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17 de jan. de 2012

A mulher no começo do século


A Mulher no Começo do Século


No Manhattan Connection de domingo passado, veio à tona em meio aos comentários sobre a jornalista Lara Logan, correspondente da CBS e repórter do programa “60 Minutos”, que foi sexualmente agredida no Cairo, a descortesia, a deselegância e a selvageria com que as mulheres são tratadas no oriente médio.  No entanto, lembrei que também há em nosso meio um tratamento promíscuo embutido na indústria do entretenimento que é dado às nossas mulheres. A mídia às trata de forma rasa e as transforma em personagem principal do circo pornográfico da música e da dança em voga, e a masculinidade adora quando muitas se entregam ao escárnio sob pretexto de diversão ou vida artística.
Este post é uma homenagem e um reconhecimento à perseverança com que as mulheres  foram galgando o seu espaço numa sociedade arraigadamente machista, para ter, primordialmente, seu lugar ao sol e não para continuar sendo um objeto. Não se trata de conquista do movimento feminista, mas da mulher mesmo.
Flor em jardins só de folhas, nuvem branca em céus só azuis, gaivota em praias só de ondas, vida multiplicada em existências de solidão. Elas significam exatamente isso.
Separei imagens lá do início, quando  já começavam a se espalhar pelos espaços. Espero que estas conquistas sejam reverenciadas tanto por eles quanto por elas.

 
 
 
 
 


Roupa de Banho no Início do Século XX



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A praia não era só lugar de banho, era também de passeio, muitas vezes havia uma mistura de pessoas, umas em roupas de banho, outras vestidas a caráter. No início do século XX a roupa de banho cobria praticamente todo o corpo e tirar os sapatos e as meias era prática apenas dos mais ousados.
O nadador australiano Annette Kellerman foi um dos revolucionários da moda. Em 1907, ele apareceu na praia de Boston, em traje de banho bem composto, mas colado ao corpo, logo em seguida foi detido por conduta lasciva.
Um fator que mudou a forma do mundo ver a vestimenta de banho aconteceu duas semanas depois do teste da bomba atômica, em 1946, foi a criação de uma vestimenta bem pequena, que deixava à mostra praticamente todo o corpo, e que de adotou o nome do atol onde ocorreu o teste atômico; biquíni (de Bikini).
Nenhum dos modelos da moda de Paris quis vestir a criação de Louis Reard, um engenheiro automotivo. Foi necessário contratar uma dançarina de um Casino de Paris, Michele Bernardini.
A imprensa de moda de Paris sugeria que o biquíni tinha esse nome porque parecia que seu portador estava emergindo em farrapos de uma explosão nuclear, usando o pouco que sobrou.
Começaremos nossa exposição com um mergulho no Rio Tietê em 1900, culminando coma foto do lançamento do biquini em 1946.
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