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20 de jan. de 2012

“Primeira Individual Retrospectiva” na Zipper Galeria



Artista, que ganhou o prêmio Street Art no Festival Babelgum, inicia sua primeira mostra em 17 de setembro. “Eu precisava falar”: É com esta máxima que Felipe Morozini conceitua sua primeira exposição, com início em 17 de setembro na Zipper Galeria, em São Paulo. Intitulada “Primeira Individual Retrospectiva”, a exposição do multiartista apresenta imagens que tem capturado em 10 anos como fotógrafo.
São cerca de 50 obras, em que cada original ainda conta com tiragem de cinco edições. Felipe Morozini retrata expressões da cidade e de pessoas. Seu suporte é basicamente a fotografia, mas também utiliza colagens, pinturas, recortes, decalques antigos, e adesivos, sempre trabalhando a mão livre, para formatar peças de 1,5 x 1 metro, em média.
Nesta exposição, Morozini reúne seus trabalhos em séries, desde fotografias que receberam interferência de desenhos feitos com caneta hidrográfica até as imagens sobre as quais o artista aplicou decalques de avião, “atacando” emblemas da arquitetura paulistana (Niemeyers, Artachos e Catedral da Sé, por exemplo) e o modo de vida dos tempos atuais em série intitulada Invasões Bárbaras.
Altamente pessoal, a exposição apresenta o Last Floor Project: “um registro e catalogação da cidade de São Paulo e seus habitantes, sempre do mesmo ponto de vista, o último andar de um antigo edifício na Avenida São João”, conta o artista. Ela tem início com as obras Noiva do Vento e O Bico com as quais Felipe Morozini notou seu potencial de expressão. Quase um voyeur, ele tem intenção de fotografar a paisagem urbana, mas conforme amplia as fotos feitas com lentes de 300-500 mm, revela ações corriqueiras como um banho de sol, uma série de exercícios ou mesmo o reflexo de um espelho.
Primeira Individual Retrospectiva não é apenas uma exposição fotográfica. “Nela, desejo me expor em nome de uma experiência maior, sensorial”, reflete. Felipe Morozini apresenta a instalação inédita Cabelo ao Vento em que o espectador observa a obra ao passo em que uma lufada de vento complementa sua fruição. A mostra conta ainda com objetos do cotidiano criativo do artista, como brinquedos, porcelanas, espelhos, roupas, mobiliário etc.
Há também a série Psiu em que Felipe Morozini fotografou um cachorro durante anos. Primeiro, clicava o animal em repouso para, em seguida, chamar “psiu”. O cão se alarmava e uma nova foto era feita.
Outro conjunto de fotos é o Dreamers, que começou há oito anos no estúdio que também é a casa do artista. Os amigos que o visitavam eram fotografados no vidro da varanda que refletia a vista urbana e a sombra do artista. Dentre 150 retratados, Morozini selecionou 12.

Registrada em fotografias, a performance Jardim Suspenso da Babilônia traz a inquietação de Morozini frente ao Minhocão (Elevado Costa e Silva) onde, junto de 21 amigos, pintou flores de cal em toda a sua extensão. As fotos estarão expostas na Zipper Galeria, mas o vídeo circulou a internet e ganhou o Prêmio Especial do Juri na categoria Street Art no Festival Babelgum, presidido por Isabella Rossellini. O vídeo, que você pode conferir logo abaixo, também será exibido na galeria.



Lambe-lambes com frases de impacto foram colados em postes e paredes do espaço público em 2010 pelo artista e amigos, registrados em vídeo e fotos. O curta Eu Preciso Falar foi selecionado para a edição 2011 do Festival de Curtas Metragens de São Paulo.