Blog

Blog

23 de jul. de 2012

Os homens que se expuseram a uma explosão nuclear [vídeo]




Há 65 anos, cinco oficiais do Exército dos Estados Unidos e um cameraman assistiam ao teste de um míssil nuclear em Nevada (EUA). Não seria algo extraordinário, não fosse o fato de eles estarem posicionados a poucos quilômetros abaixo da explosão.
Loucura? Imprudência? De acordo com a organização midiática NPR, a ideia do Departamento de Defesa dos Estados Unidos era mostrar que uma arma nuclear, apesar de seu potencial destrutivo, era “segura”.
Logo após a gigantesca explosão, um dos homens gritou com entusiasmo: “Está logo acima das nossas cabeças! Hahaha! Bom, bom! Tem uma bola de fogo enorme!”.
Quem assiste à gravação hoje, com tantas informações sobre os riscos da radioatividade, provavelmente se pergunta se esses homens morreram de câncer.
Os seis homens seriam: Coronel Sidney C. Bruce, tenente-coronel Frank P. Ball, major John Hughes, major Norman Bodinger e Don Lutrel. A NPR divulgou que dois primeiros morreram com mais de 80 anos e um supostamente com mais de 70 (os dados não são precisos, e eles não souberam dizer com certeza se os outros três homens ainda estão vivos).
Os Estados Unidos fizeram seu último teste de bomba atômica em 1992. Tomara que continue assim.


[Gizmodo]

Ouça uma verdadeira explosão nuclear



Uma gravação rara de 1953 mostra um teste nuclear feito em Nevada (EUA) e é um dos poucos registros fieis de uma explosão nuclear. Divulgado recentemente pelo historiador Alex Wellerstein, do Instuto Americano de Física, o vídeo está praticamente “puro”, livre de edições.
“É raro encontrar gravações em que o som não foi bagunçado”, escreve em seu blog. Ao contrário do que vemos em filmes de ação, o barulho chega à câmera vários segundos depois da explosão propriamente dita – graças à diferença de velocidade entre a luz e o som.
Durante os testes, civis só puderam assistir a cerca de 18 quilômetros de distância, tanto para evitar o impacto da explosão quanto para se proteger das partículas radioativas.
“É obvio que assistir a um vídeo preto e branco granulado no YouTube não vai te dar ‘aquele’ complexo senso de proporção. Mas, com um bom par de fones de ouvido, você realmente fica imerso na experiência”, sugere Wellerstein. Que tal conferir?




Energia nuclear: Solução ou idéia infeliz?
 

Chernobyl é o maior exemplo. O medo de colapsos nas instalações nucleares do Japão após o recente grande terremoto pode se tornar o segundo exemplo.
O debate sobre a energia atômica reacendeu nos últimos dias. Grupos ambientais defendem que ela não seja mais usada. A questão que fica é: por que construir usinas nucleares, quando existem tantas outras fontes de geração de energia? Será que seus riscos valem à pena?
Por que usar a fonte mais lenta, mais cara, mais inflexível e mais arriscada em termos financeiros? Seus defensores, entretanto, insistem que a energia nuclear gera a menor taxa de carbono, que os novos reatores são perfeitamente seguros, e que produz uma energia sustentável a um custo competitivo com outros métodos.
Segundo especialistas, um desastre japonês na escala do acidente nuclear de Chernobyl é altamente improvável, porque os reatores em jogo são construídos a um nível muito mais elevado e tem medidas de segurança muito mais rigorosas.
Eles insistem que os modelos mais recentes de reatores nucleares têm sistemas de refrigeração passiva, e que mesmo em face de qualquer desastre, não apresentam qualquer perigo para a população.
Os acidentes nucleares que já ocorreram até agora, contudo, acabaram diminuindo a expansão dessa tecnologia. Mas seus defensores alertam que a percepção pública da indústria nuclear tem que ser balanceada à necessidade imperiosa de reduzir a dependência do petróleo, gás e carvão, por causa das emissões de dióxido de carbono que eles produzem.
Eles acreditam que a única maneira de bastante energia ser produzida de forma sustentável para atender a crescente demanda global é a energia nuclear. O urânio, utilizado na produção de energia nuclear, tem a vantagem de ser uma fonte altamente concentrada de energia, facilmente transportável e barata, e que precisa de quantidades bem menores do que o carvão ou petróleo.
Além disso, a energia nuclear é considerada pelos seus defensores como uma alternativa limpa à exploração cara de petróleo e gás, confrontadas com a diminuição das reservas.
No entanto, isso não é uma opinião compartilhada por todos. Alguns cientistas acreditam que a energia nuclear depende de eventos aleatórios climáticos mais do que a mudança climática precisa da energia nuclear.
Ativistas anti-nucleares dizem que a crise no Japão é um lembrete dos perigos da energia atômica, principalmente em uma região conhecida pela sua atividade sísmica. Eles defendem o uso de sistemas alternativos para atender a demanda mundial de energia, sendo os mais populares a energia solar, a biomassa, a hidráulica e as turbinas eólicas. Todos os sistemas têm os seus inconvenientes, seja o custo de instalação, a transformação de terras agrícolas, etc.
Enquanto isso, os defensores da energia nuclear afirmam que seu único inconveniente é o dinheiro necessário para montar uma usina que, uma vez executada, o preço real por quilowatt de energia produzida é mais barato que outros métodos, e os custos de funcionamento são mínimos.
Porém, existem outros tipos de custo em jogo. Governos, empresas e indivíduos têm que decidir sobre o equilíbrio entre as preocupações ambientais e o preço que estão dispostos a pagar pela energia e pelos seus riscos. A crise no Japão certamente tem perturbado esse equilíbrio para muitos. 

[BBC]