É noite, muito noite, e a vetusta Belém
Dorme tranqüila e calma e eis que o Céu, de repente,
Torna-se luminoso, argênteo, resplandecente,
E o anjo do Senhor desce do Arcano além.
Assustam-se os zagais, quando tal cena vem,
E esquece do rebanho, entre o prado virente,
As hostes celestiais, num coro surpreendente,
Descem do infinito azul que os céus não as sustem.
Pastores, não temais... É vindo o Salvador
Na terra de Davi, Jesus, o Rei do Amor,
Messias de Israel, glorioso e Divinal.
Na pobre manjedoura, encontrareis, deitado,
O filho de Maria, o Cristo, recém-nascido,
Hosanas! Paz no mundo! É noite de Natal!