Universo Particular
Um dos mistérios mais estudados das ciências humanas é a natureza e o comportamento do nosso universo. A Física, em especial, tem sido o ramo do conhecimento que mais a fundo têm investigado esse assunto dividindo-se em dois grandes ramos com visões bem divergentes a respeito de nosso universo: A física cartesiana e a quântica.
Um relógio determinístico
Segundo a física cartesiana o universo funciona como uma máquina perfeita,
um relógio cósmico com todas as suas engrenagens funcionando harmônica
e automaticamente, sem intervenção de nenhuma força externa. Durante
muitos anos essa visão do cosmos foi aceita amplamente no meio
acadêmico, pois se encaixava perfeitamente nos parêmentros observados na
mecânica clássica de Newton e sua lei da gravitação universal. Ou seja,
vendo o macro-cosmos rodopiar a nossa volta, imaginar aquilo tudo como
um grande relógio não era muito difícil.
A incerteza como princípio
O Gato zumbi
Como
vimos, a física quântica se baseia na incerteza, postulando que o
observador tem papel determinante na manifestação do universo, pois é a
partir da observação que os eventos acontecem.
Para ilustrar esse conceito, foi desenvolvido o experimento do Gato de Schrödinger, a saber: Um gato, junto com um frasco contendo veneno, é posto em uma caixa lacrada protegida contra incoerência quântica induzida pelo ambiente. Se um contador Geiger detectar radiação então o frasco é quebrado, liberando o veneno que mata o gato. A mecânica quântica sugere que depois de um tempo o gato está simultaneamente vivo e morto. Mas, quando olha-se dentro da caixa, apenas se vê o gato ou vivo ou morto, não uma mistura de vivo e morto. Ou seja, só se determinará se o gato está morto ou não depois que o observador abrir a caixa, antes disso, ambas as possibilidades existem a nível quântico. É o verdadeiro gato zumbi.
Para ilustrar esse conceito, foi desenvolvido o experimento do Gato de Schrödinger, a saber: Um gato, junto com um frasco contendo veneno, é posto em uma caixa lacrada protegida contra incoerência quântica induzida pelo ambiente. Se um contador Geiger detectar radiação então o frasco é quebrado, liberando o veneno que mata o gato. A mecânica quântica sugere que depois de um tempo o gato está simultaneamente vivo e morto. Mas, quando olha-se dentro da caixa, apenas se vê o gato ou vivo ou morto, não uma mistura de vivo e morto. Ou seja, só se determinará se o gato está morto ou não depois que o observador abrir a caixa, antes disso, ambas as possibilidades existem a nível quântico. É o verdadeiro gato zumbi.
Ciência e Espiritualidade fazendo as pazes
Rose Marie Muraro(Entrevistadora): O
que mais me espanta na Física é o problema da medição quântica de
Heisemberg, que você, realmente, acha que deve ter um observador
olhando e que modifica a realidade, por exemplo, transforma a onda em
partícula. Eu gostaria de saber... isso aí houve uma grande briga de
Einstein com Niels Bohr. Eu gostaria de saber, em escala cósmica, onde
não há observadores, se há um observador supremo, na sua opinião, e se
ele cria matéria ou como se faz esse fenômeno?
Amit Goswami: Essa
é a questão fundamental, Rose Marie, porque.. qual é o papel do
observador? É a pergunta que abre a integração entre Física e
espiritualidade. Na Física Quântica, por sete décadas, tentou-se negar o
observador. De alguma forma, achava-se que a Física deveria ser
objetiva. Se dessem um papel ao observador, a Física não seria mais
objetiva. A famosa disputa entre Böhr e Einstein, a que se refere essa
disputa, basicamente, sempre terminava com Bohr ganhando a discussão,
mostrando que não há fenômeno no mundo a menos que ele seja registrado.
