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8 de dez. de 2012

Biografia do Universo - Os Planetas / Marte - (Vídeos)






Desvende a história e amplie seu conhecimento sobre o espaço.




Marte é o quarto planeta a contar do Sol e o sétimo em tamanho.
Marte (Grécia: Ares) é o deus da Guerra. O planeta provavelmente recebeu este nome devido à sua cor; é por vezes conhecido como o Planeta Vermelho (uma nota interessante: o deus Romano Marte era um deus da agricultura antes de se associar com o deus Grego Ares; aqueles que suportam a colonização e a terra-formação de Marte gostam deste simbolismo). O nome do mês Março deriva de Marte.
É conhecido desde tempos pré-históricos. Claro, tem sido extensamente estudado com telescópios terrestres. Mas até os maiores vêm em Marte um alvo difícil, é demasiado pequeno. É ainda o favorito dos escritores de ficção científica como o lugar mais favorável onde os humanos poderiam viver no Sistema Solar (além da Terra!). Mas os famosos "canais" "vistos" por Lowell e por outros, foram, infelizmente, apenas fruto das suas imaginações.
A primeira sonda a visitar Marte foi a Mariner 4 em 1965. Outras seguiram-se, tal como Marte 2, a primeira sonda a aterrar e as duas Vikings em 1976. Terminando um longo jejum de 20 anos, a Mars Pathinder conseguiu aterrar com sucesso em Marte a 4 de Julho de 1997. Em 2004 os rovers "Spirit" e "Opportunity" aterraram em Marte, enviando dados geológicos e muitas imagens; a Opportunity ainda está a operar ao fim de mais de oito anos em Marte. Outras três sondas (Mars Odyssey, Mars Express e Mars Reconnaissance Orbiter) estão também actualmente a operar.
A órbita de Marte é significativamente elíptica. Um resultado disto é a variação da temperatura em cerca de 30 C no ponto sub solar entre o afélio e o periélio. Isto tem uma grande influência no clima de Marte. Enquanto que a temperatura média de Marte é de cerca de 218 K (-55 C, -67 F), as temperaturas à superfície variam entre os 140 K (-133 C, -207 F) no pólo de Inverno e os 300 K (27 C, 80 F) de dia durante o Verão.

Figura 1- Marte é chamado de "Planeta Vermelho" devido à sua cor, proveniente do óxido de ferro, a comum «ferrugem».
Crédito: Viking; USGS; NASA


Embora Marte seja mais pequeno que a Terra, a sua área de superfície é aproximadamente igual à área da da Terra. Tem dos mais variados e interessantes tipos de terrenos de qualquer dos planetas terrestres, alguns dos quais simplesmente espectaculares:
  • Olympus Mons: a maior montanha do Sistema Solar, subindo 24 km à volta da área circundante. A sua base mede mais de 500 km de diâmetro e está rodeada por um penhasco de 6 km de altura.
  • Tharsis: uma grande proeminência na superfície marciana com 4000 km de comprimento e 10 de largura.
  • Valles Marineris: um sistema de desfiladeiros com 4000 km de comprimento e 2 a 7 de profundidade.
  • Hellas Planitia: uma cratera de impacto no hemisfério sul com mais de 6 km de profundidade e 2000 em diâmetro.
Muita da superfície marciana é velha e craterada, mas existem também vales, montes e planícies mais jovens (nenhuma destas é visível em detalhe com telescópios, até mesmo o Hubble; toda a informação vem das sondas que enviámos a Marte). O hemisfério sul de Marte contém predominantemente antigas terras-altas crateradas, um pouco similares às da Lua. Em contraste, a maioria do hemisfério norte consiste de planícies muito mais jovens, baixas em elevação e que têm uma história muito mais complexa. Uma mudança de elevação abrupta com alguns quilómetros parece ocorrer na fronteira. As razões para esta dicotomia global e limites abruptos são desconhecidas (alguns especulam que são devidas a um grande impacto pouco tempo depois da acreção de Marte). A sonda espacial Mars Global Surveyor produziu um bom mapa 3D de Marte que mostra claramente estas características geográficas.

