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17 de ago. de 2012

Conheça e entenda tudo sobre a Gripe Suína (Influenza/Gripe A)


Vírus influenza A sob microscopia eletrônica (clique para ampliar)

Durante a histeria coletiva propagada e criada pela mídia, resolvi me calar sobre a tal de Gripe Suína. Por quê? Simples. Nem mesmo os especialistas tinham muito o que dizer naquela época. Então, de onde os jornalistas inventaram meses e toneladas de matérias a respeito? Lugar nenhum. Repetiam as mesmas coisas de sempre, cada vez de uma forma mais assustadora, como se estivéssemos presenciando o fim da humanidade, para vender mais.
Hoje, com muito mais informações apuradas e comprovadas a respeito, arrisco-me a compilar uma série de explicações a respeito desta gripe, porque ela não é grave assim, porque não precisamos nos preocupar tanto assim, enfim, mostrar que ela é uma gripe comum (e até mais branda). Diferente de outros posts, de forma a ser bem direto, decidi redigir este na forma de uma série de perguntas, para que você vá direto ao ponto que lhe interessa. Como de costume, os links com as fontes estão ao longo da matéria. Nada do que você lerá aqui foi inventado, e sim, compilado de sites médicos, especialistas, ou informações divulgadas para a imprensa pelos órgãos competentes. (clique aqui para ler o post completo)

1-) O que é a gripe suína?
2-) Qual o perigo de um vírus diferente?
3-) Qual a letalidade do vírus da gripe? Qual a taxa de mortalidade de gripe suína?
4-) Quais os sintomas da gripe suína?
5-) Como tratar a gripe suína? Como funciona o tal do Tamiflu?
6-) Como o vírus se reproduz e como o sistema imunológico do corpo reage?
7-) De onde surgiu o vírus da gripe suína? Onde a pandemia de gripe suína começou?
8-) Por que todos estão tão preocupados a respeito desse tipo específico?
9-) A gripe suína pode matar? Como uma pessoa pode morrer de gripe?
10-) Como prevenir a infecção pela gripe suína?


1-) O que é a gripe suína?

É uma doença respiratória causada por uma variação do vírus influenza tipo A, conhecido como H1N1. O H1N1 é a mesma variedade de vírus que causa epidemias sazonais de gripe regularmente em humanos. Mas esta última versão do H1N1 é diferente: contem material genético que é encontrado, tipicamente, em variações do vírus que afetam humanos, aves e suínos.
Vírus de gripe têm a habilidade de trocarem seus componentes genéticos entre eles, quando entram em contato próximo no mesmo hospedeiro. Neste caso, porcos podem ter fornecido o local ideal para criar a nova variedade do vírus (veja o local onde o vírus deve ter surgido – pergunta 7)
Mas apesar da variedade do vírus poder ter se originado em porcos, agora a doença é totalmente humana e pode se propagar de pessoa para pessoa através de tosse e espirros.
O vírus da gripe suína pode ter passado por anos de evolução e se multiplicando silenciosamente antes de aparecer e virar notícias de primeira página no mundo todo.
Conforme o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA e Rebecca J. Garten que estudou muitas amostras da nova versão do vírus H1N1 e que com a análise, diz que ele não tem as características necessárias para virar um assassino planetário. (Fontes: BBC e G1)


2-) Qual o perigo de um vírus diferente?

O motivo para não sermos imunes ao influenza A depois de uma gripe é que o vírus muta muito. Dois fenômenos são importantes, o drift, onde o vírus acumula pequenas mutações nos genes H e N, suficientes para no ano seguinte nosso sistema imune não reconhecer o vírus. Mais importante (e mais frequente do que se imaginava) é o shift. O shift acontece quando dois influenza diferentes entram na mesma célula e ao saírem misturam seus cromossomos, e dos oito pedaços que levam, alguns são do vírus x e outros do y. Quando isso acontece, o vírus muda abruptamente e nosso sistema imune fica completamente despreparado. É o que faz com que vacinas falhem. Na verdade, existe um atraso entre coletar o vírus e produzir a vacina, de maneira que todo ano temos que estudar o vírus e tentar prever qual vai ser a forma mais importante na epidemia. Além do mais, o vírus pode se modificar e tornar-se mais letal. Mas esta é uma possibilidade remota.
As maiores epidemias recentes de gripe ocorreram quando houve rearranjo entre o vírus humano e o vírus aviário, como na gripe asiática de 1957 (H2N2) e Hong Kong 1968 (H3N2). o vírus da gripe espanhola, é H1N1 e aparentemente saltou direto dos patos para o ser humano, sem rearranjo. Quem intermedia o rearranjo, contraindo o vírus humano e aviário? Os porcos e galinhas. (Fontes: Biólogo Atila Iamarino)


3-) Qual a letalidade do vírus da gripe? Qual a taxa de mortalidade de gripe suína?

