Antônio Vilas-Boas
Antônio
Vilas-Boas era filho de Jerônimo Pedro Vilas-Boas (1887–1963) e Enésia
Cândida de Oliveira (1897–1963), fazendeiros em São Francisco de Sales,
Minas Gerais. O casal teve ao todo dez descendentes, quatro homens e
seis mulheres.
Para lavrar a terra, a família
Vilas-Boas usava um trator com o qual trabalhavam em dois turnos, um
diurno e outro noturno. De dia trabalhavam os empregados da fazenda, e à
noite, por sua vez, o próprio Antônio, sozinho ou acompanhado dos seus
irmãos e cunhados.
Fenômenos ovniológicos antes da abdução
Em 14 de outubro houve um segundo
incidente que ocorreu por volta de 21h30 ou 22 horas. Naquela ocasião,
Antônio trabalhava com o trator em companhia de outro irmão (José,
provavelmente). Subitamente eles avistaram uma luz muito clara,
penetrante, a ponto de fazer doer as suas vistas. A luz era grande e
redonda, como uma roda de carroça, e estava na ponta norte do campo. Era
de um vermelho claro e iluminava uma grande área. Ao observarem melhor,
distinguiram alguma coisa dentro da luz, mas não conseguiram precisar o
que era, pois as suas vistas ficavam totalmente ofuscadas. Curioso,
Antônio começou a correr atrás da luz, que por sua vez começou a fugir
dele. Finalmente desistiu da empreitada e voltou para junto do irmão.
Por uns poucos minutos, a luz ficou imóvel, à distância; ela parecia
emitir raios intermitentes, em todas as direções. Em seguida desapareceu
tão repentinamente que deu a impressão de ter simplesmente se apagado.
A abdução
Na
madrugada de 16 de outubro de 1957, Antônio arava a terra sozinho com o
trator quando foi surpreendido por uma luz vermelha. A luz se
aproximou, aumentando progressivamente de tamanho. Tratava-se de um
objeto oval e brilhante, que ficou estático a uns 50 metros da cabeça do
agricultor, pairando. Antônio ficou paralisado de medo. Após uns 2
minutos, o objeto desceu e pousou a uns 15 metros de distância do
agricultor. Foi quando ele pôde distinguir nitidamente os contornos da
máquina: era parecida com um ovo alongado, apresentando três picos
metálicos, de ponta fina e base larga, disposto um ao lado do outro. Em
cima da nave algo girava a alta velocidade e emitia uma luz vermelha
fluorescente.
De
repente, a parte debaixo do objeto se abriu e deixou sair três suportes
metálicos. Antonio concluiu tratar-se do trem de pouso da nave.
Percebendo que algo iminente iria acontecer com ele, resolveu fugir no
trator, mas após avançar alguns metros com o veículo, o motor parou e os
faróis se apagaram. Tentou ainda dar a partida, mas o motor não pegou
mais. Antônio pulou do trator e começou a correr, porém um ser que mal
chegava a altura dos seus ombros agarrou-o pelo braço. Desesperado,
Antônio aplicou-lhe um golpe que o fez perder o equilíbrio, largar o seu
braço e cair para trás. Novamente tentou correr, quando três outros
seres instantaneamente o agarraram pelos braços e pernas e o ergueram do
solo. Embora dominado, Antônio ofereceu resistência, mas os alienígenas
conseguiram por fim fazê-lo subir por uma escada flexível e bambeante
para o interior da nave.
No OVNI, Antônio foi
completamente despido, a despeito dos seus esforços contrários. Um
líquido oleoso, mas que não deixava a pele engordurada, foi passado em
seu corpo com uma espécie de esponja. Em outra sala, dois seres se
aproximaram com um tipo de cálice, do qual saíam dois tubos flexíveis.
