A evolução é uma das maiores descobertas científicas de todos os tempos. Frequentemente, biólogos têm achados surpreendentes: há tantas evidências a favor da evolução, que argumentar contra ela é como negar que há uma lua no céu. Confira oito exemplos, entre muitos, da evolução em ação:
Mariposa
Originalmente, a grande maioria das mariposas da espécie Biston betularia tinha uma coloração clara, que era uma boa camuflagem contra predadores. Antes da revolução industrial, uma variante escura da mariposa contava como 2% da espécie.
Lagarto australiano
Especiação, a formação de uma nova espécie de uma espécie ancestral, envolve muitas mutações levando a mudanças significativas. Uma espécie de skink, Saiphos equalis, é um lagarto da Austrália que parece estar submetido a mudança de por ovos para dar a luz a um filhote vivo.
Embriões skink envoltos em um ovo tem uma fonte extra de cálcio que os skinks nascidos vivos não têm. Essa diferença nutricional é compensada pela mãe, que secreta cálcio extra para os jovens detidos dentro dela. Isto parece ser o primeiro passo no caminho para o desenvolvimento de um sistema como a placenta dos mamíferos.
Skinks que vivem na costa tendem a pôr ovos, provavelmente porque o clima quente é previsível e suficiente para o desenvolvimento embrionário. Skinks que vivem nas montanhas mais frias tendem a dar à luz filhotes vivos, já que o corpo da mãe proporciona uma temperatura mais estável.
É de se prever que estas duas populações, em algum momento, se separem em diferentes espécies, e cada população se torne fixa na sua estratégia reprodutiva. Isso levanta uma pergunta comum em criacionistas: se o homem evoluiu do macaco, por que ainda há macacos? No caso dos skinks, seriam duas espécies formadas: uma que põe de ovos e uma que tem parto. Cada uma delas seria mais adequada para seu habitat. Cada um é adaptado ao seu nicho.
Mexilhões e caranguejos
Evolução acontece muitas vezes em conjunto: um predador desenvolve um método de caça melhorado, e quaisquer mutações que aumentem a capacidade de sobrevivência serão selecionadas para levar a uma mudança na população de presas.
O caranguejo da costa asiática (Hemigrapsus sanguineus) é uma espécie invasora na Nova Inglaterra, que se alimenta do mexilhão azul nativo. Recentemente, foi observado que os mexilhões, quando detectam caranguejos asiáticos, desenvolvem escudos mais grossos para impedir os caranguejos de comê-los.
Este comportamento é difícil para os mexilhões, e por isso é fortemente regulamentado. O fator evolutivo aqui é que apenas os mexilhões de regiões onde os caranguejos asiáticos são endêmicos engrossam suas costas. Os de outras regiões não detectam os caranguejos como uma ameaça.
Lagartixa italiana
Em 1971, dez lagartixas italianas (Podarcis sicula) foram introduzidas na ilha de Pod Mrčaru, a partir de uma ilha vizinha. Elas foram deixadas lá ao longo de décadas, para serem comparadas com a colônia de onde foram tiradas.
A cabeça das lagartixas de Pod Mrčaru são maiores, e tem uma força de mordida muito maior. Essas são adaptações chave para lidar com as folhas que mascam. O sinal mais emocionante da evolução é o desenvolvimento de músculos usados para separar porções do intestino. Eles servem para diminuir a passagem do alimento através do intestino e dar tempo para as bactérias quebrarem o material vegetal para a absorção. Este é um desenvolvimento inteiramente novo na lagartixa italiana, e uma grande adaptação.
Sapo-cururu
O sapo-cururu na Austrália é provavelmente uma das espécies invasoras mais famosas do mundo. Ele faz imenso dano à agricultura e as espécies nativas.
Tentilhões
Lembra das observações de Darwin sobre a adaptação entre os tentilhões das ilhas Galápagos? Estes tentilhões ainda estão ajudando a evolução a ser entendida. Peter e Rosemary Grant estudaram os tentilhões em uma das ilhas Galápagos, e observaram a mudança evolutiva causada pela concorrência direta de duas espécies rivais.
Borboleta lua-azul
Estudar a evolução pode levar décadas, mas ocasionalmente a mudança acontece incrivelmente rápido. A borboleta lua-azul (Hypolimnas Bolina), das ilhas Samoa, estava sendo atacada por um parasita que destruía seus embriões do sexo masculino.
Este caso mostra como uma mutação que dá uma vantagem pode rapidamente se espalhar por toda uma população. Qualquer macho com a capacidade de sobreviver à infecção seria capaz de acasalar com um grande número de fêmeas, devido à escassez de outros machos, e espalhar sua imunidade através de seus genes.
Evolução em laboratório
Desde 1988, no laboratório de Richard Lenski, a evolução de uma linhagem ancestral única para doze populações de E. coli foi estudada. Desde então, mais de 50.000 gerações de E. coli vieram e se foram, e as diferenças entre as populações, e entre cada população e a estirpe ancestral foram documentadas.
Com amostras de cada população tiradas regularmente, as mudanças genéticas acumuladas puderam ser acompanhadas com facilidade. Ao longo do tempo, as bactérias se tornaram muito mais eficientes em crescer nas condições utilizadas no laboratório. O estudo forneceu evidências de como a evolução realmente ocorre. Uma das populações desenvolveu a capacidade de utilizar o citrato como nutriente, algo de outra maneira desconhecido em populações E. coli em condições semelhantes.
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