa, mas conseguem ler um livro;
  • Dor de cabeça
  • Vista cansada
Um exame de vista padrão pode diagnosticar a miopia. Míopes conseguem ler a tabela de Jaeger (para leitura de perto) com facilidade, mas têm dificuldade de ler as letras da tabela Snellen (para leitura de longe). O exame pode incluir ainda:
  • Teste de acuidade visual
  • Teste de refração (determina a prescrição correta de óculos)
  • Teste de visão colorida (para avaliar daltonismo)
  • Teste dos músculos que movem os olhos
  • Exame das estruturas da frente dos olhos
  • Medição da pressão dos líquidos dos olhos
  • Teste de retina
A miopia é facilmente compensada pelo uso de óculos ou lentes de contato, que alteram o ponto de foco na retina. Há vários procedimentos cirúrgicos que alteram o formato da córnea, mudando o ponto de foco para a retina. Esses procedimentos cirúrgicos, no entanto, não são recomendados até que o processo de crescimento - e consequente evolução da miopia - chegue ao fim.



O que é presbiopia?




Presbiopia, a incapacidade do olho de focar objetos próximos, é um processo natural do envelhecimento
© Lisa F. Young / iStockphoto
Presbiopia, a incapacidade do olho de focar objetos próximos, é um processo natural do envelhecimento
Presbiopia é um estado no qual a lente dos olhos perde a capacidade de foco. O problema está associado com o envelhecimento e é progressivo (piora). Pessoas com presbiopia têm dificuldade de ver objetos muito próximos. 
O poder de foco dos olhos depende da elasticidade da lente. Essa elasticidade é gradualmente perdida à medida que a pessoa envelhece. O resultado é uma diminuição lenta e gradual da capacidade de focalizar objetos que estão próximos.
A presbiopia é uma parte natural do processo de envelhecimento e afeta todo mundo. Ela começa a ser notada em torno dos 45 anos de idade, quando a pessoa percebe que os braços já não são longos o suficiente para segurar o material para leitura de modo a focalizar as palavras escritas.
Os sintomas da presbiopia são:
  • Diminuição da capacidade de focar objetos próximos
  • Vista cansada
  • Dor de cabeça
O problema pode ser diagnosticado com um exame de vista padrão, no qual o oftalmologista vai determinar os óculos ou lentes de contato corretas para corrigir a presbiopia. Em alguns casos, o médico pode prescrever lentes bifocais ou multifocais. À medida que a capacidade de foco para perto piora, os óculos precisam ser trocados.
Perto dos 65 anos de idade, os olhos geralmente perdem a maioria da elasticidade necessária para focar de perto. Contudo, ainda será possível ler com a ajuda de óculos apropriados. Ainda assim, pode ser necessário segurar o material de leitura mais distante dos olhos, imprimir com letras maiores ou ficar em ambiente muito bem iluminados.
Quem não precisa de óculos para longe poderá usar óculos somente para leitura. 



O que é estrabismo?




De cima para baixo: estrabismo convergente, divergente e vertical
Ederaldo Veronese
De cima para baixo: estrabismo convergente, divergente e vertical
O estrabismo é um distúrbio caracterizado pelo desalinhamento dos olhos que ocorre em decorrência da incapacidade dos músculos dos olhos em trabalharem em conjunto. No estrabismo, não há coordenação entre os olhos, que apontam para direções diferentes e não focam um único ponto ao mesmo tempo. Quem é estrábico é geralmente chamado de vesgo.

