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2 de abr. de 2012

O mundo do Rock no Brasil



No ano de 2010, quase 40 anos após a introdução do folk rock  no Brasil, surgia em São Paulo a The Outside Dog (assim eram chamados os cachorros levados ao Alasca no início do século 20 para puxarem os trenós). O Musicômio conversou com o vocalista da banda paulistana Pedro Gama  para conhecer o conjunto e desmistificar esse gênero musical, que não é nem tão novo assim em solo brasileiro, afinal a gênese do folk no País aconteceu na década de 70, quando artistas como Zé Rodrix, Sá & Guarabyra e Secos & Molhados mesclaram a música brasileira com o pop internacional. E justamente foi nessa fonte em que a TOD foi beber, sem dispensar é claro referências como Bruce Springsteen, Tom Petty e Neil Young. “As referências internacionais, principalmente na questão da sonoridade, são sem dúvida mais marcantes. Mas é inegável que nomes brasileiros tenham influência direta ou indireta naquilo que fazemos. Particularmente, gosto muito de Zé Rodrix, Zeca Baleiro, Lenine, Sá & Guarabyra, Almir Sater e Raul Seixas. É impossível para mim não se identificar com as temáticas ou resgatar memórias com muitas das canções desses mestres”, disse Gama.
Atualmente formada por Pedro Gama (voz, violão e banjo), André Sanches (baixo acústico e elétrico), Ciro Jarjura (gaita) e Dmitri Medeiros (bateria), a The Outside Dog surgiu como um projeto solo à base de violão, voz e gaita. “Ao longo da gravação do nosso primeiro disco [homônimo], percebemos que era inerente à sonoridade das faixas a inclusão dos demais instrumentos. Banjos, guitarras, baixos, pianos e baterias vieram para complementar a leveza e a crueza das faixas”, comentou o vocalista.

No ano passado a The Outside Dog lançou seu primeiro álbum, um disco homônimo produzido por Zeca Leme – produtor responsável por registros ao vivo de B.B. King, Chuck Berry, Motörhead, Rush, entre outros – e masterização no estúdio Sterling Sound, em Nova York. O trabalho está disponível para download gratuito no site da banda. E, recentemente o grupo paulistano apresentou o videoclipe de “Open D Blues”, o primeiro vídeo do conjunto.
Confira trechos da entrevista que o Musicômio fez com o vocalista da The Outside Dog, Pedro Gama:
Musicômio – Quais os frutos que estão sendo colhidos com o primeiro álbum?
PG - Considerando que nosso objetivo sempre foi sermos ouvidos, o primeiro álbum é realmente um sonho concretizado. Ele está ali, acessível para que as pessoas o escutem, o avaliem, o utilizem em suas vidas. E já observamos reações muito carinhosas das pessoas. A imprensa musical (especialmente os blogs) foi uma grande parceira e vitrine para o disco. Queremos que as pessoas nos ouçam e que daí surjam oportunidades para shows.

Musicômio – A banda é novíssima e já disponibilizou link para baixar o novo álbum grátis pela rede. Como vocês avaliam essa questão da pirataria?
PG -  Queremos ser ouvidos. No máximo de lugares para o máximo de pessoas. Disponibilizar um álbum online gratuitamente é fazer justamente isso. Divulgar nossa música para quem a quiser ouvir, e dessa forma, a qualidade do nosso trabalho é que estará sendo avaliada. Se for bom e o público quiser consumir, isso invariavelmente será refletido em shows e em espaços em blogs e sites.

Musicômio – Como foi a experiência de trabalhar com Zeca Leme, de cara, assim no primeiro álbum?
PG - O Zeca sempre se posicionou de uma maneira muito coerente durante todo o trabalho. Dava abertura ao diálogo e avaliava sugestões oferecidas, mas tinha o pulso firme nos momentos que a experiência ou a intuição falavam mais forte. Teve o projeto todo o tempo sob controle e fez as composições amadurecerem de uma maneira que um compositor iniciante, como eu na época, nem imaginava que era possível. Foi uma experiência memorável e fundamental que me dará a bagagem necessária para os discos futuros.

Musicômio – Na agenda de shows tem alguma apresentação marcada para o Rio Grande do Sul? Já tocaram por aqui?
PG - Para o Sul ainda não temos nada marcado. Já fizemos um show em São Paulo com o pessoal da Theo, uma banda excelente do Rio Grande do Sul com influências do country e folk norte-americano. Então nós sabemos que a qualidade da viola sulista é algo que tem de ser reverenciado e tocar nas terras gaúchas seria fantástico para a banda!



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