Diana
Spencer, mãe dos príncipes William e Harry, completaria 50 anos de idade nesta
sexta-feira. Embora a monarquia britânica não tenha preparado qualquer
homenagem a Lady Di, os fãs da ‘princesa do provo’ prestam tributo a ela no
palácio de Kensington, em Londres, onde Diana morou durante muito tempo – prova
de que, passados mais de 10 anos de sua morte, os britânicos não a tiraram da
memória. Diana morreu vítima de um acidente de carro em Paris, em 1997, aos 36
anos. Até hoje, a morte prematura da princesa segue provocando dúvidas: teria
Diana recebido o tratamento correto no hospital? Também persiste a tese conspiratória
de que o acidente teria sido encomendado pela realeza britânica, ávida em se
livrar da princesa problemática. A seguir, confira a reportagem de VEJA sobre o
acidente, em 1997, e confira os desdobramentos das investigações.
Ela se casou com o futuro rei e foi formidavelmente infeliz. Mas entre o
momento em que foi apresentada ao mundo, como a professorinha de olhar faceiro,
e as horas de luto em que seu caixão seguiu pelas ruas de Londres, Diana
Spencer conseguiu o que a mais ambiciosa das mulheres nem ousaria sonhar. O que
em vida já se sabia amplificou-se excepcionalmente depois que a tragédia,
absurda, incompreensível, como todas as tragédias, cruzou o seu caminho num
túnel de Paris. Morta, ela vergou as regras da monarquia. Quando sua ex-sogra,
a rainha da Inglaterra, apareceu na televisão para fazer um pouco confortável
discurso, ninguém teve dúvida. A princesa morta era mais poderosa do que a
rainha viva. O inquérito que apura as causas do acidente com o Mercedes-Benz S
280 que se espatifou a quase 200 quilômetros por hora no pilar de um túnel,
matando Diana, o namorado e o motorista, tinha 350 páginas. Estão indiciados
como suspeitos um motoqueiro e nove fotógrafos, acusados de ter contribuído
para o desastre ao perseguir o automóvel. Vão se passar ainda alguns meses
antes que se possa reconstruir com exatidão os detalhes mais íntimos da
tragédia. Com o que já se sabe da apuração, pode-se dizer que imprevidências,
erros e fatalidades somadas levaram à morte a princesa Diana.
O que
aconteceu depois
O funeral da princesa, realizado uma semana depois da tragédia, atraiu 1 milhão
de pessoas nas ruas próximas à Abadia de Westminster, e foi acompanhado por 2,5
bilhões de pessoas pela televisão. Como a legislação francesa exige que
acidentes ocorridos no país sejam apurados pelas próprias autoridades locais, o
caso foi investigado em Paris, e não em Londres. Três meses depois do acidente,
porém, a imprensa sensacionalista entrou no alvo das autoridades inglesas, que
lançaram um novo e rígido código de conduta. Depois de dois anos, a França
concluiu seu julgamento sobre o caso. A culpa foi atribuída ao motorista Henri
Paul, que dirigia em velocidade incompatível com a pista e estava bêbado e
drogado, com nível de álcool no sangue quatro vezes maior do que o permitido. O
motoqueiro e os nove fotógrafos citados na ação não foram punidos: sofreram uma
reprimenda, mas se livraram de qualquer ação criminal.
O pai do
namorado da princesa Dodi Al Fayed, Mohamed Al Fayed (dono da loja Harrods),
pediu a revisão do caso. Não obteve sucesso: em novembro de 2003, os fotógrafos
Christian Martinez, Fabrice Chassery e Jacques Langevin foram inocentados da
acusação de terem violado a privacidade de Diana e Dodi, ao fotografarem os
corpos do casal dentro do carro. A derrota, porém, não impediu Al Fayed de
seguir espalhando teorias conspiratórias sobre a morte de Diana. Desde o
acidente, ele lançou uma campanha contra os membros da família real, aos quais
chamou de nazistas e dráculas. Fayed já afirmou que Diana estava grávida, que
Dodi comprara um anel de noivado para ela e que seu pai era um rico comerciante
– o laudo da necropsia desmente a gravidez, ninguém jamais viu o tal anel e o
pai de Fayed trabalhava, na verdade, como bedel de escola.