Figura 2 - O Monte Olimpo, a maior montanha do Sistema Solar.
Crédito: NASA 




O interior de Marte é conhecido apenas por dedução a partir de dados acerca da superfície e pelas estatísticas do planeta. O cenário mais provável é ter um núcleo denso com cerca de 1700 km de raio, um manto rochoso derretido um pouco mais denso que o da Terra e uma crosta fina. Dados da Mars Global Surveyor indicam que a crosta de Marte tem cerca de 80 km de espessura no hemisfério sul mas apenas 35 km no norte. A baixa densidade de Marte quando comparada com os outros planetas terrestres indica que o seu núcleo provavelmente contém uma relativamente grande fracção de enxofre, além de ferro (ferro e sulfureto de ferro).
Tal como Mercúrio e a Lua, Marte parece não ter placas tectónicas activas no presente; não existem provas de movimento horizontal recente na superfície, tal como as montanhas dobradas tão comuns na Terra. Com nenhum movimento de placas horizontal, os "pontos quentes" debaixo da crosta ficam numa posição fixa relativamente à superfície. Isto, em conjunto com a baixa gravidade à superfície, pode explicar a existência da proeminência de Tharsis e os seus enormes vulcões. No entanto, não existem evidências de actividade vulcânica presente. Mas existem novos dados da Mars Global Surveyor que indicam que Marte possa ter tido actividade tectónica no seu passado recente, o que faz com que as comparações com a Terra sejam mais interessantes!

Figura 3 - Estrutura de Marte.
Crédito: Enciclopédia do Espaço e do Universo, DK Multimedia



Existe um claro indício de erosão em muitos lugares de Marte, incluindo grandes inundações e pequenos sistemas de rios. A uma dada altura no passado, houve claramente uma espécie de fluido na superfície. A água líquida parece ser a escolha mais óbvia mas existem outras possibilidades. Poderiam até existir grandes lagos ou até oceanos; as provas que fortaleceram esta teoria foram providenciadas por imagens de terrenos com camadas tiradas pela Mars Global Surveyor e dos resultados mineralógicos do rover Opportunity. Mas parece que isto aconteceu apenas brevemente e há muito tempo atrás; a idade dos canais de erosão é estimada em cerca de 4 mil milhões de anos (Valles Marineris NÃO foi criada a partir de água corrente. Foi formado a partir de esticões e falhas da crosta associadas com a criação da proeminência de Tharsis).
No princípio da sua existência, Marte era muito parecido com a Terra. E tal como a Terra, muito do seu dióxido de carbono foi usado para formar as rochas carbonáceas. Mas ao contrário das placas tectónicas na Terra, Marte não consegue reciclar nenhum do seu CO2 para a atmosfera e por isso é incapaz de suster um efeito de estufa significativo. A superfície de Marte seria por isso, muito mais fria que a da Terra, se estivesse à mesma distância do Sol.
Marte tem uma atmosfera muito fina, composta principalmente por uma pequena quantidade de dióxido de carbono restante (95.3%), nitrogénio (2.7%), árgon (1.6%) e traços de oxigénio (0.15%) e água (0.03%). A pressão média à superfície de Marte é de apenas 7 milibares (menos de 1% da da Terra), mas varia largamente com a altitude até quase aos 9 milibares nas bacias mais profundas e cerca de 1 milibar no topo do Monte Olimpo. No entanto, a sua atmosfera é espessa o suficiente para suportar ventos muito fortes e tempestades de areia vastas, que por vezes "tapam" o planeta inteiro e podem durar meses. A fina atmosfera de Marte produz um efeito de estufa, mas que só por si não é suficiente para subir a temperatura à superfície 5 graus (K); muito menos como o que vemos em Vénus ou na Terra.

Figura 4 - A fina atmosfera de Marte produz um fraco efeito de estufa.
Crédito: Calvin J. Hamilton, NASA



Marte tem calotes polares permanentes em ambos os pólos compostas de gelo e dióxido de carbono sólido ("gelo seco") que são visíveis até com um pequeno telescópio. Estas exibem uma estrutura em camadas, em que alternam gelo e várias concentrações de pó negro. Quando é Verão no hemisfério Norte, o dióxido de carbono é completamente sublimado, deixando uma camada residual de gelo. A sonda Mars Express da ESA mostrou que uma camada semelhante de água gelada existe por baixo do pólo Sul. O mecanismo responsável por esta disposição em estratos é desconhecido mas pode ser devido a mudanças climáticas relacionadas com alterações a longo prazo na inclinação do equador de Marte em relação ao plano da suaórbita. Pode também existir gelo escondido por baixo da superfície, a latitudes baixas. As mudanças sazonais nas calotes polares alteram a pressão atmosférica global em cerca de 25% (medida nos locais de aterragem das Viking).
Recentes observações com o Telescópio Espacial Hubble revelaram que as condições durante as missões Viking poderiam não ter sido as normais. A atmosfera de Marte parece agora ser mais fria e seca do que as anteriormente medidas pelas Vikings.
As sondas Viking fizeram experiências para determinar a existência de vida em Marte. Os resultados foram algo abstractos mas a maioria dos cientistas acredita agora que mostram nenhuma prova de vida em Marte (no entanto, ainda existe algum controvérsia). Os optimistas apontam que apenas duas pequenas amostras foram medidas e não dos locais mais favoráveis. Mais experiências irão ser feitas nas futuras missões a Marte.
Acredita-se que um pequeno número de meteoritos (os meteoritos SNC) são originários de Marte.

