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28 de nov. de 2011

Busca por bóson de Higgs se afina sem resultados: a partícula de Deus existe mesmo?

Recentemente, físicos do laboratório CERN focaram sua pesquisa para o bóson de Higgs, a partícula que muitos pensam que deu forma ao universo após o Big Bang, e agora estão restritos a uma faixa estreita do espectro de massa para tentar encontrá-la.
Cientistas estão sugerindo que, se a partícula não for encontrada até meados de dezembro, provavelmente vai ficar comprovado que ela não existe, e algum outro mecanismo para explicar como a matéria nasceu no cosmos terá que ser procurado.
GeV, ou giga elétron-volts, é um termo usado na física para quantificar campos de energia das partículas. A procura por Higgs no Grande Colisor de Hádrons (LHC) e no Tevatron (agora fechado, no laboratório Fermilab dos EUA) variou até 476 GeV.
A região de maior massa já foi praticamente descartada, mas o bóson de Higgs ainda poderia estar em qualquer lugar na faixa entre 114 e 141 GeV. Físicos como o italiano Tomasso Dorigo, que trabalha com o CERN, agora dizem que, se existir, o Higgs deve ser encontrado em cerca de 120 GeV, enquanto o pesquisador britânico independente Philip Gibbs chuta 140 GeV em seu site, vixra.org /.
As últimas descobertas sobre a partícula Higgs foram compiladas por duas equipes de pesquisa, ATLAS e CMS, e ambas estão trabalhando duro para tentar completar a análise de dados do colisor até o início de dezembro.


O Conselho do CERN se reúne entre 12 de dezembro e 16 de dezembro e qualquer sinal concreto do Higgs – cuja existência foi postulada há quatro décadas pelo cientista britânico Peter Higgs – será relatado durante a sessão.
A faixa de baixa massa, onde os cientistas sempre pensaram que iriam encontrar a partícula, é também aquela em que seria mais difícil de encontrá-la. Sendo assim, parece pouco provável que ela seja descoberta em breve, e pode ser que realmente não exista.
A partícula é parte do modelo padrão da física de partículas que procura explicar como o universo funciona em seu nível mais básico, mas ela é quase o único elemento do modelo cuja existência ainda não foi provada.
Se não for encontrada, os cientistas precisarão explorar o próximo conjunto de possibilidades para explicar o universo.


Reuters