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História do Violão
Em razão de sua praticidade, baixo custo e do fato de não precisar de uma conexão elétrica, a guitarra clássica ou violão, como é conhecido no Brasil, é um dos instrumentos mais populares atualmente.
A hipótese mais aceita que narra a origem do instrumento relata que o mesmo é uma derivação de um antigo instrumento árabe chamado alaúde. O mesmo teria penetrado na Europa por meio das invasões muçulmanas na Península Ibérica e se adaptado perfeitamente às atividades culturais do contexto europeu, sendo inclusive, um objeto da nobreza.
O violão desenvolvido na Espanha passou a se chamar vihuela. O mesmo tinha o formato de “oito”, com incrustações laterais; um fundo plano; além de quatro pares de cordas tocados com os dedos, o que produzia um som bastante suave. A partir da vihuela, o violão de antigamente, surgiu outro conhecidíssimo instrumento: a guitarra elétrica.
A hipótese mais aceita que narra a origem do instrumento relata que o mesmo é uma derivação de um antigo instrumento árabe chamado alaúde. O mesmo teria penetrado na Europa por meio das invasões muçulmanas na Península Ibérica e se adaptado perfeitamente às atividades culturais do contexto europeu, sendo inclusive, um objeto da nobreza.
O violão desenvolvido na Espanha passou a se chamar vihuela. O mesmo tinha o formato de “oito”, com incrustações laterais; um fundo plano; além de quatro pares de cordas tocados com os dedos, o que produzia um som bastante suave. A partir da vihuela, o violão de antigamente, surgiu outro conhecidíssimo instrumento: a guitarra elétrica.
Curiosidade: somente no Brasil existe a palavra “violão”. No resto do mundo, as pessoas se referem a este instrumento por “guitarra”. Já a “nossa guitarra”, para eles é “guitarra elétrica”, o que gera confusão em muitas pessoas.
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O mais popular e versátil instrumento do mundo se originou a partir de um instrumento musical espanhol. A vihuela, como este instrumento era denominado, se originou por meio de dois outros instrumentos mais antigos ainda: o “ud”, com cinco cordas, muito popular no Oriente Médio; e a “cozba”, um instrumento musical romano. O violão ou guitarra clássica, surgiu na Itália, em 1970, e a guitarra elétrica foi uma modificação do próprio violão.
As guitarras elétricas surgiram em 1930. As mesmas geravam um som muito suave e baixo, bem diferente do que conhecemos atualmente. Para ampliar a potência sonora do instrumento, resolveram colocar captadores, que funcionavam como microfones. Isso gerou um pequeno problema, pois os mesmos faziam os bojos das guitarras vibrarem, provocando a famosa alteração sonora chamada “feedback”. Para solucionar esse problema, o famoso Les Paul inventou o corpo maciço da guitarra, o que deixou o instrumento na forma como conhecemos hoje em dia.
A empresa Rickenbacker começou a fabricar as primeiras guitarras em 1931. O primeiro modelo de guitarra elétrica a ser comercializado foi a “Electro Spanish”. Contudo, o principal responsável pela produção em massa e popularização do instrumento foi Leo Fender, criador da mais tradicional fabricante de guitarras que leva seu sobrenome. A Fender também desenvolveu a mais lendária das guitarra, na opinião de muitos: Fender Stratocaster.
As guitarras elétricas surgiram em 1930. As mesmas geravam um som muito suave e baixo, bem diferente do que conhecemos atualmente. Para ampliar a potência sonora do instrumento, resolveram colocar captadores, que funcionavam como microfones. Isso gerou um pequeno problema, pois os mesmos faziam os bojos das guitarras vibrarem, provocando a famosa alteração sonora chamada “feedback”. Para solucionar esse problema, o famoso Les Paul inventou o corpo maciço da guitarra, o que deixou o instrumento na forma como conhecemos hoje em dia.
A empresa Rickenbacker começou a fabricar as primeiras guitarras em 1931. O primeiro modelo de guitarra elétrica a ser comercializado foi a “Electro Spanish”. Contudo, o principal responsável pela produção em massa e popularização do instrumento foi Leo Fender, criador da mais tradicional fabricante de guitarras que leva seu sobrenome. A Fender também desenvolveu a mais lendária das guitarra, na opinião de muitos: Fender Stratocaster.
A guitarra se popularizou após a Segunda Guerra Mundial, nos anos 50 e 60, período em que ganhou enorme espaço no mundo da música. Hoje em dia, estima-se que existam cerca de 50 milhões de guitarristas em todo o mundo.
Meu Violão
MEU VIOLÃO
(Eloah Borda)
Só você meu violão
sabe dos meus sentimentos,
das alegrias e dores
que trago dentro do peito;
sabe dos meus dissabores,
alegrias e temores,
e das horas de solidão.
