Entrevista com John Bonham em 1970
No ano de 1970 o Led Zeppelin estava
na escalada da fama, do reconhecimento e dos lucros nunca imaginados
pelos seus quatro integrantes. Este vídeo raro mostra o ponto de
vista do baterista John Bonham, figura menos conhecida por suas opiniões
e mais pelo impacto que causava atrás dos tambores. E,
principalmente, pelas confusões que provocava. Culpa da bebida e do
pavio curtíssimo.
The Who
Numa época em que o explosivo KEITH
MOON ainda era parte do quarteto britânico. E que o chimbal da bateria
foi simplesmente abolido.
Let the good times roll
O texano Stevie Ray Vaughan era um
gênio (talvez insuperável) da guitarra. Morreu em agosto de 1990 depois
de entrar no helicóptero reservado para o Eric Clapton e sua equipe. O
nevoeiro do lugar impediu o piloto de enxergar uma pista de esqui. O
acidente aconteceu depois de tocar junto com outros astros do blues,
incluindo Clapton (uma pessoa, vale dizer, com habilidade incomum para
driblar a morte).
A curta
carreira de Stevie Ray não impediu, contudo, que o músico se tornasse
uma influência marcante na vida de quem gosta de rock e blues, seja no
Brasil ou em qualquer parte do mundo.
O
angolano naturalizado brasileiro Nuno Mindelis, eleito em 1998 como
melhor guitarrista de blues do mundo, chegou a tocar recentemente com a
antiga banda do Stevie Ray (Double Trouble) e tem o americano como um
dos seus ídolos pessoais. Assim como eu.
Elton John - Rocket man ao vivo
No final da terceira temporada de
Californication, divertida série de televisão estrelada pelo David
Duchovny (irreconhecível para quem lembra dele em Arquivo X), há um
longo trecho de tumulto e prisão do personagem principal. E a cena
acontece com Rocket man ao fundo. Como nada conheço do Elton John,
fiquei subitamente MARAVILHADO com aquele som. Letra e música
fantásticas. Depois disso (e por forte influência da esposa), vou dar um
jeito de providenciar um disco do cara, ouvir bastante e largar de ser
ignorante. Afinal de contas, parece que ando perdendo coisa muito boa.
She packed my bag last night, preflight
Zero hour, nine a.m.
And I'm gonna be high
As a kite by then
Zero hour, nine a.m.
And I'm gonna be high
As a kite by then
I miss the earth so much
I miss my wife
It's lonely out in space
On such a timeless flight
I miss my wife
It's lonely out in space
On such a timeless flight
And I think it's gonna be a long, long, time
'Til touchdown brings me 'round again to find
I'm not the man they think I am at home
Ah, no no no...
I'm a rocket man
Rocket man
Burnin' out his fuse
Up here alone
'Til touchdown brings me 'round again to find
I'm not the man they think I am at home
Ah, no no no...
I'm a rocket man
Rocket man
Burnin' out his fuse
Up here alone
Mars ain't the kind of place
To raise your kids
In fact, it's cold as hell
And there's no one there to raise them
If you did
To raise your kids
In fact, it's cold as hell
And there's no one there to raise them
If you did
And all this science
I don't understand
It's just my job
Five days a week
A Rocket Man
Rocket Man
I don't understand
It's just my job
Five days a week
A Rocket Man
Rocket Man
And I think it's gonna be a long, long, time
'Til touchdown brings me 'round again to find
I'm not the man they think I am at home
Ah, no no no...
'Til touchdown brings me 'round again to find
I'm not the man they think I am at home
Ah, no no no...
And I think it's gonna be a long, long, time
'Til touchdown brings me 'round again to find
I'm not the man they think I am at home
Ah, no no no...
I'm a rocket man
Rocket man
Burnin' out his fuse
Up here alone
'Til touchdown brings me 'round again to find
I'm not the man they think I am at home
Ah, no no no...
I'm a rocket man
Rocket man
Burnin' out his fuse
Up here alone
And I think it's gonna be a long, long, time
And I think it's gonna be a long, long, time
And I think it's gonna be a long, long, time
And I think it's gonna be a long, long, time
And I think it's gonna be a long, long, time
Long, long, time
Long, long, time
Long, long, time
Ah, no, no, no...
Oh, no, no, no, no, no, no, no...
Oh, no, no, no, no, no, no, no...
