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29 de set. de 2012

Jihad Brasileira – A “Guerra Santa” Verde e Amarela começou




 


Quem acompanha o ahduvido sabe que evitamos colocar qualquer assunto que fala sobre Religião no Blog desde do post das “63 contradições bíblicas”(dá até dor de cabeça em lembrar….). Os fanáticos evangélicos se uniram para ficar “enchendo a nossa paciência” dia e noite por causa daquele post, até que criamos a regra de não publicarmos mais nada desse caráter….. Até agora!
Nesse momento, o quadro mudou. E mudou para pior. Não está mais atingindo apenas o “idiota” que paga o dízimo para esses pastores e os enriquecem: está atingindo a todos nós e você já vai saber o porquê. Confira: 

Jihad Brasileira começou


A Jihad Brasileira começou. Os líderes das Igrejas iniciaram um combate visando a conquista do público alheio. Com o crescimento desacelerando, para crescer mais, o jeito é tomar o “fiel” de outra igreja evangélica. Segundo o IBGE , em 2009 os evangélicos já somavam 50 milhões de brasileiros, cerca de 25,4% da população total do Brasil na época. A estimativa é que esse índice alcance os 104 milhões de evangélicos em 2020, em uma população de 209 milhões, representando aproximadamente, 50% dos brasileiros. Esse crescimento exponencial é explicado através de três fatos: publicidade exagerada, engenharia social e, principalmente, o aumento da exposição na Televisão.  E os representantes dessas Igrejas sabem disso, sabem que é a Televisão a maior agregadora de mentes. Dessa conclusão comum, iniciou uma disputa pelos horários nas madrugadas das emissoras. Foi nesse ponto que toda a confusão começou. Era um puxando o tapete do outro e o outro puxando o tapete do “um”.

Breve Histórico

Para você entender melhor como tudo isso se desenrolou, colocarei aqui um breve histórico dos envolvidos:

Evangélicos

Nos países anglo-saxões, onde a Reforma Protestante eclodiu no século XVI, o termo “evangélico” é usado para definir quase todas as doutrinas cristãs protestantes. Na Alemanha, berço do luteranismo, seu uso chega a ser mais específico: é comum se referir aos membros da Igreja Luterana como evangélicos, excluindo-se o resto dos protestantes. Já no Brasil, quando se fala de evangélicos, trata-se de uma forma genérica de se referir às correntes protestantes pentecostais e neopentecostais (veja abaixo), surgidas somente no século XX. De forma simplificada, pode-se dizer que todo evangélico é protestante, mas nem todo protestante se considera evangélico.

Protestantismo Histórico

Movimento iniciado na Europa no século XVI, cujo marco célebre são as 95 teses do teólogo cristão Martinho Lutero criticando uma série de práticas e doutrinas da Igreja Católica. Ao romper com o Vaticano, Lutero desencadeia a Reforma Protestante, que culmina com a fundação de correntes cristãs dissidentes, como a própria Igreja Luterana, a Calvinista e a Metodista. A maioria das igrejas protestantes rejeito o culto a Maria e aos santos e o celibato clerical, além de admitir práticas como o divórcio e os métodos anticoncepcionais.

Protestantismo Pentecostal

Corrente que aparece nos Estados Unidos nos primeiros anos do século XX, entre fiéis metodistas insatisfeitos com a falta de fervor em suas igrejas. Devido aos cultos vibrantes, marcados por expressões de êxtase e fortes emoções, não demora a se difundir pelos EUA, e posteriormente por países mais pobres, especialmente na América Latina. Em linhas gerais, os pentecostais acreditam em aspectos milagrosos da fé, como o poder de cura do Espírito Santo, e enfatizam a pregação do Evangelho aos não convertidos. A maioria das igrejas pentecostais cobra dízimo de seus fiéis

Protestantismo Neopentecostal

Fenômeno surgido a partir dos anos 1970, que se difere do pentecostalismo tradicional especialmente por estimular o fiel a buscar a prosperidade em lugar da graça. Seus rituais espetaculosos, que não dispensam curas milagrosas e exorcismos, não escondem o fato de que grande parte das igrejas neopentecostais não são muito rígidas no que diz respeito aos hábitos e costumes de seus fiéis. Algumas delas mantém forte presença na mídia eletrônica, controlando a programação (quando não as finanças) de centenas de emissoras de rádio e televisão Brasil afora.

As envolvidas

Igreja Universal do Reino de Deus
Fundação: 1977


História e doutrina: Principal igreja do fenômeno neopentecostal brasileiro, foi fundada pelo bispo Edir Macedo, nos subúrbios do Rio de Janeiro. Segue os preceitos gerais do cristianismo. Em seus cultos diários, estimula-se a doação do dízimo e é comum a prática do exorcismo. Aposta na mídia eletrônica para atrair fiéis – é dona da Rede Record de televisão, entre outras emissoras.
Igreja Internacional da Graça de Deus
Fundação: 1980
História e doutrina:
 Dissidência direta da Igreja Universal, foi fundada no Rio por Romildo Ribeiro Soares, cunhado do bispo Edir Macedo. Suas pregações e rituais, repletos de curas e exorcismos, podem ser acompanhadas em diversas emissoras de televisão, que vendem seus horários para que a igreja arrebanhe seus fiéis.