A Organização MNundial da Saúde (OMS) divulgou nesta segunda-feira (22) um novo boletim sobre os casos da gripe suína no mundo. Segundo a agência da ONU, há hoje 52.160 casos da doença e 231 mortes - 51 a mais do que o último balanço divulgado na sexta-feira (19). Para efeito de comparação, uma gripe normal mata, só nos EUA, aproximadamente 30.000 pessoas.
Ou seja, atualmente, a gripe normal tem um taxa de mortalidade menor que 0,1%. Este percentual é atingido dividindo-se o número de mortes pelo total de casos confirmados. Segundo a contagem mais recente (22/06/09), há 52.160 casos para 231 mortes. Logo, para a gripe suína temos uma taxa de mortalidade de apenas 0,004% (ou seja, até o momento, a gripe suína é TRINTA VEZEZ MENOS mortal que a gripe normal).
Para efeito de comparação, a taxa de mortalidade da gripe aviária (esta sim, muito grave), passa dos 60%. A gripe espanhola, de 1918, era de 2%. O vírus ebola é um dos mais letais conhecidos, atingindo taxas de mortalidade de mais de 90%.
O atual subtipo de gripe suína não possui diversos genes aos quais se atribui aumento de letalidade, incluindo aqueles capazes de codificar para duas proteínas conhecidas como PB1-F2 e NS-1, e outro que codifica para um trava-língua chamado “local de segmentação de hemaglutinina polibásica”. (Fontes: G1, G1, WSJ, MD Saúde)

4-) Quais os sintomas da gripe suína?

O quadro clínico da gripe suína é muito semelhante ao da gripe comum, com febre, dor de cabeça, tosse, dor de garganta, dores musculares. A única diferença é que pode ocorrer também diarréias e vômitos,o que é pouco comum na gripe simples. Nas crianças pequenas e nos idosos, grupo de risco para as complicações, os sintomas podem ser menos típicos, ocorrendo apenas febre e letargia. A febre é o sintoma mais importante para o diagnóstico. Se não há temperaturas maiores que 37,5C praticamente exclui-se o diagnóstico de gripe suína. (Fonte: MD Saúde)

5-) Como tratar a gripe suína? Como funciona o tal do Tamiflu?

Muitos doentes se recuperam sem nenhum medicamento específico. Combate-se os sintomas, mantêm-se em repouso e pronto. Para alguns outros, pode ser administrado o famoso “Tamiflu”. Mas para entender como funciona o tamiflu, precisamos saber como é feito um virus da gripe, o influenza.
Existem 3 tipos de influenza, o vírus que causa a gripe, o A, B e C. O influenza A é o mais variável e que causa mais estragos todos anos. Ele tem 8 pedaços de RNA (RNA mesmo, não é DNA) dentro de uma cápsula. Duas proteínas deles são mais importantes para entendermos. Uma é chamada de Hemaglutinina, fica do lado de fora do vírus e serve para fazer contato com a célula. Como ela se liga em células, quando o colocam o vírus em uma gota de sangue, os glóbulos vermelhos ficam aglutinados (hemo aglutinina, hemaglutinina). A outra é a Neuraminidase, ela quebra os açúcares onde a hemaglutinina se liga para liberar os vírus recém formados.
Como a hemaglutinina e a neuraminidase ficam para fora do vírus, são as proteínas mais reconhecidas por anticorpos e usadas nos testes de diagnóstico. Por isso as linhagens de influenza são nomeadas pelas letras HN, como H1N1, H3N2, de acordo com o tipo de cada uma.
O principal ingrediente activo em Tamiflu, Oseltamivir, funciona ligando-se à enzima neuraminidase na superfície das partículas virais, impedindo-a de funcionar. Quando a enzima é impedida desta forma, novas partículas virais não serão libertadas pelas células infectadas. Isto previne que o vírus da gripe se propague e infecte novas células. Oseltamivir confina, deste modo, a infecção a uma área menor, fazendo com que os sintomas da infecção sejam menos graves e facilitando o trabalho do sistema imunitário para combater o vírus. Tamiflu reduz a duração da gripe em aproximadamente 1 dia a 1 dia e meio e diminui o risco de desenvolvimento de complicações originárias da gripe, como infecções do peito que necessitem de antibióticos. (Fontes: Biólogo Atila Iamarino, Meds4All)

6-) Como o vírus se reproduz e como o sistema imunológico do corpo reage?


