Quem visitou o Parque Nacional de Yosemite,
no último mês, deve ficar atento aos sintomas
RIO - O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos
(CDC) informou que cerca de 10 mil pessoas que se alojaram nas cabanas
do Parque Nacional de Yosemite, no último mês, podem ter contraído um
vírus mortal. Trata-se de um hantavírus transmitido por roedores e pode
provocar uma infecção pulmonar grave.
“As pessoas que se hospedaram nas Signature Tent Cabins (no acampamento
Curry Village) entre os dias 10 de junho e 24 de agosto poderiam estar
em risco de desenvolver o hantavírus nas próximas seis semanas”,
explicou o CDC em comunicado.
Segundo o órgão de saúde, foram registrados, até agora, seis casos de
pessoas infectadas pelo vírus, sendo que dois resultaram em mortes.
Outros supostos casos estão sendo investigados.
O CDC pediu que as pessoas que estiveram no parque da Califórnia no
período em questão façam exames médicos, caso apresentem algum sintoma
associado ao HPS (sigla do hantavírus em inglês). Os sintomas são:
fadiga, febre, dores musculares - especialmente em coxas, quadris e
costas -, dor de cabeça, calafrios, enjoos, náuseas, vômitos, diarreia,
dores abdominais e dificuldade para respirar.
A contaminação se dá através do contato com urina, excremento ou saliva
dos ratos infectados. Gotas com o vírus podem flutuar no ar e os humanos
podem contrair a doença se respirarem esse ar infectado ou entrarem em
contato com os roedores ou seus excrementos. A infermidade, porém, não é
transmitida ente humanos.
O CDC ainda acrescenta que, embora não haja cura contra o hantavírus, o
tratamento após uma pronta detecção pode salvar vidas. “Quanto antes se
detectar e antes se receber o tratamento, maiores são as possibilidades
de sobrevivência”, disse a médica Vicki Kramer, do Departamento de Saúde
Pública americano.
O HPS é um vírus extremamente perigoso, que matou 36% das pessoas que o contraíram, desde 1993, quando ele foi identificado.
Fonte: O Globo