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29 de dez. de 2010

Doces lábios!...

Perdição teus doces lábios a mostrar,
Qual o fruto da árvore do Paraíso,
Que fez o bom Adão perder o juízo,
E loucamente o fruto proibido desejar.                                

Eu também o Jardim do Éden, trocaria,
Por este saboroso beijo teu bonificado
Estes lábios carnudos! E os tendo beijado,
De um paraíso para outro eu passaria...

Pois tendo o Paraíso celestial perdido,
Com seus anjos, e a vida sem desejos!
Para o do teu corpo todo nu, eu despido...

De pudores! Sôfrego iria nele procurar,
Cada fonte de luxúria, e ali sem pejos:
Gozar o prazer de cada fruto proibido!