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29 de abr. de 2011

Giro pelo mundo


Marido e mulher já oficializado o casamento




Todos os detalhes

Tempo real: acompanhe o casamento do príncipe William e Kate Middleton


Kate chega à igreja com seu pai Michael e é ajudada por sua irmã Pippa.


LONDRES - O Reino Unido está em festa e cerca de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo estão de olho. O príncipe William, o segundo na sucessão do trono britânico, casa-se nesta sexta-feira com a plebeia Kate Middleton, na Abadia de Westminster, em Londres. Confira abaixo, momento a momento, todos os detalhes da cerimônia mais aguardada do ano.

Você também pode assistir a todos detalhes ao vivo no G 1, através da transmissão do casamento real pela GloboNews.


8h15m A carruagem que eles estão usando é a mesma que transportou Diana e Charles após seu casamento . A família de Kate e a família real também serão levadas por carruagens.


8h08m Kate e William deixam a Abadia sob muitos gritos da plateia. Eles vão ser transportados em uma carruagem até o palácio de Buckingham.


8h05m O mais novo casal real, Kate e William, começa a sair da Abadia.


8h03m O vestido de Kate está sendo comparado por muitos com o de Grace Kelly, que se casou com o príncipe Rainier de Mônaco. Na foto número sete desta fotogaleria de casamentos reais , você pode conferir o vestido.


7h59m Contrariando previsões metereológicas e o temor geral , faz sol nesta sexta-feira em Londres, o que deve propiciar o cenário perfeito para o cortejo dos noivos.


7h54m Dezoito pessoas já foram presas em Londres. O esquema de segurança para o casamento mobilizou policiais de várias tropas das forças armadas britânicas.


7h52m Todos se levantam para a execução do hino nacional, "Deus salve a rainha".


7h43m: O buquê de Kate, considerado simples por muitos, parece conter flores lírios-do-vale, jacintos e murtas, além de cravos-do-poeta, que em inglês são chamados de "sweet william", no que seria uma homenagem ao seu marido. As murtas vêm do exemplar plantado pela rainha Victoria na Osborne House, na ilha Wight, em 1845. O buquê contém ainda um ramo de uma murta que é cultivada desde o casamento da rainha Elizabeth II em 1947.


7h39m: Tina Lannin, que faz leitura profissional de lábios, disse à rede de TV BBC que William fez uma piada para Kate no altar: "Nós devíamos ter feito apenas uma pequena cerimônia íntima".


7h34m: Richard Chartres, arcebispo de Londres, diz em seu sermão que muitas pessoas estão desanimadas com as perspectivas do mundo, mas que, hoje é um dia de alegria, e que as pessoas de todo o mundo devem poder compartilhá-la. "Esse é um dia de esperança", diz.


7h30m: A criadora do vestido de Kate, Sarah Burton, descreveu a noiva como "absolutamente deslumbrante" e afirmou ser uma "experiência para a vida" criar o vestido.


7h28m: O coro canta uma música especialmente composta por John Rutter para a cerimônia.


7h27m: Somente Kate recebeu uma aliança. William já tinha avisado que não iria usar nenhuma aliança após o casamento.


7h24m: James, irmão caçula de Kate, faz a leitura de um trecho bíblico. Veja os versículos escolhidos .


7h22m: Segundo o jornal "The Times", quando Harry e William se dirigiam ao altar, Harry olhou para trás e viu Kate. Ele disse ao irmão: "Espere até vê-la". Quando os noivos finalmente se juntaram, William disse à Kate: "Você está linda!".


7h20m: O reverendo declara William e Kate marido e mulher. "Eu os declaro marido e mulher, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo".


7h15m: Já estão sendo feitos os juramentos e a troca de alianças.


7h12m: Após a entrada de Kate, a cerimônia começa.


7h08m: Kate caminha até o altar ao som de "I was glad", de Sir Charles Hubert, música de coroação do rei Edward VII, em 1902. Saiba mais sobre as outras músicas que serão tocadas durante a cerimônia.


7h04m: Jornais estrangeiros especulam que o vestido foi desenhado pela estilista Sarah Burton, da grife de Alexander McQueen. Nenhuma informação oficial foi divulgada até agora.


7h02m: Kate começa a entrar na igreja. Além do véu, ela usa também uma discreta tiara.


7h00m: Kate chega à Abadia pontualmente, acompanhada de seu pai Michael. Seu vestido possui uma cauda. A cerimônia está prevista para durar 1h15m.


6h57m: A irmã de Kate, Pippa, chega junto com as daminhas de honra. Ela é a madrinha do casamento, ao lado do príncipe Harry. Pippa usa um vestido claro e simples.


6h51m: Kate Middleton deixa o hotel. Ela usa cabelo solto, ao contrário do que vinha sendo especulado, e um vestido de mangas compridas com renda nos ombros e colo e um véu cobrindo seu rosto.


6h48m: Após se casarem, William e Kate vão passar a ter o título de Duque e Duques de Cambridge.


6h44m: Charles e Camilla chegam à Abadia.
David e Victoria Beckham chegam para o casamento na Abadia de Westminster./ Reuters





Tapa no esnobismo

União do príncipe William com a plebeia Kate Middleton favorece a monarquia em vez de causar embaraço



Kate Middleton e a irmã Pippa chegam ao Hotel Goring, no centro de Londres, onde ela passou sua última noite de solteira - Reuters

LONDRES - O casamento do príncipe William com Kate Middleton promete ser uma brisa refrescante no que diz respeito às percepções da monarquia por súditos e admiradores. E não se trata apenas da beleza e da simplicidade dos noivos. A aceitação da origem plebeia de Kate desponta como um exemplo, vindo de cima, de que a obsessão dos britânicos com a noção de classes parece se diluir. Os Middleton há muito vivem em situação muito melhor que seus antepassados trabalhando em minas de carvão, graças ao sucesso dos pais de Kate, Carole e Michael, que trocaram os empregos de aeromoça e despachante da British Airways por uma empresa de material para festas infantis que os enriqueceu. O que ninguém esperava é que a ausência de berço da filha, porém, acabasse virando virtude em vez de embaraço.


