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24 de jun. de 2011

Conheça as origens e a evolução do forró, o ritmo da festa de São João


Estilo passou por três grandes fases desde que surgiu, nos anos 1940.
Evolução causa disputa, mas formatos podem conviver, dizem críticos.

Daniel Buarque Do G1, em Campina Grande (PB)

Começou desde o início do mês  o principal momento da maratona de forró nas festas de São João no Nordeste. Com a aproximação da noite oficial de comemoração do santo, na próxima sexta-feira (24), é quase impossível ouvir algum tipo de música diferente nesta época nas cidades que se transformam em principais focos da festa, como Campina Grande (PB) e Caruaru (PE).
Mas dizer que todos tocam forró não quer dizer necessariamente que a música é a mesma. Ao longo das sete décadas desde que surgiu e se espalhou pelas mãos de Luiz Gonzaga, o estilo musical que é símbolo do Nordeste passou por transformações em sua forma. Ele deixou de ser uma música puramente regional tocada com sanfona, zabumba e triângulo, se adaptou à modernidade, incorporou elementos do pop, do axé e do tecnobrega. Bandas de forró mais novas têm uma produção comparável a grandes shows de pop do mundo. Um desses grupos, Calcinha Preta, fez até mesmo apresentações em 360 graus, como as do U2.
Ouça músicas que mostram a evolução do forró na Globo Rádio
arte da linha do tempo e genealogia do forró - são joão (Foto: Editoria de Arte/G1)



A transformação gera controvérsias e disputas. O secretário de cultura da Paraíba, o cantor Chico César, criticou as bandas mais “modernas”, que chamou de “forró de plástico”. No mesmo tom, Dominguinhos, fiel ao forró original, já alegou que as bandas novas mudaram tanto o estilo que “não dá pra dizer que aquilo é forró”. Apesar da evolução e dos contrastes, os diferentes estilos do forró podem “conviver”, segundo Expedito Leandro Silva, autor de “Forró no Asfalto: mercado e identidade cultural”, em que trata da evolução e urbanização do estilo musical que é marca do São João no Nordeste. “O primeiro não deixa de existir, e o segundo continua a se modernizar e acentua suas diferenças em relação ao original”, disse ao G1.
Pesquisadores do tema costumam dividir o estilo em três grandes fases: Forró tradicional (também chamado de pé-de-serra), Forró Universitário e Forró Eletrônico. Elas são marcadas pela urbanização, incrementação técnica e adaptação do estilo ao mercado em diferentes épocas.
Elba Ramalho e Dominguinhos em um prêmio de música em 2008 (Foto: Felipe Panfili / G1)
Elba Ramalho e Dominguinhos em um prêmio de música em 2008 (Foto: Felipe Panfili / G1)



Surgimento


Logo que apareceu, o forró era uma criação artística autêntica do universo rural do sertanejo, e teve em Luiz Gonzaga seu principal divulgador e representante. A música era normalmente tocada com apenas três instrumentos e trazia nas letras temas saudosistas, regionais e com forte sotaque interiorano.
O pé-de-serra continua presente em sua forma clássica na grande festa do Nordeste. Seja pelas mãos de artistas já consagrados nacionalmente, como Dominguinhos, ou por nomes mais locais, como Santana, ainda há quem mantenha vivo o estilo original.
Reciclagem
As primeiras grandes mudanças vieram a partir de 1975, quando músicos populares da época, como Alceu Valença, Zé e Elba Ramalho e Geraldo Azevedo se enveredaram pelo forró, adaptando o estilo à época e à forma que já tocavam. Era o forró Universitário, que tinha o nome tirado do público jovem e urbano a que apelavam.

Buscamos fazer pé-de-serra junto com nosso cotidiano, nossa realidade"
Ricardo Cruz, do Falamansa
O estilo foi retomado em estilo parecido duas décadas depois, quando grupos como Falamansa e Trio Rastapé se tornaram populares nacionalmente com o “pé-de-serra adaptado ao mundo atual”, como explicou Ricardo Cruz, do Falamansa, ao G1.
“A semelhança entre a gente e Alceu Valença e Zé Ramalho existe por termos seguido um mesmo movimento de buscarmos nas fontes originais, tradicionais, como Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, aliando ao momento que vivemos. No meu caso, é a contemporaneidade, misturando o pé-de-serra” com influências de reggae, rock e MPB. Buscamos fazer pé-de-serra junto com nosso cotidiano, nossa realidade”, disse.
Cavaleiros do Forró dizem que música levanta o público (Foto: Divulgação)A banda Cavaleiros do Forró, que toca o estilo
eletrônico (Foto: Divulgação)
Revolução
Apesar da continuidade do forró tradicional e da mudança de sotaque sem grande transformação do universitário, nos anos 1990 o estilo passou por sua maior transformação. Foi quando incorporou instrumentos novos, bailarinas, roupagem mais colorida e elementos de músicas sertaneja, romântica, brega e até do axé para criar o forró eletrônico.



