Quando eu era criança, parava tudo que estava fazendo e, junto de minha irmã e de meu primo, corria para a frente da telinha quando começava a Sessão da Tarde. Tornou-se sacro este ritual durante meu crescimento, tive a sorte de curtir uma época de menos "Disney Channel" e mais filmes de qualidade. Entre os que mais gostava de assistir estava o divertido e eletrizante: Duro de Matar.
Sinopse:
Duvido quem já não tenha visto - ou pelo menos ouvido falar - nesta franquia. No primeiro filme dela, somos apresentados ao policial John McClane (Bruce Willis). John voa para Los Angeles na véspera de Natal para encontrar-se com sua família. Chegando no prédio da Nakatomi para uma festa com sua esposa, terroristas tomam o lugar e fazem todo mundo de refém. Cabe a McClane, um simples policial, tentar acabar com a ameaça terrorista.
Ficha Técnica:
Título Original: Die Hard
País: Estados Unidos
Gênero: Ação, Aventura e sessão da tarde
Ano: 1988
Diretor: John McTiernan
Elenco: Todo o elenco pode ser visto AQUI; Os principais são
Prêmios:
- Academy Awards: Indicado ao Oscar nas categorias técnicas de Melhor Efeitos Sonoros, Melhor Edição de Som, Melhor Efeitos Especiais e Melhor Edição de Filme.
- Awards of the Japanese Academy: Venceu como Melhor Filme de Língua Extrangeira.
- BMI Film & TV Awards: Micheal Kamen foi agraciado com o BMI Film Music Award pela trilha sonora.
- Blue Ribbon Awards: Ganhou como Melhor Filme de Língua Extrangeira.
- DVD Exclusive Awards: Indicado pelos extras e demais detalhes do DVD Five Star Collection.
- Edgar Allan Poe Awards: Indicado ao Edgar como Melhor Filme.
- Hochi Film Awards: Vencedor do prêmio na categoria de Melhor Filme Extrangeiro.
- Kinema Junpo Awards: Vencedor do prêmio na categoria de Melhor Filme Extrangeiro.
- Motion Pictures Sound Editors, USA: Vencedor do Golden Reel Award pela melhor edição sonora e pelos efeitos de som.
Crítica
Por mais que a premissa pareça corriqueira, já que é fácil evidenciar uma "montanha" de películas que seguem a mesma linha adotada aqui, ressalto o óbvio: Duro de Matar foi pioneiro! Em uma época onde os heróis deveriam parecer com brutamontes, foi trazido para as telonas um policial de porte normal, jeito de moleque e muita atitude para combater "apenas" uma rede de terroristas.
Aqui agilidade é a regra. Agilidade esta que é acompanhada de muito "barulho" - tanto o é que o trabalho de efeitos sonoros e especiais foi reconhecido através de premiações, conforme é possível visualizar acima. Nada é discreto e, provavelmente, plausível. O enredo amarra-se sem tempo para respirar, o que constrói um âmbito de ação ideal.
Hoje Bruce Willis é um nome respeitado na cinedramaturgia, sendo reconhecido por trabalhos como O Sexto Sentido, Pulp Fiction, Os 12 Macacos e Meu Vizinho Mafioso. Na época, entretanto, a sua escolha para o papel principal foi um tanto ousada, vez que havia feito poucos trabalhos para o cinema e era associado a série A Gata e O Rato, a qual fez com Cybill Shepherd. Fora isto, havia todo o elemento da visão esteriotipada do que deveria ser um "herói de ação", vide Stallone eSchwarzenagger. Contudo, a ousadia valeu a pena. Bruce tornou-se um ícone e exemplo do gênero badass.
Aqui agilidade é a regra. Agilidade esta que é acompanhada de muito "barulho" - tanto o é que o trabalho de efeitos sonoros e especiais foi reconhecido através de premiações, conforme é possível visualizar acima. Nada é discreto e, provavelmente, plausível. O enredo amarra-se sem tempo para respirar, o que constrói um âmbito de ação ideal.
Hoje Bruce Willis é um nome respeitado na cinedramaturgia, sendo reconhecido por trabalhos como O Sexto Sentido, Pulp Fiction, Os 12 Macacos e Meu Vizinho Mafioso. Na época, entretanto, a sua escolha para o papel principal foi um tanto ousada, vez que havia feito poucos trabalhos para o cinema e era associado a série A Gata e O Rato, a qual fez com Cybill Shepherd. Fora isto, havia todo o elemento da visão esteriotipada do que deveria ser um "herói de ação", vide Stallone eSchwarzenagger. Contudo, a ousadia valeu a pena. Bruce tornou-se um ícone e exemplo do gênero badass.
Tamanho foi o sucesso de Duro de Matar que logo surgiram as sequências: Duro de Matar 2 (1990), Duro de Matar - A Vingança (1995), e o novo fôlego em 2007 com Duro de Matar 4.0; Todas boas, mas, nenhuma comparada a primeira. O fato é que esta obra cinematográfica foi a responsável por diversas das premissas atualmente vistas em filmes de ação. E como já disse Chandler em Friends.