Existem três tipos de estrabismo: convergente (esotrópico), divergente (exotrópico) e vertical. No tipo convergente, o desvio de um dos olhos é para dentro, voltado para o nariz. No divergente, para fora. No vertical, um olho fica mais alto ou mais baixo que o outro.
As causas do estrabismo são desconhecidas. O estrabismo é mais frequente entre as crianças, mas pode ocorrer também nos adultos. Atinge de maneira similar homens e mulheres. Estimativas indicam que cerca de 10% dos brasileiros têm estrabismo. Destes, entre 30% e 40% sofrem a manifestação acentuada - quando o desvio angular ultrapassa os 50 graus.
Mais da metade dos casos de estrabismo é congênita - o problema aparece no ou logo após o nascimento. Em crianças, quando os dois olhos falham em focar na mesma imagem, o cérebro deve aprender a ignorar um deles. Se isso não for corrigido, o olho ignorado pelo cérebro nunca verá bem. Essa perda de visão é chamada ambioplia, e está geralmente associada ao estrabismo.
Alguns distúrbios associados ao estrabismo na infância incluem:
  • Retinopatia da prepaturidade
  • Retinoblastoma
  • Traumatismo cranioencefálico
  • Hemangioma perto do olho durante a infância 
  • Síndrome de Apert
  • Síndrome de Noonan
  • Síndrome de Prader-Willi
  • Trisomia 18
  • Rubéola congênita
  • Síndrome de Bloch-Sulzberger
  • Paralisia cerebral
O estrabismo em adultos pode ser causado por ferimentos na órbita dos olhos ou por danos cerebrais, incluindo traumatismo craniano e derrames. Pessoas diabéticas podem perder circulação. levando a uma condição conhecida como estrabismo paralítico. A perda de visão em um olho, por qualquer motivo, levará o olho a, gradualmente, virar para fora (exotropia). Como os cérebros dos adultos já estão desenvolvidos para a visão, os problemas associados com a ambliopia não ocorrem no estrabismo adulto. Alguns distúrbios associados com o estrabismo em adultos são:
  • Diabetes
  • Perda de visão provocada por doença ocular ou lesão
  • Derrame
  • Traumatismo craniano
  • Intoxicação paralisante por molusco
  • Síndrome de Guillain-Barre
  • Botulismo
Histórico familiar de estrabismo é fator de risco. A hipermetropia pode ser um fator contribuinte. Além disso, qualquer outra doença que leve à perda de visão pode produzir o estrabismo como uma complicação. O estrabismo é facilmente identificável. Os sintomas são:
  • Olhos que parecem cruzados (tente ver a ponta do seu nariz com os dois olhos e você parecerá estrábico)
  • Olhos que não se alinham na mesma direção
  • Movimentos dos olhos descoordenados (olhos que parecem não se mover juntos)
  • Visão dupla
  • Visão em apenas um olho, com perda da percepção de profundidade (percepção de profundidade é nossa capacidade de ver em três dimensões, e reconhecer a ordem dos objetos no espaço ao nosso redor)
O diagnóstico do estrabismo é feito por meio de avaliação física que inclui exame detalhado dos olhos. O médico pode pedir que o paciente olhe por uma série de prismas para determinar as diferenças entre os olhos. Os músculos dos olhos são testados para determinar a força dos músculos extraoculares. Além disso, os testes para o estrabismo incluem exame oftalmológico padrão, teste de acuidade visual, exame de retina e exame neurológico.
O tratamento pode ser feito, inicialmente, fortalecendo-se os músculos enfraquecidos e depois tentando-se o realinhamento dos olhos. Isso é feito com o uso de óculos e exercícios para os músculos dos olhos. Se a ambliopia estiver presente, colocar um tampão no olho normal pode forçar a criança a usar o olho afetado. Outra forma de tratamento é a cirurgia de realinhamento dos músculos dos olhos se as técnicas de fortalecimento não forem bem-sucedidas. Uma técnica cirúrgica usada mundialmente para a correção do estrabismo foi desenvolvida pelo oftalmologista brasileiro Edmilson Gigante, de Ribeirão Preto (SP). Com ela é possível operar somente o olho estrábico, em vez dos dois exigidos em outras cirurgias.
O estrabismo pode ser corrigido quanto mais cedo for feito o diagnóstico e o tratamento. Quanto mais tarde for tratado o problema, mais difícil será reverter a perda da visão de um dos olhos. 



O que são moscas volantes?




