1- O Grande Dragão Branco
(Bloodsport)
O longa em si, se passa em torneio ilegal de vale tudo, onde estão reunidos os maiores lutadores do mundo. Ele é recheado de cenas “fodas”, e tem um vilão bem “motherfucker”.
A luta final é bem aquelas que te faz levantar do sofá, e querer imitar os golpes (eu fiz isso).
Resumindo, o filme é “foda”, e mesmo hoje vale muito a pena conferir.
Curiosidades
Uma curiosidade, é que o filme é baseado em fatos reais. O tal torneio “ilegal” realmente existiu, e o personagem de Van Damme também. O “cara” era bom mesmo, e se aposentou invicto nos pesos pesados.
Outra coisa legal é que o vilão quase não fala. Restando a ele, apenas uma frase marcante: “Muito bom, mas tijolo não revida”.
Esta frase, aliás, é imortalizada até hoje.
2- Rocky: Um Lutador (Rocky)
Pessoalmente eu acho que este (Rocky: Um Lutador) e o último (Rocky Balboa) são os melhores.
O primeiro filme conta a história de um boxeador desconhecido da Filadélfia que recebe a chance de disputar o título máximo de boxe contra o campeão dos pesados Apollo Creed.
A história é muito boa e faz você entrar de verdade no filme. O combate é de tirar o fôlego e dura 15 longos rounds.
O filme foi indicado a várias categorias do Oscar, saindo vitorioso em três: melhor filme, melhor diretor e melhor edição. Os demais filmes continuam mostrando a vida do protagonista e vale a pena assistir todos. Além do primeiro e do último eu destaco o quarto (Rocky IV) que pode não ter sido a melhor história, mas tem o combate mais “fodão” de todos, aquele do Rocky contra o gigante Ivan Drago (Dolph Lundgren).
O cara tem o dobro do tamanho do Stallone, e da muita porrada nele…Resumindo, é uma coisa épica.
Já o último filme mostra um Rocky aposentado e consequentemente mais maduro. O título é tão bom quanto o primeiro e tem ótimos momentos, dentre eles um combate digno de herói.
Mas é em uma cena entre pai e filho que o filme mostra de verdade todo seu potencial. A cena é muito tocante, e é daquelas que faz você olhar e falar: “Esse cara é foda”!
Enfim, Rocky é uma lenda e vale a pena assistir. Uma coisa legal é que o personagem foi inventado pelo próprio Sylvester Stallone e ele carrega muito da personalidade do ator.
3- O Voo Do Dragão (The Way of the Dragon)
O combate é bem equilibrado e mostra bem as habilidades dos dois mestres, mas no fim Tang Lung sai vitorioso.
Mas e aí, o filme é só isso? Sim, o filme é só isso. Tem um toque de humor em algumas partes, e claro, tem outros combates bem feitos, mas o grande trunfo é, sem dúvida, o duelo de titãs protagonizado por Lee e Norris.
Apesar de ser basicamente isso, essa produção estrelada, escrita e dirigida por Bruce Lee é sim um filmaço de artes marciais dentro daquilo que se propõe. E é indispensável para qualquer um que goste do gênero.
Além do que, é muito bom poder ver Chuck Norris apanhando até o coração parar. Só pra variar.
Uma curiosidade é que a luta dos dois é tão emblemática que foi considerada a melhor cena de luta de todos os tempos.
4- Karatê Kid – A Hora da Verdade (The Karate Kid)
O longa conta a história de Daniel Larusso (Ralph Macchio), que vê sua vida virando de cabeça pra baixo após mudar com sua mãe para Califórnia. Nesse novo ambiente ele começa a ter problema com um grupo de adolescentes praticantes de karatê, liderados por um “bad boy” metido a fortão (com razão).
Depois de apanhar para esse grupo, Daniel recebe a ajuda de Senhor Miyagi, que é um velhinho muito simpático e é também um mestre karateca. Daí para frente o filme mostra o treinamento nada convencional de Daniel e seu amadurecimento como pessoa.
O ponto alto do filme é obviamente o torneio, onde Daniel tem a chance de se vingar dos seus inimigos.
