Blog

Blog

2 de ago. de 2012

Mamonas Assassinas - Você se lembra?




O Brasil chora a morte dos Mamonas Assassinas
(16 anos de saudades)


NOTÍCIA DO JORNAL DO BRASIL NA ÉPOCA DA TRAGÉDIA

Erro no pouso de jatinho mata todos os Mamonas Assassinas Uma operação equivocada do piloto é a versão do Departamento de Aeronáutica Civil para explicar o acidente com o jatinho que causou a morte dos cinco integrantes do grupo Mamonas Assassinas no fim da noite de sábado, em São Paulo. A 10 quilômetros do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, o piloto repetia, a pedido da torre de controle, o procedimento de aterrissagem. No entanto, em vez de fazer uma curva para a direita, virou o avião Lear Jet 25, PT-LSD, para a esquerda, chocando-se com a Serra da Cantareira. Além dos componentes da banda - Dinho, que completaria 25 anos amanhã, os irmãos Samuel e Sérgio, Júlio e Bento -, também morreram no acidente o piloto, o co-piloto e dois assistentes dos artistas. Numa carreira fulminante de apenas oito meses, período em que vendeu quase 1,8 milhões de cópias de um único disco com músicas irreverentes e debochadas, o grupo, formado por jovens da classe C ascendente de Guarulhos, conquistou multidões de crianças e adolescentes em todo o país. A morte trágica de seus cinco integrantes causou comoção nacional. Ontem, houve um minuto de silêncio, no Maracanã, antes do jogo Flamengo e Botafogo. O último show dos Mamonas, sábado, em Brasília, foi visto por mais de 8 mil pessoas.

Os Mamonas Assassinas foram sem dúvida nenhuma o maior sucesso de toda história do pop brasileiro. Suas letras sacanas e escrachadas, seus arranjos criativos e presença brincalhona do vocalista Dinho garantiram ao grupo espaço junto ao público adolescente e, para a própria surpresa deles, infantil. Tanto que foram o primeiro grupo brasileiro que em seu primeiro disco vendeu mais um milhão de cópias.
No começo era o Utopia, uma banda especializada em covers de grupos como Rush e Legião Urbana. Certo dia eles faziam um show num ginásio na cidade de Guarulhos quando o público pediu para que cantassem uma música do GunsN'Roses. Como nenhum dos integrantes do Utopia sabia a letra, convidaram alguém da platéia para assumir o vocal. Foi aí que Dinho se apresentou. Ele também não sabia a letra, mas provocou tantas gargalhadas no público com as palhaçadas que fez no palco, que acabou sendo convidado a fazer parte da banda.
Com um novo integrante, o grupo começava a percorrer a periferia de São Paulo. Gravaram inclusive um disco, que não chegou a vender mais de 100 cópias. Tentavam se impor pela seriedade, mas acabavam sempre caindo no escracho: "Mesmo cantando músicas sérias, já tínhamos a mania de passar a mão na bunda um do outro no palco", explicava Dinho. Além disso, era comum fazerem músicas com letras engraçadas, brincando com a cara de amigos e parentes. Tão engraçadas que resolveram arriscar uma mudança de rumo.

Para começar mudaram o nome da banda, afinal não ficava bem uma banda com o nome de Utopia cantar aquele tipo de música. Entre as muitas idéias que apareceram pode-se destacar Os Cangaceiros De Teu Pai, Coraçõezinhos Apertados, Uma rapa de Zé e Tangas Vermelhas. Mamonas Assassinas foi o escolhido porque, segundo Dinho, "foi o que mais fez a gente rir". Hilária também era a versão em inglês do nome do grupo, indicando que na verdade as "mamonas" não eram as tão inocentes frutinhas que as crianças pensavam: The Killer Big Breasts.
Com a fita-demo pronta, agora era com as gravadoras... e foi a EMI que acabou lançando os Mamonas Assassinas. Nessa contratação há o papel decisivo de Rafael, o filho do diretor artístico da EMI-Odeon João Augusto Soares e baterista do grupo Baba Cósmica, que tanto encheu tanto o saco do pai que este foi conferir e gostou do que viu. E assim, no dia 28/04/1995, foi assinado o pedaço de papel mais importante da vida dos fabs five de Guarulhos.

