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27 de jan. de 2013

ZeroN: bola metálica controlada por computador ignora a gravidade


Levitação por magnetismo pode render vários avanços no futuro.
Objetos voadores ainda parecem coisa do futuro, mas uma tecnologia desenvolvida pelo MIT Media Lab pode ao menos dar um gostinho do que presenciaremos daqui a alguns anos. Cientistas desenvolveram um sistema capaz de controlar totalmente uma bola metálica, o que inclui fazê-la levitar e controlar sua trajetória no ar.Batizado de ZeroN, o projeto consiste em levitação magnética controlada por computador, acoplado a um sistema de rastreamento e um projetor que fazem a bola se mover para qualquer lugar – ou ficar parada em pleno ar, levitando como se fosse mágica.

No clipe abaixo, é possível perceber que o objeto fica estável, resiste a impactos e é preciso em sua posição. Pelo sistema, além da levitação, é possível até mudar a órbita de contorno da esfera e deixar “gravado” movimentos de rotação, por exemplo.
Fora levitar e ser controlada, as aplicações da ZeroN ainda são um pouco abstratas, mas podem incluir o desenvolvimento de games e até modelagem de objetos em 3D.


Levitação acústica 

A levitação acústica permite que pequenos objetos, como gotículas de líquido, flutuem



Para compreender como funciona a levitação acústica, primeiro você precisa saber um pouco sobre a gravidade, o ar e o som. Em primeiro lugar, a gravidade é uma força que faz com que objetos se atraiam. A maneira mais simples de entender a gravidade é através da Lei da gravitação universal, de Isaac Newton. Essa lei afirma que toda partícula do universo atrai todas as outras partículas. Quanto maior a massa de um objeto, mais força ele tem para atrair outros objetos. E quanto mais próximos os objetos estão, mais fortemente eles se atraem. Um objeto enorme, como a Terra, atrai objetos próximos a ele com relativa facilidade. E, embora os cientistas ainda não tenham decidido o que exatamente causa essa atração, eles acreditam que ela exista em todos os lugares do universo.
Em segundo lugar, o ar é um fluido que se comporta essencialmente da mesma maneira que os líquidos. E, como eles, é composto de partículas microscópicas que se movem umas em relação às outras. O ar também se move como a água (na verdade, alguns testes aerodinâmicos acontecem debaixo da água em vez de acontecerem no ar). As partículas nos gases, assim como as que formam o ar, estão mais separadas e se movem mais rapidamente do que as partículas em líquidos.
Por último, temos que o som é uma vibração que viaja através de um meio, como um gás, um líquido ou um objeto sólido. Uma fonte de som é um objeto que se movimenta ou muda de forma muito rapidamente. Por exemplo, se você tocar um sino, ele vai vibrar no ar. Conforme um lado do sino se afasta, ele empurra as moléculas de ar próximas a ele, aumentando a pressão naquela região do ar. Essa área de pressão maior é uma compressão. Conforme o lado do sino volta, ele puxa as moléculas e as faz se afastarem, criando uma região de baixa pressão chamada rarefação. Então, o sino repete o processo, criando uma série de compressões e rarefações, na qual cada repetição é um comprimento de onda da onda sonora.
A onda sonora viaja enquanto as moléculas em movimento empurram e puxam as moléculas ao seu redor, o que faz com que cada molécula movimente a que está próxima a ela também. Sem esse movimento de moléculas, o som não poderia viajar, o que explica o motivo de não haver som no vácuo.


A levitação acústica utiliza o som que viaja por um fluido, normalmente um gás, para contrapor a força da gravidade. Na Terra, isso pode fazer que objetos e materiais pairem no ar, sem nenhum tipo de suporte. Já no espaço, esse fenômeno pode segurar objetos no lugar e impedi-los de se moverem ou vagarem por aí.
O processo se baseia nas propriedades das ondas sonoras, especialmente ondas sonoras intensas. Na próxima seção, vamos dar uma olhada em como as ondas sonoras se tornam capazes de erguer objetos.