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22 de abr. de 2012

Belezas dos mares


 

Sempre digo que explorar o fundo do mar é o mais próximo que chegarei em visitar um mundo alienígena. Todos aqueles que um dia desejaram ser astronautas vão realizar suas fantasias de exploradores de mundos desconhecidos nesta atividade.
Estas cenas espetaculares foram capturadas durante mergulhos nas ilha Fiji e Tonga. Ele mostra inebriantes corais, animais multicoloridos e exibe alguns bichos titânicos com os quais quero me encontrar um dia.
Se você tem interesse em mergulhar procure uma operadora de mergulho séria na sua região. Se não quiser investir ainda em um curso pergunte sobre a ‘aventura de mergulho’, também conhecido pelo jargão ‘batismo’. É um mergulho de pouca profundidade e baixo risco guiado por um instrutor certificado.
Se informe previamente se a escola está filiada a uma certificadora, ou seja, uma empresa internacional que fornece o método de ensino de mergulho e emite certificado aceito em qualquer outra operadora que você visitar no mundo. Eu recomendo a SSI por causa da preocupação extra com segurança e treinamento, mas há várias outras que também são adequadas.

O triste futuro dos oceanos: um mar de peixinhos

“Diga adeus aos grandes peixes dos oceanos, e diga oi para os pequenos”. Villy Christensen, professor da Universidade de Columbia, tem boas razões para dar um alerta tão grande.
Primeiro, as novidades boas. Ele afirma que ainda há muitos peixes no mar: existem cerca de dois bilhões de biomassa de peixes nos oceanos, o que gera cerca de 300 quilogramas de peixe por pessoa no planeta. E o que é melhor, esse número tem se mantido relativamente constante.
As más notícias? O balanço entre os tipos de peixes tem se alterado. Grandes peixes dos oceanos têm experimentado um declínio de 55% nos últimos 40 anos. No lugar deles, estão os pequenos.
Christensen explica que os peixes que sobraram são aqueles que os humanos não estão interessados em comer ou pescar. “Metade dos peixes do mundo são pequenos, estão em oceano aberto e não são aproveitáveis”.

O Nereus olha para o futuro

O programa Nereus, o qual Christensen é diretor, já tem nove anos e mais de R$ 22 milhões em investimentos para modelar e entender as mudanças globais nos oceanos, como essa dos peixes. Na mitologia grega, Nereu era o filho mais velho de Pontus (o mar) e Gaia (a Terra), e era o deus do mar com o poder das profecias.
O programa tem como base para suas previsões complexos dados e modelos que incluem clima, cadeia alimentar e pesca, além de modelos para biogeografia e política.
Ao invés de apresentar os dados em planilhas, os cientistas fizeram parcerias com criadores de jogos para montar modelos virtuais 3D do futuro dos impactos climáticos nos oceanos. O estudo cobre 100 anos, entre 1960 e 2060.

Alguns vencedores são perdedores

Para alguns pescadores dos mares do norte, as mudanças climáticas parecem ser uma vitória: com o aquecimento das águas, os peixes migraram para o norte, o que se transforma em pescas melhores. Mas William Cheung, da Universidade de Columbia, afirma que isso não vai continuar assim.
As águas do norte conseguem absorver e manter mais gases, particularmente o dióxido de carbono, que está crescendo muito na atmosfera terrestre. O aumento desse gás torna a água mais ácida, e por isso essa região do planeta está ficando ácida mais rápido do que as outras, o que torna difícil o crescimento dos peixes.
Cheung desenvolveu um modelo global que inclui mais de 600 espécies de peixes e invertebrados, para investigar os impactos combinados de diferentes ações humanas. Apenas com o aquecimento, os pescados do norte aumentam a pesca em 30%. Mas com a acidificação, eles acabam perdendo mais do que ganham.
“Apesar de não ser uma bola de cristal, esses modelos são ferramentas importantes para cenários em desenvolvimento”, afirma Cheung. 


[LiveScience, Foto]

As águas-vivas vão dominar nossos oceanos?