As lutas não são incríveis, mas a essa altura você já esta tão envolvido que isso não atrapalha. A trilha sonora conta com a música “Glory of Love”, que virou marca registrada do filme.
Além dela, outra coisa se imortalizou no longa. Não importa qual idade você tinha, quando assistiu o filme pela primeira vez você fez o voo da garça. Esse golpe (com nome e execução duvidosa) virou febre na época e foi imitado incontáveis vezes.
Algumas continuações foram feitas e obtiveram também seu sucesso. Na minha visão o primeiro filme é muito superior, mas os outros não são ruins. Destaque para o remake criado recentemente, que apesar de não ter a mesma magia do primeiro, é muito bem feito e tecnicamente é ate melhor que seu antecessor.
Uma curiosidade sobre o filme é que o ator Pat Morita, que fez o Senhor Miyagi não era praticante de karatê na vida real, mas graças a sua boa atuação isso não foi um problema.
5- Menina de Ouro (Million Dollar Baby)
O longa conta a história de Maggie Fitzgerald (Hilary Swank). Uma humilde garçonete que sempre viveu com muito pouco, mas apesar disso sempre acreditou no seu sonho de se tornar pugilista e ter uma vida mais digna.
Do outro lado temos Frankie Dunn (Clint Eastwood), um experiente treinador de boxe que dedica seu tempo comandando uma academia com a ajuda de seu único amigo, Scrap (Morgan Freeman), que foi um talentoso pugilista no passado.
O filme começa a tomar forma quando Maggie aparece na academia de Frankie e pede que ele a treine.
Claro que ele acha ridículo a ideia de treinar uma mulher, e recusa o pedido. Porém, graças à insistência dela (que começa a treinar todos os dias) e os conselhos de Scrap, o treinador resolve dar uma chance a garota.
A partir daí, começa a relação dos protagonistas. De um lado um velho ranzinza e do outro uma lutadora sem experiência e já acima da idade adequada para lutar (beirando os 32 anos). Apesar das dificuldades, as lutas começam a aparecer e Maggie vai conquistando seu espaço.
Os combates não perdem em nada para os masculinos e conseguem em vários momentos deixar quem está assistindo realmente tenso (destaque para o angustiante combate final).
Sem entrar em muito mais detalhes, posso dizer que o filme convence como bom filme de luta e mais do que isso, ele tem uma enorme carga dramática que emociona qualquer um que assiste.
Concorreu a sete categorias no Oscar e saiu vencedor em quatro delas. Clint Eastwood além de atuar também dirigiu o filme.
6- Combate Mortal (Mortal Kombat)
Esse filme, a meu ver, é um marco nas adaptações de videogames para cinema. Cada detalhe do jogo está nele. Personagens bem caracterizados, ambientes similares aos originais e o melhor, lutas incríveis.
O filme traz uma grande variedade de personagens. Temos Sonya Blade, Johnny Cage, Liu Kang, Scorpion, Sub-Zero, Reptile… Até o Goro aparece, e para surpresa de muitos, com um visual bem decente.
O melhor do filme é a ação desenfreada. Ninguém quer assistir “Mortal Kombat” e ver um roteiro inteligente. O que as pessoas querem é ouvir o Scorpion gritando ‘’ Get Over Here’’, ver o Liu Kang dando a famosa ‘’bicicletinha’’, e claro, ouvir aquela música quando começa a luta.
O mais legal é que tudo isso está no filme. Por isso “Mortal Kombat” é um ótimo filme de luta e uma das melhores adaptações de videogame para o cinema.
Uma continuação foi lançada dois anos depois, mas não chega nem perto da qualidade do primeiro.
7- Annapolis (Annapolis)
O legal dessa história é que não se trata de um jovem determinado e focado em seu sonho, como vemos em outros filmes.
O personagem não sabe realmente o motivo de querer entrar na academia. Ele espera conseguir algo importante com isso, mas não sabe o que é.
Porém mesmo com todos desacreditando, Jake consegue ingressar. A partir daí seus amigos, que não acreditavam que ele conseguiria, passam a acreditar que ele não vai durar.
O que acontece é que de fato ele não consegue seguir o ritmo imposto, e acaba virando alvo do comandante da companhia, o Oficial Cole (Tyrese Gibson), que faz de tudo para que ele desista.
