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30 de jan. de 2013

Terceira guerra mundial



 EUA volta a ameaçar o Irã - Alex Jones alerta máximo para Terceira Guerra Mundial - Parte I

WASHINGTON e TEERÃ - Apesar da tentativa iraniana de se distanciar das denúncias, o presidente Barack Obama reforçou a condenação ao regime de Teerã, que para ele tem "participação indiscutível" no plano terrorista para atacar alvos em Washington. Em sua primeira manifestação sobre o caso, ele ameaçou nesta quinta-feira a imposição de mais sanções e disse que "nenhuma opção está descartada" pela Casa Branca.

- Isso é parte de um padrão de comportamento perigoso e temerário do governo iraniano - afirmou Obama, em entrevista coletiva. - Continuaremos a tentar aplicar as sanções mais severas e a mobilizar a comunidade internacional para ter certeza de que o Irã está cada vez mais isolado e que pagará um preço por esse comportamento.

Na terça-feira, o governo Obama acusou explicitamente facções do regime iraniano de planejarem um complô para realizar ataques em Washington - incluindo um para matar o embaixador saudita - e indicou que os principais suspeitos têm laços com a Força Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária.

Obama não entrou em detalhes de quem seriam os membros do governo iraniano envolvidos no complô, mas disse que as provas da cumplicidade de Teerã foram transmitidas aos aliados dos EUA.
O Departamento do Tesouro americano já anunciou que leventará mais sanções contra o banco central do Irã para aumentar o isolamento do regime Mahmoud Ahmadinejad, que nega envolvimento no plano.

O general iraniano Hossein Salami, segundo no comando da Guarda Revolucionária, chamou nesta quinta-feira de "ridículas e infundadas" as acusações americanas.

- As recorrentes falhas e frustrações dos líderes americanos nas política internacional os levaram a fazer uma tentativa de desviar a atenção da comunidade internacional do colapso do sistema capitalista - afirmou Salami, citado pelo canal iraniano Press TV. - Eles estão inventando disputas ridículas e infundadas para gerar rixas entre muçulmanos.

A Força Quds e a Guarda Revolucionária estão fora da zona de influência de Ahmadinejad. Líderes das duas organizações vem inclusive atacando o presidente, alvo de uma recente onda críticas de clérigos xiitas. A Guarda Revolucionária e o ministério da Inteligência iraniano estão sob controle do aiatolá Khamenei, líder supremo iraniano.

Até investigadores desconfiaram do plano

A trama que o governo dos EUA atribui a dois iranianos causou desconfiança até entre os investigadores do caso. Segundo o jornal "Washington Post", autoridades que revelaram o suposto complô para assassinar o embaixador saudita, com ajuda de criminosos mexicanos, admitiram ter dúvidas sobre o papel do Irã e, inicialmente, questionaram o envolvimento do governo.
Menos de 24 horas depois de denunciar o plano, o governo americano passou a maior parte da quarta-feira apresentando supostas provas, não apenas para jornalistas, mas também para aliados internacionais e membros do Congresso, afirma o "Post".

Em comunicados e ligações telefônicas, autoridades dos EUA tentaram explicar como a Força Quds, unidade militar de elite do Irã, terminou envolvendo um vendedor de carros usados e um cartel mexicano num complô contra o embaixador da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, que incluía a explosão de embaixadas em Washington e Buenos Aires.

Diplomatas ocidentais que foram contactados em particular nas Nações Unidas, em Nova York, mostraram preocupação com a possibilidade de que a duvidosa qualidade do plano motive teorias conspiratórias. Um deles afirmou ao jornal que "todos ficaram surpresos com o amadorismo" do complô.


Um dos acusados, Mansur Arbabsiar, naturalizado americano, foi preso há duas semanas. O outro suspeito, Gholam Shakuri, estaria no Irã, onde serviria na Força Quds. A trama foi descoberta quando Arbabsiar entrou em contato com um homem que acreditava ser membro de um cartel mexicano, mas era na verdade informante da agência americana de combate às drogas.


Analistas também duvidam de influência de Teerã

Além de terem sido rejeitadas pelo governo do Irã, as acusações também não receberam crédito entre os iranianos. Analistas afirmam que mesmo que o envolvimento dos dois suspeitos seja real, o presidente Mahmoud Ahmadinejad e seu governo provavelmente não teriam relação com o esquema.
A Força Quds e a Guarda Revolucionária, que também teria ligação com o complô, estão fora da zona de influência de Ahmadinejad. Líderes das duas organizações vem inclusive atacando o presidente, alvo de uma recente onda críticas de clérigos xiitas. A Guarda Revolucionária e o ministério da Inteligência iraniano estão sob controle do aiatolá Khamenei, líder supremo iraniano.

Agora, apesar da pressão do Congresso americano por medidas mais duras contra o Irã, analistas consideram que a política dos EUA para o país não deve mudar. O governo Obama deve continuar combinando um discurso duro, com ações mais comedidas.

Fonte da notícia: O Globo 





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