Quem foi o
Buda?
O Buda histórico nasceu no norte
da Índia no VIº século a.c. e recebeu o nome de Siddharta, Aquele Que Satisfaz
Todos os Desejos. Seu pai, o Rei Sudodana, era o regente dos Shakyas e era
casado com a rainha Maya.
Estudos astrológicos feitos
quando Siddharta era ainda um recém-nascido previam que este ou seria um grande
imperador ou escolheria a vida de um sábio asceta, que beneficiaria o mundo. O pai,
determinado a que o filho fosse o seu sucessor no trono, cercou-o com uma vida
de riquezas e prazeres; nunca permitindo que este deixasse o palácio e
satisfazendo todos seus desejos. Deste modo, Siddharta cresceu cercado de pessoas
jovens e saudáveis, casando-se, aos dezasseis anos, com Yasodara, uma bonita
princesa.
Rompendo o
casulo
Inspirado por vários eventos,
Siddharta, insistiu em conhecer a realidade para além dos muros, a vida fora do
palácio. Ao que o Rei acedeu, mas não sem antes dar instruções muito
criteriosas e específicas sobre o que príncipe deveria ver. Que este visse
somente o lado “bom” e “dourado” da vida, as coisas belas. Apesar da cuidadosa
estratégia, o Infante, viria a vislumbrar, pela primeira vez, o sofrimento e as
dores da realidade humana.
Depois disso nada o pode parar,
saiu furtivamente do palácio várias vezes e, em cada uma das incursões,
deparou-se com a doença, a velhice e com um cadáver, a crua prova da morte. O
confronto com a vulnerabilidade humana deixou-o abalado e chocado. Siddharta,
agora, estava determinado: haveria de encontrar a completa cessação
do sofrimento, a liberdade genuína.
A Libertação
de Siddharta, o Acordar do Buda
Com 29 anos, Siddharta,
abandonava a vida palaciana e a perspectiva do trono monárquico. Tornar-se-ia
um asceta em busca da verdadeira liberdade e realização. Durante seis anos,
dedicou-se a uma vida de austeridade e seguiu os maiores mestres da Índia de
então; estudando e saboreando a experiência vivencial os seus métodos. Apesar
da sua tamanha inteligência, diligência e dedicação, louvado pelos seus
mestres, não encontrou a resposta para alcançar a plena libertação
do sofrimento.
Rumou então para Gaya, um
vilarejo indiano no actual estado do Bihar, hoje conhecido como Bodhgaya. Ali,
permaneceu quarenta e nove dias e noites, debaixo de uma árvore em meditação.
Pela madrugada, erradicando subtis véus da escuridão, descobriu a sua, também
nossa, verdadeira natureza: o estado iluminado, o Buda.
Sendo desde então conhecido como
o Buda Shakyamuni.
A vida de Buda
Quinhentos anos antes de Cristo um jovem
príncipe saiu numa jornada. Ele viajaria através da dor e sofrimento
para alcançar o Nirvana – a benção duradoura que todos nós sonhamos.
Símbolo da paz, símbolo de compaixão, símbolo de não-violência. Ele foi o
Buda. Ele cresceu em um palácio rodeado por luxúria. Na sua
adolecência, seus direitos especiais lhe garantiram todo tipo de vícios.
Mas ele desistiu de tudo isso para ganhar a sabedoria final. Ele
viajaria pelos corredores escuros de sua mente para chegar cara a cara
com seus demônios internos. Ele fundou a primeira religião do mundo,
seguida hoje por mais de 400 milhões de pessoas, uma religião onde a
meditação é usada para alcançar um estado de completa paz e felicidade.