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Igreja Apostólica Renascer em Cristo
Fundação: 1986
História e doutrina: Uma das neopentecostais em que o incentivo à busca da prosperidade material é mais evidente, a Renascer foi fundada em São Paulo. Tendo como público alvo a classe média urbana, trouxe novidades para os cultos evangélicos, como o rock gospel e as festas jovens dentro dos templos. A exemplo de suas congêneres, se mantém à base de doações sistemáticas de seus fiéis.


Assembléia de Deus – Vertente Vitória em Cristo
Fundação: 1910
História e doutrina: A maior igreja pentecostal brasileira surgiu em Belém (PA), sob a influência de dois missionários suecos vindos dos Estados Unidos, onde freqüentavam a Igreja Batista. Organizada nos moldes das igrejas pentecostais que surgiam então naquele país, a Assembléia de Deus acredita no poder supremo do Espírito Santo e prega com ênfase o Evangelho cristão. Nos cultos, fiéis oram e cantam em voz alta dentro dos templos. A vertente Vitória em Cristo é comanda por Silas Malafaia.
A Igreja Mundial do Poder de Deus
Fundação: 1988
História e Doutrina: A Igreja Mundial do Poder de Deus é uma igreja neo-pentecostal. Foi fundada na cidade de Sorocaba em 9 de março de 1998 pelo Apóstolo Valdemiro Santiago, (ex-bispo da IURD). Sua sede, o Grande Templo dos Milagres, funciona no galpão de uma antiga fábrica que tem 43 mil metros quadrados de área construída, localizada na Rua Carneiro Leão, no Brás, em São Paulo. Seu enfoque principal é a salvação, prosperidade financeira, a cura e os milagres.

Como começou?

Fazia um bom tempo que as Igrejas Evangélicas vinham trocando alfinetadas. O Crescimento obtido entre os anos de 2005 e 2009 não era mais o mesmo, o mercado começou a esfriar. A solução para continuar expandindo foi “roubar” o fiel da outra igreja pentecostal. E qual o jeito mais fácil de fazer isso? Se você pensou “tomar o horário de TV” acertou!
RR Soares foi o primeiro. O líder da Igreja Internacional da Graça de Deus, que já era dono de uma canal de TV e detinha os horários de  mais quatro emissoras comprou o horário que era de Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Reino de Deus. Esse, por sua vez, xingou para os quatro ventos a atitude do missionário e o acusou de preconceito e perseguição, até que conseguiu negociar um horário reduzido em outra emissora.
Recentemente, Valdemiro decidiu que já era hora de aumentar o seu horário na TV e puxou o tapete de Silas Malafaia, comprando o seu horário na Band. Silas Malafaia, por sua vez, atacou Valdemiro, dizendo o ultimo não tinha caráter. Valdemiro retrucou e xingou Malafaia, dizendo que o Mal tinha-o tomado. Nesse meio tempo, Edir Macedo começou a se preocupar com o novo horário de TV de Valdemiro, pois a Igreja Mundial do Reino de Deus está se tornando a principal concorrente da Igreja Universal. O resultado foi o bombardeio de reportagens contra Valdemiro na Record, emissora do Edir Macedo.
Agora, um aponta o dedo na cara do outro. Nesse tiroteio, os líderes manipulam os seus fieis para se oporem a outra Igreja, criando um conflito entre os próprios evangélicos. Resumindo : “É o sujo falando do mal lavado”  comandando seus peões para o ataque. Como você verá no próximo item, todos tem culpa no cartório.

Acusações contra as Igrejas Evangélicas

Igreja Renascer em 2007


Os fundadores da Igreja Renascer em Cristo foram acusados pelo Ministério Público de São Paulo de cometer os crimes de lavagem de dinheiro, estelionato e falsidade ideológica. Essas acusações renderam um pedido de prisão preventiva, o bloqueio de bens e a quebra do sigilo bancário dos fundadores da igreja: Estevam Hernandes Filho e Sônia Haddad Moraes Hernandes.
Foragidos desde o final de novembro de 2006, os dois conseguiram uma liminar revogando o pedido de prisão preventiva no final de dezembro do mesmo ano. Por conta da liminar, conseguiram embarcar para os Estados Unidos, mas foram presos por declarar falsamente que não carregavam mais de US$ 10 mil –quando portavam US$ 56 mil.
Em outubro de 2006, o Ministério Público havia apresentado denúncia à Justiça contra Estevam Filho, Sonia Hernandes e o bispo primaz Jorge Luiz Bruno, que supostamente montaram uma igreja “laranja”, chamada Internacional Renovação Evangélica, para livrar a Renascer de processos.
Segundo levantamento do Ministério, a igreja e as empresas relacionadas ao grupo religioso responderiam por mais de 100 processos –a maioria trabalhista– nas Justiças de São Paulo e Brasília. Por conta dessas acusações, o órgão chegou a pedir o fechamento dos mais 1.500 templos da igreja.
Outra denúncia, feita em setembro do mesmo ano, acusou o casal de fundadores por estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Na acusação, o Ministério afirma que o dinheiro arrecadado na coleta dos “dízimos” dos fiéis seria usado para pagar funcionários de empresas dos Hernandes.
Por conta dessa denúncia, a 1º Vara Criminal de São Paulo determinou o bloqueio dos bens e contas bancárias dos fundadores e das empresas do grupo religioso, em que circularam cerca de R$ 46 milhões entre os anos de 2000 e 2003, de acordo com informações do Ministério Público.


