Determinar a origem de um prato é tarefa (quase) impossível na culinária. Mais ainda quando ele conquista paladares do mundo inteiro, e a receita acompanha a diversidade de hábitos alimentares. De acordo com o lugar onde é preparado, sanduíches com nomes idênticos podem levar açaí, manga, repolho, ovo, purê de batata e uva passa — e esses são apenas alguns sabores que dividem com salsichas o pequeno espaço entre uma fatia e outra de pão. Com vocês, cachorro-quente.
Outra coisa que pode mudar o jeitão do sanduíche é o pão. O tipo hot dog, de massa doce, ou baguete, para um sanduíche mais crocante, são os preferidos do brasileiro.
Norte: cachorro-quente com maionese de tucupi, aviú (pequeno camarão de rio), ervas como chicória e jambú, açaí entre outros ingredientes típicos da região. Em Manaus, por exemplo, o cachorro-quente leva o nome de kikão e tem grande variedade de estilos. Desde os mais simples até os mais elaborados com tucupi e outras delícias da cozinha regional.
Nordeste: normalmente servido com uma ou duas salsichas, tem opções com milho, ervilha, batata palha, requeijão, molho vinagrete ( tomate, cebola, pimentão e coentro com azeite de oliva e vinagre), queijos cremoso e ralado. Ali, pão com pimentão verde, carne moída, tomate e cebola também é chamado de cachorro-quente.
Centro-oeste: o pequi também está presente nesta versão do cachorro-quente em forma de molhos, óleos e pimentas aromatizadas, valorizando um ingrediente peculiar desta região.
Sudeste: na região há versões de diversas regiões do Brasil. Purê de batata, milho, ervilha, queijos, ovos de codorna, uva passa, batata palha são alguns exemplos de ingredientes usados no cachorro-quente.
Sul: por conta da influência alemã, podem levar purê de batata, saborosas opções de mostardas, chucrute e raiz forte. A variedade de salsichas é grande.