Suponha que você é um peixe, e gosta de nadar perto de arrecifes. Você está fazendo o que faz todos os dias, patrulhando o recife, em busca de bichos menores que você pode devorar, e de olho nos bichos maiores que você, para não virar almoço.
Subitamente, você sente alguma coisa lhe prender pelos lados. Algo penetra nas tuas escamas e você sabe que é o fim; você só espera que seja rápido.
Como você não foi engolido de corpo inteiro junto com a água ao redor, você sabe que foi uma moreia que lhe pegou – ela não consegue fazer como muitos peixes, que executam um movimento de sucção e engolem a presa toda, então, o que acontece é que, preso nos dentes da mandíbula bucal da moreia, você sente outro par de mandíbulas, as mandíbulas faringeais, que vem de dentro da boca da moreia para lhe pegar e lhe arrastar para o fundo da garganta da enguia. Neste momento você se pergunta “onde foi que eu vi isto antes”?
Se você é um peixe, provavelmente não viu nada parecido. Mas se você é um ser humano, você já viu uma cena parecida.
Em 1979, Ridley Scott lançou seu filme “Alien, O Oitavo Passageiro” (“Alien”, no título original), e o horrível alienígena parasita-devorador-de-gente do filme tinha duas mandíbulas: uma bucal e outra que vinha de dentro da garganta.
[National Science Foundation, NSF2, FD]