Existe na Justiça desde de a época do Guaraná com Rolha ações contra a IURD e seu líder Edir Macedo. Em 2009, a 9ª Vara Criminal da Capital acolheu a denúncia do Ministério Público de São Paulo, que acusava Edir Macedo e os demais envolvidos de há cerca de 10 anos se utilizar da Igreja Universal para a prática de fraudes em detrimento da própria igreja e de inúmeros fiéis.
Uma investigação mostrou que, somando transferências atípicas e depósitos bancários feitos por pessoas ligadas à Universal, o volume financeiro da igreja de março de 2001 a março de 2008 foi de R$ 8 bilhões, segundo informações do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão do Ministério da Fazenda.


A movimentação suspeita da Universal somou R$ 4 bilhões de 2003 a 2008. Os recursos teriam servido para comprar emissoras de TV e rádio, financeiras, mansões, agência de turismo e jatinhos.
Em 2011, o O Ministério Público Federal apresentou novamente uma denúncia contra o bispo Edir Macedo e a Igreja Universal do Reino de Deus, e mais três dirigentes sob acusação de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de quadrilha, falsidade ideológica e estelionato contra fiéis para a obtenção de recursos para a igreja. Os três dirigentes denunciados foram o ex-deputado federal João Batista Ramos da Silva, o bispo Paulo Roberto Gomes da Conceição e a diretora financeira Alba Maria Silva da Costa.
Não resta dúvidas que é um esquema muito bem elaborado para enriquecer as custas do povo ignorante.

Igreja Internacional da Graça de Deus


Como diria o meu primo:“Eu tenho que tirar o chapéu para o RR Soares”. Ele fala isso porque, segundo ele, o missionário líder da IIGD é o Senhor da “Cara de Pau”. Não há como discordar dessa opinião. Um sujeito que vai para frente das câmeras e diz que você tem que pagar o “boleto da graça” para sua vida melhorar e depois oferece mil e um produtos durante o que ele chama da culto (eu chamo de polishop gospel) só pode ser dotado de uma falta de caráter sem limites.
Conforme o citado anteriormente, RR Soares além de “obrigar” os fiéis a pagarem o “boleto da graça”, ainda vende tudo que é tipo de bugigangas religiosas, como purificador de água contra Satanás , Igreja Parabólica que protege a casa do Mal, CD de músicas para espantar demônios,  Bíblia que troca de capadura, entre outros produtos fabricado por suas empresas. Coloca nos cultos os músicos contratados pela sua gravadora e oferece seus CD’s e DVD’s. A cada semestre aparece com uma novidade, que sempre é um produto absurdamente comum mas gospel (ou seja, combate o Mal).
Em agosto de 2011, o Ministério Público abriu um processo com RR Soares e Rede TV quando um dos líderes da sua igreja, o pastor João Batista, incitou o preconceito e a violência contra os ateus ( o que comumente acontece na IIGD pelas palavras empregadas pelos pastores) quando declarou a platéia:
“Chega pra frente em nome de Deus. Só quem acredita em Deus pode chegar pra frente. Quem não acredita em Deus pode ir pra bem longe de mim, porque a pessoa chega pra esse lado, a pessoa que não acredita em Deus, ela é perigosa. Ela mata, rouba e destrói. O ser humano que não acredita em Deus atrapalha qualquer um. Mas quem acredita em Deus está perto da felicidade”.
Segundo o Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Jefferson Aparecido Dias “as declarações ferem a Constituição Federal e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que prevêem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião sem discriminação.” O procurador ressalta que embora a maioria da população tenha religiões de origem cristã, o Brasil é um Estado laico, em que a todos é assegurada a liberdade de crença religiosa e, também, a liberdade de ser ateu e agnóstico.

Assembléia de Deus, Vertente Vitória em Cristo 



Atendendo a pedido dos Malafaia – que acha que o povo e Deus tem problemas de audição – colocamos o vídeo aqui. Ressalto a sua declaração “O internauta é tão maluco…” para vocês perceberem em que ponto chegamos!
Silas Malafaia é mais um desses pastores que vem para dar uma rasteira no povo. Tal como RR Soares, vende de tudo dentro da Igreja, desde livros até moda ungida. Tudo é apresentado aos “irmãos” durante suas cultos ensurdecedores e no seu programa “Vitória em Cristo”. Malafaia está entre os pastores que mais disseminam o preconceito no Brasil. Responde ao inquérito do Ministério Público por homofobia. É contra qualquer lei que busque igualdade para os homossexuais. Promove movimentos contra o homossexualismo e contra o aborto, mesmo em caso da gestação por motivo de estupro.
Malafaia é do tipo demagogo. Fala o que o povo quer ouvir e faz o tipo “durão” para conseguir a confiança do público. Essa mascará caiu quando o seu ex-amigo e ex-pastor Caio Fábio declarou na entrevista que explicava sobre a sua saída da Igreja que Silas Malafaia é uma farsa:
“Silas é ‘H’, é garganta. Bota o Silas sentado aqui comigo e vê como ele não vira um garotinho bonitinho, legalzinho, quietinho, educadinho, todo fofinho. Ele tira essa onda toda lá, aqui comigo, é outra história. O Silas sabe que não aguenta uma olhada dentro dos meus olhos. E tem mais: me respeita mais do que se sonha que ele me respeita. Ele sabe que aqui não tem brincadeira de Deus, e ele sabe de uma outra coisa também: tudo que eu digo a respeito dele tem a ver com a traição que ele faz ao evangelho, com a venalidade que ele praticou a vida inteira, vendendo a alma em qualquer direção, e vinha me pedir perdão, como no tempo que o Macedo pagou a ele durante anos US$ 40 mil por mês. Ele sabe, o Jabes Alencar sabe, o Macedo sabe, todo mundo sabia”.
Caio também afirma que hoje não se faz 10% do trabalho social que era feito antes do surgimento da Teologia da Prosperidade:
“Quem é que vai fazer obra social quando o negócio da Teologia da Prosperidade é que cresçam os miseráveis? Porque a Teologia da Prosperidade vive do paradoxo de que quanto mais miseráveis, ignorantes, deseducados, analfabetos, carentes, existam no país, melhor para o negócio dela, porque ela vende magia, feitiço”.
Os principais disseminadores da Teologia da Prosperidade aqui no Brasil ( leia-se “Teologia do Evangélico pagar dízimo para ser abençoado”) foram Edir Macedo e o próprio Silas Malafaia.