Figura 5 - Marte tem calotes polares tal como a Terra, que são constituídas por gelo, não água, mas dióxido de carbono.
Crédito: NASA




A 6 de Agosto de 1996, David McKay e seus colegas anunciaram a primeira identificação de um composto orgânico num meteorito marciano (ALH84001). Os autores sugeriam ainda que estes compostos, em conjunção com um número de outras características mineralógicas observadas na rocha, poderiam ser evidência de antigos microrganismos marcianos.
Por mais excitante que isto pareça, é importante notar que enquanto estas provas são fortes, de modo algum estabelecem de facto a existência de vida extraterrestre. Têm existido também alguns estudos contraditórios publicados depois da tese de McKay. "Pretensões extraordinárias requerem provas extraordinárias". Muito trabalho permanece ainda por fazer antes que estejamos confiantes deste achado extraordinário.
Existem uns grandes, mas não globais, fracos campos magnéticos em várias regiões de Marte. Esta descoberta inesperada foi feita a partir da Mars Global Surveyor apenas uns dias depois de ter entrado na órbita de Marte. Existem provavelmente restos de um campo global mais antigo, que já desapareceu. Isto pode ter implicações importantes para a estrutura interior de Marte e para a história da sua atmosfera, bem como para a possibilidade de vida.
Quando se encontra no céu nocturno, Marte é facilmente visível a olho nu. É um alvo difícil mas reconfortante para os astrónomos amadores, embora que seja por apenas três ou quatro meses durante cada ano marciano, quando se encontra mais próximo da Terra. O seu tamanho aparente e brilho varia muito de acordo com a sua posição relativa em relação à Terra

Figura 6 - A primeira identificação de um possível composto orgânico num meteorito marciano.
Crédito: NASA


Marte tem dois pequenos satélites que orbitam muito perto da superfície marciana.