- No Reino Unido, a mobilidade social está estagnada desde a Segunda Guerra Mundial e a maioria das pessoas ainda vai seguir a classe de seus pais. O caso de Kate é raro, mas uma princesa de origens não muito diferentes de muitos britânicos é um passo gigantesco para fazer crescer a admiração pela monarquia - argumenta Dominic Sandbrook, historiador especializado no Reino Unido do pós-guerra.


O futuro do casal terá requintes: aparições públicas e viagens, além do conforto material proporcionado pela fortuna dos Windsor. Ao mesmo tempo, terá muitos desafios. Além da curiosidade pública, canalizada por uma mídia muito mais invasiva e com infinitas possibilidades multimídia - o que na época do casal Charles e Diana não havia - existe a obrigação de continuidade da dinastia. Se Diana, aos 19 anos, já enfrentou pressões para engravidar, o que esperar de Kate e seus 29 anos?


- O principal objetivo de Catherine é ser uma boa esposa, e ela sabe o que é esperado dela, inclusive iniciar uma família. A princesa deve tomar cuidado com o que faz, com o que diz; é fundamental se comportar como manda a etiqueta real - opina Dick Arbiter, comentarista que já trabalhou como porta-voz dos Windsor.


A pressão sobre o casal envolve ainda a expectativa de um desfecho mais feliz do que a maioria das uniões dos Windsor no século XX. Dos quatro filhas da rainha Elizabeth II, apenas o príncipe Edward, o caçula, ainda está casado. Tal histórico levou William a pedir uma moratória de dois anos para Kate em termos de uma agenda integral como princesa, para que sua adaptação ao cotidiano da realeza seja gradual. Diante do triste fim do casamento de seus pais, o príncipe se inspira na avó: em 1947, quando ainda era princesa, Elizabeth II morou por anos em Malta, onde estava lotado como oficial da Marinha o seu marido, o príncipe Philip. Também como a avó, William passará mais tempo longe de Londres, apesar de em território nacional, na ilha de Anglesey, no País de Gales, nas proximidades da base onde o príncipe serve como piloto de helicóptero de resgate.


Apesar do desejo de passar o maior tempo possível longe dos olhares públicos, já há aparições marcadas para assim que os dois retornem da lua de mel. No início de junho, participam do jantar de gala da Ark, uma ONG infantil que conta com o patronato de príncipes e princesas ao redor do mundo. Oficialmente, os compromissos são as comemorações, em junho, do 85º aniversário da rainha e o 90º de seu marido, o Duque de Edimburgo. De 30 de junho a 8 de julho, o casal fará sua primeira viagem oficial, ao Canadá.
Lua de mel para despistar paparazzo



O local da lua de mel, por sinal, é um dos mistérios para tentar despistar os paparazzi: comenta-se que William e Kate possam escolher desde ilhas do Caribe ou mesmo aceitar a oferta do rei Abdullah, da Jordânia, para ficar em sua vila particular às margens do Mar Vermelho. Também especula-se uma fuga para a Austrália e um retorno romântico à Gana, onde, no ano passado, o príncipe fez o pedido de casamento - a África seria um território apropriado para despistar a mídia.
- Será muito difícil eles se esconderem, ainda mais quando fotógrafos sabem que o interesse por fotos desses dois juntos pode gerar recompensas milionárias para quem as conseguir - explica Joe Clayton, consultor de relações-públicas de Londres.


Na noite de quarta-feira, William e Kate divulgaram um comunicado em que agradeceram ao carinho do público. Mas na quinta-feira o príncipe resolveu passar a mensagem pessoalmente, com uma aparição-surpresa diante das multidões que já começavam a se formar em frente ao Palácio de Buckingham. Passou vários minutos apertando as mãos de admiradores e conversando com eles. Quem também deu o ar da graça foi Camilla Parker-Bowles, a madrasta do príncipe.
Já Kate se concentrou no hotel de luxo no centro de Londres em que passou sua última noite como solteira, depois de mais um ensaio na Abadia de Westminster, local da cerimônia religiosa. Contou novamente com a companhia do padrinho de casamento, o príncipe Harry, irmão mais novo de William. Ao chegar ao hotel, a futura princesa posou rapidamente para as câmeras e acenou para o público. Sempre sorrindo


Em Londres e Windsor, os endereços da monarquia

Castelo de Windsor, perto de Londres: endereço da família real brtitânica / Foto: Eduardo Maia
LONDRES - Em um roteiro baseado na família real, um lugar que serve de sobrenome aos parentes da rainha Elizabeth II é obrigatório: Windsor. A cidade, no condado de Berkshire, está a apenas 34 quilômetros do centro de Londres, à beira do Rio Tâmisa. É um daqueles subúrbios com casarões amplos e belos jardins, habitados por algumas das famílias mais influentes do Reino Unido. Entre elas, a família real.
E sua "casa de campo" é simplesmente o castelo de Windsor, um dos mais imponentes do país e o mais antigo ocupado continuamente no mundo, há nove séculos. E esse status se vê no luxo de seus salões e quartos, abertos à visitação. Após atravessar um longo caminho por jardins e muralhas e passar por um pórtico com a imagem de São Jorge, chega-se à primeira ala, dedicada à Casa de Bonecas da Rainha Mary. É uma fiel reprodução de um palacete vitoriano, do porão aos andares superiores, elaborada pela mulher do rei George V, no início dos anos 1920 e que foi exposta na Exibição do Império Britânico, em 1924. A riqueza de detalhes de cada cômodo impressiona.
O que se segue depois é um passeio pelo que se chamou, na época do rei Carlos II, de "Versalhes inglesa". Após uma escadaria "guardada" por armaduras e armas medievais, chega-se à câmara de Waterloo, onde são realizadas cerimônias e jantares oficiais. Depois estão o quarto de Carlos II, a sala do trono, a sala de desenho, o salão de baile da rainha e o salão de São Jorge, onde acontece anualmente o encontro da Ordem da Jarreteira, a mais exclusiva ordem real inglesa. As cerimônias são sempre presididas pela própria rainha e as paredes dos salões são ocupadas pelos escudos das principais famílias do reino.

