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8 de ago. de 2012

FARC estão ganhando a guerra infiltradas no Judiciário, denuncia ex-ministro colombiano



Fernando Londoño Hoyos, ex-ministro de Defesa
Fernando Londoño Hoyos, ex-ministro de Defesa




















As FARC estão ganhando a guerra contra o Exército colombiano. Não apenas pelos atentados que praticam, mas sobretudo porque se infiltraram no Judiciário e na política. A partir dessas posições elas desencadearam feroz ofensiva contra Colômbia e os que a defendem.

     Arnaldo Jabor fala a verdade sobre as FARC


A denúncia é do ex-ministro de Defesa, Fernando Londoño Hoyos, vítima ele próprio de um atentado terrorista no centro de Bogotá.

“Declararam uma guerra contra nós que estamos perdendo”, escreveu no jornal “El Tiempo”  de Bogotá, o mais ouvido do país.

“Os terroristas têm a iniciativa e nossas forças estão escondidas em trincheiras, quando não são postas para fora por indígenas em vergonhosos despejos. Precisamos recuperar a iniciativa. É preciso derrotar o inimigo e, para derrotá-lo, é preciso atacá-lo”, acrescentou.

“As Forças Militares, e sobretudo o Exército, estão confundidas, atônitas, paralisadas pela guerra jurídica declarada contra elas. Se continuarem sem fazer nada, perdem a guerra. Mas se combaterem, seus homens são postos no cárcere”.

“Aos terroristas não se pode apresentar a prazerosa ideia de uma rendição incondicional da sociedade que eles atacam. (...) Ao contrário, o Presidente deve lhes fazer saber que cada ato terrorista afasta irreparavelmente qualquer forma de perdão e qualquer mesa de negociação.

“O terrorismo golpeia o centro nervoso de nossa economia. É preciso destruir o deles. A droga não é assunto policial. Deve ser o primeiro dos objetivos da ação militar. Desde que guerra é guerra, o primeiro objetivo é destruir as linhas de abastecimento do inimigo. E, evidentemente, os sócios que as sustentam”.


Fernando Londoño Hoyos vítima de atentado recente das FARC.
Fernando Londoño Hoyos vítima de atentado recente das FARC
O ex-ministro escreveu também sobre o plano de retirar as Forças Armadas da estratégica região do Cauca, proposto por entidades civis e eclesiásticas “progressistas”.

Para ele, a proposta significa “arriar as bandeiras e entregar o Cauca e a nação inteira aos terroristas. Encher esse departamento [subdivisão administrativa da Colômbia] com comunidades de paz inspiradas e comandadas pelo padre Giraldo e por Baltasar Garzón é o início do fim”.

“Nesta hora solene, qualquer omissão é covardia e qualquer silêncio, cumplicidade. Um aceno do Presidente bastaria para unir o país. Porém, a deserção do dever mais sagrado que ele jurou cumprir equivaleria a uma catástrofe.

“’Salve a Pátria, presidente Santos!’”, concluiu exclamativamente o ex-ministro de Defesa


Este novo modo de avançar das esquerdas – derrotadas por outras vias –não é exclusivo da Colômbia. Verifica-se um pouco por toda parte na América do Sul.

E as palavras do ex-ministro colombiano também se aplicam, mutatis mutandis, aos países afetados pela nova estratégia das esquerdas.