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27 de set. de 2011

Meu caderno!... Que saudade!


Caderno...
De folhas pautadas,
onde escrevi tantos enredos,
contava segredos
frases, poesias, contos, piadas.


Caderno...
De grande volume
papel grampeado
que sábio resume
guarda tudo com cuidado.



Caderno...
De folhas ornamentadas
em traços e figuras
letras caprichadas
companheiro de leituras.


Caderno...
De folhas desleixadas
riscadas de montão
páginas extraviadas
quando não caderno, borrão.


Caderno...
De folhas confidentes
deste humilde usuário
com gestos pertinentes
servia-me de diário.


Caderno...
De folhas soltas, rasgadas,
a flutuar sem serventia
trêmulas, amarrotadas,
está hoje guardado para minha alegria.


 


Caderno...
Quanta felicidade
no decorrer da vida me proporcionou
guardo de ti, recordações e amor,
foste-me útil, caderno... Quanta saudade.
 
Caderno...
A modernidade
levou-me a te guardar...
De ti gosto de lembrar...
E sempre que o vejo, me vem à saudade.




Caderno...
Meu refúgio de liberdade
onde escrevia, todos os dias,
minhas modestas poesias,
hoje guardo de ti, saudade!