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29 de jul. de 2011

A velhice



Vou lhes contar como é triste, ver a velhice chegar,
ver os cabelo caindo, ver as vista encurtar
ver as perna trambicando, com preguiça de andar
ver "aquilo" esmorecendo, sem força pra levantar

As carnes vão se sumindo, vai aparecendo as veia
as vista diminuindo e crescendo a sombrancêia
as oiça vão encurtando, vão aumentando as orêia
os ovos dipindurando e diminuindo a peia.

A velhice é uma doença, que dá em todo cristão,
dói os braço, dói as pernas, dói os dedo, dói a mão
dói o figo e a barriga, dói o rim, dói o pulmão
dói o fim do espinhaço, dói a corda do cunhão

Quando a gente fica véio, tudo no mundo acontece,
vai passando pelas rua e as menina se oferece
a gente óia aquilo tudo, benza deus e agradece
correndo ligeiro prá casa, procurando o INSS.

No tempo que eu era moço, todo o sol pra mim brilhava,
eu tinha mil namorada, tudo de bom me sobrava,
as menina mais bonita, da cidade eu paquerava,
eu namorava todo dia, e mais paquera chegava.

Mas tudo isso passou, faz tempo ficou pra trás,
as coisa que eu fazia hoje me sinto incapaz
o tempo me roubou tudo, de uma maneira sagaz,
pra falar mesmo a verdade, nem sexo eu faço mais.

Quando o velho chega aos oitenta, tudo no mundo embaraça,
pega a mulher vai pra cama, apalpa beija e abraça,
porém só faz duas coisas: solta peido e acha graça.

Autor desconhecido