Muitas
surpresas estão reservadas para os fãs menos abonados dos Rolling Stones. Após
anunciar quatro shows (dois na Inglaterra e outros dois nos Estados Unidos)
alusivos aos 50 anos da banda, em que
o público pagou uma fortuna por cada ingresso, o grupo vem se apresentando em
pequenos clubes de Paris, mesma cidade onde foi gravado o mais novo trabalho, GRRR.
Esses shows surpresa foram anunciados via Twitter oficial da banda
no mesmo dia da apresentação. O fã teve que dirigir-se ao local anunciado e
comprar no máximo dois ingressos pela bagatela de £ 12 (R$ 40), para evitar
fraudes e revendas astronômicas. Os tíquetes eram impressos com o nome do
comprador, que deveria mostrar um documento no ato da entrada do clube. Fazendo
parte de todo o mistério, o fã não poderia levar câmera ou celular, qualquer
registro dos shows foi amplamente proibido.
Dois shows já ocorreram na capital francesa, no clube La Trabendo
e no Theatre Mogadore.
Mais
surpresas e documentário
Outra surpresa está reservada para os fãs a
nível mundial. O público que se cadastrar com seu perfil do Facebook ou via
e-mail em um grupo na rede social poderá conferir um trecho de pouco
mais de 17 minutos do documentário Charlie is my Darling,
produzido por Mick Gochanour e Robin Klein, com imagens originais e inéditas
dos Stones na Irlanda, em 1965.
A ABKCO filmes apresenta uma versão meticulosamente
restaurada deste lendário filme, que nunca foi oficialmente lançado.
Originalmente dirigido pelo pioneiro cineasta Peter Whitehead, o longa contou
com filmagens durante uma turnê de fim de semana dos Stones na Irlanda, logo
após (I Can’t Get No) Satisfaction ter se tornado o hit número 1 das
paradas. O documentário traz imagens com depoimentos da banda e de fãs que
aguardavam a entrada no teatro para assistir ao fenômeno musical da época.
O documentário estará disponível em 5 de
novembro em uma super edição de luxo por £ 70,49 (R$ 230), que contém 144
músicas divididas em 5 CDs, livro com fotos dos jornais da época falando sobre
a banda, um vinil, DVD e cópia do pôster da turnê.
O sobrenome
Knowles já dá uma ideia do parentesco da cantora norte-americana Solange, de 26
anos. A irmã caçula de Beyoncé está preparando seu terceiro disco solo, com sete faixas.
Denominado True, sucessor de Sol-Angel and the Hadley
Street (2008), o álbum produzido por Dev
Hynes (Chemical Brothers e Florence and The Machine) será lançado em formato digital no dia 27 de
novembro. Já a versão física só
chegará a partir de janeiro de 2013. Enquanto isso, a artista já disponibilizou Losing You, primeiro single de True.
Plant, ex-vocalista do Led Zeppelin, será um dos
colaboradores do novo disco dos escoceses do Primal Scream. O
músico que se apresentou nesta segunda-feira, 29 de outubro, em Porto Alegre, confirmou
a informação em entrevista à revista britânica Mojo. “Cantei um pouco no disco
do Primal porque acho fantástica a forma como eles usam as referências de um
passado glorioso e trazem-nas para o mundo contemporâneo”, disse Plant.
Esta não é a primeira vez que Plant colabora
com a banda de Bobby Gillespie. Em
2002, o mítico músico tocou gaita de boca (harmônica) em The
Lord Is My Shotgun, do álbum Evil Heat.
“Cantei um pouco no disco do Primal porque acho fantástica a forma
como eles usam as referências de um passado glorioso e trazem-nas para o mundo
contemporâneo”. Robert Plant
O novo disco do Primal Scream, que tem previsão
de lançamento para 2013, será produzido por David Holmes (Orbital) e também
contará com a colaboração de Mark Stewart, do The Pop Group.
A trajetória de Marcelo Yuka, ex-baterista de O
Rappa, é retratada no documentário Marcelo Yuka no Caminho das Setas – vencedor do prêmio de melhor
montagem no Festival do Rio -, que entrará em cartaz nos cinemas brasileiros em
30 de novembro. O filme dirigido por Daniela Broitman traz depoimentos de seus
ex-companheiros de banda, além de nomes como BNegão, Manu Chao, Apollo 9, Cibelle, entre
outros.
Yuka, que ficou preso a uma cadeira de rodas em
2000, aos 34 anos, depois de ser baleado em uma tentativa de assalto no Rio de
Janeiro, tem sua vida revelada antes e depois do acidente. O músico estava no
auge da fama ao lado de sua banda, quando a tragédia aconteceu.
Diz a sabedoria popular que só temos uma vida completa quando
escrevemos um livro, fazemos um filho e plantamos uma árvore. Parece que na
vida moderna isso apenas não basta. Tem que ser famoso, ganhar milhões, ter uma
conta com milhares de amigos nas redes sociais, frequentar os lugares mais
badalados, vestir as roupas da moda e por aí vai. Isso, é claro, se você for um
cidadão comum, se você for um músico, a lista se estende um pouco mais.