Também chamado forró estilizado ou até mesmo “oxente music”, o movimento começou no início da década, com grupos como Mastruz com Leite e Magníficos, e foi se tornando maior e mais transformador ao longo dos anos.
É como se pegássemos uma música de Roberto Carlos  e tocássemos em ritmo de forró"
José Inácio, Banda Magníficos
A mudança nas últimas décadas foi tão intensa, chegando a grupos como Aviões do Forró e Calcinha Preta, que, segundo o pesquisador Expedito Silva, mudaram tanto a proposta original que se aproximam mais do tecnobrega de que do forró propriamente dito.
Em entrevista ao G1, o fundador da banda Magníficos, uma das primeiras do forró estilizado, explicou que o que eles fazem é música popular romântica misturada com forró. “É como se pegássemos uma música de Roberto Carlos, por exemplo, e tocássemos em ritmo de forró”, disse José Inácio, o Jotinha.


A banda Magníficos, na verdade, começou com músicas tradicionais, pé-de-serra, mas decidiu mudar. “Luiz Gonzaga nos influenciou muito, mas adaptamos o pé-de-serra tradicional ao romântico. Gostamos e respeitamos, mas não é o que queremos fazer. Você tem que acompanhar a evolução das coisas”, disse.
Segundo Silva, que estudou a evolução do forró, o principal diferencial entre o estilo clássico e o eletrônico é que as bandas novas lidam melhor com o mercado, vendem mais. “O estilo é preferido pelas pessoas mais jovens, que se identificam mais. O que acontece é que quem gosta de forró, especialmente no Nordeste, não confunde o eletrônico com o tradicional. Ele vê o estilizado como lazer, diversão, passatempo, mas respeita o forró tradicional”, disse.


Campina Grande é o palco do maior São João do mundo

A festa se encerra no dia 3 de julho


                           Foto: Adriana Magalhães/Arquivo Pessoal 

                           A festa se encerra no dia 3 de julho

Nada de quadrilhas de escola ou quermesses em clubes fechados.

Em Campina Grande, na Paraíba, a Festa de São João é comemorada à moda antiga, na rua, e a céu aberto. A festa reúne milhares de turistas durante 30 dias ininterruptos para mais de mil horas de música.

Campina Grande é o principal destino entre os amantes do forró nesta época do ano e a expectativa para 2011 é que 2 milhões de pessoas passem pela cidade. 

Casamento junino de verdade

Adriana Magalhães é uma visitante típica de Campina Grande. Além de morar em João Pessoa, sua família surgiu em uma festa junina. Não que ela tenha sido fruto de um amor junino, mas porque o próprio casamento de Adriana foi no local. “Sempre gostamos muito de festa junina, então optamos por uma festa típica”, explica.

Amante declarada das comemorações, ela esteve na cidade em 2006  junto com sua família e destaca como é bom o clima na região. Mesmo estando com os filhos, ela conseguiu curtir bastante. “Fomos passar as férias na Paraíba e decidimos visitar a festa. É um clima bem agradável. Participamos da abertura durante o show da Elba Ramalho, mas ficamos apenas no início, pois estávamos com as crianças e não teria como dançar. Mesmo assim o Arthur [filho de Adriana] se divertiu com uma amiguinha que arrumou por lá”, conta.

Para este ano, a comemoração conta novamente com a presença de Elba Ramalho, no dia 23 de junho, além de grandes nomes da música nordestina como Dominguinhos, no dia 18, e Zé Ramalho, no dia 30.

A dica dada por Adriana para quem vai com a família é chegar pela manhã para conseguir aproveitar as atrações. “É tudo muito cheio. O ideal é chegar cedo porque mais tarde fica impossível”, alerta. Por ter ido sozinha e de carro, Adriana também avisa que o ideal é ficar em algum hotel ou pousada próxima à festa. “Fizemos tudo a pé. Para ir de carro é muito difícil estacionar”.

Opções para visitar a cidade

Para quem não conhece muito a região, a opção é ir com uma agência de viagens que irá disponibilizar um guia durante todo o passeio. ”Ao chegar à cidade, é feita uma visita panorâmica apresentando as principais atrações como o centro de artesanato local, a Vila de São João e o Parque do Povo”, explica o gerente de produtos para a Paraíba da CVC Turismo, Rildo Albuquerque da Silva.

No Parque do Povo é onde se concentram as atrações da festa de São João com a apresentação de quadrilhas tradicionais e casamentos coletivos no dia do santo casamenteiro, Santo Antônio. São 42 mil m² onde ficam três dos dez pontos de diversão de Campina Grande – dois arraiais onde se apresentarão 160 quadrilhas, a Pirâmide Jackson do Pandeiro (onde acontecem os shows) e o Centro de Cultura Popular, com apresentação de artistas locais.