A Balada do Pistoleiro
No tédio de um noite solitária encontrar um de seus filmes preferidos passando na telinha pode ser algo reconfortante - ainda mais quando este traz alguma de suas paixonites cinematográficas. O cinema incorpora bem aquela qualidade de nos levar momentaneamente esquecer o que nos incomoda. O meu escapismo cinéfilo deste final de semana foi: A Balada do Pistoleiro.
Sinopse:
Um Mariachi que teve a sua vida destruída - morte de sua namorada e impossibilidade de tocar seu violão novamente - por um grupo de bandidos a mando de Bucho - um poderoso traficante -, parte em busca de vingança. Com um estojo cheio de armas, um bom amigo, uma aliada inesperada e muita vontade pessoal, persegue seu objetivo de cidade em cidade.
Ficha Técnica:
Título Original: Desperado
País: Estados Unidos
Gênero: Ação, Aventura e Comédia
Ano: 1995
Diretor: Robert Rodriguez
Elenco: Todo o elenco pode ser visto AQUI; Os principais são
Prêmios:
- Saturn Awards: Salma Hayek foi indicada para a categoria de Melhor Atriz Coadjuvante.
- MTV Movies Awards: Indicado na categoria de Melhor Beijo para Salma Hayek e Antonio Banderas.
- Stockholm Film Festival: Indicado ao prêmio Bronze Horse.
Crítica:
Um ponto impossível de se deixar destacar sobre esta película, conforme já citei numa postagem aqui no meu blog Nascida em Versos, é o de que Quentin Tarantino e Robert Rodriguez aliaram-se para esta produção. Ambos se conheceram no Festival de Filmes de Toronto, onde estavam apresentando suas respectivas estréias, Tarantino com Cães de Aluguel e Rodriguez com El Mariachi. Rapidamente tornaram-se amigos, não demorando muito para que eles começassem a trabalhar juntos. Tarantino, em uma de suas primeiras aparições como ator, aceitou um pequeno papel em A Balada do Pistoleiro de Robert (1995). Neste Robert utilizava elementos muito similares ao seu filme de estréia, apenas trazendo algumas pitadas de sensualidade e uma melhor produção. Assim ocorria o debut de Rodriguez - também dirigiu Sin City, Planeta Terror, Um Drink no Inferno e Machete - e o nascimento de uma grande aliança com Tarantino.
O filme possui todos os elementos que interessam ao gênero Ação/Aventura: Armas, sangue, bandidos, anti-herói com apelo emocional, explosões e uma bela garota. Todavia, a película ganha alguns pontos no âmbito criatividade, já que é contada de forma bem singular e com muito sabor latino. Gosto por demais dos diálogos, compostos de algumas frases de efeito, alguns momentos hilários e bilíngue.
O sabor latino que cito acima pode ser verificado tanto na trilha sonora, a qual conta com três dos atores participando: Tito Larriva (da Tito & Tarantula), Antonio Banderas e Salma Hayek, como poderá conferir na sequência; Quanto no figurino, todo muito bom. Ressalto, entretanto, o visual do El Mariachi. A roupa é uma releitura do tradicional traje deste estilo de músico, sem o chapéu, é claro. A jaqueta dele é um total sonho de consumo meu. Afinal, quão cool não é aquele detalhe do escorpião nas costas, né?!
Além de funcionar perfeitamente como uma opção cinematográfica de ação/aventura, é perfeito no quesito comédia. Um humor gostoso de acompanhar e sem os exageros que se vê em certos títulos. Nesta ala há que se mencionar o maravilhoso trabalho dos coadjuvantes - Steve Buscemi, Joaquim de Almeida, Cheech Marin, Tito Larriva e, inclusive, Quentin. Ademais, o tom sátira de algumas cenas é irresistível.
Já no quesito sensualidade são Antonio Banderas e Salma Hayek que tiram o fôlego. Além de ambos estarem muito bem em seus respectivos papéis, estão na sua melhor versão: Salma toda latina, com cabelão, pele e suas recheadas curvas à mostra; Antonio com seu ar sofrido e dualista, cabelos na cara e pele morena. Ao juntar os dois em uma ótima - um pouco over the top, bem no estilo de Rodriguez - cena de sexo.. Hot!
Interessado numa boa diversão?
Este é o seu filme.
Classificação:
Onde Encontrar:
Desta vez irei recomendar um DVD específico que tenho, já que considero uma boa pedida para a coleção; Neste, além de trazer A Balada do Pistoleiro, vem com o filme inspirador El Mariachi - aviso que este não possui a mesma qualidade visual daquele, já que feito com um orçamento baixíssimo, mas, é muito bom. Encontrei super fácil ele e num preço bem acessível. Tanto nas Americanas, quanto no Mercado Livre localizei o produto por R$ 24,90, já no Submarino encontrei por R$ 22,90. De qualquer forma, recomendo.
Trilha Sonora:
Eu simplesmente AMOOOO a soundtrack deste longa! Os maiores destaques vão para Banderas e Hayek que soltaram a voz em dois momentos belíssimos: Ele cantando Canción Del Mariachi, ela interpretando Quédate Aquí. Contudo, vale mencionar as ótimas escolhas de canções de Los Lobos, Latin Playboys e Tito & Tarantula - sendo que o Tito faz o papel de Tavo na obra. O tempero latino está bem distribuído na trilha.