O Ministério Público ainda não se prenunciou sobre o caso. Entretanto, cá entre nós, já está na hora do governo cobrar impostos dessas empresas, você não acha? Elas se portam como uma e não querem ser tratadas como uma?

Como as Igrejas enriquecem 


Como mencionado anteriormente, o primeiro passo é conseguir chegar até o público. Para isso, o veículo mais efetivo é a televisão e por isso que a disputa de horários gera tanto atrito entre os líderes das Igrejas. Conseguindo essa tarefa, que é a mais difícil de todas, o resto fica fácil: abrir templos e usar da velha e boa engenharia social.
Quais são os alvos das Igrejas do Santo Din Din no Bolso? Usando a engenharia social fica fácil responder essa questão, basta mentalizar quais são as pessoas que são mais suscetíveis para se deixarem persuadir pelas idéias que serão disseminadas. Assim, os alvos ficam ordenados pela seguinte hierarquia:

1- Alvo principal: Pobres e pessoas ignorantes, de baixa escolaridade e com uma idade mais elevada, na faixa etária de 35- 70 anos.

2- Alvo secundário: Pessoas com problemas profissionais e emocionais.

3- Demais alvos: Pessoas com problemas de saúde, em especial, aquelas que já perderam suas esperanças na Medicina, entre outros grupos.

Como fazer a persuasão para o pagamento do dízimo? 

O pastor deve deixar claro aos fiéis que eles não são culpados do que acontecem em suas vidas, idéia que é facilmente semeada e aceita, já que é muito mais simples assumir que existem forças ocultas que desordenam e corroem seu dia-a-dia do que admitir que a culpa é , em grande parte, sua!
O próximo passo é indicar o caminho da mudança: o dízimo. O pastor ressalta a idéia de quanto mais você doa para Igreja mais você recebe e que, aquele que doa mesmo sem ter condições para tal é mais “bem visto” aos olhos de Deus. Eles chamam isso de “Evangelho/Teologia da Prosperidade” lançado por Calvino por volta de 1540.
O ultimo passo é chamado de teoria da dança da chuva . Sabe por que a dança da chuva nunca falha? Por que os índios dançam até chover. Quando começa a chover associam a chuva a dança, logo, concluem que a dança causou a chuva. Tal como um rato preso dentro da Caixa de Skinner, o fiel doa e espera a recompensa. Enquanto a prosperidade não chega, ele continua doando. Se ela não chega de jeito nenhum( o que é comum), é porque ele não crê o suficiente e não doou o suficiente, tem que doar MAIS. Obviamente, falando por um olhar estatístico, nesse meio tempo, a prosperidade vai chegar para alguém. Ela pode ter chegado por uma série de eventos mas essa pessoa já está doutrinada o bastante e vai ignorar qualquer outra hipótese que não seja aquela que conclui que as suas conquistas são resultados das suas doações para Igreja. Temos o inicio do viral pois essa pessoa vai passar essa idéia para outrem.
Porém, a prosperidade vai chegar para poucos e para maioria que não chegar, o pastor vai dar o exemplo daqueles que obteram o sucesso DOANDO como se eles fossem a maioria. Isso cria a duvida “Será que eu não cheguei lá por que não doei o suficiente?” . E é aí que o sujeito doa! Está preso num ciclo que não vai conseguir sair tão cedo.
Claro, para muitos, simples palavras não serão o suficiente para que elas acreditem. Nesse ponto entra o teatro tão empregado nas Igrejas. Conheço pessoas que já ganharam 500 reais para dar testemunhos de prosperidade ou fazer aquele espetáculo lá na frente dizendo que ocorreu um milagre. Cria-se um manto de sugestão e pessoas que não estão curadas começam a acreditar que também podem receber um milagre. Dessa maneira, temos diversos milagres. O milagre da sugestão!