O passeio termina de frente à ala fechada do castelo, onde efetivamente fica a família real. Após ver o guarda marchando para lá e para cá, atravesse os imponentes portões de saída e vá bater perna no Centro de Windsor. O núcleo antigo, composto por meia dúzia de ruazinhas, mais parece cenário de filme de época.
Ali está a prefeitura, com a imagem do rei Guilherme I, que construiu o castelo e fundou a cidade, no século XI. Mas o que desperta o interesse desse prédio entre os apreciadores da monarquia é o fato de o príncipe Charles e Camila Parker terem se casado ali, em 2005. Como não poderiam casar na igreja, a solução foi uma cerimônia mais simples. Do lado está o pub Three Tuns. O prédio data de 1515, mas nem sempre serviu ao propósito de vender cerveja morna. Antes era ali que funcionava a prefeitura local.
Jovem vestida a carater faz propaganda de loja de suvenires no centro histórico de Windsor, perto de Londres / Foto: Eduardo Maia
Na rua de trás, a Church Street, fica um prédio conhecido como The Old King's Head, onde hoje funciona (mais um) pub. Dizem que William Shakespeare viveu ali enquanto escrevia "As alegres comadres de Windsor". A lenda está indicada na fachada, ao lado da cópia do decreto de execução do rei Carlos I por Oliver Cromwell, líder da única revolução republicana de sucesso na Inglaterra. E se num prédio está o ocaso do pai, na casa ao lado há um registro das aventuras do filho. É o antigo endereço de Nell Gwynn, atriz e amante favorita de Carlos II.
A região ainda reserva outras curiosidades, como a Crooket House, uma construção totalmente torta, que abriga uma casa de chás. Ao lado dela, ligando a Market Street e a Church Street, fica a Queen Charlotte Street, que atrai os turistas por ser a via pública mais curta de Grã-Bretanha, com 15 metros de extensão.


Afastado do centro de Windsor está o Royal Landscape, um conjunto paisagístico de quatro quilômetros quadrados, que reúne um bosque (The Valley Gardens), um lago artificial (Virginia Water) e um jardim ornamental (Savill Garden). Este último é a principal atração do complexo.
Projetado pelo horticultor real Eric Savill entre 1932 e 1950, o jardim tem 140 mil metros quadrados com plantas de todos os cantos do mundo, e com setores específicos para cada estação do ano. E é, como seus funcionários gostam de dizer orgulhosamente, o xodó da rainha Elizabeth II, que era criança quando as primeiras mudas foram plantadas, muitas por sua mãe.
Savill Garden, em Windsor / Foto: Eduardo Maia
A rainha dá nome ao belo jardim interno, com plantas que precisam de temperaturas mais altas, e a um dos tipos de rosa plantadas no roseiral que é o destaque do jardim e que floresce plenamente em junho. Outro tipo que integrará o jardim esse ano é a Royal William. Qualquer semelhança com o Windsor da moda é mera coincidência.
Beefeater brinca com corvo na Torre de Londres / Foto: Eduardo MaiaSeparada de Windsor pelo Rio Tâmisa está a cidade que abriga e empresta seu nome ao Eton College, escola para garotos da elite britânica fundada em 1440 por Henrique VI e que teve entre seus alunos mais recentes os príncipes William e Harry. Além dessa curiosidade, há todo aquele clima de colégio de filme, com estudantes engravatados e belos prédios.
Das cavalariças a lojas, uma Londres monárquica

Vir a Londres e não ver a rainha é como ir a Roma e não ver o Papa. OK, a frase foi exagerada. Mas uma visita à capital britânica sem alguma atração ligada à monarquia no roteiro não estará completa. E há mais opções que apenas os tradicionais Palácio de Buckingham, Torre de Londres e Abadia de Westminster (onde será o casamento real).
Depois de assistir à troca de guarda em Buckingham, vale a pena visitar o Royal Mews, as cavalariças reais nos fundos do palácio. Lá estão expostas algumas das carruagens ocupadas pelos monarcas em eventos oficiais, entre elas a dourada, usada no jubileu da rainha, em 2002.
Outro endereço real fora do roteiro padrão é o Kensington Palace, onde a princesa Diana viveu com seus filhos após o divórcio. O palácio fica no Kensington Garden, colado ao Hyde Park, e está passando por reformas até 2012. Enquanto isso, abriga a exposição "The enchanted palace", com instalações que contam a história de sete princesas da Inglaterra, entre elas Diana.
Alfaiataria em Londres exibe os brasões da rainha, de seu marido, o Duque de Edimburgo, e seu filho mais velho, o Príncipe de Gales / Foto: Eduardo Maia
E, depois de ver como viviam os reis, que tal se arriscar a comprar como um, nas lojas que possuem o selo da Royal Warrants Holders Association? Funciona assim: se um estabelecimento fornece algum produto para a rainha, o príncipe consorte ou o príncipe de Gales por cinco anos consecutivos, recebe, na fachada os brasões dos fregueses ilustres.
A pequena Savile Row, próxima à New Bond Street, no elegante bairro de Mayfair, é conhecida como a rua dos alfaiates. Alguns deles ostentam os brasões reais na porta. A loja mais prestigiosa é a Gieves & Hawkes, que fornece uniformes militares para mãe, pai e filho.
Na esquina da Savile com a Burlington Garden está outra com três brasões, a Ede & Ravenscroft, onde a família real compra túnicas. Em tese, qualquer um pode comprar ali. Os preços é que são para quem tem sangue azul nas veias ou muitas notas verdes na carteira.
Casamento é inspiração para suvenires e pacotes O casamento real ainda não aconteceu em Londres e há quem já comemore o final feliz para o turismo local. Não faltam na cidade pacotes especiais de hotéis, restaurantes e lojas vendendo as mais variadas lembrancinhas relativas à cerimônia.
Quem for às compras poderá escolher um ímã com a foto do casal para levar para a casa. Os rostos de William e Kate estampam postais, camisetas, canecas, chaveiros, cinzeiros, pratinhos e até sinos. E não há distinção entre as barracas de rua e as lojas oficiais da realeza. Muda só a qualidade do suvenir.
Suvenires inspirados no casamento real do príncipe William com Kate Middleton, vendidos em Londres/ Foto: Eduardo Maia
Hotéis e restaurantes também querem aproveitar. Quase vizinho da residência oficial de William em Londres, o St. James's Hotel and Club lançou um pacote especial que inclui acomodação em quarto de luxo, café da manhã especial e um tour de duas horas inspirado na realeza, com preços a partir de 455 libras por casal, até final de maio.
Já o Cavendish London Hotel quer atrair os fãs da monarquia com uma versão do chá da tarde como ele, supostamente, é servido em Buckingham: sanduíches de salmão defumado e pepino, torta de amêndoa, bolinhos com creme e geleia. Por 15 libras, de 25 de abril e 2 de maio.
O restaurante Axis, no hotel One Aldwych, terá, de abril a meados de maio, um menu especial, com quatro pratos, inspirado nos banquetes dos últimos casamentos reais. Sairá a 50 libras por pessoa.
SERVIÇO:
COMO CHEGAR A WINDSOR: Há trens de Londres para Windsor diariamente, com duração de viagem entre 40 minutos e 1 hora e tarifas a partir de 8,50 libras. Comprando o bilhete junto com a entrada para o castelo, o ingresso sai a 12,20 libras. Outras informações sobre a promoção em www.nationalrail.co.uk .


