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1 de jan. de 2011

Brasil de cara nova!... Dilma Presidente!



Palácio do Planalto
 
Dilma Rousseff e Michel Temer são empossados presidente e vice

Os dois leram o compromisso constitucional e assinaram termo de posse.
Dilma Rousseff é a primeira mulher eleita presidente no Brasil.

A presidente Dilma Rousseff (PT) e o vice-presidente Michel Temer (PMDB) tomaram posse dos cargos no Congresso Nacional na tarde deste sábado (1º). Eleita em outubro, no segundo turno, ela é a primeira mulher a assumir a Presidência da República e vai suceder o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dilma chegou às 14h40 ao Congresso no Rolls Royce presidencial. Devido à chuva, ela entrou pela Chapelaria, em vez de subir a rampa. Foi recebida pelos presidentes do Senado e do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS).

Conforme determina a Constituição, leu o compromisso de “manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”. Depois, o vice Michel Temer (PMDB-SP) fez o mesmo.

Dilma deixa a Granja do Torto para dar início à cerimônia de posse Pela manhã, Dilma recebe assessores, maquiadora e ganha flores Em seguida, José Sarney declarou Dilma e Temer oficialmente empossados e determinou a execução do Hino Nacional pela Banda de Fuzileiros Navais.

Após a leitura do termo de posse pelo deputado Odair Cunha (PT-MG), terceiro secretário da Câmara, Dilma e Temer assinaram o documento. Logo em seguida, Dilma começou seu primeiro discurso, já como presidente do Brasil.


Dilma é empossada presidente
Lula passa a faixa a Dilma
 Ela recebeu a faixa presidencial de Lula, que retornou para São Bernardo. Último compromisso de Dilma neste sábado é um coquetel no Itamaraty.
Dilma Rousseff  foi empossada neste sábado (1º) como presidente da República. Nos dois discursos que proferiu - no Congresso Nacional e no Parlatório do Palácio do Planalto - a nova presidente reafirmou o compromisso de combater a miséria e erradicar a pobreza.

Segundo ela, a luta "mais obstinada" do novo governo será "a erradicação da pobreza extrema e a criação de oportunidades para todos".

No primeiro discurso, que durou 40 minutos, Dilma reafirmou a defesa da liberdade de culto e de imprensa, disse que a corrupção "será combatida permanentemente" e que estende a mão aos partidos de oposição.

"A partir deste momento, sou a presidente de todos os brasileiros", declarou. Dilma prometeu ainda melhorias nas áreas de saúde, educação e segurança.

Para dar longevidade ao atual ciclo de crescimento, Dilma afirmou que " é preciso garantir a estabilidade, especialmente a estabilidade de preços, e seguir eliminando as travas que ainda inibem o dinamismo da nossa economia, facilitando a produção e estimulando a capacidade empreendedora de nosso povo".

Ela defendeu uma  máquina administrativa mais eficiente e medidas para racionalizar o sistema tributário.

"É, portanto, inadiável a implementação de um conjunto de medidas que modernize o sistema tributário, orientado pelo princípio da simplificação e da racionalidade. O uso intensivo da tecnologia da informação deve estar a serviço de um sistema de progressiva eficiência e elevado respeito ao contribuinte", afirmou.

Dilma lembrou os tempos da juventude, quando combateu a ditadura militar e foi presa e torturada.

"Queria dizer a vocês que eu dediquei toda a minha vida à causa do Brasil. Entreguei, como muitos aqui presentes, minha juventude ao sonho de um país justo e democrático. Suportei as adversidades mais extremas infligidas a todos que ousamos enfrentar o arbítrio. Não tenho qualquer arrependimento, tampouco não tenho ressentimento ou rancor. Muitos da minha geração, que tombaram pelo caminho, não podem compartilhar a alegria deste momento. Divido com eles esta conquista, e rendo-lhes minha homenagem", disse.