Satélites de Marte


                                 
                GALERIA DE FOTOS

Figura 7 - Mapa com legenda das características da superfície de Marte. É o segundo planeta - a seguir à Terra - que recebeu a maior quantidade de visitantes robóticos. Actualmente, estão três sondas em órbita e dois rovers da NASA na superfície. Futuras missões estão previstas para os próximos anos.
Crédito: NASA; Enciclopédia do Espaço e do Universo; DK Multimedia
Figura 8 - O que atingiu Marte? A grande cratera Schiaparelli perto do centro da imagem da esquerda foi provavelmente provocada por uma colisão com um objecto do tamanho de um asteróide. Também evidente neste mosaico de Marte as numerosas crateras de muitos outros impactos com objectos mais pequenos ao longo de milhares de milhões de anos. No canto inferior direito, dióxido de carbono branco pode ser visto na bacia Hellas. O gelo forma-se devido às temperaturas, que podem descer até aos -140º C em Marte. Algumas regiões marcianas, no entanto, podem chegar aos 20º C - a temperatura ambiente de uma sala aqui na Terra.
Crédito: NASA, Viking, USGS
Figura 9 - Esta imagem foi adquirida pelo Telescópio Espacial Hubble aquando da aproximação máxima dos últimos 60,000 anos de Marte com a Terra em Agosto de 2003. É a visão mais detalhada do Planeta Vermelho jamais tirada da Terra. São visíveis na superfície algumas caracterísitcas, tais como: a calote polar Sul na parte de baixo, a circular cratera Huygens para a direita do centro, a bacia de impacto Hellas - a característica clara para baixo e para a direita do centro, terras-altas tão grandes quanto o planeta dominadas por crateras mais pequenas e áreas mais escuras dominadas relativamente por lisas terras-baixas.
Crédito: J. Bell (Univ. Cornell), M. Wolff (SSI), STScI, NASA
Figura 10 - As tempestades de areia em Marte podem durar meses. Na imagem temos duas fotos de Marte registadas pelo Hubble em que mostra um Marte calmo à esquerda e o resultado de uma poderosa tempestade dois meses depois. Note a ausência de quase todas as caracterísitcas da superfície.
Crédito: J. Bell (Cornell), M. Wolff (SSI), STScI/AURA, NASA
Figura 11 - Nevoeiro e tempestades de areia cobrem por vezes grande parte da superfície de Marte. Vulcões gigantes, tal como o Ascraeus Mons, a característica circular perto do topo central da imagem, estava rodeado por nuvens de água. Um pouco para sudoeste, Pavonis Mons e Arisa Mons também espreitavam para lá das nuvens. O terro rugoso no centro para baixo é Labyrinthus Noctis, um puzzle de desfiladeiros profundos com mais de 200 km de comprimento. Directamente para Sul, um grande nevoeiro cobre Syria Planum, um grande planalto. Este mosaico foi feito a partir de imagens registadas pela sonda Mars Global Surveyor, actualmente em órbita de Marte.
Crédito: MSSS, JPL, NASA
Figura 12 - O maior vulcão no Sistema Solar encontra-se em Marte.O Monte Olimpo mede 24 km em altura e 500 em comprimento. Por comparação, o maior vulcão da Terra, Mauna Loa no Hawaii, mede 9 km de altura e 120 em comprimento. Estes gigantescos vulcões podem existir em Marte devido à baixo gravidade e falta de movimento tectónico da superfície. Esta imagem foi registada pela sonda Mars Global Surveyor, a partir de uma altitude de 160 km.
Crédito: Projecto MGS, JPL, NASA
Figura 13 - Até Marte pode fazer uma cara alegre. A cratera marciana Galle tem características internas que fazem lembrar o símbolo do "smiley". Tais marcas foram originalmente descobertas no final dos anos 70 através de imagens tiradas pelo orbiter Viking. Um grande meteoro colidiu com a superfície de Marte e formou esta cratera. A imagem do lado foi registada pela sonda Mars Global Surveyor, actualmente em órbita.
Crédito: Malin Space Science Systems, MGS, NASA
Figura 14 - Na imagem, camadas após camadas estendem-se pelo chão de Candor Chasma Oeste, dentro do grande Vallis Marineris. Cobrindo uma área de 1.5 por 2.9 quilómetros, a totalidade da imagem (aumentar) da MGS mostra mais de 100 leitos individuais. Cada camada é lisa, dura o suficiente para criar rebordos a pico com 10 ou 11 metros de espessura. Na Terra, este tipo de sedimentos são formados após um longo tempo por grandes quantidades de água. Como tal, estes podem ter ser sido formados por antigos lares ou mares. No entanto, outros processos marcianos podem causar estas estruturas em cadas.
Crédito: Malin Space Science Systems, MGS, NASA
Figura 15 - As dunas em Marte podem parecer exóticas. Na realidade, são formadas pela complexa relação entre a superfície arenosa e os ventos a alta-velocidade. Estas dunas em particular estão localizadas na cratera Proctor, com 170 km de comprimento, vistas pela primeira vez pela sonda Mariner 9 há 30 anos atrás. Esta imagem foi tirada pela Mars Global Surveyor.
Crédito: Malin Space Science Systems, MGS, JPL, NASA
Figura 16 - Imagem a 3D registada a partir de dados enviados pela sonda Mars Express. Este satélite está actualmente a fotografar a superfície marciana por completo com uma resolução de 10 metros ou até mais, mapear a composição mineral até uma resolução de 100 metros e investigar a circulação global da atmosfera. Esta é parte da região de Vallis Marineris, o homólogo do Grande Canyon na Terra. Na realidade, Vallis Marineris é quatro vezes mais longo e cinco vezes mais profundo que o seu parceiro no Arizona. A imagem cobre aproximadamente uma área de 65 km.
Crédito: G. Neukum (FU Berlim), DLR, ESA
Figura 17 - Desfiladeiros profundos descem até aos terrenos rugosos de Mellas Chasma nesta vista espectacular da sonda Mars Express, actualmente em órbita de Marte. Numa escala de 16 metros por píxel, os dados indicam evidências de que actividade vulcânica, água, erosão do vento e sismos marcianos poderão ter formado a região. Melas Chasma situa-se no limite central a Sudeste do grande Vallis Marineris. Embora tenha mais de 4,000 quilómetros de comprimento e 10 de profundidade, a região na imagem estica-se por apenas 70 quilómetros. O chão de Melas Chasma visto aqui está vários quilómetros abaixo do planalto vizinho.
Crédito: G. Neukum (FU Berlim), DLR, ESA
Figura 18 - Em Marte, o pôr-do-Sol é cor-de-rosa. A cor é principalmente devida à ferrugem: o ferro oxidado do pó marciano circula pela atmosfera marciana. Imagem registada pela Pathfinder.
Crédito: Equipa IMP, JPL, NASA


