Cheguei enfim a essa serenidade
de quem sorri condescendente,
do homem que não pragueja, na vaidade
de impor aquilo que hoje pensa ou sente...
Desprezo a inútil religiosidade
e o fanatismo histérico de um crente...
Nem vestirei jamais a liberdade
nos dogmas de uma força onipotente!
Não afirmo mentiras nem me exalto,
toda verdade por mais forte é incerta
e não convenço por falar mais alto...
Libertei-me! E afinal concluí, na vida,
que a verdadeira voz que se liberta
não afirma nem nega... mas duvida!