Nesta animação acima, em inglês, podemos ver somo o vírus se espalha. Vejamos, você inspira ou traz o vírus para dentro do seu corpo de alguma forma (toca a boca, o nariz, com as mãos infectadas – daí a importância de se lavar e deste ser um dos modos mais eficientes de evitar de pegar o vírus). O vírus entra nos pulmões e começa a infectar célular. Para tal, o vírus “se gruda” nas células saudáveis e a usa para fabricar réplicas de si mesmo. Quando a célula saudável fica muito cheia de vírus, ela explode e todos aqueles novos vírus continuam se espalhando e infectando células vizinhas.
Neste espaço de tempo, nosso corpo já percebeu que há um intruso e um batalhão de células-branca se dirigem ao local para combater o vírus. Inicia-se uma luta entre células de defesa e vírus. Macrófagos vêm em nossa defesa e fagocitam (englobam e “digerem”) o vírus. Após isso, o macrófago pega partes do vírus, chamadas antígenos, e informa outras células de defesa, as T-Helpers, sobre como identificar o vírus e ajudá-lo a matá-los.
As células T-Helper se dividem em células T-Killer e células T-Helper de Memória. As células T-Killer reconhecem os antígenos do vírus em células infectadas e passam a destruí-las. As células T-Helper de Memória, se lembram do vírus por um bom tempo, de modo que o corpo consiga reconhecer rapidamente quando este vírus aparecer de novo no corpo.
As células T-Helper ativam outras células de defesa, chamadas células “B”, ou linfócitos. Elas células se lembrarão do vírus e serão aquelas que irão produzir o tão famoso “anticorpo”, que é capaz de destruir alguns vírus ou de agrupá-los, de forma a facilitar o trabalho do macrófago (o verdadeiro exterminador de corpos estranhos). Após o vírus ser destruído, os anticorpos permanecem circulando no corpo por um bom tempo, o que permite que seu corpo destrua o vírus da próxima vez muito mais rapidamente, talvez, sem você nem perceber que foi infectado.
Aliás, assim explica-se a vacina. A vacina nada mais é do que uma injeção de vírus que não podem se replicar. Ainda assim, o corpo irá combatê-los e tudo isso o que você viu (e leu) irá proceder. O corpo passará a reconhecer aquele vírus facilmente. Então, quando ele entrar no seu corpo, antes mesmo de conseguir infectar muitas células, como o corpo já o reconhece, ele será destruído rapidamente e você não ficará doente.
No outro vídeo abaixo, podemos ver um macrófago em ação, “comendo” um invasor.

7-) De onde surgiu o vírus da gripe suína? Onde a pandemia de gripe suína começou?

A pandemia se iniciou em La Gloria, distrito de Perote, a 10 quilômetros da criação de porcos das granjas Carroll, subsidiária da Smithfield Foods. O paciente zero foi o menino de 4 anos Edgar Hernandes, provavelmente seu organismo foi plataforma para a alteração do vírus que se tornou “mais humano”. Em dezembro do ano passado já havia sido constatada um gripe desconhecida que se espalhava rapidamente.
Os moradores de La Gloria - muitos deles trabalhadores da Carroll - não têm duvida, o criatório de porcos que produz 1 milhão de porcos por ano. Segundo as informações as fezes e urina dos animais são depositadas em tanques de oxidação, de cor avermelhada, a céu aberto onde nuvens de moscas sobrevoam. Ao lado das lagunas de oxidação encontram-se os chamados biogestores, onde são jogados os porcos mortos por doenças ou ferimentos. A putrefação é uma fonte de contaminação e proliferação das moscas que, empurradas pelo vento, chegam até La Gloria e invadem as casas. Seriam elas os vetores iniciais do A(H1N1): teriam entrado em contato com os porcos e/ou dejetos e possivelmente infectado os alimentos nas casas.
As granjas Carroll que haviam sido expulsas dos EUA por danos ambientais se alocou no México e além de poluir os lençóis freáticos da região (uma vez que fica acima no terreno) utiliza antibióticos, hormônios antivirais e sofrem alterações genéticas para aumentar a produção. Essas medidas tornam os vírus cada vez mais resistentes e qualquer mutação que favoreça a contaminação em seres humanos terá (e está tendo) serias conseqüências. (Fontes: Wikipedia, Vermelho)

8-) Por que todos estão tão preocupados a respeito desse tipo específico?

