Santo Sudário: A verdade revelada sobre o famoso teste de datação “carbono 14″ feito no sagrado linho
Um documentário-enquete
revela os erros e mentiras da datação medieval
Produzido
pela Polifemo SRL e pela RAI Trade, o
documentário-enquete A noite do Sudário, busca
esclarecer, com documentos inéditos, as muitas dúvidas sobre a datação do
Sudário por meio do carbono 14.
Na
entrevista, Francesca Saracino, diretora do documentário, explicou como foi
realizado este estudo, com a capacidade de desenmascarar
as desleais e anti-científicas manobras de quem, espertamente, pretendeu
colocar a datação do Sudário numa época medieval.
Senhora
Saracino, como chegou nas conclusões ilustradas no seu documentário?
Saracino: Há
oito anos me dedico ao Sudário. A
noite do Sudário é o
terceiro documentário de uma trilogia: o primeiro foi O
Sacro Sudário a
história que foi distribuida pela Mimep-Docete e teve um discreto sucesso, com
2000 cópias vendidas. O segundo documentário é uma versão prolongada do primeiro
documentário com algumas entrevistas exclusivas, entre as quais aquela da
doutora Barbara Frale, que tinha feito novas descobertas sobre a questão. O
segundo documentário agradou muito a redação de TG2 Dossier que o colocou no ar
em 2009 num programa especial. Existe portanto um quarto documentário, que nós
apresentamos uma pré-montagem no Meeting de Rimini em 2010, que logo
terminaremos.
Aquele
apresentado agora, o deixei conscientemente por último, porque sabia que teria
sido o mais complicado de realizar. Neste terceiro episódio ocupo-me
exclusivamente do Carbono 14 mas de uma maneira diversa de como foi afrontado
até agora. Normalmente fala-se muito do Carbono 14 nos documentários mas, do
meu ponto de vista, nunca se aprofundou bastante. Me comprometi a entrar mais
nas “escuridões profundas” do tema, dado que a datação é uma das questões mais
controversas do Santo Sudário. Além de novos documentos inéditos, conseguimos
obter algumas entrevistas exclusivas de estudiosos, reconhecidos a nível
internacional, que não falavam sobre há mais de 20 anos. Assim, de
documentário, como era o objetivo, virou uma autêntica e verdadeira enquete.
Foram
empregados dois anos e meio para completar o documentário e certamente não
esperava que teríamos conseguido resultados tão importantes. Sobre o Carbono 14
em todos estes anos fizeram-se muitas hipóteses: por exemplo que o resultado
possa ter sido “dirigido” para fazer que o Sudário tivesse uma datação
medieval. No final nos demos conta de que tal hipóteses tinham de fundo uma
verdade. Apareceram uma série de problemáticas que recolocam em discussão
todas as certeza sobre o Carbono 14. Houve também sujeitos “externos” que não
tinham nada a ver com a datação, que intervieram, dando uma contribuição
negativa àquela que devia ser uma análise a ser desenvolvida do modo mais
escrupuloso possível. E tudo isso é provado por documentos inéditos.
Queremos
provar que a análise do carbono 14 não foi feito de modo correto. O nosso
objetivo não é demonstrar que o Sudário seja verdadeiro ou falso: serão as
pessoas, vendo o documentário que tirarão por si só as conclusões.
È
verdade que existem pessoas que tem medo da verdade sobre o Sudário?
Saracino: Quando
em 1988 foi feita a análise do carbono 14, o relativo documentário mostra que
muitos estudiosos estava interessados no Sudário como objeto, enquanto que
outros estavam interessados numa questão de prestígio pessoal ou, ao menos, de
prestígio que teria adquirido o departamento pelo qual trabalhamos. Até mesmo o
laboratório de Oxford parece que recebeu 1 milão de esterlinas, de 45 homens de
negócio, para demonstrar que o Sudároi era uma falsificação medieval. É
evidente que algo não estava bem…
Você
acha que se chegará a uma verdade sobre o Sudário? Ou ao menos, em que nível de
veracidade poderão chegar as investigações?
Saracino: È
claro que o Sudário é um objeto difícil de analizar. Durante uma projeção me
foi perguntado porque a Igreja não faz reexaminar o objeto. Até mesmo o
inventor do radiocarbono, Libby, quando soube que o Sudário teria sido
submetido ao Carbono 14, disse que teria sido uma operação destinada ao
fracasso. O STURP teria submetido uma série de 25 exames preliminares justo
para achar todos os tipos de poluentes possíveis e fazer a mais correta análise
possível. Todos estes exames preliminares – exceto o carbono 14 – foram
abolidos, embora o então cardeal Ratzinger o tivesse sempre encorajado. Se hoje
quiséssemos submeter o Sudário a uma nova datação, teria sido necessário, antes
de tudo, efetuar estas 25 análises preliminares para descobrir os poluentes,
para depois proceder seguindo um protocolo escrupuloso. Certamente que as
muitas exposições públicas e a recente restauração do Sudário poderiam de
qualquer forma ter alterado um eventual novo resultado.
Qual
acolhida está tendo o documentário seja a nível de crítica seja a nível de
público?
Saracino: O
resultado até agora foi muito positivo. Tivemos uma projeção privada à qual
assistiu Barry Schwortz, membro do STURP, a equipe que estudou o Sudário em
1978. O comentário de Schwortz foi entusiasta e disse que finalmente, pela
primeira vez depois de anos tinha sido feito um documentário que não tinha medo
de ilustrar a verdade sobre o Carbono 14 e sobre os bastidores do que aconteceu
antes da datação. Schwortz falou disso na América e nos disse que ali há uma
grande espera pelo nosso documentário. Já alguns livros americanos falam
também.
O
documentário foi apresentado como premier no interior do Roma Fiction Fest em
Setembro de 2011 e também na projeção da quarta-feira passada no Ateneu
Pontifício Regina Apostolorum, as impressões foram entusiasmantes: nos disseram
que aquelas que antes eram só hipóteses, agora foram verificadas.
A
novidade do nosso documentário é que trata o carbono 14 como nunca tinha sido
feito antes. Não tinha nenhum sentido fazer um novo documentário sobre o
carbono 14 que fosse igual aos outros: também a nível comercial não teria tido
nem sequer sucesso estratégico financeiro.
Veremos
logo o documentário na televisão?
Saracino: Há um
acordo em fase de definição com uma casa distribuidora. Ainda não posso dar
detalhes, só antecipar que é uma das mais importantes distribuidoras da Itália
e que garantirá que o documentário tenha uma difusão capilar. Agora o
documentário está dando voltas – também no exterior – em Congressos e salas
privadas, como aquela do UPRA.
Na
televisão encontramos mais obstáculos, não tanto pelo aspecto econômico, mas de
conteúdo definido “forte” por algumas produtoras que, portanto, estão tomando
um tempo para decidir. O nosso é um documentário rico de informações e complexo
para ser acompanhado: colocá-lo no ar na alta noite não seria sem dúvida o
maior sucesso. Apontamos à faixa horária do início da noite que, porém,
notoriamente, está sempre lotado. Esperamos encontrar um acordo até o outono.