Ponto em comum

Amigo, acredite, existe um ponto em comum entre RR Soares, Silas Malafaia, Edir Macedo, o casal Hernandes, Valdemiro Santiago, entre outros pilantras: todos eles são ateus que perceberam que existe uma maneira muito fácil de enrolar pessoas desesperadas e decidiram usufruir dessa manobra e da nossos conjunto de leis débeis para enriquecer.
Para finalizar essa parte, veja o que um dos maiores portais/site gospel diz sobre o dízimo:
Dízimo é bíblico e diz respeito a 10% dos ganhos líquidos que a pessoa adquire, oferta é voluntária, não se deve fazer apelo a ofertas, cada um contribua segundo a suas posses e desejo, sem jamais ser pressionado a contribuir.
Prova-se fidelidade e amor a Deus com testemunho e conduta cristã e não com dinheiro. Jamais se deve barganhar com Deus pois sua gloria é incorruptível, ou seja, nunca dê dinheiro em uma igreja achando que isso te dá direito bênção. Pois os milagres e maravilhas de Deus são imerecidos e Deus dá a cada um conforme os propósitos do próprio Deus na vida de cada um. Quando Deus entrega uma bênção é porque chegou o momento, e se Deus não entrega é por dois motivos, ou a pessoa não deve recebe-la para o seu próprio bem, ou porque não é chega a hora. Muitos são os cristão que acham que tem o direito de exigir as bênção, e há muitos pastores que incentivam tal conduta, creia, exija Deus vai te dá. O que fere um princípio bíblico:
E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito está: Não tentarás ao Senhor teu Deus. Lucas 4:12
Para onde vai o seu dízimo?


Igreja Universal do Reino de Deus

Mansões, Redes de TV (RECORD), de Rádio, Jatinhos e todos os luxos necessários para PREGAR A PALAVRA DE DEUS. Veja uma das mansões do Edir Macedo – ele construiu uma casa com 2.000 metros quadrados em Campos do Jordão, veja algumas fotos.

Calma, tem mais. Quer ver o jatinho do Edir Macedo? Nós colocamos aqui. Custou a bagatela de 90,8 milhões de reais. Com muito luxo, logicamente. Você deve lembrar que na Bíblia diz : Pregue com muito luxo . Não lembra? Pois é, deve ser porque não existe e  Jesus nunca usufruiu de qualquer tipo de luxo para dar as boas novas. Alias, a Bíblia toca nesse ponto constantemente: HUMILDADE.

Assembléia de Deus vertente Vitória em Cristo

Mansões, limousines, aviões… cada pastores líderes de Malafaia ganham, em média, R$ 20 mil por mês. Vamos ver o avião que o Malafaia comprou. Um Avião é tudo que você, filho de Deus, precisa para pregar a palavra, não é? E afinal, o que são 12 milhões para uma Igreja que lucra na casa dos milhões por  mês?
E nos congressos evangélicos para pregar a palavra? Ele cobra só R$250 reais a entrada (palavrinha cara essa heim!) e chega de Limousine, que o aluguel custa R$ 7000 reais ao dia.

Igreja Mundial do Reino de Deus

Iiiii…. esse Valdemiro compete com o Edir Macedo para ver que compra mais coisas para si em nome da Igreja. Já tem jatinho de R$48 milhões de reais, helicóptero, fazenda de 11.054 hectares que vale R$20 milhões, mansões aqui e lá no exterior.
Bem investido o dinheiro do seu dízimo, não? Ele perde as igrejas mas não perde a chance de comprar umas cabeças de gado.

Igreja Internacional da Graça de Deus

E o nosso amigo do cambalacho RR Soares? Bem, ele também tem o seu jatinho: o King Air 350, de R$ 8,6 milhões de reais:
Pastor R.R. Soares compra avião de R$ 8,6 milhões
Lembrando que RR Soares e Edir Macedo tem passaporte especiais de diplomatas e que, tempo atrás, descobriram que as suas esposas também tinham ….. conseguiram de forma “irregularmente”, se é que você me entende….

É porque dá certo que aparecem igrejas evangélicas por todos os lados agora

O negócio de enriquecer com o dízimo e não pagar impostos dá muito certo, tanto, que hoje brotam igrejas evangélicas por todos os lados. O mais interessante é a criatividade para escolher os nomes das igrejas:
“Igreja Cristo é show”
“Igreja da Serpente de Moisés que Engoliu as Outras”
“Igreja Evangélica Florzinha de Jesus”
“Igreja Pentecostal Barco da Salvação”
“Igreja Evangélica Pentecostal Cuspe de Cristo”
“Igreja Menina dos Olhos de Deus”
“Bola De Neve Church”
“Igreja Evangélica Batista Barranco Sagrado”
“Igreja E.T.Q.B. (Eu Também Quero A Bênção)”
“Igreja Pentecostal Jesus Vem, Você Fica”
“Igreja Evangélica Ligação Direta com o Paraíso.”
“Igreja Evangélica de Abominação à Vida Torta”
“Igreja Assembléia de Deus do Papagaio Santo que Ora a Bíblia
“Associação Evangélica Fiel até Debaixo d’Água”
“Congregação Anti-Blasfêmias”
“Igreja Bailarinas da Valsa Divina”
“Igreja Congregacional Exigimos a Graça de Deus”
“Igreja Batista Pronto-Socorro das Almas”
“Congregação Cristã dos Fiéis Vencedores Salvos da Macumba”
“Igreja Assembléia de Deus Botas de Fogo Ardentes e Chá”
Ok, mas o que eu e você que não somos evangélicos temos a ver com tudo isso?
Você deve estar pensando que não sendo evangélico ou sendo um ateu não tem nada a ver com isso, não é? Você sabe o que um Estado Laico? Estado Laico (ou Secular) é um estado oficialmente neutro em relação às questões religiosas, não apoiando nem se opondo a nenhuma religião. Um estado secular trata todos seus cidadãos igualmentes independentes de sua escolha religiosa e não deve dar preferência a indivíduos de certa religião. O Estado secular deve garantir e proteger a liberdade religiosa de cada cidadão. Se você não sabia, vai ficar sabendo a partir de agora, o Brasil é um Estado Laico. Mas, por incrivel que pareça, em pleno 2012, o nosso país está cada vez mais próximo de se tornar um Estado Teocrata.
O cenário é simples: as Igrejas Evangélicas crescem, porém, para continuarem a suas expansões, elas precisam de parte do Poder Estatal. É necessário que se criem leis que as favoreçam. Para isso, elas apoiam e patrocinam as candidaturas dos políticos, para que esses defendam seus interesses perante o Estado. São desses interesses que surgem projetos de leis como a PEC 99 , entre outros que pretendem igualar o poder das Igrejas ao Poder Estatal. Fora isso, já é previsto a candidatura do Bispo Edir Macedo para Presidente de República em 2018, quando os índices de evangélicos por habitante estarão próximos a 50% dos brasileiros. Já imaginou o inferno?

