Blog

Blog

7 de jan. de 2012

CAÇUÁS ou EITA! VIDA DE JUMENTO!


A carga que trago em meus caçuás
Não é leve e nem tão pesada.
Cheio de dias tristes e alegres
Vou seguindo nesta estrada
Troteando meus cambitos
De orelhas levantadas.
 
Com as retinas fatigadas
Pisco para o futuro,
Reparo a vida que passa
Muito além do monturo,
Rumo ao desconhecido
Que se esconde no escuro.





Não é, porém, meu casco duro
Unha tosca que mais me enfeia
É a tristeza que carrego
Da chicotada e da peia,
Da canga e da cangalha
Que me servem de cadeia.


Autor - Gerardo Bernardo
Artista de teatro e poeta