No discurso, a presidente reafirmou seu compromisso com os valores democráticos. "Prefiro o barulho da imprensa livre ao silêncio das ditaduras. Quem, como eu e tantos outros da minha geração, lutamos contra o arbítrio, a censura e a ditadura, somos naturalmente amantes da mais plena democracia e da defesa intransigente dos direitos humanos".

No discurso no Parlatório, Dilma agradeceu a "oportunidade que a história me deu de ser a primeira mulher a governar o Brasil".

Ela também prestou homenagem ao ex-presidente Lula. "Conviver todos estes anos com o presidente Lula me deu a dimensão do governante justo e do líder apaixonado por seu país e por sua gente. A alegria que sinto pela minha posse como presidenta se mistura com a emoção da sua despedida".

Dilma afirmou que apesar das conquistas obtidas no governo Lula ainda há muito por ser feito.

"Já fizemos muito nos últimos oito anos, mas ainda há muito por fazer. E foi por acreditar que nós podemos fazer mais e melhor que o povo brasileiro nos trouxe até este momento. Agora é hora de trabalho. Agora é hora de união. União de todos nós pela educação das crianças e dos jovens. União pela saúde de qualidade para todos. União pela segurança de nossas comunidades. União para o Brasil continuar crescendo, gerando empregos", declarou.



Lula se despede na Base Aérea de Brasília
Ex-presidente Lula
O avião presidencial com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-primeira-dama Marisa Letícia decolou às 18h50 de Brasília em direção a São Paulo.
Lula e Marisa subiram a escada do avião às 18h18 sob aplausos de cerca de 80 pessoas, entre amigos, ex-ministros e familiares, na Base Aérea de Brasília.

Antes de o avião partir, Lula foi à cabine do avião e acenou. Nesse momento, o público correu até a grade que isola a pista de pouso e gritou "Lula, guerreiro do povo brasileiro".

O ex-presidente foi recebido na Base Aérea com honras militares e distribuiu abraços durante todo o trecho que percorreu a pé até o avião.

Assim que chegou ao hangar, Lula caminhou até o público, que estava isolado por uma faixa, e foi cumprimentar as pessoas ao som da música "Amigos para sempre".

Ex-ministros, como Miguel Jorge e Hélio Costa, também acompanharam o ex-presidente. Em seguida, a banda da Base Aérea tocou a música "Tema da vitória", conhecida por ter sido executada nas vitórias do piloto Ayrton Senna.]

Lula e dona Marisa cumprimentaram oficiais que estavam na Base Aérea, e a ex-primeira-dama recebeu um buquê de flores de um grupo de mulheres.

Depois de cumprimentar os oficiais, ele caminhou mais uma vez até o público, puxou do colo do pai um menino para beijá-lo e fez fotos aos gritos de "Lula".


Lula quebra o protocolo e vai ao encontro do público

Antes de embarcar para São Paulo, uma surpresa. O ex-presidente se reuniu ainda com um grupo de convidados e fez fotos ao lado deles quando a banda executava o hino do Corinthians, time do qual Lula é torcedor.

O ex-chefe do gabinete adjunto da Presidência, Swedenberger Barbosa, levou o filho Igor, de oito anos, para o hangar da Base Aérea do Exército do Aeroporto Juscelino Kubitschek para se despedir do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e se emocionou.

“Sou tão chorão quanto o presidente, se não for mais”, disse. O hangar ganhou um quadro com uma foto de Lula e da ex-primeira-dama Marisa Letícia com a frase "obrigado Lula".

Palácio
Antes de partir para a Base Aérea, ao se despedir de Dilma Rousseff, Lula quebrou o protocolo.

Lula no meio do povo
Atravessou a rua em frente ao Palácio do Planalto e abraçou populares e militantes petistas, antes de entrar no carro. Dilma se virou e subiu a rampa.

Após entregar a faixa presidencial, Lula ouviu o Hino Nacional ao lado de Dilma. A primeira-dama Dona Marisa ficou emocionada e por diversas vezes enxugou as lágrimas, Em alguns momentos, Lula olhou e confortou a mulher.