PASSEIOS: Royal Mews: Diariamente das 10h às 17h. Entrada: 8 libras. royalcollection.org.uk
Kensington Park: Diariamente, das 10h às 17h. Entrada: 12,50 libras. hrp.org.uk
Castelo de Windsor: Diariamente das 9h45m às 17h15m (de novembro a fevereiro fecha às 16h15m). Entrada: 16,5 libras. www.windsor.gov.uk
Savill Gardens: Diariamente, das 10h às 18h (no inverno, fecha às 16h30m). Entrada: 8,5 libras. Wick Road, Windsor. theroyallandscape.co.uk


Alabama castigado

Tempestades e tornados matam centenas nos EUA

Agências internacionais
TUSCALOOSA, Alabama - O número de mortos na passagem de tornados nos últimos dias por sete estados no sul dos Estados Unidos chegou a 295 nesta quinta-feira. Apenas no Alabama foram registradas 194 mortes. Segundo estimativas preliminares, autoridades estatais registraram também grande número de mortos em Mississippi, Tennessee, Arkansas, Geórgia, Virgínia e Louisiana. O presidente americano, Barack Obama, declarou estado de emergência no Alabama e ordenou ajuda federal para o estado. Ao todo, foram registrados mais de 160 tornados na região. A série de tormentas encontrou tempestades vindas do oeste para leste nos últimos dias, ampliando a destruição.

"Mesmo sem sabermos a extensão dos danos por dias, vamos continuar a acompanhar estas tempestades severas em todo o país e estamos prontos para continuar a ajudar o povo do Alabama e todos os cidadãos afetados por estas chuvas", disse Obama em um comunicado.

"Nossos corações estão com todos aqueles que foram afetados por esta devastação e estamos de prontidão para continuar a ajudar o povo do Alabama", disse o presidente, mais tarde, em mensagem no Twitter.

Devido à escala da destruição, os especialistas de seguros estavam cautelosos em estimar os custos dos danos, mas acreditavam que estariam na casa dos bilhões de dólares, com os piores impactos concentrados nas cidades de Tuscaloosa e Birmingham, no Alabama.
O mau tempo provocado por uma série de tornados e tempestades na região derrubou linhas de energia elétrica, danificou prédios e provocou inundações. As tempestades forçaram o fechamento de três usinas nucleares no Alabama e derrubaram 11 linhas de alta tensão. O governador do estado, Robert Bentley, mobilizou cerca de 1.400 homens da Guarda Nacional e dise que iria visitar as áreas atingidas nesta quinta-feira para ajudar nos serviços de busca e resgate.

- Este pode ser o pior tornado na história do Alabama - disse o meteorologista Josh Nagelberg, do AccuWeather.com.

" Este pode ser o pior tornado na história do Alabama "

.A pior devastação aconteceu na cidade universitária de Tuscaloosa, onde um grande tornado de 1,6 quilômetro de largura matou ao menos 37 pessoas, incluindo estudantes. A tempestade que gerou um tornado provocou mais outros tornados três horas depois na Geórgia.

- Tinha o som de uma serra elétrica. Você conseguia ouvir os destroços atingindo coisas. Tudo o que tenho agora são algumas roupas e ferramentas que eram muito pesadas para serem levadas pela tempestade. Não parece real - disse o estudante Steve Niven, de 24 anos.

O condado de Marshall, no nordeste do Alabama, teve seis mortes, cinco delas em um casa, informou o xerife Scott Paredes.

- A casa estava na rota direta do tornado. Tivemos casas e empresas atingidas. Toda comunidade do município sofreu danos - disse.

" A casa estava na rota direta do tornado. Toda comunidade do município sofreu danos "
.A usina nuclear de Browns Ferry, no Alabama, deve ser fechada por alguns dias, possivelmente semanas, enquanto trabalhadores consertam as linhas de transmissão que foram danificadas. Cerca de 1 milhão de pessoas no Alabama ficaram sem energia.

O chefe da agência de emergência disse ser muito cedo para confirmar o número total de mortos, e as autoridades estão concentrando os esforços em resgate e recuperação.

Há duas semanas, tornados mataram mais de 40
As inundações causaram grande preocupação em toda a área atingida pela tempestade, onde a chuva combinada com a neve derretida causa aumento do volume dos rios e solos saturados. Mais longe, no estado de Nova York, também foram registradas inundações.

Além do Alabama, os governadores do Arkansas e do Tennessee também declararam estado de emergência. No Mississippi, o governador Haley Barbour declarou estado de emergência para 39 condados.

