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23 de mar. de 2012

Sucessos internacionais


Então você era adolescente, de repente começou a ouvir Elvis  e seu cabelo começou a crescer. Deu por certo que nasceu para ser selvagem, que podia perder a sua mulher, sua mãe, mas nunca mais iria ficar sem.
Jimi Hendrix fala com as mãos.
Tudo que quis a seguir era rock’n’roll  a noite toda e festa todo dia. Embalou amores dizendo quer só queria pegar na mão, mas logo mandou que viessem acender seu fogo.
All you need is love toca na FM.
Enlouqueceu com fumaça sobre a água, em lugares e com alguéns que te tornaram mais feliz, onde as pessoas eram mesmo afudê.
A roda-gigante continua a girar, Mr. Young canta as coisas do sul.
Houve momentos em que a música foi a sua única amiga, outros que Chuck Berry fez até o diabo dançar. E você estava lá. Decidiu não ser mais um tijolo no muro.
Hey, teacher, leave them kids alone.
Sexo na casa do sol nascente. Drogas com os lunáticos que estão na sala. Rock’n’Roll, long and lonely, lonely, lonely, lonely time na bolacha.
Temos que trocar a agulha.
Decidiu montar uma banda. Sabe que o caminho até o topo é difícil, se você quiser tocar rock. No início, lá em 1955, o homem não conhecia um show de rock’n'roll , e todo aquele swing. O homem branco tinha a emoção, o homem negro tinha a melancolia. E você sabe, mudou a sua vida. Até quando, se é só rock, mas você gosta.
A resposta, meu amigo, sopra no vento.
My old friend, thank’s! Long live to you!

Woodstock clones I



Há exatos 42 anos, às 17h de uma sexta-feira, iniciaria o que de melhor consta na herança cultural deixada pelo século XX. Woodstock foi o ápice de uma geração que alcançou a adolescência pouco depois de milhões de pessoas terem morrido na Segunda Guerra Mundial. Paz e amor não pareciam palavras tão piegas perto da lembrança do sangue.
O legado da geração dos anos 60 vai além da boa música, da pílula, da liberação sexual. Lastreou um idealismo que aos olhos da maioria, 4 décadas depois, parece idiota. Um dos lastros mais significativos dos 400, 450, 500 mil de Woodstock foi a replicação dos festivais de música a céu aberto. Todos queriam a loucura daquele weekend agostino de 1969.
Segue pequena lista de imitações.
GODSTOCK Um sinal de que se trata de uma réplica de Woodstock é a utilização do sufixo stock. Serve para qualquer festa descolada que queira imitar o festival. Barmitzvahstock, Openhousestock, Niverstock, Fridaynigthstock… No caso do Godstock, é uma resposta religiosa para o original. Paz, amor e dízimo, bicho!
Qualidade do clone: bizarro!
PSICODÁLIA
O Psicodália é um festival hippie brasileiro, da linhagem direta do Woodstock. Um clima fraterno, sem frescura, de ajuda mútua. Sem a menor hipótese de violência. No Brasil, restou ao hippie o estigma de chinelão retorcedor de arame. Saca uma girafinha, bicho? Psicodália contraria esse senso comum. O festival é de boa música, paz, amor e segue a nova onda do bicho grilismo: ecológico. Sem ser chato.
Qualidade do clone: afudê!
AVANDARO Festival de Rock e Ruedas 1971
Esse eu achei vagando pelo ZoneZero, num ensaio do fotógrafo Pedro Meyer. Dois anos depois de Woodstock, o México decidiu fazer a sua celebração da contracultura. Era pra ser uma corrida de carro com algum esporádico show de rock, mas acabou transformando-se em festival de música que, assim como o original, teve seu público subestimado pela organização. Esperavam 100, apareceram 150 mil muchachos(cifra official dentro del area de la musica) que demostraron ser capaces de salir adelante, a pesar de haberse reunido en las condiciones mas precarias.
“Las condiciones precárias” você vê no ensaio fotográfico e consistem em som ruim, aperto e um visível e grande desmatamento para acomodação de todos. Mexicanos dançando delirantemente ao som de rock em espanhol. “Rocanroleros”, como dizem. E o nome da revista? La Piedra Rodante! Que espetáculo! En Avandaro quedo demostrado sin duda alguna que hay un nucleo significativo de jovenes mexicanos que gustan del rock, la libertad y la paz, y que estan dispuestos a luchar por sus ideales, soportando todo genero de penalidades.
Qualidade do clone: em 1:36 do vídeo, o cara canta: tieno una niña en todo lugar, a mí me gusta mucho rock’n'rolear… respeitei!
WOODSTOCK 1994 e 1999
Os anos 90 foram cruéis com Woodstock. As duas edições comemorativas do festival se provaram algo tão triste quanto ver o Joe Cocker cantar ao lado do Frankstein italiano do tchan aí embaixo – saca o ombrinho. Principalmente pelos atos de violência e vandalismo que marcaram as duas edições. O legado hippie segue, mas como na época, ainda existem os que não entenderam patavinas.
Qualidade do clone: vergonhoso!



