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16 de jun. de 2013

Design inteligente e o problema da mão invisível



DESIGN INTELIGENTE E O PROBLEMA DA MÃO INVISÍVEL


UMA MÁQUINA - O FLAGELO BACTERIANO É O VILÃO DESSA HISTÓRIA


O Desenho Inteligente, Design inteligente ou Projeto Inteligente (em inglês Intelligent Design) é a assertiva de que "certas características do universo e dos seres vivos são mais bem explicadas por uma causa inteligente, e não por um processo não-direcionado como a seleção natural"; e que "é possível a inferência inequívoca de projeto sem que se façam necessários conhecimentos sobre o projetista, seus objetivos ou sobre os métodos por esse empregados na execução do projeto." Ele é uma forma moderna do tradicional argumento teleológico para a existência de Deus, modificado para evitar especificações sobre a natureza ou identidade do criador. 

A ideia foi desenvolvida por um grupo de criacionistas americanos que reformularam o argumento em face à controvérsia da criação versus evolução para contornar a legislação americana proibindo o ensino de criacionismo como ciência. Seus principais defensores, todos eles associados ao Discovery Institute, sediado nos Estados Unidos, acreditam que o criador é o Deus do cristianismo. Segundo eles, sua pesquisa é análoga à de detetives que, diante de uma pessoa morta, buscam sinais de que aquele evento não foi acidental (ou que isto é muito improvável), indicando que há um assassino. 

Os pesquisadores buscam no mundo natural (e principalmente em estruturas biológicas) sinais de planejamento, funcionalidade e propósito. Assim como os detetives podem investigar se há ou não um criminoso sem saber quem ele é, os pesquisadores alegam que poderiam dizer que há uma criação sem saber dados adicionais sobre o criador. A pesquisa se foca nas evidências biológicas e não nas conseqüências das descobertas. Defensores da criação inteligente alegam que ela seja uma teoria científica, e buscam fundamentalmente redefinir a ciência para que a mesma aceite explicações sobrenaturais.

O consenso da comunidade científica é de que a criação inteligente não é ciência, mas na verdade pseudociência. A Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos já declarou que o "criacionismo, design inteligente e outras alegações de intervenção sobrenatural na origem da vida" não são ciências porque elas não podem ser testadas por métodos científicos. A Associação de Professores de Ciências dos Estados Unidos e a Associação Americana para o Avanço da Ciência a classificaram como pseudociência. A Sociedade Brasileira de Genética publicou oficialmente que não há qualquer respaldo científico no design inteligente e outras teorias criacionistas, explicando que esta posição é consensual na comunidade científica. 

O termo "criação inteligente" originou-se em resposta a decisão judicial de 1987 da Suprema Corte Americana no caso Edwards v. Aguilard que envolveu a separação da igreja e do estado. Seu primeiro uso significativo em publicações foi em "Of Pandas and People" (Sobre Pandas e Pessoas), um livro didático de 1989 publicado com a intenção de ser usado em aulas de biologia do ensino médio. 

Vários livros adicionais sobre a criação inteligente foram publicados nos anos de 1990. Na metade da década de 1990, defensores da teoria começaram a se aglomerar ao redor do Discovery Institute e a defender mais publicamente sua inclusão no currículo da escola pública. Com o Discovery Institute e seu "Center for Science and Culture" (Centro para Ciência e Cultura) servindo como alicerce central no planejamento e financiamento, o "movimento da criação inteligente" cresceu significativamente em publicidade no final da década de 1990 e no início de 2000, culminando no "julgamento de Dover", em 2005, que contestou o ensino intencional da criação inteligente em salas de ciências do sistema público de ensino.

No caso Kitzmiller v. Dover Area School District, um grupo de pais de estudantes do ensino médio contestaram a exigência de um distrito escolar público para que professores apresentassem a criação inteligente em aulas de biologia como uma "explicação alternativa para a origem da vida". O Juiz Distrital Americano John E. Jones III sentenciou que a criação inteligente não é ciência, e que "não pode se desacoplar de seus antecedentes criacionistas, e consequentemente religiosos" e concluiu que a promoção da ideia da criação inteligente realizada pelo distrito escolar violava a Cláusula de Estabelecimento da Primeira emenda da constituição dos Estados Unidos da América.

Ao contrário da acusação relacionada de que os defensores do design inteligente estariam reivindicando a Deus a criação das espécies, a teoria é muito utilizada pelos defensores dos deuses astronautas, relacionando a criação inteligente da humanidade e das espécies terrestres à engenheiros genéticos intergalácticos.

Portanto, a teoria do Design Inteligente é atualmente uma das possíveis explicações para a origem da vida que compete passo-a-passo com a com a Teoria da Evolução. A partir de hoje quando alguém afirmar para você que a teoria da evolução explica tudo, pode ser que não seja deste modo e depois de uma análise mais profunda dos fatos, percebe-se que a teoria do Design Inteligente pode explicar melhor como tudo começou.

A questão é quem começou? Quem são os  grandes engenheiros genéticos responsáveis pela vida na Terra? Ou simplesmente questionar esse fato "não natural" já me incrimina? Sim. Qualquer cientista que adote essa posição no meio científico perde todos os seus financiamentos oficiais!