A festa, que promete ser o maior São João do Mundo, se encerra no dia 3 de julho com um show pirotécnico de mais de 15 minutos e 1,5 toneladas de fogos de artifício.



Fogueira de Pontes dos Machados completa 64 anos
23/06/2011 11h54
Uma tradição em todos os anos no mês de junho é a Festa de São João na comunidade de Pontes dos Machados, entre Bom Jesus do Amparo e Itabira. Em 2011, a fogueira gigante (aproximadamente 23 metros de altura) que é erguida no povoado completa 64 anos de história.

A festa surgiu em 1947 quando um fazendeiro da região, João Alves Fonseca, fez uma promessa de festejar São João, seu santo protetor, toda noite do dia 23 de junho. Ele fazia a festa em sua fazenda e a fogueira era erguida no curral de sua casa. Sua esposa e filhas serviam "quitandas" a todos os visitantes. Era uma grande celebração, todos dançavam, passavam descalços sobre as brasas, comiam biscoito e tomavam café até altas horas, ao som da sanfona e da viola caipira. A cada ano, o número de pessoas aumentava mais e mais.

No dia 10 de junho de 1970, João Alves faleceu e a partir deste ano a festa não mais aconteceu, pelo menos, não em sua fazenda. Passados três anos, os sobrinhos de João Alves retomaram a tradição de celebrar São João e com a ajuda de algumas pessoas da comunidade e alguns filhos do fazendeiro, teceram a fogueira em um outro local, ao lado de um depósito da Avelândia.

A festa foi crescendo e a comunidade sentiu a necessidade de construir uma capela. A esposa e os filhos de João Alves queriam que fosse uma capela de São João, outros queriam Santo Antônio. Depois de muita discussão decidiram fazer um sorteio e, para o espanto de todos, entre vários santos sugeridos, o sorteado foi São João. A partir desse dia, a fogueira é erguida todos os anos ao lado desta igreja, construída com o trabalho e o suor de toda a comunidade, que todo dia 23 de junho se mobiliza para receber os visitantes vindos de todas as partes.






   Festa para celebrar o santo

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O cantor e compositor Fausto Nilo também participa da apresentação em conjunto, viabilizada pelo projeto São João do Nordeste, da Petrobras
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O quarteto Amora Pêra, Fernanda Gonzaga, Isadora Medella e Paula Leal: grupo As Chicas é um dos convidados para a festa de amanhã à noite
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Chico César, que deve trazer ao show músicas de seu último CD
Como parte das comemorações em homenagem a São Pedro, acontece amanhã na Beira-Mar show com a Orquestra Sanfônica do Ceará, os artistas Chico César e Fausto Nilo e o grupo As Chicas
Junho é mês de quatro Santos. 30 dias seria tempo suficiente para atender a todos, mas calhou de São Pedro, padroeiro dos pescadores, dividir a data com São Paulo. Nem por isso as homenagens são modestas. Em Fortaleza, a tradicional procissão de jangadas em reverência ao apóstolo tem quase oito décadas de existência.


Neste ano, o ritual ganha um reforço e tanto, com cinco dias festa e uma abertura de fazer inveja aos outros santos. A responsabilidade fica a cargo da Orquestra Sanfônica do Ceará e seus 12 sanfoneiros, liderados pelo mestre Adelson Viana.


Eles sobem amanhã ao palco armado na Beira-Mar, na altura do Mercado dos Peixes, em frente à Igreja de São Pedro, acompanhados do paraibano Chico César, do grupo As Chicas - que traz no DNA o parentesco com Luiz Gonzaga - e do compositor Fausto Nilo.


Talentos
Amora Pêra, Fernanda Gonzaga (netas de Luiz Gonzaga), Isadora Medella e Paula Leal conheceram-se ainda adolescentes. A paixão pela música uniu as quatro moças, que formaram o grupo As Chicas. A partir de apresentações esporádicas na capital carioca, chamaram atenção do público e da crítica.



O primeiro CD, "Quem vai comprar nosso barulho", lançado de maneira independente em 2006, surgiu quase como uma demanda natural. A partir daí, as conquistas seguiram-se - entre prêmios, novos discos e parcerias com artistas de peso como Caetano Veloso, Margareth Menezes, João Bosco, Lenine, Beth Carvalho e outros.


Em 2009 lançaram o segundo CD, "Em tempo de crise nasceu a canção", pela Biscoito Fino - antes, conceberam o projeto "Barulinho", voltado ao público infantil. No site do grupo (www.chicas.com.br) é possível confirmar o talento das garotas - todas as músicas estão disponíveis para audição.