O tempo violento tem castigado a maior parte do sul dos EUA este mês. Duas semanas atrás, pelo menos 47 pessoas morreram em tempestades que atingiram uma ampla região, de Oklahoma até a Carolina do Norte.


EUA acusam Líbia de dar Viagra a tropas e estimular estupros
.NAÇÕES UNIDAS - A embaixadora dos Estados Unidos na ONU disse nesta quinta-feira ao Conselho de Segurança que as tropas leais ao ditador da Líbia, Muamar Kadafi, estão cada vez mais recorrendo à violência sexual, e que alguns soldados têm recebido doses do medicamento contra a impotência sexual Viagra.

Vários diplomatas da ONU que participaram de uma sessão a portas fechadas do Conselho relataram à Reuters que a embaixadora Susan Rice citou a questão do Viagra no contexto do agravamento dos casos de violência sexual por parte dos soldados do regime líbio.

- Rice abordou isso na reunião, mas ninguém respondeu - disse um diplomata, sob anonimato. A acusação havia surgido inicialmente em um jornal britânico.

Se for verdade que os soldados de Kadafi estão recebendo Viagra, disseram diplomatas, isso indicaria que eles estão sendo estimulados por seus comandantes a estuprar mulheres para aterrorizar a população em áreas que apoiam os rebeldes.

O uso do estupro como arma de guerra tem recebido crescente atenção da ONU. No ano passado, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, nomeou uma relatora especial para questões de violência sexual durante conflitos armados, Margot Wallstrom.

Neste mês, Wallstrom criticou o Conselho de Segurança por não ter mencionado a violência sexual durante duas recentes resoluções relacionadas à Líbia, apesar de o Conselho ter prometido priorizar esse assunto.

Wallstrom disse na ocasião que relatos sobre estudos na Líbia não haviam sido confirmados, mas citou o caso amplamente divulgado de Eman al Obaidi, uma mulher que no mês passado foi a um hotel frequentado por jornalistas em Trípoli e disse que havia sido estuprada por milicianos leais ao governo.

O Tribunal Penal Internacional já está investigando se o regime de Kadafi cometeu crimes de guerra na sua violenta repressão a manifestantes que exigiam mais liberdade.


Após acordo

Lieberman rejeita governo palestino com Hamas, mas Abbas afirma que continuará negociando com Israel
Agências internacionais
JERUSALÉM - Um dia depois dos grupos Hamas e Fatah terem chegado a um acordo para formar um governo de unidade , o ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, disse nesta quinta-feira que seu país não negociará com um governo palestino que inclua o grupo islâmico. O chanceler disse que o acordo do secular Fatah com o Hamas marca o "cruzamento de uma linha vermelha". O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, sinalizou, no entanto, que as conversas de paz com Israel ainda são possíveis.

Líder do Fatah, Abbas disse que a Organização pela Libertação da Palestina (OLP), que ele comanda e à qual o Hamas não pertence, ainda será responsável por "lidar com políticas, negociações". Foram suas primeiras palavras após a revelação do acordo, realizada no Cairo, na quarta-feira.

Uma fonte do Hamas disse que as negociações não serão parte do programa do novo governo a ser formado como parte do acordo. O plano proposto pelo Egito prevê a formação de um governo provisório único palestino nos próximos dias.

Israel tem mantido conversações de paz com o governo liderada pelo Fatah, mas evita o Hamas, que considera um grupo terrorista por causa de seu compromisso com a destruição do Estado judeu. O premier israelense, Benjamin Netanyahu, já havia condenado o acordo entre as facções palestinas.


Legítimo americano

Casa Branca divulga certidão de nascimento de Obama, que classifica polêmica como 'tolice'

Agências internacionais
WASHINGTON - A Casa Branca divulgou nesta quarta-feira a certidão de nascimento completa de Barack Obama, em resposta a perguntas sobre se o presidente americano realmente nasceu nos EUA. A versão reduzida do documento já tinha sido divulgada por Obama, mas solicitou cópias a autoridades do estado do Havaí, onde nasceu, com o objetivo de dar fim à polêmica. Pouco após a divulgação, o presidente disse em entrevista coletiva que ficou perplexo com a controvérsia, que classificou como um "espetáculo".

- Não temos tempo para tolices sobre a certidão de nascimento, deveriam se concentrar em coisas mais importantes - afirmou.

Jay Carney, porta-voz da Casa Branca, disse que Obama considera o debate sobre seu local de nascimento se tornou um foco de "distração" prejudicial para o país e para o debate político. Opositores conhecidos como "birthers" (algo como "nascimenteiros") mantêm a polêmica acesa.
Possível aspirante à candidatura à Presidência, o empresário Donald Trump vinha perguntando ultimamente porque Obama não divulgava a versão completa de sua certidão de nascimento. Os primeiros questionamentos sobre a terra natal do presidente surgiram antes mesmo de sua eleição. Ele passou parte da infância na Indonésia.


Confusão

Oito militares da Otan morrem em tiroteio com piloto da Força Aérea afegã no aeroporto de Cabul

Agências internacionais
CABUL - Ao menos oito militares da Otan morreram em um tiroteio nesta quarta-feira em um complexo militar no aeroporto de Cabul depois que um piloto da Força Aérea afegã abriu fogo. Segundo comunicado do Ministério da Defesa afegão, várias pessoas ficaram feridas e o tiroteio foi causado por uma briga. A Otan confirmou a morte dos estrangeiros, mas não deu detalhes. Segundo a CNN, os militares mortos são americanos. Um trabalhador de construção civil, que seria americano, também foi morto no tiroteio.

- Podemos confirmar que um incidente aconteceu no comlexo da Força Aérea afegã no aeroporto envolvendo armas de pequeno porte. Não sabemos o que provocou o incidente - afirmou um porta-voz da Força Internacional de Segurança no Afeganistão.

A imprensa afegã disse que um piloto veterano da Força Aérea abriu fogo contra as tropas internacionais. Ainda assim, o Talibã divulgou um comunicado dizendo que um dos seus combatentes estava vestido com uniforme militar e atacou depois de ter acesso à base.

