Num pais de ignorantes
Os malandros deitam e rolam.
Com mentiras incessantes,
Pegam incautos e degolam.
Se perguntam o que eu penso,
Eu digo não penso nada.
Pois não existe um consenso
Na famosa pátria amada.
A ouvir um pagodinho,
Um axé ou som rural,
Eu prefiro um bom chorinho,
Uma valsa ou um sarau.
Beber, eu bebo.
Fumar, eu fumo.
Só não concebo,
Perder o rumo.
Mulher é bicho engraçado,
Se ela quer e você não;
Não adianta estar cansado,
Tem que ir e ser "durão".
Mulher é bicho engraçado,
Se quiser e ela não;
Não insista no pecado,
Você vai ficar "na mão".
O filho, quando é pequeno,
Ouve tudo e é curioso;
Ao crescer se torna um gênio,
Não escuta mais o bôbo.
Tive um amigo de infância,
Que jurou, na juventude,
Lutar contra a ignorância,
E acabou num ataúde.
Não há no mundo quem não tenha oculto,
Um sentimento por alguém qualquer.
E, geralmente, por trás desse vulto,
Se esconde o rosto de uma mulher.
Um dos maiores pecados,
Que alguém pode cometer;
É deixar o amor de lado;
Pelo medo de sofrer.
São tantas cores que a vida dorida,
Se torna fértil aos grandes amores;
Seria triste imaginar a vida,
Sem a magia a emanar das cores.
Numa mesa de barzinho
Discutiam futebol;
Eu saí bem de fininho
Não suporto besteirol.
Emprestei meu nome à Lua
E ela nunca agradeceu,
Mas não foi lerdeza sua,
É que o nome dela é meu.
O brasileiro, coitado,
È um povo muito bobo.
Os lixos vindos da Globo.
Meu filho, ao ser aprovado,
Foi fazer Engenharia,
Eu fiquei atordoado
Com tamanha alegria.
Mulher é bicho engraçado
Quando cisma em querer,
Não adianta estar cansado
Você tem que "mandar ver".
Existe uma sutileza
No sorriso de mulher,
Ao expressar a certeza
De algo que ela quer.
Você, que é um bom menino,
Honesto e trabalhador;
Não cometa o desatino
De peidar no elevador.
Fui chamado chauvinista
Parcial e desconexo,
Ao dizer que uma mulher
Só pensa e dinheiro e sexo.
Da infância, uma saudade,
Da mocidade, lembrança,
Hoje, no meio da idade,
Tô voltando a ser criança.
Amar ao próximo e à natureza,
São fundamentos dos princípios meus.
Procuro ver em ambos a beleza,
Da incontestável presença de Deus.
No mundinho social
Narcisista deita e rola,
Tem muito cara-de-pau
Que bajula por esmola.
Congresso Nacional |
Presidente, no Brasil,
É uma figura banal,
Pois quem manda no covil
É o Congresso Nacional.
Pensei que o mundo era "bão"
Cresci acreditando nisso
Meu sonho tornou-se vão
E virei esse estrupício.
Todo mundo quer ser herói,
Hipocrisia é dizer que não.
Quem não sonha com o beijo da mocinha
Na frente de todos, no meio do salão?
Tenho saudades da infância,
Tenho saudades do meu pai,
Tenho no peito uma criança;
Que quer sair mas não sai.
O jovem sonha acordado.
Isso é atributo seu.
Velho vive do passado,
Como se fosse museu.