Tim Maia
O Tim Maia é um cara que comeu o pão
que o diabo amassou. Custou a ser reconhecido como músico de
talento. Embarcou para os Estados Unidos com 17 anos e 12 dólares no
bolso, sem falar uma palavra de inglês e sem saber direito onde ia
morar. Lá ficou durante 5 anos e quando voltou para o Brasil foi
recebido como um alienígena. Conseguiu notoriedade graças à mãozinha dos
amigos Roberto e Erasmo Carlos. Briguento, desbocado e engraçadíssimo,
Tim Maia deu muito soco em ponta de faca. Até conseguir o que queria.
Estou lendo a sua ótima biografia escrita pelo paulista Nelson Motta (Vale Tudo, lançado em 2007). É cada história que mata a gente de rir.
Fica o registro de um show de 71, mais uma dessas raridades que encontramos no You Tube.
Estou lendo a sua ótima biografia escrita pelo paulista Nelson Motta (Vale Tudo, lançado em 2007). É cada história que mata a gente de rir.
Fica o registro de um show de 71, mais uma dessas raridades que encontramos no You Tube.
Hendrix tocando Beatles em Londres
Em 1° de junho de 1967 (data que caiu numa quarta-feira) os Beatles lançaram na Inglaterra o álbum 'Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band', hoje considerado uma das obras mais importantes da música.
Naquela
altura, a banda já tinha parado de se apresentar em turnês (os Beatles
tocaram ao vivo pela última vez em 30 de janeiro de 1969, no terraço do
prédio da Apple – inclusive postei um vídeo desse show particular aqui aqui no blog).
Jimi
Hendrix, que já era um grande fã da banda, comprou o disco no dia do
seu lançamento e dois dias depois (sexta, 3 de junho de 1967), tocou a
música título do álbum para uma platéia embasbacada no Saville Theatre
de Londres.
Ele só não
sabia que o próprio Paul McCartney estava assistindo ao show. Mais
tarde, o Paul declarou: “Simplesmente inacreditável. Talvez a melhor
música que eu já tenha visto ele tocar.”
Achei essa preciosidade no You Tube e aí vai para os amigos do rock.
O Mick Jagger de Timor-Leste
Eis o homem que todas as mulheres
procuram! O Mick Jagger de Timor. Aliás, muito mais do que isso!
Macho alfa que põe no bolso o Wando, José Mayer e Kakinho Big Dog.
Provoca histeria coletiva na balada de Los Palos, Viqueque e Suai com
seu inato sex appeal. Revistas de fofoca registram seus casos
tórridos de amor com modelos e atrizes indonésias. Só ele tem o
privilégio de carregar a banda em sua própria mikrolet. Presença certa
nas festas de gala a bordo do Nakroma, rumo a Oecussi. Primeiro
lugar dos concursos musicais Timor Idol e Timor`s got talent. Sua fama
não tem limites e repercute para lá da Papua-Nova Guiné. Confirmou
abertura do show do U2 na turnê de 2011, começando por Atambua e Kupang
(o site de vendas Ticket Master ficou congestionado e saiu do ar).
Brincadeiras à parte, esta figura sensacional é NELSON TURQUEL!
Pérola do rock`n roll
No
dia 7 de junho de 1969, Eric Clapton e alguns amigos lotaram o Hyde
Park de Londres num dos shows mais interessantes da história do rock.
Primeira apresentação pública da banda Blind Faith (uma reunião de
grandes músicos ingleses da época, com participação do lendário
baterista do Cream, Ginger Baker), feita num pequeno palco rodeado por
mais de cem mil pessoas.
Em
regra, os projetos encabeçados pelo Clapton, midas da música
britânica, foram bem sucedidos e no caso desta banda a história não foi
diferente. Apesar da existência do Blind Faith ter sido curtíssima
(1968-69), o grupo obteve destaque e acumulou elogios. Tanto é que no
ano de 2009 Eric Clapton e o antigo vocalista da Blind Faith, Steve
Winwood, voltaram a tocar juntos e saíram em turnê (conferir o DVD duplo
Live from Madison Square Garden).