- (Ele) atirou com a sua arma contra todos os estrangeiros e afegãos que estavam no hangar, matando nove soldados estrangeiros e cinco soldados afegãos - disse o porta-voz do Talibã Zabihullah Mujahid.

A ação segue uma série de ataques a membros da Otan realizados por soldados contratados pela organização que mudam de lado ou por insurgentes que conseguiram se infiltrar entre as suas fileiras. Este tipo de incidente mostra os desafios para os EUA e as forças da Otan na tentativa de entregar gradualmente as responsabilidades de segurança para o país, que está marcada para começar em julho e com fim previsto com a retirada de todas as tropas em 2014.


Confidencialidade

WikiLeaks: documentos sobre presos de Guantánamo não têm valor judicial
WASHINGTON - Qualquer pessoas que estiver surfando na internet essa semana pode acessar gratuitamente os documentos sobre prisioneiros da base militar americana de Guantánamo, em Cuba, imprimi-los ou enviá-los por email. Com exceção, no entanto, dos advogados que representam os prisioneiros.
Na última segunda-feira, horas após o vazamento pelo WikiLeaks, o Departamento de Justiça informou aos advogados de defesa dos prisioneiros de Guantánamo que os documentos, legalmente, ainda permaneciam confidenciais, mesmo após terem sido revelados ao público. Como os advogados devem respeitar cláusulas de segurança, eles são obrigados a tratar os documentos "de acordo com todas as precauções relevantes" - manuseando-os, por exemplo, somente em edifícios governamentais, de acordo com o Departamento de Justiça. Esse é apenas o último obstáculo absurdo imposto à enxurrada de material confidencial obtido pelo WikiLeaks recentemente.

Joseph Margulies, advogado de Abu Zubaydah - preso torturado pela CIA - disse que não pode comentar as novas revelações a respeito de seu cliente.

- Todo mundo pode falar sobre isso, menos eu.

" Há documentos na primeira página dos jornais, e parece ridículo fingir que eles não existem "
.Os obstáculos impostos a advogados de Guantánamo trazem implicações sérias, segundo Margulies, que escreveu um livro sobre a prisão. Decisões sobre quem é libertado são influenciadas por pressões políticas e públicas, segundo ele.

- É importante poder usar esses documentos para influenciar a discussão em praça pública - disse. - Se um documento contiver acusações infundadas contra um prisioneiro, um advogado deveria poder refutá-las publicamente.

Mas, para o professor de Direito Internacional da Temple University Peter Spiro, o dilema enfrentado pelo governo é real. A lei é clara: somente um documento que tenha sido propriamente desvelado perde sua proteção. E se o governo decidisse que documentos confidenciais revelados perdessem automaticamente o status de protegido, isso criaria um incentivo maior para que funcionários contribuíssem com vazamentos.

- Mas isso faz com que o governo pareça totalmente inadequado - afirma Spiro. - Há documentos na primeira página dos jornais, e parece ridículo fingir que eles não existem.

 Conselho de Justiça Federal

TRFs não sabem como punir juízes que aderiram à paralisação


BRASÍLIA - Um dia depois da paralisação dos magistrados federais, os Tribunais Regionais Federais (TRFs) ainda não sabem como vão cumprir a determinação do Conselho de Justiça Federal de cortar o ponto dos juízes que aderiram ao movimento. O TRF da 3ª Região, que engloba São Paulo e Mato Grosso do Sul, informou que nesses estados ninguém cruzou os braços. Com isso, o tribunal acabou contestando os dados divulgados pela Associação dos Juízes Federais (Ajufe).


" Ninguém tem como comprovar quem trabalhou e quem não trabalhou "



Segundo a Ajufe, em todo o país, 90% dos juízes aderiram à paralisação por aumento salarial de 14,79%. Mas, segundo o TRF-3, 300 juízes e 41 desembargadores que fazem parte da 3ª Região da Justiça Federal não teriam engrossado a paralisação. Ou seja, considerando apenas os dados do tribunal de São Paulo, a adesão teria sido de 77%.
O TRF-3 informou que houve apenas um ato de apoio à greve por aumento salarial, igualdade de prerrogativas com o Ministério Público e mais segurança para os magistrados. Para o presidente da Associação dos Juízes Federais de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Ajufesp), Ricardo de Castro Nascimento, no entanto, é difícil precisar quantos aderiram à greve desta quinta-feira.
- Ninguém tem como comprovar quem trabalhou e quem não trabalhou. O tribunal não controla o ponto de juiz. Nós não batemos ponto, a gente recebe advogado em casa, trabalhamos o tempo todo. Mas me surpreendeu a grande adesão no país. A maioria aderiu à greve, atendendo apenas os casos de urgência - afirmou o juiz.
Segundo a Ajufesp, cem juízes participaram da reunião que aconteceu no próprio local de trabalho, no auditório do Fórum Pedro Lessa, em prol das causas da greve, mas trabalharam normalmente após o evento.


Os TRFs ainda estão avaliando como cumprir a decisão do Conselho sobre o corte de ponto. O TRF da 4ª Região disse que a decisão será cumprida, se for o caso, mas que é preciso analisar a participação dos juízes na greve. O TRF da 1ª Região informou que aguardava posição do presidente sobre o assunto. Procurados, os TRFs da 2ª e 5ª Regiões não responderam os pedidos de informação do GLOBO.