As moscas volantes se formam no humor vítreo e são visíveis como pequenas manchas zanzando pelo nosso campo de visão
Fonte: Portal São Francisco
As moscas volantes se formam no humor vítreo e são visíveis como pequenas manchas zanzando pelo nosso campo de visão
Moscas volantes são pequenas condensações do líquido transparente e gelatinoso que preenche a cavidade interna do olho chamado humor vítreo. Esses depósitos têm vários tamanhos, formas (pequenos pontos, círculos, linhas ou teias de aranha), consistência e mobilidade.  As moscas volantes são percebidas pela retina como pequenas manchas que se movem dentro do campo de visão, principalmente quando se olha para uma superfície plana de cor clara, branca ou azul. É um problema para o qual não existe tratamento. Quem tem moscas volantes é obrigado se acostumar com os pequenos mosquitos que flutuam no humor vítreo, mas que, na maioria dos casos, não chega a impedir a visão normal.
As moscas volantes são formadas pela contração da gelatina do humor vítreo, e consequente separação da retina. Isso faz parte do processo de envelhecimento, e é comum em pessoas com mais de 60 anos, em míopes ou em quem já passou por cirurgias intraoculares, como a catarata. Não há muito o que fazer, a não ser se acostumar com elas e tirá-las do campo de visão olhando para os lados ou para cima e para baixo. Mas quando muitas moscas volantes surgem repentinamente, pode ser sinal de um problema mais sério, como o descolamento de retina.
De acordo com o Institutos Oftalmológicos Associados, de Brasília, quando a gelatina vítrea se separa da retina, esta pode se rasgar, causando um pequeno sangramento no interior do olho, que também se manifesta com o aparecimento de moscas volantes. Esses minúsculos rasgos na retina podem ser infiltrados de líquido, levando ao descolamento de retina. Quando essa ruptura da retina é diagnosticada cedo, o médico pode bloqueá-la com raio laser, impedindo e prevenindo o descolamento da retina.
A presença de moscas volantes pode ser facilmente diagnosticada em um exame de vista padrão. Mas dependendo da quantidade de moscas existentes, pode ser necessário um exame mais minucioso feito por um especialista em doenças da retina.



O que é hipermetropia?




Hipermetropia é um problema visual caracterizado pela dificuldade de ver objetos próximos. O hipermetrope também não enxerga bem de longe, e quando o faz, é com muito esforço porque o olho não é potente. Essa dificuldade ocorre porque a imagem é formada atrás da retina em vez de diretamente nela. Ela pode ser causada pelo tamanho pequeno do globo ocular ou pelo poder de foco limitado.
A hipermetropia é hereditária, mas há estudos que tentam associar o problema a fatores ambientais. É uma condição comum, que afeta boa parte das crianças. Como elas têm as lentes dos olhos muito flexíveis, isso ajuda a compensar o problema. A maioria das crianças supera o problema. A hipermetropia tende a diminuir ao longo dos anos de crescimento, em quantidade proporcional ao crescimento natural dos olhos. Para corrigir o problema, é necessário o uso de óculos ou lentes de contato.


Visão normal (à esq.) e visão com hipermetropia (à dir.)
© istockphoto.com /Winhorse
Visão normal (à esq.) e visão com hipermetropia (à dir.)


Os sintomas da hipermetropia são:
  • Visão borrada dos objetos próximos
  • Vista cansada
  • Olhos doloridos
  • Dor de cabeça durante a leitura
  • Estrabismo em crianças
  • Dificuldades no desempenho escolar nos primeiros anos de aprendizagem
Um exame de vista geral para avaliar a hipermetropia pode incluir:
  • Acuidade visual
  • Refração
  • Teste de glaucoma
  • Movimento ocular
  • Exame de retina
  • Biomicroscópio ocular
Comum em crianças, a hipermetropia pode desaparecer com o crescimento do globo ocular seguindo o desenvolvimento normal. Caso não desapareça, os efeitos podem ser corrigidos por meio de óculos, lentes de contato ou mesmo cirurgia refrativa.