No subsolo das ruas japonesas da capital Tóquio há um depósito de restos humanos. Os tralhadores de Shinjuku, um famoso bairro da cidade, ficaram horrorizados. A notícia se deu em 1989. Incapaz de ocultar a verdade, o governo do Japão revelou o mais terrível segredo da Segunda Guerra Mundial. A poucos metros dali, esteve localizado o laboratório de Shirô Ishii, pai do programa de guerra biológica do Japão: a Unidade 731.
Os cobaias humanos usados em suas experiências na Segunda Guerra foram trazidos da base da Manchúria para o laboratório. No fim da guerra, os restos mortais dessas pessoas foram enterrados numa fossa e foram descobertos em 1989. Durante 40 anos, as atividades da Unidade 731 foram o segredo mais bem guardado do governo japonês, mas anotações de um oficial da Unidade 731 descreviam as experiências biológicas em seres humanos.
A Unidade 731 foi construída com mão-de-obra forçada dos chineses. No centro, havia um prédio, o “Castelo Zhong Ma”, que mantinha os prisioneiros.
Os prisioneiros eram numerados em ordem crescente até o número 500 e eram desde bandidos, criminosos ou pessoas suspeitas. Eles eram bem alimentados e se exercitavam sempre, para a obtenção de “bons resultados científicos”.
Sempre que Ishii precisava de um cérebro humano, mandava que seus empregados obtivessem o órgão. Enquanto o prisioneiro era capturado por um dos guardas, que expremia seu rosto contra o chão, um outro quebrava-lhe o crânio com um machado. Então, era só pegar o órgão e levar as pressas para o laboratório de Ishii. Os restos do prisioneiro eram jogados no crematório num campo.
As primeiras experiências foram com doenças contagiosas, como a peste. Em um dos testes, guerrilheiros chineses foram infectados com bactérias da peste. Alguns dias depois, os infectados contorciam-se com febres de 40 Cº.
Alguns foram envenenados com gases tóxicos, outros foram submetidas a choques de até 20 mil volts. Os poucos sobreviventes recebiam injeções letais.
Dentre outras experiências, realizava-se amputação de membros seguida de hemorragias não controladas, visando simular situação de batalha; sepultamento de pessoas vivas e avaliação de efeitos da necrose e da gangrena sobre a pela humana. Também há relatos de induções experimentais de acidentes vasculares cerebrais, infartos agudos do miocárdio, embolismo gasoso, dentro outros. A maioria dos prisioneiros eram homens entre 20 e 40 anos, mas testemunhas confirmam a presença de crianças e mulheres grávidas nos experimentos fatais. Havia atos sexuais forçados, por prisioneiros infectados, com objetivo de se estudar doenças sexualmente transmissíveis.
Dentre outras experiências, realizava-se amputação de membros seguida de hemorragias não controladas, visando simular situação de batalha; sepultamento de pessoas vivas e avaliação de efeitos da necrose e da gangrena sobre a pela humana. Também há relatos de induções experimentais de acidentes vasculares cerebrais, infartos agudos do miocárdio, embolismo gasoso, dentro outros. A maioria dos prisioneiros eram homens entre 20 e 40 anos, mas testemunhas confirmam a presença de crianças e mulheres grávidas nos experimentos fatais. Havia atos sexuais forçados, por prisioneiros infectados, com objetivo de se estudar doenças sexualmente transmissíveis.
Em 1931, Ishii tinha campos de concentração tão grandes como os da Alemanha nazista. Durante o rigoroso inverno na Manchúria, experiências com congelamento foram desenvolvidas. Alguns prisioneiros eram deixados nus, ficando submetidos a temperaturas negativas e seus membros eram golpeados com paus até que se produzissem sons secos e metálicos indicando que o processo de congelamento estava concluído. Aí os corpos eram descongelados com procedimentos experimentais.
No livro Fábricas da Morte, o autor Sheldon Harris descreve outras experiências, como a suspensão de indivíduos de cabeça para baixo, para determinar quando morreriam asfixiados. É quase indescritível a prática de injetar ar nos prisioneiros para acompanhar a evolução das embolias. Em outros indivíduos, era injetada urina de cavalo em seus rins. Sem remorso, Ishii escrevia relatórios com os resultados das experiências, só que nos relatórios, os cobaias eram os macacos. Os empregados de Ishii deviam fazer um juramento onde não podiam revelar as experiências da Unidade 731. Os EUA sabiam que Ishii havia realizado experimentos biológicos e apreciavam essas vantagens da guerra biológica. Os aliados queriam obter detalhes dos experimentos de Ishii. Ao término da guerra, os cientistas de Fort Detrick, de Maryland, onde ficavam as instalações de guerra biológica nos EUA, nenhuma das partes considerou as implicações éticas que o assunto envolvia. Os Estados Unidos não queriam que os soviéticos soubessem as informações de Ishii, então fizeram um pacto com o chefe da Unidade 731. Os prisioneiros de guerra que sobreviviam e conseguiam escapar, davam depoimentos sobres as experiências que foram feitas neles. Se estes depoimentos se tornassem conhecidos… Então os fatos passaram a ser encobridos.
Com a descoberta dos corpos em 1989, a história veio a tona e os ex-prisioneiros começaram a relatar suas experiências.
“Que me mantêm se não a verdade, pois jamais esquecerei”, declarou furiosamente Joseph Gozzo, antigo engenheiro de aviação, que atualmente vive em San José, Califórnia. Enquanto esteve preso, foi usado em experiências onde teve bastões de vidro introduzidos no seu reto. “não posso acreditar que o nosso governo os tenha deixado livres”, disse.
Em 1986, o ex-prisioneiro de guerra Frank James relatou suas lembranças a um comitê do congresso dos Estados Unidos. “Éramos apenas pequenas peças de um jogo, sempre soubemos que existia um encobrimento”, afirmou James.
Max McClain, outro ex-prisioneiro, lembra que junto com seu companheiro de cela, George Hayes, eram postos em filas para receberem injeções. Dois dias depois, Hayes lamentava-se: “Mac, não sei o que esses desgraçados me deram, mas sinto-me muito mal”. Naquela mesma noite, dissecaram Hayes. Obviamente, o governo dos EUA e Japão negaram que as atrocidades tivessem realmente ocorrido. Em 1993, o segredo oficial tornou-se público com a abertura dos relatórios das experiências biológicas. Shirô Ishii morreu em 1959 sem mostrar nenhum sinal de arrependimento.
Fontes:wikipedia , sites.google/caixademisttérios