Escândalos vivos

Dirceu impõe derrota a Dilma no PT com Rui Falcão na presidência do partido


BRASÍLIA - Numa estratégia para retomar o comando do PT e a interlocução sobre indicações para o segundo escalão do governo, o grupo paulista do partido articulou uma reviravolta na madrugada desta quinta-feira, surpreendeu o Palácio do Planalto e vai eleger nesta sexta-feira o deputado estadual Rui Falcão (PT-SP) para presidir a legenda até 2013, impondo uma derrota à presidente Dilma Rousseff. Numa manobra de última hora articulada pelo ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, cassado no escândalo do mensalão, os paulistas aproveitaram a decisão do atual presidente da legenda, José Eduardo Dutra - que anuncia nesta sexta-feira a renúncia por problemas de saúde - e decidiram passar por cima até mesmo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que preferia o senador Humberto Costa (PT-PE) no cargo.
" O maior problema para o PT agora não é quem vai ser o novo presidente, mas a composição do governo "

Nesta quinta-feira à noite, Lula foi ao encontro da presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada para avaliar a sucessão petista. Diante da força e do poder de votos dos paulistas no Diretório Nacional, Lula teve que avalizar o nome de Falcão. Segundo interlocutores de Dilma, a presidente ficou contrariada com a manobra paulista, mas, para evitar um enfrentamento, no início da noite, quando o quadro era irreversível, a presidente ligou para Rui Falcão e disse que está à disposição para discutir os assuntos de interesse do partido. Falcão chegou a ser coordenador da campanha de Dilma à Presidência, ano passado, mas perdeu o cargo em meio ao escândalo da suposta compra de dossiê contra o tucano José Serra e seus familiares.

- O maior problema para o PT agora não é quem vai ser o novo presidente, mas a composição do governo. O PT não está dividido em tendências, como era antes. Hoje está dividido entre os que estão satisfeitos e os insatisfeitos com o governo Dilma. O problema é o povo que está fora e quer entrar - revelou no meio da tarde um dos integrantes da Executiva Nacional, que se reuniu pela manhã, numa prévia da reunião do Diretório.


Na Câmara, outra jogada do partido
Foi a segunda derrota que o PT impôs à presidente Dilma desde que ela foi eleita. A primeira aconteceu em dezembro, quando a bancada escolheu o atual presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), como candidato para comandar a Casa. O indicado por Dilma era o atual líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), que é do grupo paulista, mas evitou aparecer nas reuniões que articularam a eleição de Rui Falcão.
Segundo integrantes do PT, os paulistas insatisfeitos resolveram mostrar força diante do distanciamento do partido do núcleo do poder em Brasília. Nesta quinta-feira, a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) decidiu por unanimidade fechar questão em torno de Rui Falcão, com o apoio das tendências PT de Lutas e de Massa e Novos Rumos. Juntas, as três correntes têm quase 60% dos votos do Diretório Nacional do PT que escolherá hoje o deputado paulista como o novo presidente.
Tudo deverá ser resolvido nesta sexta-feira depois que Dutra apresentar formalmente sua renúncia, explicando o laudo médico de seu problema de saúde. Ele quer que sua fala seja assistida pela imprensa, para evitar especulações e versões desencontradas no noticiário. Ele vai participar da reunião do Diretório Nacional por volta de 10h.
- A decisão pelo nome de Rui Falcão como presidente até 2013 foi unânime e será votada amanhã (sexta-feira) - comunicou Humberto Costa após a reunião de nesta quinta-feira à noite.
Toda a manobra para derrotar Dilma e Lula foi articulada à distância por José Dirceu, que retornou apenas nesta quinta-feira de Londres. A estratégia de retomada do PT foi acionada na noite de quarta-feira. Em um jantar que ocorreu num restaurante de Brasília, o senador Humberto Costa foi surpreendido, na chegada, ao ser informado que Rui Falcão seria o candidato do Campo Majoritário.



Humberto Costa tinha apoio de Dilma
Estavam no jantar, o próprio Falcão, o ex-presidente do PT Ricardo Berzoini (SP), o tesoureiro Antonio Vaccari Neto, entre outros paulistas. Mas vários petistas integrantes da Executiva não foram chamados. Humberto Costa tinha apoio de Lula e Dilma, mas não tinha votos no diretório.
- Foi uma reviravolta. Nada do que estava combinado vingou. A nossa presidenta Dilma deu umas ideias, mas não deu certo. Agora é dar uma solução rápida e acabar logo com isso - disse o deputado Sibá Machado (PT-AC), surpreso, durante reunião na sede do PT.
- O Dutra renunciando, o Rui assume e acabou. Hoje já pode avisar à mulher dele que é o presidente do PT até 2013 - exultava o petista paulista Jilmar Tatto.
No Palácio do Planalto, a decisão não agradou. Dilma não queria ter Rui Falcão como seu interlocutor junto ao partido, porque tem restrições desde o período da campanha. Na ocasião, Falcão era o coordenador de imprensa e foi acusado de entregar um esquema de fabricação de dossiês contra adversários na campanha presidencial, fato que ele sempre negou. E neste esquema estariam envolvidas pessoas ligadas ao agora ministro Fernando Pimentel (PT-MG), amigo de longa data de Dilma.
- O líder Humberto Costa foi designado para comunicar a presidente da escolha do Rui e ela aceitou. Não vai ter enfrentamento nenhum - disse o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), à noite.

Apagão do Engenhão não desliga o Flu, que se aproxima das quartas

Tricolor leva susto, mas vence o Libertad por 3 a 1 em jogo que começou mais de uma hora atrasado por conta da falta de iluminação do estádio

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Vídeo do jogo Fluminense  e libertad
Ao contrário do que aconteceu na fase de grupos, o Fluminense entrou com o pé direito na etapa decisiva da Libertadores. Nesta quinta-feira, o Tricolor bateu o Libertad-PAR por 3 a 1, no Engenhão, e saiu na frente na luta por uma vaga nas quartas de final da competição. Rafael Moura abriu o placar logo no início do jogo, mas Gamarra igualou aos 15 da etapa final, dando um susto na torcida. Porém, Marquinho e Conca fizeram os gols da vitória que deixa a vaga praticamente nas mãos do Flu.

As duas equipes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, dia 4 de maio, no estádio Defensores del Chaco. Com o resultado do primeiro jogo, o Tricolor pode até perder por um gol de diferença. O mesmo placar do primeiro confronto leva a decisão para os pênaltis. Caso marque dois gols no Paraguai, o time das Laranjeiras pode até perder por dois que seguirá na competição (4 a 2 ou 5 a 3, por exemplo).


