A história de Matheus é uma tragédia anunciada. Uma criança que ainda nem deve saber ler/escrever, mas já está doutrinada coercitivamente por pais que acham estarem fazendo o melhor para seu filho. Claro que, além de ensinar a rezar e pedir algo a um deus, a religião de Matheus também prega que este mesmo deus pune severamente seus próprios filhos que desviam do caminho que ele julga ser o melhor.
No vídeo vemos uma criança atormentada, desesperada com uma possível punição divina por ter matado um passarinho, ainda que o tenha feito sem intenção (se é que foi culpa dele de alguma forma). Então, eu perguntaria para os pais deste coitado: “Você realmente acha que a religião está fazendo bem para sua criança?”.
Certamente, estes pais acharão graça da reação exagerada do filho e dirão que, ainda assim, a educação religiosa lhe fez bem, pois, ele entendeu o valor de uma vida e se arrependeu (até demais) de ter tirado a vida de outro ser. Curado desta miopia que vem de brinde com a doutrinação religiosa, posso antever um garoto obcecado por sua fé e problemático em certo grau.
Quais as chances de um garoto nascido e criado numa rígida família cristã se tornar um dos 56% dos evangélicos brasileiros que fazem sexo antes do casamento ou daqueles 25% absurdamente hipócritas que já traíram a esposa? Dadas as porcentagens, vemos que as chances são muitas.
Mas há consequências mais graves desta religiosidade rígida sobre as quais muitos pais incautos (ou ignorantes) nem sempre estão atentos. Vamos imaginar uma garotinha jovem e religiosa. Ela ouve tudo e todos falando sobre o fim dos tempos e da tormenta eterna a qual um (bondoso?) deus condenará todos aqueles julgados como pecadores. Eis que ela decide escrever em seu diário:
“As baleias estão tentando encalhar-se e os pássaros estão morrendo – é só o começo do fim. (...) Nós não somos as pessoas justas, somente eles irão ir para o céu, e os outros ficarão aqui na Terra para passar por terríveis sofrimentos. Eu não quero morrer como os outros. Por isso é que eu vou morrer agora.”
Sim. Foi exatamente isso o que ela fez. Graças à previsão de Harold Camping, Nastya Zachinova, que vivia na República de Mari El na Rússia Central, acreditou que o fim do mundo seria no dia 21 de maio e se enforcou. E se Matheus, o pobre garoto do vídeo, tivesse dado o mesmo fim a si mesmo, na certeza de que isso talvez “aliviasse” seu pecado?
Eu entendo que os pais querem educar seus filhos para serem boas pessoas e usam a religião como uma das ferramentas para isso. Mas será que não seria o bastante ensinar apenas questões éticas e morais? Daquelas que toda pessoa sensata conhece o mínimo? Um “obrigado”, um “por favor”, um “licença”, o respeito às outras pessoas, etc? Claro que é possível! Contudo, neste cenário sem deus, vai que seu filho cresce e vira um ateu... aí, nem toda a moral e ética do mundo o tornariam uma boa pessoa, não é mesmo? Então, vale o risco para evangelizar desde o berço nossos amados filhos.
No vídeo vemos uma criança atormentada, desesperada com uma possível punição divina por ter matado um passarinho, ainda que o tenha feito sem intenção (se é que foi culpa dele de alguma forma). Então, eu perguntaria para os pais deste coitado: “Você realmente acha que a religião está fazendo bem para sua criança?”.
Certamente, estes pais acharão graça da reação exagerada do filho e dirão que, ainda assim, a educação religiosa lhe fez bem, pois, ele entendeu o valor de uma vida e se arrependeu (até demais) de ter tirado a vida de outro ser. Curado desta miopia que vem de brinde com a doutrinação religiosa, posso antever um garoto obcecado por sua fé e problemático em certo grau.
Quais as chances de um garoto nascido e criado numa rígida família cristã se tornar um dos 56% dos evangélicos brasileiros que fazem sexo antes do casamento ou daqueles 25% absurdamente hipócritas que já traíram a esposa? Dadas as porcentagens, vemos que as chances são muitas.
Mas há consequências mais graves desta religiosidade rígida sobre as quais muitos pais incautos (ou ignorantes) nem sempre estão atentos. Vamos imaginar uma garotinha jovem e religiosa. Ela ouve tudo e todos falando sobre o fim dos tempos e da tormenta eterna a qual um (bondoso?) deus condenará todos aqueles julgados como pecadores. Eis que ela decide escrever em seu diário:
“As baleias estão tentando encalhar-se e os pássaros estão morrendo – é só o começo do fim. (...) Nós não somos as pessoas justas, somente eles irão ir para o céu, e os outros ficarão aqui na Terra para passar por terríveis sofrimentos. Eu não quero morrer como os outros. Por isso é que eu vou morrer agora.”
Sim. Foi exatamente isso o que ela fez. Graças à previsão de Harold Camping, Nastya Zachinova, que vivia na República de Mari El na Rússia Central, acreditou que o fim do mundo seria no dia 21 de maio e se enforcou. E se Matheus, o pobre garoto do vídeo, tivesse dado o mesmo fim a si mesmo, na certeza de que isso talvez “aliviasse” seu pecado?
Eu entendo que os pais querem educar seus filhos para serem boas pessoas e usam a religião como uma das ferramentas para isso. Mas será que não seria o bastante ensinar apenas questões éticas e morais? Daquelas que toda pessoa sensata conhece o mínimo? Um “obrigado”, um “por favor”, um “licença”, o respeito às outras pessoas, etc? Claro que é possível! Contudo, neste cenário sem deus, vai que seu filho cresce e vira um ateu... aí, nem toda a moral e ética do mundo o tornariam uma boa pessoa, não é mesmo? Então, vale o risco para evangelizar desde o berço nossos amados filhos.