Eles colocaram a extremidade de um dos tubos no “cálice”; a outra ponta
possuía uma peça de embocadura parecida com uma ventosa, que eles
enfiaram no queixo de Vilas-Boas. O agricultor não sentiu dor, apenas a
sensação de que a pele estava sendo sugada. Seu sangue escorreu pelo
tubo e se depositou no cálice, que encheu até a metade. O tubo foi então
retirado. O outro tubo, que ainda não havia sido usado, foi colocado do
outro lado do queixo, de onde se coletou mais sangue, até completar o
vasilhame. A pele de Antônio ficou ardendo e coçando no lugar da
sangria.
Deixado sozinho numa sala que exalava
uma fumaça de cheiro desagradável e sufocante, que lhe provocou vômitos,
Antonio esperou por um longo tempo até que, para seu espanto, surgiu
uma mulher inteiramente nua. Seus cabelos eram macios e louros, quase
cor de platina - como que esbranquiçados - e lhe caíam na nuca, com as
pontas viradas para dentro. Usava o cabelo repartido ao meio e tinha
grandes olhos azuis, amendoados. Segundo Antônio, a alienígena era
baixa, mas belíssima. O que mais lhe chamou a atenção foi o fato dela
ter os pêlos das axilas e do púbis vermelhos.
Essa
alienígena se aproximou de Antônio em silêncio, não deixando dúvidas
acerca de suas intenções. Ela abraçou Antônio e começou a esfregar seu
rosto e corpo contra o dele. A porta se fechou e Antônio ficou a sós com
a alienígena, com quem acabou tendo várias relações sexuais.
Por
fim, aparentando estar cansada, a alienígena passou a rejeitar Antônio.
Antes de sair da sala, ela virou-se para ele e apontou, primeiro, para
sua barriga, depois, com uma espécie de sorriso, para o próprio Antônio
e, por último, para o alto - como se quisesse dizer que ele iria ser pai
de um ser que nasceria entre as estrelas.
Logo
em seguida um dos alienígenas voltou com a roupa de Antônio, que se
vestiu imediatamente. Segundo Antônio, os alienígenas usavam macacões
colantes, de um tecido bem grosso, cinzento, muito macio e, em alguns
pontos, colado com tiras pretas. Cobrindo a cabeça e o pescoço, usavam
um capacete da mesma cor, mas de material mais consistente e reforçado
atrás, com estreitas tiras de metal. Este capacete cobria a cabeça toda,
deixando à mostra somente os olhos, protegidos por um par de óculos
redondos.
Fim da abdução
Antônio
foi então levado para fora da nave. Antes, tentou ainda pegar um objeto
para provar a história, mas os aliens perceberam e tomaram o objeto de
volta. Por fim, a nave decolou verticalmente e sumiu em poucos minutos.
Antônio calculou ter ficado no interior do óvni de 1h15min às 5h30min da
madrugada – portanto, mais de quatro horas.
Análise do caso
Poucas
são as provas da abdução de Antônio Vilas-Boas. Na época não foram
feitas fotografias das marcas que o trem de pouso da nave espacial teria
deixado. Em 1978 a fazenda da família Vilas-Boas sofreu uma inundação,
destruindo toda e qualquer evidência disso. Pesa ainda contra o
depoimento de Antônio o fato da sua história ter sido divulgada pelo
jornalista João Martins, da revista O Cruzeiro, que foi protagonista de
outro caso ufológico, o Caso da Barra da Tijuca, de 1952,
comprovadamente uma fraude.
As maiores
evidências do Caso Vilas-Boas são as marcas que Antônio apresentou no
corpo, que teriam sido causadas pelos experimentos que os
extraterrestres teriam feito com ele, e os sintomas que passou a sofrer,
semelhantes ao de alguém que tivesse sido exposto a uma radiação
moderada. Mas quando Antônio morreu, em 17 de janeiro de 1991,
aos 56 anos, o atestado de óbito emitido pelo Cartório de Registro Civil
de Uberaba (Minas Gerais), apontou como causa mortis “hemorragia subaracnóidea, aneurisma da artéria basilar e hipertensão arterial.”