É um vírus novo e incomum. A maioria dos vírus da gripe possui dois elementos genéticos, mas o H1N1 possui quatro: dois tipos de gripe suína, um de gripe aviária e alguns genes humanos de gripe, disse o Dr. Neil O. Fishman, especialista em doenças infecciosas da Universidade da Pensilvânia. O vírus também mostrou ser capaz de infectar rapidamente muitas pessoas, como fez numa escola no bairro do Queens, em Nova York.
É um precedente histórico que alimenta a maior parte das preocupações atuais. Na pandemia de 1918 (gripe espanhola, que matou mais de 50 milhões de pessoas), o vírus era relativamente brando quando aparece pela primeira vez na primavera. Porém ele voltou com tudo durante o outono. “Isso é o que deixou muitos peritos assustados”, disse Fishman. “Quando ele retorna, existe a possibilidade de ser mais virulento."
Há ainda um grande problema com as gripes. Facilmente transmissíveis, elas podem resultar numa alta taxa de morbidade, ou seja, as pessoas precisam ficar em casa ou nos hospitais para se recuperarem. Para as empresas, isso significa funcionário sem trabalhar e, conseqüentemente, menor produtividade e menos lucros. O problema financeiro também é muito sério, muitas vezes mais do que a mortalidade da doença em si, que é baixa. Vejamos alguns pontos:
  1.  A ORIGEM DA GRIPE SUINA.
  2. Carregando...
  3.      

  4.      13/08/09 - Como surgiu a Gripe A e como se prevenir
  5. Carregando...
  6.      

  7. Vacinação - A verdade oculta (Parte 01)
  8. Carregando...
  9.      Vacinação - A verdade oculta (Parte 02)
  10. Carregando...
  11.   
  12.      Vacinação - A verdade oculta (Parte 03)
  13. Carregando...
  14.      Vacinação - A verdade oculta (Parte 04)Carregando...
  15.      Vacinação - A verdade oculta (Parte 05)
  16. Carregando...
    

  • Só a gripe causa para as Empresas, prejuízos de 3,5 bilhões de dólares anuais com faltas e internações de funcionários;
  • A vacinação contra a gripe resulta na economia de 50 dólares por funcionário ao ano pela diminuição do absenteísmo;
  • O Banco Mundial estimou em 2008 que uma pandemia de gripe poderia custar 3 trilhões de dólares e resultar numa queda de aproximadamente 5 pontos porcentuais no crescimento do PIB mundial. O Banco Mundial estimou que mais de 70 milhões de pessoas poderiam morrer no mundo em decorrência de uma epidemia séria;
  • O grupo independente de intelectuais australianos do Instituto Lowy de Política Internacional estimou em 2006 que no pior cenário, a epidemia de gripe poderia limar 4,4 trilhões de dólares da produção econômica global;
  • Dois relatórios nos Estados Unidos em 2005 estimaram que uma pandemia de gripe poderia causar uma séria recessão na economia norte-americana, com custos imediatos entre 500 e 675 bilhões de dólares;
  • Um estudo, do Serviço de Orçamento do Congresso, afirmou que hospitais teriam dificuldade em controlar infecções e que poderiam se tornar fontes de disseminação da doença;
  • Um segundo estudo da WBB Securities LLC de Nova Jersey prevê em um ano perdas econômicas de 488 milhões de dólares e um prejuízo econômico permanente de 1,4 trilhão de dólares à economia dos Estados Unidos;
  • Em 2003 o surto de gripe aviária afetou viagens, comércio e locais de trabalho e custou 40 bilhões de dólares à região da Ásia Pacífico. O surto durou seis meses e matou 775 das 8.000 pessoas infectadas em 25 países.
(Fontes: G1, Vacine, Revista Exame)

9-) A gripe suína pode matar? Como uma pessoa pode morrer de gripe?