Em 2003, no
entanto, a divulgação de cartas da princesa escritas ao ex-mordomo Paul Burrell
revelaram que ela temia ser alvo de um golpe planejado. Numa mensagem redigida
dez meses antes de sua morte, Diana dizia estar vivendo a “fase mais perigosa”
de sua vida, e que alguém estaria “planejando um acidente” em seu carro, com
“falhas nos freios e sérias lesões na cabeça”. Conforme reportou depois o
tablóide Daily Mirror, ela se referia ao príncipe Charles. Na correspondência
revelada pelo mordomo, Diana diz ainda que o plano deveria “abrir caminho para
Charles se casar” — o que de fato ocorreria, mas apenas em 2005 ,quando, depois
de anos de estável relação, o príncipe se uniu a Camilla Parker-Bowles.
Burrell, aliás, tornou-se uma peça chave no caso. Em 2002, levado a julgamento
por roubar objetos da princesa no palácio onde ela morava, acabou absolvido por
intervenção direta da rainha Elizabeth II.
Motivados
pelas novas revelações, Mohamed Al Fayed e outros defensores de uma
investigação inglesa reforçaram sua pressão em favor da abertura de um
inquérito público em Londres. No dia 6 de janeiro de 2004, a Inglaterra abriu,
enfim, dois inquéritos sobre a morte da princesa e de seu namorado. A Justiça
inglesa, no entanto, só começaria a apurar o caso de fato em outubro de 2007.
Seis meses e 240 testemunhas depois, a investigação judicial britânica chegou à
mesma conclusão que os inquéritos que a antecederam: Diana morreu num trágico
acidente provocado pelas generosas doses de uísque e antidepressivos ingeridas
por seu motorista.
Essa versão
delirante ganhou força também entre os britânicos. Em 2008, um em cada três
ingleses acreditava que a história é outra, ainda mais sombria: o príncipe
Philip, marido da rainha Elizabeth, não queria que Diana se casasse com um
muçulmano (Dodi) e ordenou ao serviço de inteligência inglês que a matasse.
Nessa tese conspiratória, espiões e assassinos de aluguel perseguiam o carro no
dia fatídico e um dos fotógrafos usou uma luz estroboscópica para cegar o
motorista. Foi, portanto, triplo assassinato.
Não é
possível afirmar que a princesa Diana morreu por ser quem era – sempre pairará
uma dúvida cruel: os ferimentos sofridos por ela no acidente de carro em 31 de
agosto de 1997 seriam fatais de qualquer maneira ou o resgate demorou mais
ainda por envolver a mulher mais famosa do mundo? Em entrevista a VEJA, o
médico brasileiro que ajudou no atendimento à princesa falou sobre as medidas
heroicas – e os erros de atendimento – após o acidente que a matou. Para
Leonardo Esteves Lima, o socorrista que atendeu Diana ainda no local do
acidente foi vítima da chamada “síndrome de esmeraldite” – tentou tratar Lady
Di como uma esmeralda, e não apenas uma paciente comum. Por causa disso, optou
por procedimentos diferentes do padrão em acidente do tipo. Se tivesse dado a
Diana o tratamento usual, talvez a princesa tivesse sido poupada.
Ela se casou com o futuro rei e foi formidavelmente infeliz. Mas entre o momento em que foi apresentada ao mundo, como a professorinha de olhar faceiro, e as horas de luto em que seu caixão seguiu pelas ruas de Londres, Diana Spencer conseguiu o que a mais ambiciosa das mulheres nem ousaria sonhar. O que em vida já se sabia amplificou-se excepcionalmente depois que a tragédia, absurda, incompreensível, como todas as tragédias, cruzou o seu caminho num túnel de Paris. Morta, ela vergou as regras da monarquia. Quando sua ex-sogra, a rainha da Inglaterra, apareceu na televisão para fazer um pouco confortável discurso, ninguém teve dúvida. A princesa morta era mais poderosa do que a rainha viva. O inquérito que apura as causas do acidente com o Mercedes-Benz S 280 que se espatifou a quase 200 quilômetros por hora no pilar de um túnel, matando Diana, o namorado e o motorista, tinha 350 páginas. Estão indiciados como suspeitos um motoqueiro e nove fotógrafos, acusados de ter contribuído para o desastre ao perseguir o automóvel. Vão se passar ainda alguns meses antes que se possa reconstruir com exatidão os detalhes mais íntimos da tragédia. Com o que já se sabe da apuração, pode-se dizer que imprevidências, erros e fatalidades somadas levaram à morte a princesa Diana.
O que aconteceu depois
Dez anos da morte da Princesa Diana
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Testemunha da História - A Morte da Princesa Diana
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Reportagem do Fantastico 1998 sobre a morte da princesa Diana
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Quem são os Illuminati - Parte 3/10 - A Morte de Princesa Diana
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Assassinatos - A RAINHA MATOU Princesa DIANA - Legendado Português Br
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