O
show do Hyde Park marca pela qualidade instrumental e dos vocais de
Winwood (também lançado em DVD, no ano de 2006). A música Under my thumb
(que mostro no vídeo abaixo) é uma versão completamente diferente da
original dos Rolling Stones (cuja letra escandalizou muitas feministas
inglesas). Na minha opinião, muito melhor, especialmente pelo solo de
guitarra, indescritível. Uma preciosidade do rock, gravada há 41 anos
atrás.Beto Guedes na TV Manchete
Companheiro do Flávio Venturini,
Milton Nascimento e Fernando Brant no Clube da Esquina, Beto Guedes é
uma grande figura. Querido por muitos pela sua participação no 14 bis
(grupo musical de Belo Horizonte) e por várias composições de sucesso.
Achei no You Tube outra pérola: uma entrevista do músico feita na década
de 80 pela antiga Rede Manchete. Não sei se ele tinha bebido antes da
conversa. Fato é que não fui capaz de entender patavina do que ele disse
ou quis dizer. Peça raríssima.
Beatles, 30 de janeiro de 1969
Uma das minhas músicas preferidas dos Beatles. Boa de ouvir e de tocar.
Led Zeppelin
Passados quase quinze anos desde que
comecei a tocar bateria, ainda custo a acreditar nas músicas que o Led
tocava. Não vi ainda um baterista como o John Bonham, sujeito que
conseguia "tocar o intocável", dividindo o compasso como queria, na
maioria das vezes no contratempo. E para matar a saudade do Led
Zeppelin, de quem não se houve falar nestas bandas, infelizmente, trouxe
uma música de abertura dos shows da banda, no ano de 1970. We're gonna
groove deveria ter sido incluída no álbum Led Zeppelin II, de 1969, mas
acabou fazendo parte do Coda, de 82. Parece que a gravação que existe
nesse disco é a mesma extraída do show no Royal Albert Hall, em 1970.
Declare guerra
Estou felicíssimo com o fato de não
ter que passar meses a escutar rock indonésio, canções relaxantes de
Bali e porcarias do naipe de Jennifer Lopez e Akon (suplício que
certamente me levaria a sofrer algum tipo de debilidade mental). Recebi
do amigo André Piazza (cara, valeu mesmo!) uma coletânea do Barão
Vermelho (banda brasileira que até hoje não se enveredou pela
picaretagem EMO e mantém o estilo rock`n roll das antigas). No meio das
pérolas encontrei a música DECLARE GUERRA, do CD de mesmo nome de 1986,
que sempre me chamou atenção pela letra. Postei o vídeo da banda tocando
com o Frejat, que acrescentou ao Barão o peso que faltava.
Vivendo em tempo fechado
Correndo atrás de abrigo
Exposto a tanto ataque
Você ta perdido
Nem parece o mesmo
Tá ficando pirado
Onde você encosta dá curto
Você passa, o mundo desaba
E pra te danar
Nada mais dá certo
E pra piorar
Os falsos amigos chegam
E pra te arrasar
Quem te governa não presta
Declare guerra aos que fingem te amar
A vida anda ruim na aldeia
Chega de passar a mão na cabeça
De quem te sacaneia
Vivendo em tempo fechado
Correndo atrás de abrigo
Exposto a tanto ataque
Você ta perdido
E pra se ajudar
Você faz promessas
E pra piorar
Até o papa te esquece
E pra te arrasar
Nem o inferno te aceita
What lafaek!
A banda mais improvável foi
formada em Dili. Nela tocam três australianos, um timorense, uma
espanhola e UM MINEIRO. Achei que um ano sem pegar nas baquetas (rs) ia
ser penoso demais. Então me prontifiquei a cuidar da cozinha da WHAT
LAFAEK (uma menção sutil - ou nem tanto - à expressão "what the fuck").
Já tocamos cinco vezes por aqui e tudo indica que a banda vai estourar
(só se for os tímpanos dos amigos...kk). O Craig, vocalista,
anda sonhando alto e tá querendo tocar até em Bali...Enfim, em troca de
umas bintangs, tem sido muito divertido.
Metro linha 743
Conheci essa música do Raul Seixas
pela voz da Cássia Eller. Prefiro a versão dela à original. A letra é
absolutamente FANTÁSTICA. Fica aqui registrada como uma lembrança do
querido amigo Marcos Amarante, o Tuquito do Planalto Central, lendário
motorista do Opalão Vermelho, versão mineira do Mandrake do Rubem
Fonseca, comprador de cigarros no posto Tatuíne e companheiro certo na
cerveja do Pizzabela e do Chopp da Fábrica...Um abraço, bicho!
Ele ia andando pela rua meio apressado
Ele sabia que tava sendo vigiado
Cheguei para ele e disse: Ei amigo, você pode me ceder um cigarro?