Só você meu violão
sorri e chora comigo
- entre nós não há segredos,
você sabe dos meus medos,
meus sonhos, minha paixão.
Só pra você eu desnudo
minh’alma, minha emoção,
suas cordas são afinadas
no tom do meu coração.
(D.A.Reservados)
GUITARRA MÍA
Sólo tú, guitarra mía,
sabes de mis sentimientos,
alegrías y dolores
que llevo dentro del pecho.
Sabes de mis sinsabores,
esperanzas y temores,
y de las y de las horas
de soledad.
Sólo tú, guitarra mía,
sonreís y lloras conmigo,
- entre tú y yo no hay secretos,
sabes muy bien de mis miedos,
mis sueños y mi pasión.
Sólo para ti desnudo
mi alma, mi emoción
- tus cuerdas son afinadas
en el tono de mi corazón.
Habeas Pinho, de Ronaldo Cunha Lima. O poeta só poetando.
Ronaldo Cunha Lima é um político paraibano, originário de Campina Grande. Mas, não é de política que se fala aqui, é de poesia. Porque ele também faz versos, inspirados nas motivações populares e regionais. O poeta poetando é melhor que o político politicando.
Conta-se que, um dia, ou uma noite, reuniam-se boêmios campinenses em torno de canções, bebida e um violão. Por alguma razão, achou-se que o convescote ofendia moralidades silenciosas e os cantadores e o violão foram presos.
Os trovadores populares obtiveram a liberdade rapidamente, mas o pobre instrumento de cordas permaneceu detido!
Ronaldo, então, interpôs a famosa ação judicial liberatória, em favor do violão, e o fez em versos, chamando-a de Habeas Pinho. É inegavelmente bela, essa trova de inspiração singela. O violão foi solto, por um juiz também poético.
Habeas Pinho
Senhor Juiz.
Roberto Pessoa de Sousa
O instrumento do “crime”que se arrola
Nesse processo de contravenção
Não é faca, revolver ou pistola,
Simplesmente, Doutor, é um violão.
Um violão, doutor, que em verdade
Não feriu nem matou um cidadão
Feriu, sim, mas a sensibilidade
De quem o ouviu vibrar na solidão.
O violão é sempre uma ternura,
Instrumento de amor e de saudade
O crime a ele nunca se mistura
Entre ambos inexiste afinidade.
O violão é próprio dos cantores
Dos menestréis de alma enternecida
Que cantam mágoas que povoam a vida
E sufocam as suas próprias dores.
O violão é música e é canção
É sentimento, é vida, é alegria
É pureza e é néctar que extasia
É adorno espiritual do coração.
Seu viver, como o nosso, é transitório.
Mas seu destino, não, se perpetua.
Ele nasceu para cantar na rua
E não para ser arquivo de Cartório.
Ele, Doutor, que suave lenitivo
Para a alma da noite em solidão,
Não se adapta, jamais, em um arquivo
Sem gemer sua prima e seu bordão
Mande entregá-lo, pelo amor da noite
Que se sente vazia em suas horas,
Para que volte a sentir o terno acoite
De suas cordas finas e sonoras.
Liberte o violão, Doutor Juiz,
Em nome da Justiça e do Direito.
É crime, porventura, o infeliz
Cantar as mágoas que lhe enchem o peito?
Será crime, afinal, será pecado,
Será delito de tão vis horrores,
Perambular na rua um desgraçado
Derramando nas praças suas dores?
Mande, pois, libertá-lo da agonia
(a consciência assim nos insinua)
Não sufoque o cantar que vem da rua,
Que vem da noite para saudar o dia.
É o apelo que aqui lhe dirigimos,
Na certeza do seu acolhimento
Juntada desta aos autos nós pedimos
E pedimos, enfim, deferimento.
A resposta do juiz.
Recebo a petição escrita em verso
E, despachando-a sem autuação,
Verbero o ato vil, rude e perverso,
Que prende, no Cartório, um violão.
E, despachando-a sem autuação,
Verbero o ato vil, rude e perverso,
Que prende, no Cartório, um violão.
Emudecer a prima e o bordão,
Nos confins de um arquivo, em sombra imerso,
É desumana e vil destruição
De tudo que há de belo no universo.
É desumana e vil destruição
De tudo que há de belo no universo.
Que seja Sol, ainda que a desoras,
E volte á rua, em vida transviada,
Num esbanjar de lágrimas sonoras.
E volte á rua, em vida transviada,
Num esbanjar de lágrimas sonoras.
Se grato for, acaso ao que lhe fiz,
Noite de luz, plena madrugada,
Noite de luz, plena madrugada,
Venha tocar á porta do Juiz.