O ex-presidente transmitiu a faixa presidencial à presidente Dilma Rousseff às 16h45. Em seguida, os dois deram as mãos em um gesto de cumprimento ao público que se aglomera na Praça dos Três Poderes para ver a cerimônia.

Dilma ao chegar ao Itamaraty para recepção a delegações estrangeiras

No último evento da posse, a presidente Dilma Rousseff recebe chefes de Estado e de delegações estrangeiras no Palácio do Itamaraty. O evento começou com cerca de meia hora de atraso –estava previsto para ter início às 18h30.

Dilma foi para o coquetel após dar posse aos ministros no Palácio do Planalto. Ela seguiu no Rolls Royce presidencial ao lado da filha, Paula. Uma parte do trajeto entre o Palácio do Planalto e o Itamaraty foi feita com a capota do veículo abaixada, devido a uma chuva fraca.

Dilma chegou ao Itamaraty às 18h55. Ela foi recebida pelo ministro Antônio Patriota, escolhido por ela para substituir o chanceler Celso Amorim no comando da diplomacia brasileira.

O Ministério das Relações Exteriores emitiu 2.200 convites para o coquetel, extensivos a familiares. A previsão era de que cerca de 4 mil pessoas participasse da celebração.

Até a noite de sexta-feira (31), 139 representantes de delegações estrangeiras, entre chefes de Estado, primeiros-ministros, presidentes de parlamentos e embaixadores confirmaram presença na posse. O número inclui representantes de organismos internacionais, como Unesco e União Europeia.

Entre os presidentes de países presentes estavam os da Colômbia, El Salvador, Peru, Uruguai, Venezuela, Guatemala, Chile, Bolívia, Palestina, Paraguai e Suriname.

Em site do Planalto, Dilma apresenta as 13 diretrizes de seu governo
Presidente eleita promete erradicar a pobreza e fortalecer a democracia.
Ela pretende ainda defender o meio ambiente e melhorar a educação.
Presidente e ex-presidente
 A presidente, Dilma Rousseff, divulgou neste sábado (1º), no site da Presidência da República, as 13 diretrizes de seu governo. No primeiro ponto, ela prometeu "expandir e fortalecer a democracia política, econômica e socialmente".

Nos demais pontos, ela promete  implementar um projeto nacional de desenvolvimento, defender o meio ambiente, erradicar a pobreza absoluta e prosseguir reduzindo as desigualdades sociais.

O site da Presidência, que chama Dilma de presidenta, traz fotos, biografia e agenda da presidente eleita, além das diretrizes de governo. Veja na tabela abaixo as 13 diretrizes do governo Dilma.

Diretrizes de governo

1. Expandir e fortalecer a democracia política, econômica e socialmente.
2. Crescer mais, com expansão do emprego e da renda, com equilíbrio macroeconômico, sem vulnerabilidade externa e desigualdades regionais.
3. Dar seguimento a um projeto nacional de desenvolvimento que assegure grande e sustentável transformação produtiva do Brasil.
4. Defender o meio ambiente e garantir um desenvolvimento sustentável.
5. Erradicar a pobreza absoluta e prosseguir reduzindo as desigualdades. Promover a igualdade, com garantia de futuro para os setores discriminados na sociedade.
6. O Governo de Dilma será de todos os brasileiros e brasileiras e dará atenção especial aos trabalhadores.
7. Garantir educação para igualdade social, a cidadania e o desenvolvimento.
8. Transformar o Brasil em potência científica e tecnológica.
9. Universalizar a Saúde e garantir a qualidade do atendimento do SUS.
10. Prover as cidades de habitação, saneamento, transporte e vida digna e segura para os brasileiros.
11. Valorizar a cultura nacional, dialogar com outras culturas, democratizar os bens culturais e favorecer a democratização da comunicação.
12. Garantir a segurança dos cidadãos e combater o crime organizado
13. Defender a soberania nacional. Por uma presença ativa e altiva do Brasil no mundo.
No primeiro ponto das diretrizes, Dilma afirma que "o fortalecimento da democracia política será consolidado por meio da continuidade da reforma do Estado; pela preservação da autonomia dos poderes constituídos; irrestrita liberdade de imprensa e de expressão da liberdade religiosa; aprofundamento do respeito aos Direitos Humanos e incentivo à participação popular para que haja uma reforma política que fortaleça as instituições".