Figura 19 - Estes dois panoramas a 360º mostram os horizontes dos dois rovers marcianos da NASA, Spirit e Opportunity (respectivamente). Aterraram em lados opostos do planeta, a Opportunity pouco tempo depois da Spirit, e continuam a operar há mais de dois anos (muito mais tempo que os 90 dias esperados).
Crédito: Mars Exploration Rover Mission, JPL, NASA
Figura 20 - Por todo o lado há rochas, no chão da cratera Gusev, local de aterragem do rover Spirit. Depois de revelar detalhes espectacules e sem precedentes de uma planície que se pensa que tenha sido um leito de um rio, esta imagem representa apenas uma pequena fracção dos dados que os cientistas recebem. O local de aterragem foi renomeado Columbia em honra dos astronautas que perderam a sua vida no acidente do vaivém Columbia.
Crédito: Mars Exploration Rover Mission, JPL, NASA
Figura 21 - O objectivo dos rovers Spirit e Opportunity é procurar vestígios de água e enviar imagens de cortar a respiração da superfície marciana. Na imagem, a Opportunity olha na direcção oposta do Sol e vê a cratera Endurance, além da sua própria sombra. Duas rodas são visíveis na parte de baixo, enquanto ao fundo se vê o chão e as paredes da cratera. A 2 de Março de 2004 os cientistas da missão revelaram que haviam encontradas fortes provas de que o seu local de aterragem, Meridiani Planum, foi outrora bastante molhado. Estas provas estão enterradas nas rochas, rochas que contêm certos minerais que apenas se podem formar em água. Pouco tempo depois, as mesmas provas eram encontradas no outro lado do planeta pela Spirit.
Mars Exploration Rover Mission, JPL, NASA
Figura 22 - Um dos objectivos extra do rover Spirit era dirigir-se aos Montes Columbia. A cor vermelha das rochas, montes e até do céu é causada pela persuasiva areia ferrugenta.
Crédito: Mars Exploration Rover Mission, JPL, NASA
Figura 23 - A Agosto de 2004 o rover Spirit alcança os já famosos Montes Columbia e captura esta visão inspiradora da paisagem marciana (planícies interiores e limites da cratera Gusev). Continua a encontrar provas da presença antepassada de água em Marte.
Crédito: Mars Exploration Rover Mission, JPL, NASA
Figura 24 - As majestosas paredes da cratera Endurance contêm camadas de pistas sobre o antepassado de Marte, material de estudo para o rover Opportunity, que lá passou em Novembro de 2004. Uma análise mais detalhadas destas camadas revelou composições ligeiramente diferentes bem como interessantes tendências nas composições relativas. Por exemplo, camadas mais profundas contêm similarmente quantidades cada vez menores de magnésio e enxofre, indicando uma razão comum para o seu declínio - possivelmente a dissolução em água.
Crédito: Mars Exploration Rover Mission, JPL, NASA
Figura 25 - O rover Opportunity teve a sorte dos deuses. Não só encontrou o primeiro meteorito a ser descoberto fora do nosso planeta, como o seu escudo de protecção, que largou ao aterrar. O objecto, com o tamanho de uma bola de basquetebol, é na sua maioria composto por ferro e níquel.
Crédito: Mars Exploration Rover Mission, JPL, NASA
Figura 26 - Metal quebrado e Marte queimado compõem o local de impacto do local de impacto do escudo de protecção da Opportunity. Este é um dos locais mais interessantes de pesquisa. À esquerda é visível o casco exterior cónico expelido pela Opportunity à medida que entrou em Marte em 2004. Mais à direita temos outro pedaços e também o local de impacto. Este local é relativamente interessante parcialmente devido à sua criação. O impacto expeliu material vermelho claro da sub-superfície, enquanto um material mais escuro parece dirigir-se para a maior quantidade dos detritos.
Crédito: Mars Exploration Rover Mission, JPL, NASA 
Figura 27 - A Mars Reconnaissance Orbiter foi das mais recentes missões a Marte, lançada a 12 de Agosto de 2005. Chegou a Marte no dia 10 de Março de 2006. A sua missão, entre Março de 2006 e Julho de 2008, foi o estudo de Marte a partir de órbita, fazendo medições a alta-resolução incluindo imagens com uma resolução de 20 a 30 cm, e para servir de estação de reenvio de dados a partir dos landers, tais como os rovers, a Phoenix e o rover Curiosity.
Crédito: JPL, NASA



