Nestes  tempos de facilidades universais, de materialismo, consumismo  desenfreado, da ideologia dominante do “O mundo é meu negócio”, exemplos  de vida de pessoas como Madre Tereza mostra que a sociedade precisa de  mais do que o pão.
Doar coisas torna-se até sintomático, um  ato gerado de uma moda, ou de uma dica da auto-ajuda, um ato gerado sem a  motivação do amor, apenas uma automedicação espiritual.
No entanto, amar é para quem insiste em  aprender este sentimento porque quer vivê-lo. Depois de educado no amor a  nossa perspectiva de mundo muda, e mudando a visão, muda tudo.
Madre Tereza gostava de dizer: “Em cada  pessoa eu vejo Cristo. E porque Cristo é sempre o único para mim a  qualquer momento – Cristo é aquele que fica em frente a mim, precisando  da minha ajuda”. E Cristo afirmava “Na medida em que você faz isso a um  destes meus pequeninos, a mim o fizestes.”
Madre Teresa – no mundo Agnes Gonzha  Boyakshu – nasceu em 1910 na Albânia, numa família bastante rica. A  Família Boyakshu era católica – estava em minoria entre os muçulmanos  albaneses e sérvios ortodoxos.
O grande momento para uma vida que se  entregaria aos pobres foi um episódio dramático. Madre Teresa, num  determinado encontro, viu coberta de chagas, apodrecendo viva e incapaz  de se mexer, uma mulher que estava em um carrinho de mão num hospital ao  lado do seu filho… e ela ficou lá na entrada. Madre Teresa teve vontade  de intervir, mas não podia: “Eu não poderia estar junto dela, tocá-la.  Eu fugi. E nessa fuga comecei a pedir: ” Quero um coração cheio de amor,  pureza e humildade que eu possa aceitar a Cristo, tocá-lo, o amor de  Cristo, nas ruínas do corpo. Depois que eu voltei com ela, lavei-a e  ajudei-a a morrer com um sorriso. Esse foi o meu sinal. “
Depois desse evento, sentindo-se presa,  Madre Teresa escreveu uma carta pessoalmente ao papa pedindo para deixar  o mosteiro. Em 1948, aos 38 anos de idade, com um vestido comprado no  mercado barato, deixou seu curso, o mosteiro, sua família e desapareceu  em uma das piores favelas de Calcutá. Nunca mais voltou.
O alcance da misericórdia dessa mulher  neste dia gerou uma corrente de Caridade com cerca de 300.000 membros em  80 países – uma rede global de orfanatos, abrigos, hospitais colônia de  leprosos, e em Calcutá, em um centro de reabilitação para hanseníase, e  uma infinidade de seguidoras que abraçaram sua causa.
Madre Teresa morreu em 1997. Escreveu: “Eu  senti que o Senhor estava esperando para que eu voluntariamente  desistisse de uma vida tranqüila na minha ordem e saísse às ruas para  servir aos pobres. Foram instruções simples e claras: eu tive que deixar  as paredes do mosteiro para viver entre os pobres. E não apenas os  pobres. Ele me chamou para servir os desesperados, os mais pobres em  Calcutá – aqueles que não têm nada nem ninguém, e perto dos quais  ninguém quer chegar, porque eles são contagiosos, sujos, eles estão  cheios de parasitas, de modo que não pode nem mesmo ir mendigar, porque  eles estão nus, não têm mesmo panos para cobrir o corpo, não podem comer  por causa do cansaço. Eles não choram mais, porque não têm lágrimas.  Jesus me mostrou essas pessoas durante minha vida, e ele queria que eu  as amasse. Deus precisava de minha pobreza, da minha fraqueza, da minha  vida, a fim de demonstrar seu amor aos pobres“.
Nas pessoas mais carentes de Calcutá, eu  amava Jesus. Aqui não há tempo para ficar entediada, para reclamar da  vida. Eu tenho vivido e confiando totalmente na vontade de Deus. Eu  senti cada minuto da sua presença, ele se envolveu direto na minha vida.
Pouco antes de sua morte, um repórter perguntou-lhe: “Você tem medo da morte?”. Madre Teresa respondeu:
“Não, absolutamente não tenho medo.  Eu vou voltar para casa. Você tem medo de voltar para casa com seus  entes queridos? Estou ansiosa pela morte, porque depois que eu conheci  Jesus e todo aquele povo durante minha vida terrena Vai ser um encontro  maravilhoso, não é?”.
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