Na verdade, a gripe em si não causa tantas mortes. Vale lembrar, ainda, que mesmo no caso de gripe suína, os pacientes têm se recuperado sequer sem tomar medicamentos, apenas com repouso. Mas problemas secundários emergem quando o corpo fica debilitado e são estes quem causam mais mortes. Há ainda outro problema que se apresenta em corpos saudáveis onde, por incrível que pareça, um sistema imunológico forte pode acabar matando o enfermo. Vamos explicar.
Segundo Michael Osterholm, diretor do Center for Infectious Disease Research And Policy, pessoas mais jovens e saudáveis podem morrer quando ocorre uma “tempestade de citocinas” no corpo. Citocinas são um extenso grupo de moléculas envolvidas na emissão de sinais entre as células durante o desencadeamento das respostas imunes. Aparentemente, o problema é esse. O sistema imune não responde corretamente ao vírus, e desencadeia uma inflamação exagerada dos pulmões, que ficam cheios de macrófagos, neutrófilos, incham e se enchem de fluídos (entenda como funciona a “batalha” entre células brancas e o vírus – pergunta 6). O paciente morre praticamente afogado.
Num texto do Ecce Medicus, há uma explicação sobre as diversas complicações da gripe. Segue a íntegra do texto:
1) Pneumonia -- A maior complicação da gripe é a pneumonia, que ocorre em grupos de risco como àqueles portadores de doenças crônicas. Os grupos de risco são:
* Pacientes com doenças cardiovasculares e pulmonares
* Pacientes com diabetes mellitus, doença renal, hemoglobinopatias, ou imunossupressão de qualquer causa
* Pacientes institucionalizados (casas de repouso, penitenciárias, etc)
* Indivíduos acima de 50 anos

Há dois tipos de pneumonia (principal causa de mortes secundárias): Primária e Secundária. Pode também haver a coexistência das duas infecções.
Pneumonia Primária por Influenza -- Ocorre quando o vírus da influenza diretamente infecta o tecido pulmonar, causando um quadro inflamatório (chamado de pneumonite) muito grave (para um mecanismo de lesão pulmonar ver esse post). Febre alta, dispnéia, e progressão rápida para insuficiência respiratória são a regra.
Pneumonia Secundária Bacteriana -- Como toda vó sabe, uma gripe mal-curada pode se "transformar" em uma pneumonia. A pneumonia bacteriana secundária a uma infecção prévia por vírus da influenza é responsável por 25% (em um estudo) de todas as mortes associadas à gripe [2]. Na verdade, há um sinergismo maléfico entre o vírus e o pneumococo (principal bactéria causadora da pneumonia - 48 % dos casos). O quadro clássico é a exacerbação da febre e dos sintomas respiratórios após uma melhora inicial, associado a tosse com expectoração muco-purulenta e alterações radiológicas.
2) Miosite e rabdomiólise -- Esses termos referem-se a inflamação muscular e necrose (morte celular) da fibra muscular, respectivamente. É uma importante complicação da gripe, mais comum em crianças. As dores pelo corpo, que são chamadas de mialgias, são sintomas de inflamação muscular. Uma lesão muscular grave pode levar a insuficiência renal. Há relatos de que o músculo cardíaco também pode ser afetado assim como o pericárdio.
3) Envolvimento do Sistema Nervoso Central -- Várias doenças do sistema nervoso podem estar associadas à infecção pelo vírus da gripe. Entretanto, uma relação causal ainda não foi totalmente estabelecida. Encefalite, mielite transversa, meningite assética, Sindrome de Guillain-Barré (uma paralisia progressiva) estão entre as possíveis doenças associadas.
(Fontes: Wikipedia, Ecce MedicusHuffington Post)

10-) Como prevenir a infecção pela gripe suína?

Segundo o CDC, o uso de máscaras provê uma proteção muito limitada. Isso porque elas não foram feitas para isolar completamente o ar que é respirado. Um conjunto de recomendações é o que garante uma menor probabilidade de contrair a doença. Vejamos:
  • Usar máscaras cirúrgicas descartáveis durante toda a permanência em áreas afetadas;
  • Substituir as máscaras sempre que necessário;
  • Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável;
  • Evitar locais com aglomeração de pessoas;
  • Evitar o contato direto com pessoas doentes;
  • Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;
  • Evitar tocar olhos, nariz ou boca;
  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar (entenda como lavar as mãos pode eliminar o vírus);
  • Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes
    e roteiro de viagens recentes às áreas afetadas;
  • Não usar medicamentos sem orientação médica.
(Fonte: Ministério da Saúde)