Zeitgeist, o filme
Gosta de teorias conspiratórias? Este é o filme. Gosta de história? Este é o filme. É religioso? Este é o filme (para você reafirmar sua fé ou repensá-la). Zeitgeist é um documentário que consegue viajar da irrelevância para o sucesso lidando com a avidez de novidades que os interneutas padecem se tornando um bem acabado viral. Suas teorias são tão díspares que você pode concordar com qualquer uma das três partes do filme e discordar completamente das outras. Mas é inegável que a obra é bem feita.
Esqueça o Código da Vinci. Poucas vezes se viu um filme de alcance mundial (milhões de acesso no mundo todo) bater tanto nas crenças judaico-cristãs. É um desmonte ideológicos onde se debocha dos dogmas católicos de modo realmente provocativo.
O ritmo do filme é de quem tem uma impaciência acadêmica com a mitologia que governa a mente de milhões de viventes. De quem vê que por trás da cortinas da falácia poderosos e inteligentes manipuladores da verdade, que é a libertadora definitiva da raça humana.
Zeitgeist é um termo alemão cujo significado é "Espírito do Tempo". O Zeitgeist significa, em suma, o nível de avanço intelectual e cultural do mundo em uma época. A pronúncia alemã da palavra é tzaitgaist, de acordo com o Dicionário Escolar Michaelis de Alemão.
O filme, lançado em 2007 pelo norte-americano Peter Joseph, tenta mostrar na primeira parte ("A Maior História Já Contada") que Jesus foi um mito romano baseado na astrologia pagã e inspirada na religião dos antigos egípcios (uma verdadeira aula de simbolismo).
Já na linha michaelmooriana, o filme mostra na segunda parte ("O mundo todo é um palco") como o 11 de setembro e a Guerra Contra o Terror é mais uma farsa montada para incutir medo e confusão nos governados.
No momento em que os democratas começam a falar em revanchismo é mais lenha na fogueira.
Na última parte ("Não se preocupe com os homens atrás da cortina") o documentário defende que o Federal Reserve (uma espécie de Banco Central americano) fora criado para perpetuar o poder de famílias de banqueiros gerando crise e prosperidade de tempos em tempos, levando a concorrência à bancarrota.
Essa parte se assemelha com a teoria dos Ciclos de Kondratieff e é defendida por economistas de peso como o falecido Celso Furtado.
A terceira parte ainda acrescenta que a entrada dos EUA nos grandes conflitos é instigada pelos interesses desses grupos econômicos dominantes e, sistematicamente, são forjadas justificativas para o engajamento do povo americano nos esforços de guerra.
Que Cidadão Kane que nada. O buraco é mais embaixo. O Google tem um páreo duro para disputar a dominância planetária e midiática. Simplesmente imperdível.
Fontes usadas no filme (de acordo com o site oficial) podem ser vistas AQUI.
Fonte:
É tudo Verdade? - Revista Galileu
Site Oficial (onde pode ser baixado e ainda pode ser encontrado o filme "Zeitgeist: Addendum" e já está anunciado o "Zeitgeist III" para 2010. Nunca a cultura underground foi tão comercial.)
Espírito do Tempo - Blog Takahashi