Shows, discos, CDs, DVDs, pôsteres, camisetas,
bonecos, bebidas, comidas, biografias (autorizadas ou não) em formato de livro
ou DVD, pré-lançamento de algum show no cinema e depois vendido em DVD,
download pela internet, greeting & meeting the band… ufa! A lista é imensa,
tudo isso ao dispor do fã. Do fã ou do mercado voraz?
Em 1985, no primeiro Rock in Rio, o fã adquiriu o seu ingresso
pelo equivalente hoje a R$ 58. A próxima edição do festival, em 2013, tem
entradas comercializadas a R$ 130 (meia-entrada) e R$ 260 (inteira). Já o 1º Lollapalooza Brasil tinha tíquetes vendidos a R$ 900 (para
três dias de evento), sendo mantida a mesma tabela de preços para a edição
deste ano.
Isso não acontece somente no Brasil, parece
tratar-se de um “fenômeno” mundial, caça-níquel ou seria doença chamada
ganância desenfreada?
Foram vendidos ao grande público na Inglaterra,
na semana passada, os ingressos para os dois shows comemorativos aos 50 anos
dos Rolling Stones. As
apresentações ocorrerão em novembro, na Arena O2, mesmo lugar onde em 2007, o
quarteto fez o último show, despedindo-se dos palcos com a turnê Bigger
Bang. Até o momento, dizem ter vendido 30 mil ingressos.
A ansiedade de ver o retorno dos Stones não foi
tão contagiante desta vez. Não por eles já serem sessentões, mas pelos valores
dos ingressos. Os ingressos custam entre £ 106 a £ 406 (equivalente entre R$
343 a R$ 1.300). Para retornar aos palcos, cada componente da banda receberá
cerca de £ 1 milhão (R$ 3.200 milhões).
Segundo alguns sites, demorou apenas sete
minutos para serem comercializados os primeiros ingressos e outros dez minutos
para estas entradas serem revendidas em páginas eletrônicas terceirizadas, por
no mínimo 50% a mais que o valor inicial. Isso sem contar os pacotes VIP para
os camarotes que comportam de 8 a 20 pessoas. Estes combos têm o valor inicial
de £ 950 (R$ 3.080). O que se observou nos sites de música e fóruns da banda
foram reclamações dos fãs em relação ao preço abusivo.
Em 2008, Michael Jackson iria fazer 51 shows na Arena O2 (mesmo
local das apresentações dos Stones) e o valor do ingresso era de £ 65 (R$ 210). Paul McCartney fez um show no ano passado com a mesma
estrutura, com cadeiras numeradas na pista, com valores entre £ 63 e £
111 (R$ 204 e R$ 360).
“Eu não dou muita atenção aos números, as coisas podem ser
exageradas, mas o valor de £ 16 milhões (R$ 51 milhões) me parece correto para
nós, eu estou um pouco fora do circuito do showbiz. Eu só quero fazer alguns
shows e não quero cobrar mais do que o necessário”. Keith Richards
Dizem que com estes dois shows, em Londres, e
com outras duas apresentações nos Estados Unidos em dezembro, os Stones
receberão £ 16 milhões (cerca de R$ 51 milhões), informação confirmada pelo
guitarrista Keith Richards. “Eu não dou
muita atenção aos números, as coisas podem ser exageradas, mas o valor de £ 16
milhões me parece correto para nós, eu estou um pouco fora do circuito do
showbiz. Eu só quero fazer alguns shows e não quero cobrar mais do que o
necessário”, disse Richards em entrevista à BBC.
Particularmente, eu duvido que a maioria dos 30
mil ingressos vendidos tenham sido comprados por fãs. Em fevereiro um canal
britânico de televisão mostrou em uma reportagem como os sites terceirizados
têm acesso primeiro às entradas, uma verdadeira máfia do ingresso, para poder
revendê-los bem mais caros em suas próprias páginas eletrônicas.
O jeito é aguardar o lançamento do DVD deste
show e torcer para que essa máfia tenha um enorme prejuízo, porque a banda e
seus gerentes já estão com o deles ($$) garantido.
Já pensou você curtir a noite em um pequeno clube londrino e de
quebra conferir sete músicas do novo álbum do Aerosmith, Music
From Another Dimension? Foi o que aconteceu na noite desta quarta-feira,
17 de outubro, quando Steven
Tyler e Joe Perry deram uma palhinha
para alguns sortudos, cerca de 280 pessoas, no The Box Club, no bairro do Soho.
As faixas apresentadas ao público agradaram, principalmente Street
Jesus. O novíssimo trabalho de Tyler e companhia será lançado em 5
de novembro na Inglaterra e no dia seguinte nos Estados Unidos.
Há um mês a gravadora Columbia Records colocou à disposição na
internet alguns registros da gravação em estúdio, divididos em oito pequenos
vídeos com cinco capítulos. O material contém imagens dos bastidores, por trás
das câmeras, mostrando como a banda, após 11 anos, está produzindo seu 15º
álbum de inéditas.
Um dos vídeos traz informações sobre a faixa Street Jesus. A
música foi composta originalmente como Sweet Jesus, com guitarras soando blues.
