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28 de jan. de 2012

A ciência afirma “Não existe vida inteligente fora da terra”


No ano de 1961, o estado americano de West Virginia recebia a primeira reunião do programa “Pesquisa por Inteligência Extraterrestre” (SETI, na sigla em inglês), que desde então tem reunido dados e evidências sobre a possibilidade de haver vida inteligente fora do planeta Terra. Mas hoje, mais de cinco décadas depois, ainda há cientistas que discordam firmemente dessas suposições.
A principal linha de raciocínio dos estudos como os do SETI é o seguinte: havendo manifestação de vida em outros planetas, ela evoluiria em determinado ritmo, bem como a raça humana está fazendo, e mais cedo ou mais tarde mandarão sinais de existência que seremos capazes de captar.
Um cientista britânico da Universidade de Londres, Nick Lane, tem uma teoria contrária. Ele explica, basicamente, que a vida avançada no formato que existe na Terra (desde os seres unicelulares) é algo extremamente raro que dificilmente poderia ser copiado.
Isso porque os seres vivos precisam, basicamente, de uma separação entre seu meio interno e o meio externo, o ambiente em que vivem. É preciso que cada um destes dois sistemas possa funcionar por si próprio. Ao longo dos bilhões de vida na Terra, muitos sistemas vitais evoluíram, mas sempre houve essa membrana para fazer a distinção.


Existem células procariontes e eucariontes. Estas últimas, mais evoluídas, possuem uma membrana que separa o material genético, no núcleo, das demais organelas da célula. Mais fundamental do que isso, no entanto, foi o surgimento da mitocôndria, um evento chave que potencializou a possibilidade dos seres vivos da Terra de evoluir.
Sem a mitocôndria, de acordo com essa teoria do bioquímico britânico, jamais teríamos passado do estado celular primitivo. Foi um único ocorrido, ao longo de bilhões de anos, que fez a diferença para que chegássemos ao ponto em que estamos. Para que outro planeta tivesse vida evoluída, do mesmo modo que aqui, seria preciso um evento equivalente para os seres vivos de lá.
E as chances disso acontecer, segundo o raciocínio de Nick Lane, seriam praticamente nulas. Em nosso planeta, ocorreu apenas uma vez em quatro bilhões de anos. Logo, seria melhor não levantar tanta expectativa.


Fonte: Telegraph