PEC 99 – um exemplo do que teremos que encarar


Falamos da PEC 99/2011 que “dispõe sobre a capacidade postulatória das Associações Religiosas para propor ação de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade de leis ou atos normativos, perante a Constituição Federal”.
Para entender melhor a questão, devemos ir à Constituição Federal e consultar quem são as instituições capacitadas a questionar junto ao STF a (in)constitucionalidade de algum dispositivo. Estas estão listadas no artigo 103 de nossa Carta Magna, que diz:
“Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:
I – o Presidente da República;
II – a Mesa do Senado Federal;
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV – a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V – o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI – o Procurador-Geral da República;
VII – o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII – partido político com representação no Congresso Nacional;
IX – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.”
Fonte: Planalto

Este conjunto de legitimados acima é quem, dentro do Estado brasileiro, estão aptos para o controle de constitucionalidade de normas jurídicas junto ao STF, propondo ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) e ADECON (Ação Declaratória de Constitucionalidade). Esse status é conferido a este grupo restrito por sua posição de importância dentro do Estado Brasileiro. Nesse conjunto está caracterizado que alguns tipos de entidades representativas podem usar deste instrumento, como a Confederação Sindical e a Entidade de Classe. Porém, não é tão simples como aparenta ser.
Para a existência de uma Confederação Sindical, é necessária a união de três federações sindicais, que, por sua vez, consistem na união de cinco sindicatos. Já a Entidade de Classe deve ter base social e estar representada em nove Unidades da Federação. As duas entidades só poderão propor quando demonstrarem ligação entre seus interesses e o conteúdo da norma questionada. Estas restrições demonstram o tamanho da responsabilidade para a proposição de uma ADIN ou ADECON para que estas não fiquem banalizadas .
A PEC 99 traz outro tipo de entidade representativa. A Associação Religiosa é quando uma denominação ou grupo religioso tem reconhecimento perante a lei com caráter representativo e seus respectivos estatuto e ata de fundação registrados em cartório.  O Novo Código Civil confere personalidade jurídica às organizações religiosas (entre elas a Associação) e  estabelece, no §4º do artigo 44, que “são livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos necessários ao seu funcionamento” (LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.). Logo, a associação religiosa possui um privilégio de se organizar sem que o Estado possa nega-lhe o reconhecimento de sua criação por qualquer motivo que seja, graças ao lobby evangélico em 2003 (A Reação dos Evangélicos ao Novo Código Civil).
Por aqui vemos que há a facilidade irrestrita destes grupos se organizarem, muito diferente dos requisitos estabelecidos para as Confederações Sindicais e Entidades de Classe. Além do perigo de inúmeras associações religiosas surgirem com este propósito (algo que por si só já caracteriza um privilégio e um descompasso com a Constituição), há a oculta pretensão deste projeto: os ataques aos direitos das minorias.