Bohr não usou a consciência.. mas atualmente, vem crescendo o consenso,
muito lentamente, de que a Física Quântica não está completa, a menos
que concordemos que nenhum fenômeno é um fenômeno, a menos que seja
registrado por um observador, na consciência de um observador. E isso se
tornou a base da nova ciência. É a ciência que, aos poucos, mas com
certeza, vem integrando os conceitos científicos e espirituais.
Outro expoente no assunto é o pesquisador Nassim Haramein, físico
suíço que dedicou toda sua vida estudando a física quântica e o
universo. Nassim foi um pouco além dos físicos tradicionais. Além até
mesmo da fisica quântica e propôs uma nova perspectiva, bem mais próxima
dos conceitos esotéricos que dos conceitos científicos, sem contudo,
fugir do embasamento acadêmico para postular suas teorias. De acordo com
Nassim Haramein o observador não só determina como o universo se
manifesta, como é ele o agende dessa manifestação. Nosso universo seria um imenso fractal onde cada parte reflete o todo, como um holograma.
De
fato, Haramein provou matemáticamente que cada partícula contém a massa
de todo o universo e que cada uma delas está conectada com todas as
outras.
Um
exemplo claro de como ele ilustra a natureza fractal do universo e a
influencia do observador sobre ele é a constante busca pela partícula
fundamental. Ontem a partícula fundamental da matéria era o átomo.
Depois, entramos no reino das
partículas sub-atômicas como prótons e neutros. Hoje, é o tal Bóson de Higgs. Amanhã,
só Deus sabe! Segundo o físico, o universo é infinito tanto no
macro-cosmo quanto no micro. Basta que o observador "procure" que ele
irá encontrar partículas cada vez menores, uma vez que o próprio ato de contemplar, cria a realidade. Da
mesma forma, nunca seriam encotradas as "fronteiras do universo", uma
vez que quanto mais longe se olha, mais realidade é criada,
análogamente.
Meu universo é você
Saindo
um pouco das teorias da física, contudo nos aprofundando ainda mais na
"abstração" do que seria o universo, uma corrente filosófica havaiana
conhecida como Ho´oponopono possui uma visão bem mais radical sobre o que seria o mundo fisico. De acordo com o Ho´oponopono o universo está dentro de cada um de nós! A corrente filosófica resume sua teoria em seis postulados:
1. O universo físico é uma realização dos seus pensamentos.
2. Se seus pensamentos são cancerosos, eles criam uma realidade física cancerosa.
3. Se seus pensamentos são perfeitos, eles criam uma realidade física transbordando AMOR.
4. Você é 100% responsável por criar seu universo físico como ele é.
5. Você é 100% responsável por corrigir os pensamentos cancerosos que criam uma realidade doente.
6. Não existe lá fora. Tudo existe como pensamentos em sua mente.
Dr. Joe Vitale, um dos divulgadores dessa visão, conta a história do terapeuta havaiano Ihaleakala Hew Len que curou um pavilhão inteiro de pacientes criminais insanos sem sequer ver nenhum deles. O psicólogo estudava a ficha do preso e, em seguida, olhava para dentro de si mesmo a fim de ver como ele havia criado a enfermidade dessa pessoa. À medida que ele melhorava, o paciente também melhorava. Ao ser perguntado pelo Dr Vitale o que fez a si mesmo para ocasionar tal mudança nessas pessoas, Ihaleakala disse “Eu simplesmente estava curando aquela parte em mim que os havia criado”.
Ou seja, o que nós experimentamos no universo de bom ou ruim,
experimentamos porque foi exatamente isso que criamos e para mudar o
universo a nossa volta, incluindo nisso, as pessoas, temos que mudá-los dentro de nós! Muito radical para você? A ciência caminha nessa direção.
Cena do filme Matrix
Garoto: Não tente entortar a colher.
É impossível.
Ao invés disso, só tente perceber a verdade.
Neo: Que verdade?
Garoto: Não existe colher
Neo: Não existe colher?!?
Garoto: Então você verá que não é a colher que entorna, é só você mesmo.