Então que fique bem claro, a maioria dos cientistas não é contra o design inteligente, mas contra o fato de que ele foi desenvolvido por um grupo de pesquisadores que por fim dedicaram a criação a Deus pois foram financiados por um instituto defensor do criacionismo. Porém, se a criação tiver origem em uma outra raça de seres não tem problema? Adoro a hipocrisia científica...no mínimo eu me divirto!

Se a mão é de Deus então você está se referindo ao criacionismo. Porém, se não importa de quem é a mão, então estamos nos referindo à teria do design inteligente

A Teoria do Design Inteligente diz que “causas inteligentes são necessárias para explicar as complexas e ricas estruturas da Biologia, e  que estas causas são empiricamente detectáveis.” Certas características biológicas desafiam o padrão darwiniano de “coincidências fortuitas”. Elas parecem haver sido desenhadas. Uma vez que o desenho necessita, logicamente, de um desenhista inteligente, a aparência do desenho (design) é citada como evidência para a existência de um Desenhista (designer). Há três argumentos primários na Teoria do Design Inteligente: (1) complexidade irredutível, (2) complexidade específica e (3) princípio antrópico.


Complexidade irredutível é definida como “...um único sistema que é composto de várias partes interativas bem integradas que contribuem para a função básica, e de onde a retirada de qualquer das partes faz com que o sistema deixe de funcionar efetivamente.” Colocado de forma simples, a vida é composta de partes interligadas que dependem umas das outras para que sejam úteis. A mutação ao acaso pode contribuir para o desenvolvimento de uma nova parte, mas não para o desenvolvimento de múltiplas partes necessárias para o funcionamento do sistema. Por exemplo, o olho humano é, obviamente, um sistema muito útil. Sem o globo ocular (que é em si mesmo um sistema de complexidade irredutível), o nervo ótico e o córtex visual, um olho que sofreu mutações ao acaso seria na verdade contra producente à sobrevivência de uma espécie, e seria por isso eliminado através do processo de seleção natural. Um olho não é um sistema útil a não ser que todas as suas partes estejam presentes e funcionando apropriadamente ao mesmo tempo.

A complexidade específica é o conceito de que, uma vez que padrões complexos específicos podem ser encontrados em organismos, alguma forma de orientação deve ter sido responsável por sua aparição. O argumento para a complexidade específica estabelece que é impossível que padrões complexos tenham se desenvolvido através de processos do acaso. Por exemplo, uma sala com 100 macacos e 100 máquinas de escrever pode produzir eventualmente algumas palavras, ou mesmo uma frase, mas nunca produzira uma peça shakespeariana. E quão mais complexa é a vida do que a obra de Shakespeare?

 O princípio antrópico afirma que o mundo e o universo estão “finamente ajustados” para permitir a vida na terra. Se a proporção dos  elementos no ar da terra fosse alterada minimamente, muitas espécies, com muita rapidez, deixariam de existir. Se a terra fosse algumas poucas milhas mais perto ou longe do sol, muitas espécies desapareceriam. A existência e desenvolvimento da vida na terra requerem que tantas variáveis estejam perfeitamente harmonizadas que seria impossível que todas as variáveis chegassem a ser como são apenas pelo acaso, por eventos não-coordenados.

Ao mesmo tempo em que a Teoria do Design Inteligente não pretende identificar a fonte de inteligência (seja esta Deus, OVINIS, etc.), a vasta maioria dos teóricos da Teoria do Design Inteligente são teístas. Eles vêem a presença do desenho que transcende ao mundo biológico como evidência da existência de Deus. Há, entretanto, alguns ateus que não conseguem negar a forte evidência do desenho, mas se recusam a reconhecer um Deus Criador. Eles tendem a interpretar a informação como evidência de que a terra foi semeada por algum tipo de raça superior ou criaturas extraterrestres (alienígenas espaciais).

A Teoria do Design Inteligente não é Criacionismo bíblico. Há uma importante diferença entre as duas posições. Os criacionistas bíblicos começam com uma conclusão: que o relato bíblico da criação é confiável e correto; que a vida na terra foi desenhada por um Agente Inteligente (Deus). Então eles procuram por provas, na esfera natural, que comprovem esta conclusão. Os teóricos do Desenho Inteligente começam com a esfera natural e chegam à conclusão subseqüentemente: de que a vida na Terra foi desenhada por um Agente Inteligente (quem quer que tenha sido).

Vamos fazer um exercício de imaginação:
Imagine-se 100 anos no futuro, estamos no ano de 2.113 e tente olhar o quanto a biotecnologia, a bioengenharia e a engenharia genética evoluíram.  Veja, o homem e suas naves espaciais. Até onde no universo o homem já foi? Agora imagine que encontramos um planeta que existe vida primata ou de qualquer outro tipo. Você acha que o homem interferiria geneticamente nestas criaturas, apenas a título científico? Ou mesmo como uma forma de sentir-se Deus? Pois eu aposto que sim!












Fontes

http://www.gotquestions.org/Portugues/design-inteligente.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Design_inteligente
http://blog.brasilacademico.com/2011/11/o-design-inteligente.html
http://www.allaboutthejourney.org/portuguese/teoria-do-design-inteligente.htm
http://agendaglobal21.wordpress.com/2012/04/05/projeto-inteligente-ou-design-inteligente-versus-darwin/