Um Estado Laico com Bancada Evangélica 


As bancadas conservadoras no Congresso Nacional nunca foram tão grandes em número e em influência quanto atualmente. A Bancada Ruralista, por exemplo, conseguiu aprovar no Senado, dia 6 de dezembro de 2011, o novo Código Florestal, acusado por ambientalistas de dar brechas e até mesmo incentivar o desmatamento de vegetação nativa, em prol do agronegócio. Foram 59 votos a favor e 7 contra e, a partir de agora, o texto volta para a Câmara, para a apreciação das alterações feitas pelos senadores, para depois ser encaminhado para a sanção da presidenta Dilma.
Porém a bancada que mais tem conseguido projeção neste mandato talvez seja a Bancada Evangélica. Segundo dados da própria Frente Parlamentar Evangélica, nas eleições de 2010, a bancada cresceu de 46 deputados (9% do total da Casa) para 68 deputados (13,2% do total), um crescimento de mais de 50%, se comparado ao tamanho da bancada no mandato anterior. No Senado, a bancada conta atualmente com 3 representantes: Walter Pinheiro (PT-BA), Magno Malta (PR-ES) e o bispo Marcelo Crivella (PR-RJ).
Se fossem comparadas às bancadas dos partidos, a Evangélica seria a terceira maior do Congresso, atrás apenas das do PT e do PMDB, e empatada com o número de parlamentares do PSDB. A força do grupo, liderado principalmente por religiosos e representantes da Assembleia de Deus, mostrou-se já durante a campanha, quando pautaram, juntamente com os membros da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a questão da legalização do aborto na agenda dos candidatos à presidência.
A atual distribuição dos membros das bancadas por partidos é a seguinte:
A bancada evangélica tem feito o monitoramento de 368 projetos da Câmara e do Senado, a maioria referente a questões de direitos individuais, e agido não de acordo com o programa dos seus partidos, legalmente constituídos e pelos quais foram eleitos, mas sim pelas orientações religiosas a que professam.
O último caso a chamar a atenção foi o Projeto de Lei nº 1.763/2007, que prevê o pagamento de um salário mínimo durante 18 anos para mulheres vítimas de estupro, para que mantenham a gravidez e criem seus filhos. O PL criada pela bancada ainda tem outro ponto bastante polêmico: a ideia de que psicólogos de orientação cristã atendam as mulheres vítimas de estupro, na tentativa de convencê-las sobre a importância da vida e de manter a gravidez. Tudo, obviamente, pago pelo Estado. Porém o próprio Código de Ética dos profissionais de Psicologia veta a indução a “convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual”.
Desde 1940, o artigo 128 do Código Penal permite a prática do aborto em apenas dois casos: se não há outro meio de salvar a vida da gestante (aborto terapêutico), ou se a gravidez resulta de estupro e há consentimento da gestante (aborto sentimental).
A ex-Ministra da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, Nilcéa Freire, disse em entrevista ao Estadão que a proposta “é retrocesso, uma proposta sem cabimento, equivocada desde o começo. Nós apoiamos a liberdade de escolha da mulher”.
Na mesma reportagem, a advogada Samantha Buglione, do Instituto Antígona e das Jornadas Pelo Direito de Decidir, afirma que “Há uma dificuldade em compreender que o Estado democrático surge para assegurar a liberdade de crença da população. Há uma confusão no entendimento de alguns parlamentares entre direito e moral, entre religião e política pública.”
Gráfico por João Victor Moura
Outro ponto fundamental da plataforma da bancada evangélica é a questão relacionada aos direitos da comunidade LGBTT. Vários já foram os ataques da bancada. O primeiro a criar polêmica diz respeito ao Kit anti-homofobia, erroneamente chamado pela bancada de “Kit gay”. O material do Ministério da Educação seria distribuído entre escolas de ensino médio, buscando esclarecer questões a respeito da diversidade sexual e, assim, diminuir os preconceitos dentro das escolas e da sociedade. Os parlamentares da bancada evangélica, no entanto, ameaçaram não votarem mais nada até que o kit fosse recolhido e, se a presidenta Dilma aprovasse o material, iriam convocar o então ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, para prestar depoimento sobre seu rápido enriquecimento. A “chantagem” deu resultado e a presidenta mandou suspender o kit, chamando-o de “inadequado”.
A bancada agiu da mesma forma frente ao Estatuto do Juventude, aprovado na Câmara no dia 05 de outubro. O texto prevê, entre outras coisas, o pagamento de meia-entrada para os estudantes na faixa etária de 15 a 29 anos no transporte público e em eventos artísticos, culturais e de entretenimento em todo o território nacional (As atuais leis sobre a meia-entrada são de âmbitos estaduais e municipais). O ponto atacado pela bancada evangélica, no entanto, foi o que diz respeito ao tratamento de temas relacionados à sexualidade nos conteúdos escolares. O projeto do Estatuto da Juventude só seguiu adiante, para a apreciação do Senado, após a relatora, Manuela D’Ávilla (PCdoB – RS), acrescentar ao texto um adendo dizendo que o tema seria tratado “desde que respeitado a diversidade de valores e crenças”.
Em maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou com unanimidade a união homoafetiva estável e, em outubro, o Supremo Tribunal da Justiça (STJ) aprovou o primeiro casamento homoafetivo, abrindo precedentes para a prática seja adotada em todo o país. A Frente Parlamentar Evangélica (Associação civil de natureza não-governamental, constituída no âmbito do congresso nacional, integrada por deputados federais e senadores da República), na pessoa do seu presidente, o deputado João Campos (PSDB-GO), entrou com um pedido de inclusão na legislação brasileira de um dispositivo que impeça que igrejas sejam obrigadas a celebrar cerimônias de casamento entre homossexuais. Porém, a proposta parece infundada, visto que em nenhum momento a aprovação da união estável e do casamento homoafetivos interfere nas práticas religiosas. Em entrevista ao G1, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) afirmou que “Isso é desespero para confundir a opinião publica, para jogar união publica contra o direito civil. O direito é publico, a fé é privada. Nenhum homossexual quer casar em igreja”.
Estes são apenas alguns exemplos das medidas tomadas pela bancada evangélica na tentativa de vetar alguns direitos individuais, principalmente aqueles relacionados à liberdade sexual.
Gráfico por João Victor Moura
Os membros do Poder Executivo, vereadores, deputados estaduais ou federais, senadores, juízes de Direito, juízes federais, desembargadores, ministros de tribunal superior e presidente têm a obrigação que exercer suas funções de acordo com os princípios fundantes do Estado; Como a Laicidade é garantida por Constituição, os representantes do poder público deveriam agir em defesa da separação do Estado das Religiões. Porém não é isso que temos observado na prática.
Pensando nisso, a procuradora em Brasília do município de São Paulo, Simone Andréa Barcelos Coutinho, defende uma reforma no código eleitoral que acabe com as bancadas católicas e evangélicas no Congresso Nacional. Para ela, é inconcebível que em um Estado Laico existam partidos que tragam em seu nome a palavra “Cristão”, por exemplo. (Leia o artigo completo da procuradora Simone Andréa Coutinho clicando AQUI)
A medida pode parecer um tanto drástica, mas se formos analisar as falas dos atuais parlamentares que compõem a bancada evangélica, como o deputado federal Henrique Afonso (PT-AC), que disse: “O Estado deve garantir o que pensa a maioria e acredito que a maioria dos brasileiros acredita no que Deus prega, que é o direito à vida. Não posso separar o deputado do cristão”, notamos o quanto o debate é pertinente e urgente.
A consolidação do Estado Laico – garantido na nossa Constituição, mas como vimos, bastante frágil em sua prática – não é importante apenas para a comunidade LGBTT. Sua consolidação vem favorecer os praticantes de todas as religiões ou de nenhuma delas, que têm dessa forma asseguradas a sua liberdade de crença e de descrença.
Como diz a procuradora Simone Andréa Coutinho:
“O pluralismo, por si só, é incompossível com qualquer forma de união entre o Estado e qualquer religião, pois aquele significa a tolerância e o respeito à multiplicidade de consciências, de crenças, de convicções filosóficas, existenciais, políticas e éticas, em lugar de uma sociedade em que as opções da maioria são impostas a todos, travestidas de “bem comum”, “vontade do povo”, “moral e bons costumes” e outros. (…)
O Estado laico respeita e tolera, pois, a diversidade de crenças de toda sorte. Mais do que isso, atua em obediência necessária ao pluralismo de consciência, de crença, de culto ou de manifesta ausência de sentimento ou prática religiosa. Sobretudo, um Estado laico e pluralista conduz seus negócios, pratica seus atos e define o interesse público com total independência de qualquer religião, grupo ou sentimento religioso, ainda que francamente majoritário. (…)
A Constituição da Republica Federativa do Brasil determina que “ninguém será obrigado a fazer ou a deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” (art. 5º, inc. II). A religião, assim como a tradição, a ninguém obriga.”
Que forma toma esse quadro no futuro?
Se seguirmos essa tendência, é provável que o Brasil se aproxime muito de um Estado Teocrata  como o Irã, ou mesmo, vire um. Você, eu, seu vizinho, seu amigo e quem mais pisar nesse território vai ter sua liberdade caçada. Censuras, proibições e preconceitos vão virar lei! Os ateus e os devotos das demais religiões não-cristãs  só podem esperar o pior havendo o estabelecimento do Estado Teocrata .
E isso que acontece quando você não toma partido por em uma questão. Quem imaginaria em 1990 que chegaria a esse ponto? Temos que exigir das autoridades que as Igrejas sejam consideradas empresas. Afinal, se portam como uma, não? Já está na hora de elas seguirem todas as normas legais que uma empresa segue! É limitando o poder dessas entidades que voltaremos a solidificar o equilíbrio.
Também sou a favor de acabar com partidos evangélicos e católicos. Somos um Estado Laico e devemos nos portar como tal!