Tendo em vista a temática do último disco de Chico César, "Francisco, Forró y Frevo", lançado em 2008, sua escolha para o show de hoje revela-se uma feliz coincidência. Nele, o cantor e compositor inspira-se nas duas principais festas populares brasileiras, o carnaval e as comemorações juninas, para entregar faixas leves e divertidas, fundamentadas nos dois ritmos que dão nome ao CD.


Já a Orquestra Sanfônica do Ceará provou seu talento pela primeira vez no Réveillon 2011 de Fortaleza, ocasião em que o grupo foi oficialmente lançado. Ao todo, são 12 sanfoneiros, dentre eles grandes nomes como Adelson Viana (também maestro), Zé de Manu, Vaninho do Acordeon e Zé do Norte. A mistura de sons dos anfitriões e seus convidados promete um espetáculo interessante - ou dançante, para os mais dispostos.


O show integrar o projeto São João do Nordeste, patrocinado pela Petrobrás, que neste ano viabiliza festas juninas em mais de 140 municípios dos estados da Bahia, Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.


No encerramento, dia 29, os devotos se reúnem a partir das 7 horas em frente à Igreja de São Pedro, no calçadão da Av. Beira Mar, para a tradicional missa campal seguida da procissão de jangadas, onde a imagem de São Pedro embarca junto com os fieis para retornar horas depois em meio à festa.


Entre as duas datas, acontecem todos os dias na Praia do Mucuripe, em frente à Igreja de São Pedro, quadrilhas juninas, quermesse, feira de artesanato e apresentações musicais, além da venda de comidas típicas, com a participação da comunidade do entorno.


Programação
25/06 (sábado)

20h30 - Quadrilhas Juninas


21h30 - Banda Som do Norte


23h a 1h - Orquestra Sanfônica do Ceará convida Chico César, Fausto Nilo e as Chicas


De 26 a 28/06
18h - Tríduo de orações a São Pedro


19h - Quadrilhas juninas, quermesse, comidas típicas, feira de artesanato e atrações musicais


29/06 (quarta)
7h - Missa Campal


8h - Procissão Marítima


9h - Coco de Praia


9h30 - Quadrilhas Juninas seguidas de atrações musicais


Fique por dentro
Patrimônio intocável
A Festa de São Pedro, a igreja homônima e seu entorno representam, juntos, o primeiro bem imaterial de Fortaleza. O registro, proposto e legitimado pelo Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural (COMPHIC), com base na Lei Nº 9.347/2008, reconhece e protege a vivência coletiva do trabalho, a religiosidade, o entretenimento, as artes e diversas outras práticas sócio-culturais intangíveis e de valor inestimável. Essas expressões são preservadas e protegidas em respeito aos antepassados e gerações futuras, fortalecendo o sentimento de pertença do povo.


MAIS INFORMAÇÕES
Festa de São Pedro dos Pescadores. De 25 a 29 de junho, na Praia do Mucuripe, na Av. Beira Mar, em frente à igreja de São Pedro. Show de abertura a partir das 23 horas, com Orquestra Sanfônica do Ceará, Chico César, As Chicas e Fausto Nilo. Gratuito.

ADRIANA MARTINS

Fogueira de 42 metros será acessa este final de semana

A tradicional fogueira de 42 metros de altura espera atrair um público de aproximadamente 15 mil pessoas neste sábado, dia 25, no distrito de São Bento Baixo, em Nova Veneza. Desde maio, a estrutura da maior fogueira do Sul do Estado começou a ser montada ao lado da igreja de São João Batista. A previsão da queima da fogueira é para as 22h30min e permanecer durante 12 horas.

O presidente do Caep e da festa, Alberto Ranacoski diz que foram usados 30 metros cúbicos de lenha e carcaça de motosserra que, quando acende o produto causa um efeito especial. “O custo para montar a fogueira chega R$ 12 mil reais. Durante um mês 15 pessoas trabalham na montagem sendo ela toda artesanal. O vencedor do maior lance irá acender a fogueira”, destaca.

Programação variada durante todo final de semana

A programação do evento inicia na sexta com Santa Missa em Ação de Graças com presença dos festeiros da comunidade, a partir das 19h. Já as 20h30min, Risoto de São João. No sábado, a partir das 14h, abertura das barracas, às 15h, missa para os idosos e enfermos, Sacramento da Unção dos Enfermos, às 19h, Santa Missa festiva animada pela comunidade de Rio Cedro Médio, além de shows musicais. E no domingo, a partir das 8h, apuração de votos do Rei e Rainha, transladação da imagem de São João Batista da capela da Vila Maria, benção dos veículos, Missa de Ação de Graças, almoço, apresentações culturais e sorteio de uma moto CG 125, zero quilômetro.