DADOS OBSERVACIONAIS
Distância média da Terra
78.3x106 km
Brilho visual
-1.52m
CARACTERÍSTICAS ORBITAIS
Semi-eixo maior
227,936,637 km
1.52366231 UA
Circunferência orbital
1.429 Tm
(9.553 UA)
Excentricidade
0.09341233
Periélio
206,644,545 km
1.38133346 UA
Afélio
249,228,730 km
1.66599116 UA
Período orbital
686.9601 dias
(1.8808 anos) 
Período sinódico
779.96 dias
(2.135 anos)
Velocidade orbital média
24.077 km/s
Velocidade orbital máxima
26.499 km/s
Velocidade orbital mínima
21.972 km/s
Inclinação
1.85061º
(5.65º do equador do Sol)
Longitude do nodo ascendente
49.57854º
Argumento do periélio
286.46230º
Número de satélites
2
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
Diâmetro equatorial
6,804.9 km
(0.533 Terras)
Diâmetro polar
6,754.8 km
(0.531 Terras)
Área da superfície
1.448x108 km2
(0.284 Terras)
Volume
1.638x1011 km3
(0.151 Terras)
Massa
6.4185x1023 kg
(0.107 Terras)
Densidade Média
3.934 g/cm3
Gravidade equatorial
3.69 m/s2
(0.376 g)
Velocidade de escape
5.027 km/s
Período de rotação
1.025957 dias
(24.622962 horas)
Velocidade de rotação
868.22 km/h (equador)
Inclinação do eixo
25.19º
Ascensão recta do Pólo Norte
317.68143º
(21h 10 min 44 s)
Declinação
52.88650º
Albedo
0.15
Temperatura à superfície
miníma: 133 K
média: 210 K
máxima: 293 K
CARACTERÍSTICAS ATMOSFÉRICAS
Pressão atmosférica
0.7-0.9 kPa
Dióxido de carbono
95.32%
Nitrogénio
2.7%
Árgon
1.6%
Oxigénio
0.13%
Monóxido de carbono
0.07%
Vapor de água
0.03%
Óxido nítrico
0.01%
Néon
2.5 ppm
Kripton
300x10-3 ppm
Xénon
80x10-3 ppm
Ozono
30x10-3 ppm
Metano
10.5x10-3 ppm

DATAS IMPORTANTES
1965
A sonda Mariner 4 tira as primeiras fotografias em aproximação durante o seu "flyby" de Marte.
1969
Os voos rasantes da Mariner 6 7 resultam em imagens de alta-resolução da região equatorial e do hemisfério Sul.
1971
Mariner 9 torna-se no primeiro satélite a orbitar outro planeta.
1973
A sonda soviética Mars 3 e Mars 5 tentam pela primeira vez aterrar em Marte.
1976
As sondas americanas Viking 1 2 orbitam Marte. AViking Lander 1 providencia as primeiras provas da ciência da sua superfície.
1996
O famoso microfóssil é encontrado no meteorito marciano ALH84001.
1997
Mars Pathfinder aterra em Marte. O Sojourner Roverexplora a área Ares Vallis durante três meses.
1997- ?
Mars Global Surveyor mapeia a superfície de Marte a partir de órbita.
2004- ?
As sondas Spirit e Opportunity investigam a superfície de Marte, em busca de antigos vestígios de água e vida.
2006- ?
A Mars Reconnaissance Orbiter alcança a órbita de Marte.
2008
O lander Phoenix investiga a superfície de Marte e confirma a existência de água gelada.
2012
O rover Curiosity aterra em Marte e começa o estudo do planeta.


Veja alguns documentários


O Universo 6ª Temporada - Pouso Forçado em Marte - History Channel 



O Universo-Marte A Nova Evidência


O Universo - Marte O Planeta Vermelho