Mosaico Fluminense x Peñarol (Foto: Photocamera)

Durante a queda parcial de energia, a torcida exibiu o mosaico no Engenhão (Foto: Photocamera)


Pouco mais de 25 mil torcedores compareceram ao Engenhão para apoiar o time e montar um mosaico onde se lia "guerreiros", uma homenagem aos jogadores pela vitória sobre o Argentinos Juniors, que garantiu a classificação tricolor às oitavas de final. E a festa da torcida do Fluminense começou antes mesmo de a bola rolar. O motivo? O retorno da iluminação, após um longo apagão no Engenhão. Assim como aconteceu no último fim de semana, no jogo entre o Tricolor e o Flamengo, as luzes do estádio se apagaram. O incidente ocorreu antes mesmo do árbitro apitar o começo do jogo e fez com que a partida tivesse início às 22h55m, uma hora e cinco minutos depois do programado.
Enquanto não havia luz, o árbitro mandou as duas equipes entrarem no vestiário. Nas arquibancadas, a torcida tricolor fez festa e, para tentar ajudar a resolver o problema, pediu auxílio aos céus: “a benção, João de Deus”. O Fluminense aproveitou a espera para trocar de camisa: deixou a tricolor guardada e vestiu a grená. A troca, segundo o time das Laranjeiras, foi porque o primeiro uniforme se confundiria com o do Libertad.
Mano Menezes Engenhão (Foto: Edgard Maciel / Globoesporte.com)
Mano Menezes no Engenhão


(Foto: Edgard Maciel / Globoesporte.com)


Nos camarotes, uma figura ilustre teve que esperar para fazer suas observações. O técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes, esteve no Engenhão para ver de perto alguns jogadores que podem estar nas próximas convocações. Mariano e Fred são os nomes mais cotados.
Gol-relâmpago põe fim ao apagão


A falta de iluminação fez com que os dois times tivessem que ficar por um longo tempo no aquecimento. Os exercícios fizeram bem ao Tricolor que entrou bem quente na partida. Tanto, que logo aos três minutos, o Fluminense, com um gol-relâmpago, fez o apagão ser esquecido. Conca bateu escanteio, Edinho desviou, e Rafael Moura cabeceou para o fundo das redes. O goleiro do Libertad ainda tentou tirar, mas só chegou na bola quando ela já estava dentro da baliza.
O bom início, entretanto, foi apenas uma fagulha de esperança em um jogo movimentado. As duas equipes passaram a fazer um duelo truncado, com muitos erros de passe de lado a lado. Para sorte dos tricolores, as luzes do Engenhão voltaram com bastante força. Se não, era capaz de alguém cair no sono em meio à falta de emoções do duelo.
jogadores gol Fluminense (Foto: Rafael Moraes / Photocamera)
Jogadores comemoram a vitória do Flu


(Foto: Rafael Moraes / Photocamera)
Na primeira etapa, o único motivo de susto para os tricolores foi a lesão sentida por Julio César. Sem nenhum jogador para a posição no banco (Carlinhos está lesionado), Enderson Moreira teve que improvisar Fernando Bob na esquerda. Já com o volante em campo, Fred teve uma chance clara de gol, nos últimos minutos, após Rafael Moura ajeitar de cabeça para ele. O atacante, entretanto, mandou para fora.



Apagão e reação tricolor



O Libertad voltou para o segundo tempo disposto a buscar o empate. E a tática era clara: bolas cruzadas para a área, na expectativa por uma falha da defesa tricolor. A estratégia se mostrou acertada. Por duas vezes, Berna não se entendeu com a defesa e saiu em falso. Por sorte, os lances não deram em nada. Contudo, a terceira vez foi fatal. Bonet cruzou da intermediária, o arqueiro do Flu saiu mal do gol, e Gamarra se antecipou para deixar tudo igual no Engenhão.
A paciência da torcida acabou nesse instante. Nem a cabeçada de Valencia, que obrigou o goleiro Vargas a fazer uma boa defesa, foi capaz de diminuir a insatisfação das arquibancadas.. Os torcedores passaram a pegar no pé do goleiro Ricardo Berna e pedir com insistência a entrada de Araújo. E foram atendidos pelo interino Enderson, que colocou o atacante no lugar de Fernando Bob para tornar a equipe mais ofensiva.
Araújo ainda dava os primeiros passos em campo quando, aos 27, Marquinho recebeu no meio, driblou o adversário e bateu com categoria para o fundo do gol. As vaias imediatamente se transformaram em gritos de incentivo. Que aumentaram ainda mais de tom dois minutos depois, quando Conca bateu falta com categoria e fez o terceiro gol tricolor.

Empolgados, os torcedores passaram a pedir o quarto gol: "só mais um, só mais um". Mas isso não aconteceu. O Libertad, inclusive, foi mais perigoso. Em outra bola cruzada, Berna teve que ir no alto para mandar para escanteio. Na comemoração pela defesa, o goleiro mandou uma "banana" para as arquibancadas em resposta às vaias que recebeu após o gol paraguaio (assista ao vídeo acima). Na saída de campo, Berna disse que não teve a intenção de ofender a torcida e que quis mostrar que tinha "sangue nas veias".

FLUMINENSE 3 X 1 LIBERTAD

Ricardo Berna, Mariano, Gum, Edinho e Julio Cesar (Fernando Bob)(Marquinho); Valencia, Diguinho, Marquinho e Conca; Rafael Moura (Diogo) e Fred
Vargas, Bonet, Portocarrero, Canuto e Miguel Samudio; Rojas (Moreira), Ayala, Cáceres e Gamarra; Núñez (Maciel) e Pavlovich (Oroé)
Técnico: Enderson Soares Técnico: Gregorio Pérez
Gols: Rafael Moura, aos 3 do primeiro tempo. Gamarra, aos 15,  Marquinho, aos 27 e Conca, aos 29, do segundo tempo.
Cartões amarelos: Cáceres (Libertad). Conca e Marquinho  (Fluminense)
Local: Engenhão, Rio de Janeiro. Data: 28/04/2011. Competição: Oitavas de final da Libertadores. Árbitro: Sergio Pezzotta (ARG). Auxiliares: Ariel Bustos (ARG) e Gustavo Rossi (ARG).