Antes que apareça um chorão

Sim, a Igreja Católica também tem culpa na cartório. Sempre teve. Hoje a Igreja católica é mais contida mas não precisamos ir para um passado distante para ver o que ela era capaz de fazer, ou precisamos? Além do que, já é conhecido o lobby da Igreja Católica aqui no Brasil para tentar frear o crescimento dos evangélicos de maneira suja para não perder o seu rebanho, ou seja, din din.
A Igreja Católica fez muitos lobbies para frear não só as Igrejas, mas também, para acabar como muitos direitos. Sem falar em todo aquele luxo que o papa vive e os bancos e empresas e propriedades do Vaticano. A verdade, caro leitor, é que toda Igreja tem a sua imagem manchada com a lama do dinheiro e a maioria visam lucros, tais como empresas.
Você tem toda liberdade de acreditar em Deus ( ou não acreditar), ninguém deve obrigar você a crer ou ignorar determinada crença, você tem o livre arbítrio, quem escolhe é você! E assim deve continuar, ou pelo menos espero que continue, com o Brasil sendo um estado laico e soberano.
Particularmente, eu acho um abuso, uma total extorsão o que esses dirigentes dessas Igrejas Evangélicas fazem com o seus fiéis. Exploram a ignorância de um povo sofrido. Mas é a escolha de cada um, querer ou não contribuir com o enriquecimento de pastores. Entretanto, quando esses entes passam a influenciar na política e querer mudar o meu país, aí a História é outra. Extrapolaram os limites! Não esperem que eu fique calado mas eu espero que você que esteja lendo isso também se pronuncie. É uma questão urgente, ou fizemos retomamos o equilibrio que a neutralidade traz agora ou quem sabe, em 2018 teremos o Edir Macedo como Presidente e o fim da laicidade no Brasil! E se o nosso amado país já anda “capenga” com esses políticos parasitas sugando o dinheiro do povo, imagina com políticos pastores dizimistas parasitas no poder.

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