Ao retornar do estúdio em Los Angeles, Steven Tyler reparou um rapaz na rua. O
músico ficou impressionado com sua aparência, que lembrava a de Jesus Cristo.
Music From
Another Dimension foi gravado em Los Angeles e no estúdio da banda, em Boston.
O disco tem a produção assinada por Jack Douglas – já trabalhou com nomes como John Lennon, Miles Davis, Alice Cooper, entre outros – e
pelos próprios Steven Tyler e Joe Perry.
Steven Tyler questiona gravadoras
Recentemente em uma videoconferência, Tyler alfinetou a indústria
fonográfica. “Por anos, temos enriquecido com muitos milhões as gravadoras,
fazendo muitas pessoas enriquecerem às nossas custas. Não que isso não tenha acontecido conosco
também, mas com todos os argumentos das gravadoras, não sabemos para onde boa
parte do nosso dinheiro vai. Definitivamente queremos tomar as rédeas disso”,
disparou.
Londres é
uma cidade musical, tem show todos os dias, não importa que ritmo você curta,
basta dar uma pesquisada na internet que sua diversão será garantida em algum
canto da cidade. Quando chega o verão a intensidade de apresentações aumenta,
os parques tornam-se palcos para festivais, as casas de shows com eventos todos
os dias, sem falar nos pubs, que na grande maioria, têm um pequeno palco para
atracões musicais.
No mesmo
dia da cerimonia de abertura dos Jogos
Olímpicos de Londres ocorreu
o BT London Live, que toma lugar no principal
parque da cidade, o Hyde Park, que desde o
inicio de julho já deu lugar aos shows de Soundgarden, Bruce
Springsteen, Madonna, Rihanna entre outros. Os eventos podem ser
acompanhados por telões instalados fora do parque, para o divertimento daqueles
que não conseguiram comprar ingresso.
No show desta sexta-feira, 27 de julho, se apresentaram quatro
músicos, cada um das quatro nações que compõe o Reino Unido: País de Gales,
Escócia, Inglaterra e Irlanda do Norte.
O jovem cantor pop Paolo
Nutini ficou
encarregado de representar a Escócia e aquecer o público presente de 50 mil pessoas, na tarde nublada
de Londres. Grande fã de futebol e jogador quando era mais novo, curiosamente
ele estava trajando uma camiseta da Copa de Futebol da Argentina de 1978.
Ainda
estava claro quando o Duran Duran entrou no palco por volta das 20h.
Alguns críticos se puseram contra, alegando que eles não eram a escolha certa
para representar a Inglaterra em um concerto grande como o da abertura dos
Jogos Olímpicos, mas tiveram que se render. A banda aproveitou a ocasião para
dar um tapinha na cara de quem proibiu o vídeo da música “Girl Panic”,
por considerar muito sexual, entre eles a MTV, mostrando cenas do clipe
logo na abertura do concerto.
No meio da apresentação da banda, os Red
Arrows (Grupo
Acrobático da Real Força Aérea Britânica) deram um voo rasante no Hyde Park,
deixando no ar a fumaça com as cores da bandeira do Reino Unido. Nem a chuva
que insistiu em aparecer não diminuiu o entusiasmo do público. A banda terminou
a apresentação, deixando o palco ovacionada pela plateia presente.
O show teve uma pausa para a apresentação da cerimônia de
abertura, diretamente do Estádio Olímpico de Londres, onde o cineasta britânico Danny
Boyle (Trainspotting)
mostrou a trajetória da música nos últimos 40 anos, cometendo uma enorme gafe
ao não incluir o metal, que foi criado nos
subúrbios de Birmingham e Londres. Ícones como Ozzy
Osbourne, Black
Sabbath, Motörhead, Lemmy Kilmister, Iron
Maiden, Led
Zeppelin, Deep Purple, Judas Priest entre outros, foram injustamente
esquecidos na cerimonia de abertura.
Devido a problemas técnicos, num determinado momento o som foi
cortado na transmissão da cerimonia, mas o público presente no Hyde Park,
queria mais era se divertir, então alguém começou a puxar o refrão“Always Look on the Bright Side of Life” (algo como “olhe sempre para o lado
bom da vida”, eternizado pelo grupo Monty Python no filme “A História de Bryan”).
A
transmissão direta do Estádio Olímpico foi interrompida para dar continuidade
aos shows de Stereophonics, que
representaram o País de Gales. O show da banda foi até um pouco estendido, na
tentativa de transmitirem a entrada da seleção Britânica no Estádio Olímpico,
mas como o evento acabou atrasando, resolveram começar o show do Snow Patrol,
que recentemente anunciou três shows no Brasil, em outubro. Os escoceses
entraram no palco depois das 23h20 e tocaram durante 1h30. Por ser um dia
especial, a prefeitura permitiu que o encerramento do show ultrapassasse o
horário permitido.
Bruce Sprigsteen não teve a mesma sorte na semana passada, quando
teve o som cortado nos últimos 10 minutos de show quando se apresentou com um
convidado pra la de especial: Paul McCartney.