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21 de jan. de 2012

Relembre 10 melhores e piores coisas dos anos 80

Os primeiros acordes de "Take My Breath Away" acendem uma luzinha na cabeça de muita gente. Para alguns, ela é a canção romântica que embalou seus namoros ou sonhos com a pessoa amada, famosa por estar na trilha de "Top Gun - Ases Indomáveis" (direção de Tony Scott, 1986), o filme em que Tom "Maverick" Cruise tenta conquistar a instrutora Kelly "Charlie" McGillys. Para outros, no entanto, nem o Oscar que a canção ganhou a faz menos sentimentalóide e piegas. "Take My Breath Away" poderia estar ao mesmo tempo em listas sobre o melhor e sobre o pior que a década de 80 nos deixou como legado.

Além da música pop, outros segmentos da cultura dos anos 80 também tiveram produções e modas polêmicas, que hoje em dia são consideradas marcas positivas ou negativas daqueles tempos, dependendo do ponto de vista.Logo abaixo, vamos conhecer dez coisas - de filmes a cortes de cabelo - que estão entre o melhor e o pior dos anos 80 e que fazem aquela época ser considerada como a década que nunca morrerá, para o bem e para o mal.

 Mullet



Melhores piores anos 80
Reprodução / www.u2.com
Integrantes do U2 com seus mullets oitentistas
Provavelmente esse típico corte de cabelo oitentista faz parte das lembranças do que de pior em termos de estética existiu nos anos 80. No entanto, o mullet esteve presente em vários dos melhores momentos daquela década.

Integrantes de bandas que despontaram na década de 80 e tornaram-se algumas das mais importantes da história do rock tiveram sua fase de cabelo mullet. Bono (então Bono Vox), do U2, é um exemplo disso. No megaconcerto do Live Aid, realizado em 13 de julho de 1985 e que foi um marco no engajamento dos artistas da música pop em causas sociais, o mullet predominou nos palcos em Londres e na Filadélfia. Por mais que ele seja considerado cafona atualmente, esse corte de cabelo caracterizou o visual dos anos 80 em alguns de seus bons momentos.


Bon Jovi



Melhores piores anos 80
Reprodução / www.bonjovi.com
O grupo Bon Jovi nos anos 80
Quando ouvimos as canções mais recentes do Bon Jovi, como "When We Were Beaultiful", do álbum "Circle"(2009), chegamos a duas conclusões. A primeira é que eles continuam a seguir  a fórmula do soft metal, uma versão amena do heavy metal e com forte apelo no visual dos artistas, do qual eles foram um dos expoentes nos anos 80.

E a segunda é que a qualidade dessas canções nos faz sentir saudades de seus primeiros sucessos, como "Wanted Dead or Alive" e "You Give Love A Bad Name", ambas do álbum "Slippery When Wet"(1986).

Apesar do visual de gosto duvidoso do grupo naquela época, que remetia a uma mistura do glam rock dos anos 70 com o dos metaleiros dos 80, a música conseguia ser melhor do que a que eles fazem atualmente. O que não mudou é o sucesso do grupo principalmente junto às mulheres, como mostram seus shows.

 Tom Cruise



Melhores piores anos 80
Reprodução
A imagem de Tom Cruise, como o mocinho de aventuras eletrizantes e improváveis, formou-se nos anos 80 com sua interpretação do personagem Maverick, um aspirante a piloto de caça na Marinha dos Estados Unidos  em "Top Gun - Ases Indomáveis" (direção de Tony Scott, 1986).

Foi desse filme que emergiu seu estilo galã, másculo-sensível e heróico, que o fez um dos atores mais bem pagos de Hollywood. Foi ali também que surgiu a antipatia da audiência masculina e da crítica em relação a ele. Mas a carreira de Cruise nos anos 80 teve momentos cultuados pelos mesmos críticos que depois o crucificaram.

Em papéis bem diferentes do estilo piloto corajoso e impetuoso de "Top Gun", ele esteve no elenco principal do elogiado "Vidas Sem Rumo" (direção de Francis Ford Coppola, 1983) e foi o protagonista de "Negócio Arriscado" (direção de Paul Brickman, 1983), considerado um dos filmes que melhor retratou a geração daquela década. 

 Ronald Reagan e Margaret Thatcher



Melhores piores anos 80
Reprodução
Biografia do presidente que
governou os EUA nos anos 80
Eles formaram a dupla que mais fez sucesso, causou polêmicas e influenciou a política mundial na década de 80, num período em que a Guerra Fria atingiu o clímax e o anticlímax. Ambos pertenciam a partidos conservadores e conduziram seus países, e boa parte do planeta, a um modelo econômico classificado como "neoliberalismo".

Margaret Thatcher, eleita primeira-ministra da Grã-Bretanha em 1979, e o ex-ator Ronald Reagan, eleito presidente dos Estados Unidos no ano seguinte, formaram a dupla de governantes que implantou um pensamento conservador na política e na economia, numa década marcada por uma cultura e um comportamento hedonístico.

A influência de Reagan e Thatcher dominou a geopolítica dos anos 80, sendo o estilo durão e anti-comunista de ambos alvo de fortes críticas. Thatcher foi um dos mais impopulares governantes britânicos, mas mesmo assim ficou no poder até 1990. Reagan foi vítima de um atentado a tiros logo no início de seu governo em 1981, mas sobreviveu e foi reeleito para um segundo mandato que durou até 1989.