Ele disse: Eu dou, mas vá fumar lá do outro lado
Dois homens fumando juntos pode ser muito arriscado!
Disse: O prato mais caro do melhor banquete é
O que se come cabeça de gente que pensa
E os canibais de cabeça descobrem aqueles que pensam
Porque quem pensa, pensa melhor parado.
Desculpe minha pressa, fingindo atrasado
Trabalho em cartório mas sou escritor,
Perdi minha pena nem sei qual foi o mês
Metrô linha 743
Ele sabia que tava sendo vigiado
Cheguei para ele e disse: Ei amigo, você pode me ceder um cigarro?
Ele disse: Eu dou, mas vá fumar lá do outro lado
Dois homens fumando juntos pode ser muito arriscado!
Disse: O prato mais caro do melhor banquete é
O que se come cabeça de gente que pensa
E os canibais de cabeça descobrem aqueles que pensam
Porque quem pensa, pensa melhor parado.
Desculpe minha pressa, fingindo atrasado
Trabalho em cartório mas sou escritor,
Perdi minha pena nem sei qual foi o mês
Metrô linha 743
O homem apressado me deixou e saiu voando
Aí eu me encostei num poste e fiquei fumando
Três outros chegaram com pistolas na mão,
Um gritou: Mão na cabeça malandro, se não quiser levar chumbo quente nos cornos
Eu disse: Claro, pois não, mas o que é que eu fiz?
Se é documento eu tenho aqui...
Outro disse: Não interessa, pouco importa, fique aí
Eu quero é saber o que você estava pensando
Eu avalio o preço me baseando no nível mental
Que você anda por aí usando
E aí eu lhe digo o preço que sua cabeça agora está custando
Minha cabeça caída, solta no chão
Eu vi meu corpo sem ela pela primeira e última vez
Metrô linha 743
Jogaram minha cabeça oca no lixo da cozinha
E eu era agora um cérebro, um cérebro vivo à vinagrete
Meu cérebro logo pensou: que seja, mas nunca fui tiete
Fui posto à mesa com mais dois
E eram três pratos raros, e foi o maitre que pôs
Senti horror ao ser comido com desejo por um senhor alinhado
Meu último pedaço, antes de ser engolido ainda pensou grilado:
Quem será este desgraçado dono desta zorra toda?
Já tá tudo armado, o jogo dos caçadores canibais
Mas o negócio aqui tá muito bandeira
Dá bandeira demais meu Deus
Cuidado brother, cuidado sábio senhor
É um conselho sério pra vocês
Eu morri e nem sei mesmo qual foi aquele mês
Ah! Metrô linha 743
Dave Abbruzzese, o eterno baterista do Pearl Jam
Quem
acompanhou a carreira do Pearl Jam desde os anos 90, reparou que os
caras, além de perderem aquela veia pancada que trouxeram do primeiro
álbum TEN, trocaram várias vezes de baterista.
O primeiro a gravar, apesar de ser um bom batera, durou muito pouco. Depois, o Abbruzzese entrou e fez fama com sua pegada e estilo inigualáveis. Participou da turnê do TEN e gravou o VERSUS, cd bacana que tem uns hits mais pesados, como rearview mirror.
A saída desse baterista ainda é meio misteriosa, mas dizem que aconteceu porque os caras da banda queriam manter uma postura meio bicho do mato introspectiva, o que desagradou o baterista, que queria mesmo é aparecer na MTV e comer mulher.
O primeiro a gravar, apesar de ser um bom batera, durou muito pouco. Depois, o Abbruzzese entrou e fez fama com sua pegada e estilo inigualáveis. Participou da turnê do TEN e gravou o VERSUS, cd bacana que tem uns hits mais pesados, como rearview mirror.
A saída desse baterista ainda é meio misteriosa, mas dizem que aconteceu porque os caras da banda queriam manter uma postura meio bicho do mato introspectiva, o que desagradou o baterista, que queria mesmo é aparecer na MTV e comer mulher.
O fato é que o PJ demitiu o batera e
nunca mais foi a mesma banda. Depois se enveredou pra uma pegada meio
folk, meio country, sem a antiga pancadaria bacana que movimentava
multidões. Uma pena, porque Dave Abbruzzese é sinônimo de técnica,
pancada e qualidade sonora. E prova o contrário para quem acha que
grunge é só Nirvana e não presta pra nada.