Lembre-se de que irá morrer
Recentemente, saiu alguns estudos mostrando que idosos se sentem mais felizes do que jovens. As razões para isso os pesquisadores não conseguiram precisar, mas eu conheço duas ótimas razões:
- Experiência de vida
- Consciência da morte
Experiência de vida te 
faz errar menos, te faz ver os problemas com outros olhos. Tudo aquilo 
que parecia não fazer o menor sentido no momento em que acontecia, passa
 a fazer todo sentido quando olhado novamente, um bom tempo depois. É 
daí que vem a intuição de que nada acontece por acaso. A experiência de vida diminui as frustrações, suaviza os julgamentos e repensa os preconceitos. 
A consciência da morte te faz reavaliar o que é verdadeiramente importante na vida. No livro “Heróis de Verdade”
 do psiquiatra brasileiro Roberto Shinyashiki, ele conta que quando 
trabalhou com pacientes terminais durante sua residência médica, nunca 
ouviu ninguém se lamentar, à beira da morte, de que não havia investido 
mais em determinadas ações ou quotas, ou que deveria ter comprado mais 
imóveis. A proximidade da morte, do 
desconhecido, coloca tudo em outra perspectiva. As pessoas se 
surpreendem se arrependendo de coisas diferentes, coisas que antes não 
davam a menor importância.
Deepak Chopra
 também comenta muito em seus livros casos de pessoas que só foram 
descobrir a felicidade depois de sofrerem acidentes graves, de terem 
membros amputados ou ficarem tetraplégicas. Quando a morte ronda, a vida adquire novas cores...
Mas, esse post não é sobre morte!
O post é sobre repensar a
 vida, o trabalho, os relacionamentos. E para isso trago o discurso 
inspirador de um gênio moderno, Steve Jobs (fundador/criador da 
Apple-Macintosh). Um trecho desse discurso (que eu não imaginava que 
existia em vídeo, publicado na internet) eu já havia publicado aqui no 
Inconsciente Coletivo, há dois anos atrás: 
O discurso foi proferido
 em 2005, para uma turma de formandos da renomada universidade 
norte-americana, Stanford. Dividido em duas partes, nele Steve conta 
três histórias de sua vida, que nos inspiram a rever conceitos, a 
manter-se firme na sua própria visão de vida e fazer o que ama/amar o 
que se faz.
É melhor seguir imperfeitamente a própria a visão do que seguir perfeitamente a visão dos outros…
As palavras de um gênio:
Parte 1:
Parte 2:
“Na vida, tudo é um risco. Tudo é um risco. Não fazer nada também é um risco.”(Osho)“A maioria consiste de tolos, tolos absolutos. Fique alerta com relação à maioria.
Se muitas pessoas estão seguindo alguma coisa, isto é prova suficiente de que é uma coisa errada.
A verdade acontece aos indivíduos, não às multidões.”(Osho)
Pessoas “normais” não fazem História.
Existe um grande desejo – um desejo 
desesperado -, da maioria das pessoas, de se “encaixar”, de ser 
“aceito”; e isso normalmente quer dizer “ser como todo mundo é”. Fazer o
 que todo mundo faz, não questionar muito as tradições (sejam elas 
religiosas, sociais, culturais).
Nós criamos conceitos do que é uma “vida 
feliz”, do que é “se divertir”, de como se deve viver “corretamente” e 
pensamos que isso serve para todos. Mal nos damos conta de que estamos realmente apenas de passagem aqui nessa existência, e levamos nossa vida como “mais um” na multidão.
Metaforicamente, a maioria das pessoas vive
 no nível dos dois primeiros chakras. A única preocupação é trabalhar 
($$$), comer e conseguir sexo (“amor” no sentido popular). Uma minoria 
vive no terceiro chakra, e um quase nada de pessoas no quarto (uma Madre
 Teresa de Calcutá da vida)… dos outros é melhor nem comentar…
Mas, se já não bastasse a maioria de nós 
levar uma vida carente de significado (não significado pros outros, mas 
pra si próprio), esquecemos que não seremos os únicos a passar por esse 
planeta, que outras pessoas vieram antes de nós e outras irão vir 
depois, e simplesmente não nos importamos em deixar uma marca significativa. Mesmo podendo observar que a maioria é esquecida depois que se vai…
Como eu um dia li, “a maioria das pessoas morre com sua música ainda nelas“.
E penso que o maior risco que alguém pode 
correr na vida é o de não fazer nada. Se pensarmos que a expectativa 
média de vida gira em torno dos 70 e tantos anos, meu deus, o 
que são 70 anos??? Como é que alguém pode perder esse pouco tempo 
estimado de vida com as bobagens que normalmente as pessoas se 
preocupam?
E mesmo que você  acredite em reencarnação, essa vida que você possui nesse momento, esse momento em si, é único, não se repete. Mesmo que você retorne para essa existência, será outro corpo, será outra vida.
Particularmente, não tenho medo da morte… o
 que me preocupa é maneira como vou encontrá-la. E isso não se refere 
apenas a um “modo de morrer” – se por doença, acidente, etc. Mas sim, o 
que eu vou deixar depois que partir e o que vou levar daqui.
E já que estou falando do que se deixa e o que se leva da vida, eis um sutra de Buda, com um pequeno comentário do Osho:
“Você é como a folha amarela.Os mensageiros da morte estão à mão.Você tem de viajar para longe.O que você levará consigo?”
(Dhammapada de Gautama, cerca de 500 a. C)
Pó virando pó, a qualquer momento a morte vai tomar posse de você. O amanhã pode não chegar jamais, nem o próximo momento é certo. Este é o único momento do qual você pode estar certo; no seguinte, você pode não estar mais aqui. O que você está fazendo para se preparar para essa grande jornada rumo ao desconhecido? Você ganhou alguma coisa que possa levar com você? Se não ganhou nada, então sua vida foi puro desperdício. Você pode ter acumulado muita riqueza, você pode ter se tornado muito famoso, mas tudo isso é fútil. Você não pode levar isso com você. Suas graduações, seus títulos, seus prêmios, tudo ficará para trás. Você irá completamente sozinho.Há algo que possa levar com você?Há somente uma coisa que você pode levar consigo, e essa é a verdadeira riqueza. Buda a chama de meditação, atenção, observação, cuidado, consciência. Se você se tornar cada vez mais consciente, você poderá levar essa consciência com você.
Então nesse post eu trago um novo vídeo
 de Osho em que ele comenta esse estranho comportamento geral de existir
 como se estivesse numa sala de espera, fazendo qualquer coisa, apenas 
para matar o tempo até o trem chegar… sabe? 
 