Além disso, no dia 09/05/1995, os Mamonas Assassinas, graças ao trabalho de uma assessora de imprensa contratada pelo empresário do grupo (e praticamente o sexto Mamona), Rick Bonadio, o Creuzebek, fazem sua estréia nacional em grande estilo: no programa Jô Soares Onze e Meia. Estava aberta a porta para o sucesso.
Sucesso este que se refletiu em uma média de 5 shows por semana, em milhões de cópias vendidas, em centenas de milhares de fãs espalhados pelo Brasil e pelo mundo. E foi assim, no sucesso, que eles se foram, no dia 02/03/1996, quando o avião onde eles viajavam se chocou com a Serra da Cantareira, em São Paulo. Ou, como diria a rapaziada em sua tão conhecida irreverência e alegria: "O piloto deu sinal de luz, mas o morro não saiu da frente."
Sabe-se que a banda composta por quatro componentes, o Dinho Vocalista e líder do grupo, Bento, Júlio, Sérgio

Depoimento

Belchior, cantor

"O tipo de dicção que aparece em certas músicas deles talvez traga alguma referência à minha forma de cantar. Eu não acho que essa citação seja elogiosa nem ofensiva, já que a intenção não é crítica e sim cômica."
"Eu ri na primeira vez que ouvi. Eles seguem uma tradição do mau gosto e incorporam humor à rebeldia roqueira, mas ninguém vai buscar eternidade numa música dos Mamonas Assassinas." Alexandre, cantor do Só para Contrariar:
"Da mesma forma que a gente pode gravar um rock com o nosso tipo de letra, eles podem gravar um samba no estilo deles, que é o da comédia. Isso não é gozação com o samba. É a identidade deles e é legal." Marcelo Frommer, guitarrista do Titãs:
"Eles fazem tudo na base do estereótipo, imitando brega, imitando pagode. A princípio eu achei de mau gosto. Depois passei a ver a coisa como um pastelão saudável." Marcelo Madureira, integrante do Casseta & Planeta:
"Essa música do português só não é melhor porque não fui eu que fiz." Falcão, cantor:
"Meu trabalho é mais adulto, o deles é mais adolescente, mas para mim é motivo de honra ser identificado como inspiração." Roberto Leal, cantor português:
"Fiquei sabendo desta paródia quando me procuraram para saber sobre um suposto processo por plágio. Era tudo mentira."
"É pura gozação, sem maldade. Se fosse falta de respeito eu processaria. Mamonas o que mesmo? Só posso desejar sucesso." Samuel, do Skank:
"Eles são a continuação de uma tradição do Premê, do Língua de Trapo, dos Inimigos do Rei. São engraçados e divertidos." Edu K, cantor, ex DeFalla:
"Eles acertaram em cheio na sacação de mercado e merecem respeito porque não são armação." Dado Villa-Lobos, do Legião Urbana:
"A banda que desbancou o Legião! Não é o tipo de música que eu ouço em casa, mas eles eram ótimos."
“Mina, seus cabelos é da hora, seu corpo é um violão, meu docinho de coco”… Pois é, galera e chegou a hora de falarmos deles: Os Mamonas Assassinas. Confira, entre outras, as inesquecíveis “Vira Vira” e claro, “Robocop Gay”. Uma boa diversão!


1- Pelados em Santos: E para muitos, um dos maiores hits da banda. Regravado, inclusive, por um dos grupos mais famosos de rock: os Titãs.

2- Vira- Vira: Inspirada na música portuguesa, a canção logo obteria êxito. Sua difusão, aliás, em dois dos mais importantes programas: o “Domingão do Faustão” e o “Domingo Legal”.

3- Chopis Centis: Já nas rádios, uma das músicas mais executadas. Na Mix, por exemplo, os primeiros lugares conquistados.

4- Mundo Animal: E para quem não lembra, ela citaria toda a cadeia alimentar. De baleias e elefantes, a camelos e tatus.

5- Robocop Gay: Poucos sabem, mas foi esta uma das principais composições da banda. Sua gravação, por sinal, um dos clássicos dos anos 90.

6- Bois don’t cry: Singela, citaria uma das maiores dores de um homem: a traição. Mais do que isso, a temível “dor de corno”. Tenso, ein?

7- Débil Metal: Sim, a minha favorita. Tanto pelo ritmo, como pela letra. “Can’t You Understand… Can’t You understand, boy”?

8- Sábado de Sol: E foi nos shows, onde a canção atingiria seu melhor êxito. A cada apresentação, mais e mais pedidos…

9- Sabão Crá-Crá: Concordo de uma delicadeza sublime. Seus versos então, profundos e arrebatadores. (risos).

10- Lá vem o Alemão: E para encerrar, a famosa música do alemão: “Subiu a serra me deixou no boqueirão, arrombou meu coração, depois desapareceuuuuuuuuu”….Até a próxima, galera!


     Mamonas Assasinas Para Sempre Documentário Completo o Filme