“Qualquer caminho que você decida tomar, existe sempre alguém para te dizer que você está errado. Existem sempre dificuldades surgindo que te tentam a acreditar que as críticas estão corretas. Mapear um caminho de ação e segui-lo até o fim requer… coragem.”
Ralph Waldo Emerson 

Fazia um tempo que não traduzia um vídeo aqui para o Inconsciente Coletivo, e eis que me enviaram um que eu não podia deixar de traduzir, tamanha a beleza e o cuidado com que foi produzido e editado, e a profunda mensagem que passa.
O curta em questão conta um pouco da história (real) do hondurenho Agustin, um senhor que passou os últimos 50 anos tentando realizar um sonho: construir um helicóptero que possa voar. O vídeo original eu vi aqui (em inglês), e foi publicado por Tyler Bastian (um dos diretores do curta).
Não quero falar muito sobre o conteúdo do vídeo, pois penso que isto não apenas não é necessário, mas limitaria as possibilidades de reflexão que ele levanta. Mas não posso deixar de frisar o quanto é importante não apenas insistir no “sonhar” (ter metas, objetivos que lhe motivam), mesmo que a meta possa nunca ser “atingida”, mas confiar no trabalho que se investe no sonho: vivê-lo como se já fosse realidade, desde o início. Afinal, o que vale, de fato, é a jornada, não o fim. E são os sonhos que deixam a vida mais bonita, mais agradável de ser vivida. Por isso, esse vídeo é tão tocante. A questão não é se a meta será atingida, se o sonho será realizado, isso é o de menos, é detalhe. Se acontecer, ótimo. Se não acontecer, valeu o significado, a alegria que o sonho conferiu à sua vida. Soa clichê, eu sei, mas as pessoas tendem a abandonar o ato de sonhar ou de correr atrás de suas metas por causa de qualquer dificuldade. Qualquer. Acabam se limitando a viver vidas monótonas, fazendo só que é “seguro” e “garantido”, e, como sabiamente disse Oliver Wendell Holmes, “morrem com suas músicas ainda nelas”. Talvez o helicóptero nunca voe. Mas nada impede que ele se torne uma obra-de arte…

Fazia um tempo que não traduzia um vídeo aqui para o Inconsciente Coletivo, e eis que me enviaram um que eu não podia deixar de traduzir, tamanha a beleza e o cuidado com que foi produzido e editado, e a profunda mensagem que passa.
O curta em questão conta um pouco da história (real) do hondurenho Agustin, um senhor que passou os últimos 50 anos tentando realizar um sonho: construir um helicóptero que possa voar. O vídeo original eu vi aqui (em inglês), e foi publicado por Tyler Bastian (um dos diretores do curta).
Não quero falar muito sobre o conteúdo do vídeo, pois penso que isto não apenas não é necessário, mas limitaria as possibilidades de reflexão que ele levanta. Mas não posso deixar de frisar o quanto é importante não apenas insistir no “sonhar” (ter metas, objetivos que lhe motivam), mesmo que a meta possa nunca ser “atingida”, mas confiar no trabalho que se investe no sonho: vivê-lo como se já fosse realidade, desde o início. Afinal, o que vale, de fato, é a jornada, não o fim. E são os sonhos que deixam a vida mais bonita, mais agradável de ser vivida. Por isso, esse vídeo é tão tocante. A questão não é se a meta será atingida, se o sonho será realizado, isso é o de menos, é detalhe. Se acontecer, ótimo. Se não acontecer, valeu o significado, a alegria que o sonho conferiu à sua vida. Soa clichê, eu sei, mas as pessoas tendem a abandonar o ato de sonhar ou de correr atrás de suas metas por causa de qualquer dificuldade. Qualquer. Acabam se limitando a viver vidas monótonas, fazendo só que é “seguro” e “garantido”, e, como sabiamente disse Oliver Wendell Holmes, “morrem com suas músicas ainda nelas”. Talvez o helicóptero nunca voe. Mas nada impede que ele se torne uma obra-de arte…


O exemplo de Agustin, assim como de tantos outros, nos inspira a perceber que na verdade, tudo é incrível. O problema é que com o tempo, conforme “crescemos”, ficamos mal-acostumados e passamos a achar que tudo, se já  não é “conhecido”, logo perderá a “graça”…  Eu gostei de uma fala de um comediante norte-americano em um talk show, falando sobre isso, sobre a maravilha das coisas, da tecnologia, do mundo, que nós tendemos a subestimar ou esquecer. Ele falava de como vivemos numa era incrível, e mesmo assim continuamos infelizes. Particularmente, no que diz respeito ao avanço tecnológico. Alguém com um celular de última geração, sente-se profundamente irritado porque o aparelho levou alguns segundos a mais do que o normal para enviar uma mensagem. “Meu deus, o sinal vai até o espaço e volta, você não pode esperar uns segundos? Olha o milagre que é isso!!! Até o espaço!” Assim como os aviões, que para muitos é um transporte tão comum quanto andar de carro. As pessoas reclamam dos atrasos, de terem que esperar no aeroporto, das cadeiras que compraram, da comida, do sinal de internet etc. No que o comediante lembra: “Você está sentado em uma CADEIRA, no CÉU!!!” Você está voando como um pássaro, participando de um milagre da engenhosidade humana (de alguns “Agustin” da vida), pelo qual você não contribuiu, e ainda reclama da espera num aeroporto ou que teve que remarcar o vôo…” Há muitos anos atrás, se levaria dias, se não semanas ou meses para viajar de um lugar ao outro, e esperar vinte minutos a mais para embarcar, estraga o seu dia? É, ou não é algo que deveríamos no mínimo nos admirar?
Então. A história de Agustin é admirável. Espero que ela lembre a todos que a venham conhecer que a verdadeira ilusão é não prestar atenção: achar que tudo é ou está igual ou que nada “de novo” está acontecendo nesse instante, ou que o próximo momento pode ser garantidamente previsto e calculado. E principalmente, que sonhos não existem para ser necessariamente “realizados”, mas para serem vividos. O grande momento, em que tudo pode mudar, está acontecendo  o tempo todo. Inclusive agora.