Nos últimos anos, notícias da mídia e publicações científicas sobre águas-vivas estão alimentando a ideia de que esses seres gelatinosos são cada vez mais comuns e talvez vão dominar os oceanos nas próximas décadas. O impacto gigante dos humanos nos oceanos, incluindo a pesca exagerada e as mudanças climáticas, já foram sugeridas como a causa desse processo alarmante.
Uma pesquisa realizada por Robert H. Condon e 16 coautores, entretanto, afirma que a ideia de que as águas-vivas e organismos similares estejam surgindo em uma onda global não se apoia em boas evidências. Condon e colegas sugerem que a percepção desse aumento é resultado de uma atenção maior por parte dos cientistas e da imprensa a esse fenômeno. Também faz diferença a falta de boa informação sobre o passado deles, o que encoraja comparações ruins.
Os fósseis e evidência documentada indicam a ocorrência de picos ocasionais de águas-vivas, como parte comum da história natural desses organismos, talvez esteja ligada a ciclos climáticos naturais. Mas essas explosões geraram menos atenção em décadas e séculos passados.
Condon e os coautores não esperam que todos concordem, e sabem que falta um consenso entre os pesquisadores. Eles apontam que as mudanças populacionais das águas-vivas e organismos marítimos similares têm importantes consequências para o ecossistema local e podem ser afetados pela atividade humana. Por essa razão, eles estão montando uma base de dados para analisar as flutuações populacionais e ligá-las com a atividade humana. Mas, por enquanto, eles não acreditam que as águas-vivas vão dominar os oceanos.


[ScienceDaily]

Um possível desastre ecológico que ninguém comenta: a acidificação dos oceanos

Chaminés, fornos e tubos de escape de carros são algumas fontes que liberam dióxido de carbono para o ar. Parte desse dióxido acaba dissolvido na água do mar, como ácido carbônico.
Como o dióxido de carbono na atmosfera hoje em dia chega a 380 partes por milhão (ppm), enquanto os últimos milhões de anos viram oscilações entre cerca de 180 e 280 ppm, não é nenhuma surpresa que a água do mar esteja mais ácida do que durante este período recente da história da Terra.
Como sempre, não é só a dimensão dessa mudança que é importante, mas sua velocidade.
Um novo estudo tentou medir a taxa atual dessa mudança, contra o que aconteceu em épocas pré-industriais, mas ficou dependente de modelos de computador para fornecer estimativas históricas.
Apesar dessa ressalva, os números da pesquisa são surpreendentes, sugerindo que a atual taxa de acidificação é duas ordens de magnitude maior do que o que aconteceu no final da última Era Glacial.
Será que animais marinhos, plantas e ecossistemas podem viver com isso? Como os oceanos ficarão no futuro? Será que ainda vão ser capazes de nos fornecer os alimentos que precisamos?
Alguns experimentos em laboratório sugerem problemas. Por exemplo, na semana passada, uma equipe de pesquisadores australianos descobriu que níveis aumentados de CO2 na água do mar afetam a química do cérebro de peixes alterando seu comportamente.
Algumas pessoas podem dizer que o que está acontecendo não é um aumento da acidez, e sim uma queda na alcalinidade, portanto, não se pode chamar isso de acidificação.
De uma certa forma, isso está correto. Com o pH de 8,1 e caindo, a água do mar está a caminho de alcalina para neutra.
Mas isso é irrelevante. Os organismos e ecossistemas se adaptam a qualquer acidez ou alcalinidade que encontram, mas precisam de tempo para fazê-lo e, em alguns casos, por exemplo, para animais que precisam formar conchas, essa adaptação pode ser impossível.
De qualquer forma, há uma riqueza de evidências de que a acidificação dos oceanos é motivo de preocupação – talvez até mais do que os efeitos climáticos das emissões de CO2.
Algumas convenções climáticas já mencionam os problemas da acidificação. A Rio+20 (Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável) oferece uma maneira de colocar a questão sobre as mesas de presidentes e primeiros-ministros, e é um movimento a ser ativamente prosseguido.
A Comissão Oceanográfica Internacional da Unesco é um dos organismos das Nações Unidas dedicado a falar sobre a acidificação na agenda Rio.
Tal como acontece com os impactos do clima, há uma agenda preocupada com lidar com os impactos da acidificação, bem como uma agenda preocupada com a redução da tendência em si.
Alguns anos atrás, por exemplo, os cientistas mostraram que manter a população de peixes equilibrada e saudável em um recife oferece proteção contra impactos de temperatura e acidez.
Uma solução pode ser encontrada, mas o problema precisa ser reconhecido. 


[BBC]


Correntes oceânicas como nunca antes vistas

Prepare-se para ver algo relativamente comum com outros olhos. Uma animação da NASA mostra as correntes oceânicas mundiais do período de junho de 2005 até dezembro de 2007. Não espere narração ou explicações – essa será uma experiência apenas visual, e incrível.


[NASA]