Na área econômica, Dilma promete mais crescimento, com expansão do emprego e da renda e equilíbrio macroeconômico, sem vulnerabilidade externa e desigualdades regionais. "As políticas que mantiveram e expandiram os níveis de crescimento alcançados nos últimos anos serão mantidas por meio da ampliação de investimentos, poupança e conquistas sociais".
É daqui, Brasília, que a presidente Dilma tomará suas decisões

Dilma recebe cumprimentos de chefes de Estado no Planalto

O primeiro a falar com Dilma foi o presidente da Colômbia.
A presidente e Hillary Clinton conversaram por cerca de um minuto.

A presidente Dilma Rousseff recebeu neste sábado (1°), no Palácio do Planalto, cumprimentos dos chefes de Estado e autoridades convidados para a cerimônia de posse.

Dilma recebe chefes de Estado e autoridades no Palácio do Planalto. A presidente Dilma Rousseff recebeu os cumprimentos do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton. A presidente e Hillary conversaram por cerca de um minuto durante os cumprimentos. O primeiro chefe de Estado a falar com Dilma foi o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.

Também cumprimentaram Dilma os presidentes de El Salvador, Peru, Uruguai, Guatemala, Chile, Bolívia, Paraguai, Suriname, Guiné-Bissau e República da Guiné.

Dilma recebeu ainda os cumprimentos de chefes de governo de Portugal, Senegal, Coreia do Sul, Qatar, Bulgária, Haiti, Marrocos, Sri Lanka, São Tomé e Príncipe, Jamaica e Japão. O príncipe de Astúrias, Felipe de Bourbon, representou a Espanha na cerimônia.

Hillary Clinton e Hugo Chavez
Durante a cerimônia, os chefes de estado conversaram e trocaram cumprimentos. Entre eles, estavam a secretaria de Estado americana, Hillary Clinton, e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

A secretária de Estados dos Estados Unidos, Hillary Clinton, e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, se cumprimentam durante a posse de Dilma.



Dilma oferece 'mãos estendidas' para opositores na campanha eleitoral

Ela fez pronunciamento à Nação no parlatório do Palácio do Planalto.
'Não se pode trocar um aperto de mão com os punhos fechados', disse.

Em discurso para a multidão concentrada em frente ao Palácio do Planalto, do parlatório do palácio, a presidente Dilma Rousseff, afirmou que não se pode "trocar um aperto de mão de punhos fechados" e ofereceu as mãos "estendidas" para os que não foram aliados na campanha eleitoral.

"Eu governarei para todos os brasileiros e todas as brasileiras. Uma mulher, uma importante líder indiana, disse um dia que não se pode trocar um aperto de mão com os punhos fechados. Pois digo que minhas mãos estarão sempre estendida para todos, até para aqueles que não nos acompanharam neste processo eleitoral", declarou.

A presidente disse não carregar "ressentimento ou rancor". Pagamos o preço da nossa ousadia ajudando, entre outros, o país chegar até aqui.

A presidente Dilma Rousseff faz discurso no parlatório do Palácio do Planalto. Ela pediu união e disse que aceitará as eventuais críticas. "Acredito e trabalharei para que sejamos todos unidos nas mudanças necessárias na saúde e na educação e sobretudo na luta para acabar com a pobreza. Buscarei apoio e respeitarei a crítica", declarou.

Segundo a presidente eleita, ela pretende trabalhar para criar oportunidades para os jovens. "Meu sonho é o mesmo sonho de qualquer cidadão, o sonho de que uma mãe e um pai possam oferecer oportunidades melhores do que eles tiveram, Esse é o sonho que constrói o país, uma nação", disse.


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Lula se despede acenando à multidão