É a partir daí que o filme assume um ritmo diferente. A academia tem anualmente um campeonato de boxe, conhecido como “A Brigada”. É nesse campeonato que ele vê a chance de provar pra si mesmo que é capaz de fazer algo bom (e de quebra ter a chance de socar a cara dos oficiais que tanto o castigou, principalmente o comandante Cole).
Para isso ele vai receber a ajuda de alguns amigos que conseguiu na academia e de uma superior, a oficial Ali (Jordana Brewster) que ele conheceu de um jeito no mínimo engraçado.
O treinamento dele é bem apresentado, e meio que cumpri um papel de preparar o próprio espectador pro combate.
Daí finalmente chega o dia, e o filme não desaponta. As lutas começam num ritmo ótimo, embaladas por uma boa trilha sonora. E pouco a pouco se forma o combate final. A luta é tensa e se desenrola de um jeito bem original.
O melhor desse filme é a mistura do clima tenso do cotidiano dos militares, com um clima mais leve atribuído a cenas de humor disfarçadas. E claro, as ótimas coreografias nas lutas, dando uma realidade indispensável nesse tipo de produção.
Uma curiosidade (não exatamente sobre o filme), é que a atriz Jordana Brewster é brasilo-americana e fala português fluente.
8- O Vencedor (The Fighter)
Micky é um pugilista que busca a chance de alavancar sua carreira e se firmar de vez entre os melhores. Para isso ele conta com a ajuda de seu irmão Dicky, que no passado também foi pugilista e se tornou conhecido após nocautear Sugar Ray Leonard, mas que, após isso viu sua carreira desmoronar e se tornou dependente de crack (Christian Bale entrega uma atuação incrível).
Enquanto Dicky é famoso e querido em seu bairro pelos seus feitos do passado, Micky é um sujeito mais calado e pouco notado.
A relação dos dois é complicada. Dicky vive drogado em vez de ajudar seu irmão mais novo nos treinos, e para piorar, a mãe dos dois parece só ter olhos para o mais velho.
Mesmo assim Micky se vê otimista com seu novo combate, e pretende mudar a maré de derrotas em que ele se encontra. Porém no grande dia, seu rival alega estar doente e desisti da luta. Em seu lugar entra um lutador bem mais pesado. Micky acha melhor não lutar, mas a sua família insisti. A luta é um desastre e ele apanha muito, graças à diferença absurda de pesos.
Depois disso ele se sente humilhado e começa a questionar se vale a pena ser treinado pelo seu irmão e continuar ouvindo sua família.
A evolução do personagem a partir disso é bem trabalhada. Ele começa a se impor e a se respeitar mais. Até finalmente procurar outro treinador e agir por conta própria.
E o legal é que a evolução dele acaba despertando no irmão mais velho o mesmo desejo. Ele (que já estava no fundo do poço) resolve mudar de vida.
Ele quer que o Micky volte a sentir orgulho dele, e mais do que isso, ele sabe que o irmão precisa dos seus ensinamentos.
Isso fica claro em uma das melhores cenas do filme, onde o Micky consegue uma vitória graças a uma estratégia que ele aprendeu com Dicky. Admitindo assim, que apesar de tudo ele deve muito ao irmão.
E é nisso que o filme se mostra grandioso. As lutas vão além dos ringues (apesar dessas serem muito boas). Os conflitos pessoais são igualmente importantes. Seja esses, discussões entre os irmãos ou mesmo o desenvolvimento próprio dos personagens.
Mas como eu disse, as lutas são sim muito boas. Sem exageros, nesse quesito o filme adota o maior estilo ‘’Rocky’’ e são apresentadas cenas de boxe com um realismo incrível (créditos para Mark Wahlberg, que se dedicou de verdade ao esporte para construir o personagem). A sequência final é de encher os olhos.
Quando o filme acaba fica a sensação de se ter assistido um projeto referência no mundo das lutas e mais do que isso, um exemplo de autosuperação. E isso é ainda mais valioso quando se sabe que é uma história verídica.
