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29 de mai. de 2011

Autores de novelas que deixaram saudade

Com o passar das décadas, muitos dos atores que cativaram o público brasileiro em diversas telenovelas acabaram falecendo. Nesta série de postagens iremos relembrar e homenagear esses grandes nomes da teledramaturgia brasileira.
1. Fernando Almeida (* 21/05/1974 – † 04/04/2004): De família pobre iniciou sua carreira como ator aos 6 anos, em 1984 teve destaque vivendo Gibe, o menino amigo do protagonista Pardal (Tony Ramos) na telenovela Livre pra Voar. Foi brutalmente assassinado aos 30 anos incompletos, seu último trabalho foi na novela A Padroeira (2001).
Alguns trabalhos: Livre pra Voar (1984), O Outro (1987), Vale Tudo (1988) e Lua Cheia de Amor (1991).

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2. Dina Sfat (* 28/10/1938 – † 20/04/1989): Dina Kutner de Souza, filha de judeus poloneses, Dina sempre quis ser artista e estreou nos palcos em 1962. A atriz se transformou numa grata revelação dos palcos e mudou seu nome para Dina Sfat. Seu último trabalho na TV. ela foi casada com o ator Paulo José com quem teve 3 filhos entre eles a atriz Bel Kutner.
Alguns trabalhos: Se destacou em papéis de grande carga dramatica como Selva de Pedra (1972), O Astro (1978), e Bêbe a Bordo (1988).

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3. Fernando Monteiro Torres (* 14/11/1927– † 04/09/2008): Pai da atriz Fernanda Torres. Era casado com a atriz Fernanda Montenegro, com quem fundou o Teatro dos Sete em 1959 e trabalhou junto em diversas novelas. Na TV brilhou ao interpretar o médico Plínio Miranda na novela Baila Comigo.
Alguns trabalhos: Amor com Amor se Paga (1984), Zazá (1997), Laços de Família (2000).

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4. José Irving Santana São Paulo (* 26/10/1964 – † 10/08/2006): Faleceu aos 41 anos, no Rio de Janeiro, vítima de uma falência múltipla dos órgãos decorrente de uma pancreatite, deixou dois filhos.
Alguns trabalhos: Bebê a Bordo (1988), Sexo dos Anjos (1989), Perigosas Peruas (1992), Mulheres de Areia (1993), A Viagem (1994), torre de Babel (1998), Sabor da Paixão (2002).

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5. Franscico Milane (* 19/11/1936 – † 13/08/2005): Fez narrações para o Fantastico, foi locutor do Casseta & Planeta na década de 90, fez Pedro Pedreira na Escolinha do Professor Raimundo e o Seu Saraiva no Zorra Total.
Alguns trabalhos: Selva de Pedra (1972), Roda de Fogo (1978), Elas por Elas (1982), Barriga de Aluguel ( 1990), Vamp (1991).

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6. Gianfrancesco Sigfrido Benedetto Martinenghi de Guarnieri (* 06/08/1934 – † 22/06/2006): Por conta do fascismo que tomava conta da Itálía, seus pais, o maestro Edoardo Guarnieri e a harpista Elsa Martinenghi decidiram vir para o Brasil.
Alguns trabalhos: Rainha da Sucata (1990), A Próxima Vitima (1995), Terra Nostra (1999), Esperança (2002), Belissima (2006).

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7. Grande Otelo (* 18/10/1915 – † 26/11/1993): Sebastião Bernardes de Souza Prata teve em sua vida várias tragédias, seu pai morreu esfaqueado, sua mãe era alcoólatra e quando já era um ator consagrado sua mulher se suicidou logo após matar seu filho com veneno, a criança tinha 6 anos era enteado do ator. Faleceu em 1993 de um ataque do coração fulminante.
Alguns trabalhos: Renascer (1993), Sinhá Moça(1986), A Gata Comeu (1985), Feijão Maravilha (1979) Uma Rosa com Amor (1972).


Dercy Gonçalves
8. Derci Golçalves (* 23/06/1907 – † 19/07/2008): Dolores Gonçalves Costa nasceu no interior do estado do Rio de Janeiro, em 1905, mas foi registrada erroneamente, em 1907. Era de familha pobre, filha de um alfaiate e de uma lavadeira. Sua mãe, chamada Margarida, abandonou o lar ao descobrir a infidelidade do marido. Dercy foi bilheteira de cinema, além de apresentar-se teatralmente para hóspedes de um hotel em sua cidade natal. Teve que aturar o pai bêbado em casa e sofreu muito com o abandono da mãe, de quem nunca mais teve notícia.
Já idosa ainda sofreu um desfalque nas economias por parte de um empresário inescrupuloso, o que a fez retomar a carreira, já octogenária.
Todas as manhãs, a solidão me deixa deprimida. Moro sozinha, tem três pessoas que se revezam para me acompanhar. Minha filha não mora comigo. Filho não gosta de mãe; é a mãe que gosta do filho. Eles crescem, ganham independência e passam a ter prioridades. Eu me animo no cair da tarde, às 16h mais ou menos. Luto para ter forças para sair. Aí me arrumo, vou pro bingo. Lá, sou muito bem tratada, ganho cartelas e me distraio. À noite, vou a festas, jantares, adoro comer. E volto pra casa, durmo feliz. Assim são meus dias, sem expectativa.
Alguns trabalhos: A Praça é nossa (2001), Sai de baixo (1996), Deus nos Acuda (1992), Que Rei Sou Eu?(1989).

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9. Daniela Perez (* 11/08/1970 – † 28/12/1992): Tinha 22 anos quando foi covardemente assassinada pelo ator Guilherme de Pádua e por sua mulher Paula Nogueira Thomaz que a emboscaram e mataram com 18 golpes de tesoura. O casal de assassinos, poucas horas depois de atirar o corpo de Daniela num matagal, ainda abraçaram e prestaram solidariedade à família dela, chegando à delegacia no próprio carro onde começaram a apunhalar Daniela.
A indignação popular que se seguiu a esse episódio resultou na alteração da legislação penal, graças aos esforços da mãe de Daniela, Glória Perez, que encabeçou uma campanha de assinaturas e conseguiu fazer passar a primeira iniciativa popular de projeto de lei a se tornar lei efetiva na história do Brasil.
Ainda que a mudança da lei não tenha atingido os assassinos de Daniela, a partir daí o homicídio qualificado passou a ser punido com mais rigor. Sua personagem na novela “De Corpo e Alma” saiu da trama com uma viagem de estudos ao exterior e o personagem de Guilherme de Pádua (Bira) deixou de existir.
Alguns trabalhos: Kananga do Japão (1989), Barriga de aluguel (1990), O Dono do Mundo (1991), De Corpo e Alma (1992).

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10. Haroldo de Oliveira (* 1942 – † 27/12/2003): Fez o André de Escrava Isaura e o Jacinto de Xica da Silva. Teve atuações marcantes na TV, no cinema e no teatro, desde sua estréia, aos 10 anos, em "Rio 40 Graus", filme de Nelson Pereira dos Santos.
No teatro, fez “Pedro Mico”, dirigido por Paulo Francis, entre tantos outros papéis de destaque e como diretor de teatro teve destaque nas peças "Artigo Um Sete Um" (1982) e "As aventuras de Galápagos" (1979), ambas de Fernando Palilot.
Alguns trabalhos: Escrava Isaura (1976), Dona beja (1986), Kananga do Japão (1989), Chica da Silva (1996), Zorra Total (1999), Brava Gente (2002).