Magnum



Detetives da TV
Reprodução
Camisas floridas por dentro de calças de cintura alta ou calções curtos de gosto duvidoso compunham o visual de um dos mais populares detetives da TV. Magnum, interpretado por Tom Selleck, era o protagonista do seriado homônimo que foi ao ar entre 1980 e 1988.

Apesar do visual cafona e de um dos piores episódios de encerramento de séries televisiva, "Magnum" tinha várias boas qualidades, a ponto do personagem de Tom Selleck ser considerado um dos melhores detetives da TV. Veterano da Guerra do Vietnã, verdadeiro bon vivant, mulherengo e morador de um chalé no Havaí, Magnum investigava desde assassinatos cometidos por serial killers até casos de espionagem internacional.

Segundo os críticos, ao ser protagonizado por um ex-combatente no Vietnã, o seriado rompeu o tabu das séries televisivas em horário nobre de tocar no assunto que representou um dos grandes fracassos dos Estados Unidos.
 Sussudio

Os anos 80 deixaram como legado vários clássicos do pop-rock, assim como inúmeras canções de qualidades duvidosas. Há também aquelas que tornaram-se marca registrada da época, para o bem e para o mal. "Sussudio" de Phil Collins é um exemplo. A canção lançada em 1985 foi um sucesso popular, enquanto a crítica torceu o nariz para o que teria sido uma tentativa de Collins de repetir a fórmula das músicas dançantes de Prince.

Com o passar dos anos, "Sussudio" ficou datada e sua identificação com o melhor e o pior dos anos 80 foi reforçada em várias referências na cultura pop, como no filme "Psicopata Americano" (direção Mary Harron, 2000), em que o protagonista, um yuppie de Wall Street, faz um empolgado discurso sobre a canção, antes de transar com duas prostitutas em seu luxuoso apartamento.



 Yuppies


melhores piores anos 80
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O yuppie Patrick Bateman é o protagonista de "Psicopata Americano"
Se o fim dos anos 60 assistiu a ascensão e queda da contracultura hippie, o começo dos anos 80 marcou o surgimento da geração yuppie na onda do neoliberalismo. O sonho hippie já tinha acabado e jovens profissionais recém-saídos das universidades nos Estados Unidos encontraram no mercado financeiro um campo propício para atuarem com suas novas ideias e gana por ganhos estratosféricos.

Esses "senhores do Universo" dos anos 80 cultuavam a vida noturna urbana, as grifes, o consumismo e o individualismo exacerbado, em oposição ao coletivismo e ao estilo paz e amor da contracultura do fim dos anos 60.

Nada modestos, os yuppies tornaram-se símbolos de uma era e estiveram à frente de vários projetos que impulsionaram a economia. Mas a crise de 1987 no mercado financeiro foi atribuída, entre outros fatores, à ganância e a tolices cometidas por esses profissionais que levaram a uma derrocada das Bolsas de Valores no mundo todo.

Karatê Kid


Melhores piores anos 80
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Além de "Top Gun - Ases Indomáveis", outros filmes lançados nos anos 80 dividem a opinião dos críticos e da audiência. "Karatê Kid" (direção de John G. Avildsen, 1984) é um deles. O filme conta a história de um adolescente franzino, interpretado por Ralph Macchio, atormentado pelos outros garotos da escola que encontra num mestre de karatê um grande amigo e protetor.

Pat Morita fez o papel do mestre e foi indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro por seu desempenho. Apesar de inspirador e estar sempre na listagem dos melhores filmes de temática adolescente, "Karatê Kid" deixou um legado polêmico como a febre por bandanas orientais, uma série de animação na TV, que teve vida curta, e uma refilmagem em 2010 que nos faz sentir saudades da dupla Ralph Macchio - Pat Morita.

 Miami Vice


Melhores piores anos 80
Reprodução
O seriado "Miami Vice" deu o que falar nos anos 80. A série estreou em 1984 nos Estados Unidos e teve cinco temporadas. Ao retratar o submundo do tráfico de drogas em Miami e as ações de infiltração policial nele, o seriado causou impacto com suas inovações e por sua sintonia com o que estava na moda naquela década.

Trilha sonora atualizada, convidados especiais, cenas de violência, consumo de drogas e sexo, policias dirigindo uma Ferrari e vestindo-se com o que de mais "fashion" existia nos anos 80 conquistaram a audiência e fizeram alguns críticos repensar o conceito de "enlatados" atribuído normalmente aos seriados televisivos norte-americanos.

No entanto, é justamente a sua sintonia com a década de 80 que fez "Miami Vice" parecer datado e cafona para muita gente. Mas, a transformação da série em filme para o cinema em 2006, pelo diretor Michael Mann, deu a "Miami Vice" o reconhecimento que ela merecia.

 Like a Virgin

Nada mais anos 80 do que "Like a Virgin", um dos maiores hits da futura rainha do pop. Lançada no final de 1984, a canção composta por Billy Steinberg e Tom Kelly foi a primeira de Madonna a chegar ao topo das paradas de sucesso. Dançante e com versos ambíguos, cheio de conotações sexuais, a canção teve críticas divergentes na época.
As negativas centraram-se na voz de Madonna, considerada sem força e sem alcance para a interpretação. Isso, no entanto, não impediu "Like a Virgin" de se tornar a mais popular das canções da rainha do pop. Mesmo considerada um dos clássicos da década de 80, quando comparada com a qualidade dos sucessos posteriores de Madonna, a canção evidencia o quanto a cantora evoluiu.

Fonte - biglistasnet