Um pouco de música...
Vivaldi - Concerto para Violino -  RV 356
Mozart e a Musa
A violinista Hilary Hahn nasceu na 
Virgínia, EUA, e em novembro próximo completa 32 anos. Já se apresentou 
nos mais nobres palcos do mundo, foi premiada com dois Grammy e eleita a
 Melhor Solista duas vezes pela Revista Billboard. Gravou vários cds, 
com obras de Mozart, Tchaikovsky, Mendelssohn e outros grandes 
compositores para violino, com destaque especial para a gravação dos 3 
Concertos para Violino de Bach, que na opinião deste leigo é 
simplesmente a melhor gravação já feita (ouça um pouco aqui).
No vídeo acima está o primeiro movimento do Concerto n4 de Mozart. Imperdível!
(ah se ela soubesse que estou solteiro...)
O Efeito Mozart
 "Pesquisas comprovam que 
ouvir certas músicas de Mozart
ativa os neurônios e
melhora a inteligência"
ouvir certas músicas de Mozart
ativa os neurônios e
melhora a inteligência"
O Efeito Mozart é um termo usado para fazer referência aos poderes de transformação da música na saúde, educação e bem-estar. Representa, de uma maneira genérica, o uso da música para reduzir o estresse, a depressão e a ansiedade; induzir o relaxamento e o sono; restaurar o corpo; melhorar a memória e o estado de alerta.
A pesquisa com a música de 
Mozart começou na França nos idos de 1950, época em que o Dr.Alfred 
Tomatis iniciou as suas experiências de estimulação auditiva em crianças
 com problemas de audição e comunicação. Nessa época já havia muitos 
centros de pesquisas espalhados pelo mundo todo que usavam as músicas de
 alta freqüência de Mozart, especialmente os concertos para violino e as
 sinfonias, para ajudar crianças com dislexia, problemas de fala e 
autismo. A Universidade da Califórnia, Irvine, começou suas experiências
 nessa área em 1950, relacionando a música do compositor com a 
inteligência espacial. Em 2001 os ingleses começaram a estudar o efeito 
das obras nos epiléticos.
O Dr.Tomatis descobriu que ela 
acalmava e melhorava a percepção espacial e permitia que o ouvinte se 
expressasse com maior clareza, comunicando-se com o coração e a mente. O
 ritmo, a melodia, a excelência de execução e as altas freqüências da 
música de Mozart claramente estimulavam e impregnavam as áreas criativa e
 motivacional do cérebro. Mas talvez o segredo da sua magnitude seja 
porque ela soa pura e simples. Mozart não tece uma tapeçaria 
deslumbrante como o grande gênio matemático de Bach. Não provoca ondas 
de emoções como o epicamente torturado Beethoven. Sua obra não tem a 
rígida simplicidade de um Canto Gregoriano. Não acalma o corpo como uma 
boa música folclórica, nem atira em movimento como um astro de rock. Ele
 é, ao mesmo tempo, profundamente misterioso e acessível e, acima de 
tudo, destituído de malícia. Daí a sua aura de Eterna Criança. Sua 
graça, seu encanto e sua simplicidade nos permitem divisar uma sabedoria
 mais profunda dentro de nós.
A expressão estrutural e 
emocional ajuda a esclarecer a percepção tempo/espaço. A estrutura do 
rondó e da sonata-allegro constitui a forma básica na qual o cérebro 
torna-se familiar com o desenvolvimento das idéias.
O ouvido começa a se desenvolver
 na 10ª semana da gestação de um bebê e é funcional aos 4 meses e meio 
(da gestação). Ele é essencial para o equilíbrio, a linguagem, a 
expressão e a orientação espacial. Sendo uma antena receptora, vibra em 
uníssono com a fonte de som, quer esta seja musical ou lingüística. O 
corpo se contrai quando tenta se proteger de sons irritantes ou 
desagradáveis e relaxa com sons harmoniosos. Por intermédio da medula, o
 nervo auditivo se conecta com todos os músculos do corpo, explorando o 
repertório inerente de padrões de estímulo espaço-temporal do córtex. A 
música complexa facilita determinados padrões neurais envolvidos em 
atividades superiores, como a matemática e o xadrez. Em contrapartida, a
 música simples e repetitiva poderá ter o efeito contrário.
Som é o campo vibracional que 
forma a linguagem, a música e até o silêncio. Quando ele está organizado
 nós nos comunicamos por palavras, idéias, sentimentos e expressões. Por
 outro lado, quando ele está desorganizado é criado o barulho. O som 
chega ao nosso cérebro e ao nosso corpo através da pele, ossos e 
ouvidos, mesmo que a pessoa esteja em estado de coma. É claro que cada 
pessoa escuta de uma forma diferente, reagindo de uma maneira diferente 
ao som e ao barulho. Quando ritmo, melodia e harmonia estão organizados 
em uma bela forma, mente, corpo, espírito e emoções se harmonizam.
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