O filme concorreu em sete categorias do Oscar e venceu em duas. Além disso, foi eleito pela revista “Sports Illustrated” como o melhor filme de esporte da década.
Em seu final, é ainda mostrado um vídeo com os verdadeiros irmãos Dicky e Micky.
9- Quebrando Regras (Never Back Down)
“Never Back Down”, lançado em 2008, conta a história de Jake Tyler (Sean Faris), um adolescente revoltado que frequentemente se mete em brigas, principalmente depois da morte do seu pai em um acidente que ele se julga culpado.
As coisas pioram quando ele é obrigado a se mudar com sua mãe e irmão. Logo que ele chega à nova cidade ele descobre que sua fama de se meter em confusão se espalhou no seu novo colégio, graças a um vídeo de sua última briga que postaram na internet.
Isso acaba despertando a curiosidade de Ryan Mccarthy (Cam Gigandet), que é conhecido por ser o campeão de um torneio secreto de MMA chamado “Beatdown”.
A partir daí, Jake se vê entrando contra sua vontade nesse mundo das lutas e literalmente vai ter que suar muito para sair.
O filme pode ser considerado um “Karate Kid” atual. Tem o jovem que se muda para cidade nova, o vilão bom de briga, o torneio, enfim.
Pensando assim ele pode parecer um clichê, e de fato é. Mas isso não o faz ruim. Pelo contrário, é um ótimo filme que soube utilizar muito bem uma história já conhecida, mas colocando nela também sua própria identidade.
Os personagens tem carisma (destaque para o vilão Cam Gigandet e para Djimon Hounsou, que faz o personagem mais completo do filme), a trilha sonora é bem atual e se encaixa perfeitamente em cada cena, e por fim, as lutas que são simplesmente perfeitas, com um ritmo acelerado e uma veracidade impecável.
Além disso, o filme aborda essa questão da fama instantânea pela internet, e as vantagens e desvantagens que isso pode trazer.
Resumindo, é um filme bem atual, tem um ritmo leve e principalmente, tem muita “porrada”.
Os atores Sean Faris e Cam Gigandet ganharam o prêmio “MTV Movie Awards” de melhor luta pelo filme.
Em 2011 uma continuação do filme foi lançada: “Never Back Down: The Beatdown”, porém não conta com os mesmos personagens e não segue a história do primeiro.
10- Clube da Luta (Fight Club)
Sem dúvida, esse é o filme mais complexo da lista. Por esse motivo eu quase o deixei de fora, mas por fim decidi que ele merecia fazer parte.
Basicamente, o filme mostra a história de um sujeito (Edward Norton), que leva uma vida pacata e sem grandes emoções. Até que ele conhece Tyler Durden (Brad Pitt), que é exatamente seu oposto. Juntos eles decidem reunir em um grupo, homens que também estão cansados de levar uma vida vazia. E assim formam o Clube Da Luta, que é esse lugar onde os homens lutam entre si com o único objetivo de se divertir. Os combates têm poucas regras, são basicamente ‘’briga de rua’’. Portanto, se você quiser ver soco, chute, sangue e dente quebrado, este filme é a escolha certa.
Até aí o longa segue bem o estilo da lista. Porém, o que o diferencia dos outros é que nele as lutas são meras coadjuvantes (mesmo sendo elas muito bem feitas).
A história vai muito além dos combates. Lida com questões que realmente nos faz questionar o modo como vivemos. ‘’As coisas que você possui, acabam possuindo você’’…
Esse é apenas um exemplo das inúmeras questões que o personagem Tyler Durden levanta no filme. Aliás, esse é um dos maiores personagens que já vi no cinema. Dono de uma complexidade impecável, e um ideal anarquista bem semelhante ao do personagem Joker, feito pelo já falecido ator Heath Ledger no filme “The Dark Kinght” (Batman: O Cavaleiro das Trevas).
Enfim, as lutas estão presentes e são muito boas, mas definitivamente ele mostrará muito mais que isso. Filme mais do que recomendado.
O longa é baseado em um livro de Chuck Palahniuk, publicado em 1996.
É isso galera, chegamos ao fim. Espero que todos tenham gostado e quem sabe nos vemos de novo em mais uma lista. Até a próxima!