$ete de Setembro, momento em que muitos brasileiros se tornam patriotas de uma hora para outra. Tem uns que dizem saber cantar o Hino Nacional  de cor e salteado. Mas na prática não é bem assim. Oh Hino Irracional! Outros fazem questão de colocar uma bandeirinha no vidro do carro e tem até os que ainda pintam a cara de verde e amarelo para desfilar, como o casal aí de cima. Gestos muito bonitos, mas vale ressaltar que isso muitas vezes só acontece na Semana da Pátria e quando a Seleção Canarinho entra em campo pela Copa do Mundo. Triste realidade!
Mas, voltamos a falar do nosso Hino Nacional ou pior, Irracional. Sei que a letra é difícil e são raros os brasileiros que a conhecem e entendem o que tais palavras dizem. Oh Hino Irracional! Tem até cantora que mesmo lendo a letra se atrapalha na hora de colocar o gogô em prática, que o diga a Vanusa
Tem também cantores que exageram na cantoria do Hino Nacional, cantando-o da mesma maneira que interpretam suas própria músicas. Oh Hino Irracional! Essa é contigo Luan Santana


Natalie Irish, artista plástica americana, levou a sério esse verso “Desculpe-me enquanto eu beijo esse cara” da clássica “Purple Haze” de Jimi Hendrix. A partir de uma tela branca, ou preparada apenas com uma cor de base, ela vai pintando, ou melhor, beijando até que se forme a imagem desejada. Ela conta que os lábios ficam muito cansados, assim como seus olhos se cansam dos constantes movimentos que faz entre beijar a tela e se afastar para visualizar melhor o trabalho. A obra está sendo comercializada no eBay. Veja Natalie em ação beijando Hendrix:
“Purple Haze” foi gravada em 1967 no álbum “The Jimi Hendrix Experience”  e tornou-se um dos símbolos das músicas de drogas psicodélicas dos anos 60. Hendrix escreveu a letra da canção um dia depois do Natal, em 1966. O guitarrista contou que foi inspirado por um sonho em que estava andando no fundo do mar. Ele disse que o Purple Haze  (uma planta da familia “cannabis”) o cerca, o envolvia e desaparecia no tal sonho. Foi uma experiência traumática, mas em seu sonho a sua fé em Jesus o salvou. O músico afirmava que esta música nada tinha a ver com drogas, mas é difícil acreditar que ela não foi uma influência. A letra parece retrar uma ácida viagem, e Hendrix usava muita droga naquele momento.
Uma brincadeira foi gerada em torno da letra desta “Purple Haze”, quando ele cantava o verso “Excuse me while I kiss the sky” (Desculpe-me enquanto eu beijo o céu), foi ouvido mal como “Excuse me while I kiss this guy” (Desculpe-me enquanto eu beijo esse cara). Em algumas apresentações, Hendrix usou esse humor, deliberadamente cantando “beijo esse cara”, enquanto apontava para Mitch ou Noel, como fez em Monterey. Já em Woodstock ele claramente aponta para o céu neste momento